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DEFINIÇÃO ......................................................................... 1 PARADA CADIORRESPIRATÓRIA ........................................ 1 RPC DE ADULTO POR SOCORRISTA LEIGO ......................... 2 SBV PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE ................................ 3 RCP EM ADULTOS .............................................................. 3 RCP EM BEBÊ E CRIANÇA ................................................... 6 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) ................................ 8 CUIDADOS PÓS-REANIMAÇÃO ........................................ 10 • Diariamente, muitas pessoas são atendidas em serviços de atenção às urgências. • É necessário que o profissional esteja capacitado para agir com segurança técnica. • É necessário o conhecimento dos protocolos que norteiam o atendimento de urgência. • A organização do atendimento por meio de protocolos específicos facilita o trabalho da equipe. • Esses protocolos são também chamados algoritmos. • Os métodos de atendimento aceitos internacionalmente estão de acordo com as Diretrizes da American Heart Association (AHA) Última atualização da AHA foi publicada em outubro de 2020 e estabelece os protocolos para: • Suporte Básico de Vida (BLS) • Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) • Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS) Segundo a OMS, nas últimas décadas, as doenças cardiovasculares têm sido a primeira causa de morte no mundo. As doenças isquêmicas do coração são responsáveis por 80% dos episódios de morte súbita. Frente a essa situação, o MS instituiu a Portaria GM/MS n° 2420, em 9 de novembro de 2004, constituindo um grupo técnico (GT) com a finalidade de avaliar e recomendar estratégias de intervenção do SUS para abordagem da morte súbita. • É definida como a cessação abrupta das funções cardíacas, respiratórias e cerebrais. • É comprovada pela irresponsividade, respiração ausente (apnéia) ou anormal (gasping), ausência de pulso central em até 10 segundos. • A detecção e tratamento precoces da PCR são determinantes para assegurar a sobrevivência, evitando o comprometimento neurológico causado pela falta de oxigenação cerebral. • A PCR ocorre, na maioria das vezes, fora do ambiente hospitalar e a maioria das vítimas não recebe nenhuma manobra de RCP de pessoas presentes no local. Para que o socorro seja prestado de forma sistematizada, a AHA 2020 desenvolveu a cadeia de sobrevivência, constituída pela sequência de ações: PCRIH: PCREH: • Se a pessoa presente não tiver treinamento em RCP, ela deverá aplicar a RCP somente com as mãos (somente compressões torácicas) na vítima adulta com colapso repentino, com ênfase em "comprimir forte e rápido" no centro do tórax, ou seguir as instruções do atendente/operador do SME. • O socorrista deve continuar a RCP somente com as mãos até a chegada e preparação de um DEA/DAE para uso ou até que os profissionais do SME ou outros encarregados assumam o cuidado da vítima. • Todos os socorristas leigos treinados devem, no mínimo, aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e as ventilações devem ser aplicadas na relação de 30 compressões para cada 2 ventilações. • O socorrista deve continuar a RCP até a chegada e preparação de um DEA/DAE para uso ou até que os profissionais do SME assumam o cuidado da vítima. • A RCP somente com as mãos (somente compressões) é mais fácil de ser executada por um socorrista não treinado e pode ser prontamente orientada por telefone pelos atendentes/operadores. • No entanto, para o socorrista leigo treinado e capaz, a recomendação continua sendo a de aplicar compressões e ventilações. Algoritmo universal simplificado de SBV para adultos: • Alteração na sequência da RCP C-A-B, em vez de A-B-C • As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomenda o início das compressões torácicas antes das ventilações. • Dados de animais demonstram que atrasos ou interrupções nas compressões torácicas reduzem a sobrevivência; logo, tais atrasos ou interrupções devem ser minimizados ao longo de toda a ressuscitação. • Ademais, estudos de PCR extra- hospitalar em adultos mostram que a sobrevivência é maior quando as pessoas presentes fazem alguma tentativa de aplicar a RCP, em vez de simplesmente não tentarem fazê-lo. • Reconhecer PCR o Paciente não responde o Respiração ausente ou anormal o Ausência de pulso carotídeo ou femoral em até 10 segundos • Entrar em contato com a Central de Regulação Médica o Constatada a PCR, um dos profissionais entra em contato com a Central de Regulação Médica. • Sequência C-A-B o C – Circulação (compressões torácicas) o A – Abertura de vias aéreas o B – Ventilação o D – desfibrilação C – CIRCULAÇÃO: • As compressões serão realizadas colocando-se a região hipotenar de uma das mãos na linha mamilar sobre o osso esterno, e a outra mão apoiada sobre o dorso da primeira. • As compressões devem ser rápidas e fortes, sendo exercidas com o peso do corpo sobre os braços e mãos, a uma amplitude de compressão de no mínimo 5 cm (2 polegadas) em adultos. • Manter a frequência de 30 compressões para 2 ventilações, com um ou mais profissionais atuando nas manobras de RCP. • Realizar revezamento entre massageadores a cada 2 minutos ou a cada 5 ciclos de 30 compressões e 2 ventilações. • Assim que houver uma via aérea avançada colocada, as compressões torácicas poderão ser contínuas, a uma frequência mínima de 100/minuto. Situações especiais: Idosos: as calcificações de cartilagens podem provocar fraturas de costelas durante a realização de RCP. Gestantes: para realização adequada da RCP na gestante, deve-se lateralizar o útero à esquerda da cliente, para descompressão da veia cava e eficácia das manobras. A – VIA AÉREA Manobras de abertura das vias aéreas: • se não houver suspeita de trauma cervical, é realizada por meio da inclinação da cabeça e levantamento do queixo (Chin lift) • em casos de suspeita de trauma, utilizar a técnica de elevação do ângulo da mandíbula (Jaw thrust) • Observar se há evidências de ruídos como roncos e estridores; verificar a presença de sangue, dentes quebrados, dentadura solta, conteúdo gástrico ou corpo estranho e corrigir possíveis problemas. • A principal causa de obstrução de vias aéreas em pessoas inconscientes é a queda da língua. Se necessário, utilizar cânula orofaríngea. B – BOA VENTILAÇÃO • O procedimento “ver, ouvir, sentir se há respiração “foi removido do algoritmo da SBV. Após a 1ª série de compressões torácicas iniciais, a via aérea é aberta e são aplicadas duas ventilações. • A utilização da bolsa-valva-máscara é sempre a melhor indicação. Escolher o tamanho adequado do dispositivo para melhor abordagem de vias aéreas. D – DESFIBRILAÇÃO • O DEA é utilizado no SBV por profissionais habilitados, e pode ser operado por pessoas leigas treinadas. • Tem como função analisar o ritmo cardíaco, reconhecer ritmo chocável e orientar o usuário como proceder. • A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica sobre o músculo cardíaco, por um curto período, para cessar o ritmo anormal. • A desfibrilação é indicada para fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular sem pulso (TV). • Ao ser aplicada, a corrente elétrica causa uma assistolia momentânea, propiciando que o marca-passo natural do coração reassuma as atividades. • Ligar o DEA após 5 ciclos de 30 compressões para 2 ventilações ou 2 minutos de RCP. • Seguir os sinais sonoros do DEA. Sinaissonoros do DEA: • posicione os eletrodos no tórax do paciente • encaixe o conector dos eletrodos próximo à luz piscante • analisando ritmo cardíaco • não toque no paciente • recomendação de choque • carregando • afaste-se do paciente • administre o choque agora, pressione o botão laranja • choque administrado • em pausa • inicie RCP Se a vítima não responde, logo após a desfibrilação, reiniciar imediatamente 5 ciclos de 30 compressões para 2 ventilações por um período de aproximadamente 2 minutos de RCP. Isso ajudará o coração a organizar seu ritmo. Para desfibrilação, utilizamos 2 tipos de energia: a monofásica e a bifásica. • Monofásica: o fluxo de corrente passa pelo coração em uma única direção; recomendada utilização de 360 J. • Bifásica: o fluxo de corrente é aplicado em duas fases; recomendada utilização de 120 a 200 J • Reconhecer PCR o Paciente não responde o Respiração ausente ou anormal o Ausência de pulso carotídeo ou femural em criança e pulso braquial no bebê em até 10 segundos • Entrar em contato com a Central de Regulação Médica o Constatada a PCR, um dos profissionais entra em contato com a Central de Regulação Médica. • Sequência C-A-B o C – Circulação (compressões torácicas) o A – Abertura de vias aéreas o B – Ventilação o D – Desfibrilação C – CIRULAÇÃO • Em crianças, as compressões deverão ser realizadas com a região hipotenar de uma das mãos, na linha mamilar sobre o osso esterno. • Em bebês, as compressões deverão ser realizadas com dois dedos, logo abaixo da linha mamilar. • Manter a frequência de 15 compressões para 2 ventilações, com dois profissionais atuando nas manobras de RCP e 30 compressões para 2 ventilações na presença de apenas um profissional. • Comprimir no mínimo um terço da dimensão anteroposterior do tórax, que corresponde cerca de 4 cm na maioria dos bebês e 5 cm na maioria das crianças. A – VIA AÉREA • A proeminência da região occipital favorece a flexão do pescoço, provocando obstrução de vias aéreas nas crianças em posição supina. • A utilização de coxins subescapulares facilita a abertura das vias aéreas, com a manobra de inclinação da cabeça e elevação da mandíbula B – BOA VENTILAÇÃO • As ventilações em bebê e criança seguem as mesmas orientações preconizadas para os adultos. • As ventilações com via aérea avançada por profissionais de saúde podem ser feitas na proporção de uma a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min). D – DESFIBRILAÇÃO • Segundo as novas Diretrizes AHA 2020, é recomendado para bebê e criança o uso de desfibrilador manual ou um DEA equipado com atenuador de carga pediátrico. • Se não houver disponibilidade de nenhum dos dois, utiliza-se um DEA sem atenuador de carga pediátrica. A aplicação de um choque de carga alta é preferível a nenhum choque. • Consiste na utilização de dispositivos invasivos para as vias aéreas, inserção de cateter venoso e utilização de drogas vasoativas. • Embora nessa etapa os recursos técnicos e materiais sejam muito maiores, o SBV é fundamental para o atendimento da PCR. C - CIRCULAÇÃO • Prosseguir com as compressões torácicas de alta qualidade numa frequência mínima de 100/min, aguardando o retorno total do tórax. • É importante alternar as pessoas que fazem as compressões a cada 2 minutos. • Manter relação compressão-ventilação até adquirir via aérea avançada. • Realizar acesso venoso periférico, preferencialmente na fossa antecubital para administração de medicamentos e reposição volêmica. • Para melhor resposta ao tratamento com drogas, administrar, sequencialmente ao uso do medicamento, soro fisiológico em bolus (isso permitirá que o medicamento chegue mais rápido ao nível central) • Caso não seja possível um acesso venoso, providenciar material para realização de punção intra-óssea por profissional médico ou enfermeiro habilitado. • Em alguns casos, quando não é possível administrar medicamentos por via endovenosa, pode-se utilizar a via endotraqueal. • Instalar monitor cardíaco com 3 ou 5 eletrodos, para verificação do rítmo cardíaco. A - VIA AÉREA AVANÇADA • O médico utilizará a técnica de intubação endotraqueal com objetivo de aliviar possível obstrução, iniciar ventilação mecânica e oxigenoterapia e melhorar a insuficiência respiratória. • Pré-oxigenar com bolsa-valva-máscara com reservatório de oxigênio a 100% antes do início da manobra de intubação. • As tentativas de IOT não devem durar mais que 30 segundos, para evitar hipóxia. • Repetir a oxigenação a cada tentativa de intubação. • Em bebês e crianças as lâminas de laringoscópio retas são mais úteis, pois a laringe é alta e torna o ângulo entre a base da língua e a abertura da glote agudo. • Conforme as novas Diretrizes da AHA 2010, é indicado a capnografia por onda, que realiza a verificação do gás carbônico (CO2) exalado, avaliando o posicionamento do tubo endotraqueal e a qualidade da RCP. B - VENTILAÇÃO • Manter o detector de CO2 expirado e providenciar fixação adequada da cânula. • Instalar oxímetro de pulso para avaliação da saturação de O2. • Quando o cliente recebe uma via aérea definitiva, a frequência ventilatória de uma ventilação a cada 6 a 8 segundos (de 8 a 10 ventilações por minuto). • Evitar a hiperventilação, pois o aumento da pressão intratorácica piora o quadro clínico do cliente. • Providenciar VPM por meio de ventiladores. • Tem por objetivo assegurar a melhor recuperação do cliente. • Monitoramento contínuo do cliente até que seja efetivada sua transferência do serviço de urgência para outra unidade (UTI, Centro Cirúrgico, etc). • Na fase pós-reanimação, destacam-se os cuidados relacionados à vias aéreas e ventilação, monitorização cardíaca, verificação de oximetria de pulso, verificação de acesso venoso, controle de infusão de volumes e drogas, controle de glicemia, sonda nasogástrica, cateter vesical de demora e controle de sinais vitais. • Após a estabilização do paciente, a equipe providenciará a transferência de forma segura e adequada. • Durante o transporte, é necessária a reavaliação constante do cliente.
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