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Diário Oficial Edição 249

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DIÁRIO OFICIAL
Açailândia - Maranhão
Instituído pela Lei Municipal nº 441, de 30 de novembro de 2015
PODER EXECUTIVO
ANO II, Nº 249, AÇAILÂNDIA,MA, SEXTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2016 EDIÇÃO DE HOJE: 111 PÁGINAS
SUMÁRIO
COMISSÃO CENTRAL DE LICITAÇÃO
AVISO DE ERRATA
ERRATA DE RATIFICAÇÃO D N° 038/2016 ............................ 1
GABINETE DO PREFEITO
LEIS
LEI COMPLEMENTAR Nº 09, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2016. .......... 2
LEI MUNICIPAL N° 484, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2016. ............ 102
LEI MUNICIPAL N° 485, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2016. ............ 105
LEI MUNICIPAL N° 486, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2016. ............ 108
LEI MUNICIPAL N° 487, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2016. ............ 109
COMISSÃO CENTRAL DE LICITAÇÃO
AVISO DE ERRATA
ERRATA DE RATIFICAÇÃO D N° 038/2016
 
ERRATA DE RATIFICAÇÃO
 
 
Pelo presente, RETIFICA-SE a RATIFICAÇÃO da Dispensa
de Licitação Nº 038/2016 – CCL da Prefeitura Municipal de
AçailÂndia – MA, publicada no Diário Oficial do Município do
dia 01/09/2016, Ano II, Nº 180, página 1, Poder Executivo.
ONDE SE LÊ: O MUNICÍPIO DE AÇAILÂNDIA-MA, através
da PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA, situada na
Av. Santa Luzia, s/nº, Parque das Nações, Cep 65.930-000,
A ç a i l â n d i a - M A , i n s c r i t a n o C N P J s o b o n º
07.000.268/0001-72, neste ato representada pelo prefeito
municipal, Sr. JUSCELINO OLIVEIRA E SILVA, portador da
cédula de identidade nº 294431942 SSP/MA e do CPF nº
872.642.008-25, no uso de suas atribuições legais, com base
nas informações constantes no termo de adjudicação da
dispensa de licitação n° 038/2016, que tem por objeto a a 
contratação de empresa especializada em serviço de
dosimetria pessoal, com fornecimento de dosímetros
(med ido res de rad iação com ca rac te r í s t i cas
Termoluminescentes – TLD, certificados pela Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN), para uso dos
profissionais que trabalham nas instalações do setor de Raio
X do Hospital Municipal de Açailândia – MA e da Unidade de
Pronto Atendimento – UPA, de interesse da Secretaria
Municipal de Saúde e de acordo com o que dispõe o artigo 26
da Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, resolve
RATIFICAR o objeto acima à empresa SAPRA-LANDAUER
SERVIÇO DE ASSESSORIA E PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
LTDA, estabelecida em São Carlos, à Rua Cid Silva Cesar,
600, jardim Santa Felícia, Cep: 13.562-400, São Carlos SP.
CNPJ nº 50.429.810/0001-36, pelo valor global de R$ 720,00
(setecentos e vinte reais). Gabinete do Prefeito Municipal de
Açailândia, Estado do Maranhão, em 23 de agosto de 2016.
LEIA-SE: O MUNICÍPIO DE AÇAILÂNDIA-MA, através da
PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA, situada na Av.
Santa Luzia, s/nº, Parque das Nações, Cep 65.930-000,
A ç a i l â n d i a - M A , i n s c r i t a n o C N P J s o b o n º
07.000.268/0001-72, neste ato representada pelo prefeito
municipal, Sr. JUSCELINO OLIVEIRA E SILVA, portador da
cédula de identidade nº 294431942 SSP/MA e do CPF nº
872.642.008-25, no uso de suas atribuições legais, com base
nas informações constantes no termo de adjudicação da
dispensa de licitação n° 038/2016, que tem por objeto a a 
contratação de empresa especializada em serviço de
dosimetria pessoal, com fornecimento de dosímetros
(med ido res de rad iação com ca rac te r í s t i cas
Termoluminescentes – TLD, certificados pela Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN), para uso dos
profissionais que trabalham nas instalações do setor de Raio
X do Hospital Municipal de Açailândia – MA, de interesse da
Secretaria Municipal de Saúde e de acordo com o que dispõe
o artigo 26 da Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações,
resolve RATIFICAR o objeto acima à empresa SAPRA-
LANDAUER SERVIÇO DE ASSESSORIA E PROTEÇÃO
RADIOLÓGICA LTDA, estabelecida em São Carlos, à Rua
Cid Silva Cesar, 600, jardim Santa Felícia, Cep: 13.562-400,
São Carlos SP. CNPJ nº 50.429.810/0001-36, pelo valor
global de R$ 720,00 (setecentos e vinte reais).
 
Gabinete do Prefeito Municipal de Açailândia, Estado do
Maranhão em 21 de dezembro de 2016.
 2 Sexta-Feira, 23 - Dezembro - 2016 D.O. PODER EXECUTIVO 
GABINETE DO PREFEITO
LEIS
LEI COMPLEMENTAR Nº 09, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2016.
LEI COMPLEMENTAR Nº 09, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2016.
 
Institui o Código Tributário do Município de Açailândia, Estado do Maranhão.
 
O PREFEITO MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA, nos termos do art. 57, IV, da Lei Orgânica do Município de Açailândia, faz saber
que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me foram conferidas por lei, sanciono e promulgo a seguinte
Lei.
 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre o Código Tributário do Município de Açailândia, que regulará o sistema tributário municipal e
estabelece as normas gerais de direito tributário e institui os tributos municipais, sem prejuízo da respectiva legislação
complementar, supletiva ou regulamentar.
Art. 2º. Tributo é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 3º. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes
para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto de sua arrecadação.
LIVRO I 
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
TÍTULO I
DA ESTRUTURA
Art. 4º. Esta Lei dispõe sobre os fatos geradores, a incidência, as alíquotas, o lançamento, a cobrança, a fiscalização, as
penalidades, o processo administrativo tributário e estabelece normas de Direito Fiscal a eles pertinentes.
Art. 5º. Integram o Sistema Tributário do Município de Açailândia:
I - imposto sobre:
a) Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);1.
b) a Transmissão inter-vivos (ITBI), a qualquer título por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física,2.
e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direito a sua aquisição;
c) serviços de qualquer natureza (ISSQN).3.
II - taxas:
a) em razão do exercício do poder de polícia;1.
b) pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos2.
à sua disposição;
III - contribuições:
a) de melhoria;1.
b) de custeio do regime de previdência dos servidores públicos municipais ativos e inativos e dos pensionistas,2.
definidos por Lei;
c) para custeio do serviço de iluminação pública.3.
Parágrafo único. Para quaisquer outros serviços, cuja natureza não comporte a cobrança de taxas ou contribuições, serão
estabelecidos pelo Executivo, preços públicos, não submetidos à disciplina jurídica dos tributos.
Art. 6º. É instituído no Município de Açailândia, para todos os efeitos, o Valor de Referência Municipal (VRM).
1º.O Valor de Referência Municipal (VRM) é fixado em R$ 301,50 (trezentos e um reais e cinquenta centavos) para o
exercício financeiro de 2017.
2º. O VRM será corrigido anualmente por ato do Poder Executivo através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA-E), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
TÍTULO II
DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Capítulo I
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
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Art. 7º. Nenhum tributo será exigido ou alterado, nem qualquer pessoa considerada como contribuinte ou responsável pelo
cumprimento de obrigação tributária, senão em virtude de lei.
Art. 8º. A lei fiscal entra em vigor na data de sua publicação, salvo as disposições que instituírem ou aumentarem tributos, as
quais entrarão em vigor observando-se o princípio da anualidade e da noventena, este ultimo quando aplicável.
Art. 9º. As tabelas de tributos, anexas a esta Lei, serão revistas, atualizadas e divulgadas, integralmente, por atos do
Executivo, sempre que forem alteradas.
Art. 10. A expressãolegislação tributária compreende as leis, os tratados, as convenções, os decretos, os regulamentos,
regimento interno e as normas complementares, que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes.
Art. 11. São normas complementares desta Lei e dos decretos, dos regulamentos e dos regimentos internos que venham a ser
baixados:
I - os atos regulamentares expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebram a União, os Estados, o Distrito Federal, as Autarquias, as concessionárias de serviços
públicos, fundações ou qualquer órgão da administração indireta e os municípios.
Capítulo II
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 12. Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar as fases contraditórias do processo administrativo de constituição
de crédito por infração à legislação tributária, processo de consulta, reclamações, representação formuladas sobre a aplicação
e interpretação da legislação tributária.
Art. 13. A Secretaria Municipal de Economia e Finanças prestará, mutuamente, assistência para fiscalização dos tributos
respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida mediante convênios ou acordos a serem celebrados com a
Fazenda Pública do Estado e a da União.
Art. 14. Todas as funções referentes a cadastramento, lançamento, cobrança, recolhimento e fiscalização de tributos
municipais, aplicação de sanções por infração de disposição desta Lei, bem como as medidas de prevenção e repressão às
fraudes e às sonegações, serão exercidas pelos órgãos fazendários e repartições a eles subordinados.
Art. 15. Os órgãos e servidores incumbidos da cobrança e fiscalização de tributos, sem prejuízo do rigor e vigilância
indispensáveis ao bom desempenho de suas atividades, darão assistência técnica aos contribuintes, prestando-lhes
esclarecimentos sobre a interpretação e fiel observância das leis fiscais.
Art. 16. Os órgãos fazendários farão imprimir e distribuir, sempre que necessário, modelo de formulários próprios para
requerimentos de qualquer natureza, modelo de declaração e de documentos que devam ser preenchidos obrigatoriamente
pelos contribuintes, para efeitos de inscrição, baixa e qualquer alteração no cadastro fiscal, fiscalização, lançamento, cobrança
e recolhimento de impostos, taxas e contribuição de melhoria.
Art. 17. Constituem instrumentos auxiliares da escrita fiscal, o livro de registro de duplicatas, o livro de registro de empregados,
as notas fiscais, os livros de registro de ISS, as guias de recolhimento de tributos, livros de entrada e saída de mercadorias,
diários, desde que obrigatória a sua escrituração pela legislação do Imposto de Renda, bem como os demais documentos,
ainda que pertencentes ao arquivo de terceiros, que ser relacionem com lançamentos efetuados na escrita fiscal do
contribuinte.
Art. 18. Os contribuintes e responsáveis por tributos municipais, facilitarão, por todos os meios a seu alcance, o lançamento, a
fiscalização e cobrança dos tributos devidos à Fazenda Municipal, ficando obrigados a apresentar os documentos descritos no
artigo anterior, sempre que exigidos pelo fisco, no prazo de até 05 (cinco) dias contados da intimação.
Art. 19. A autoridade administrativa que proceder ou presidir fiscalização, lavrará os termos necessários para que se
documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para conclusão daquelas
diligências.
1º. Os termos a que ser refere este artigo, serão lavrados no livro próprio e, quando lavrados em separado, entregar-se-
á a pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela mesma autoridade.
2º. O contribuinte, sob o regime de que trata o presente artigo, ficará impedido, pelo prazo em que durar a ação do
fisco, de requerer a retificação de seus lançamentos fiscais e contábeis, ou de formular pedido de pagamento de
imposto e taxas a que se referir àquela ação fiscal, inclusive aos sujeitos ao regime de arrecadação na fonte.
Art. 20. Constitui infração à legislação tributária a omissão de receita, caracterizada como a não escrituração contábil ou fiscal,
pelo sujeito passivo, de receitas por ele auferidas, que acarrete a redução da base de cálculo de tributo de competência do
Município.
Art. 21. Caracterizam-se ainda como omissão de receita, sem prejuízo de outros comportamentos enquadráveis no artigo
anterior desta Lei:
I - a supressão ou redução de tributo, mediante conduta definida como crime contra a ordem tributária;
II - a entrada de numerário, de origem não comprovada por documento hábil;
III - a escrituração de suprimentos sem documentação hábil, idônea ou coincidente, em datas e valores, com as importâncias
entregues pelo supridor, ou sem comprovação da disponibilidade financeira deste;
IV - a falta de escrituração nos livros contábeis de pagamentos efetuados;
V - a ocorrência de saldo credor nas contas do ativo circulante ou do realizável;
VI - a efetivação de pagamento sem a correspondente disponibilidade financeira;
VII - qualquer irregularidade verificada em máquinas registradoras, relógios, "hardwares", "softwares" ou similares, utilizados
pelo contribuinte, que importe em supressão ou redução de tributo, ressalvados os casos de defeitos devidamente
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comprovados por oficinas ou profissionais habilitados;
VIII - a indicação na escrituração contábil de saldo credor de caixa;
IX - a falta de emissão de nota fiscal na prestação de serviços;
X - os saldos bancários e aplicações financeiras mantidos em instituição financeira sem origem desses recursos.
Art. 22. Os infratores sujeitam-se à multa equivalente a 100% (cem por cento) do valor do tributo suprimido, atualizada
monetariamente na forma desta Lei, sem prejuízo de outras sanções porventura aplicáveis.
Art. 23. A imposição da multa prevista no artigo anterior desta Lei:
I - não exclui a obrigação do infrator de pagar o tributo com incidência de multa moratória, juros e atualização monetária;
II - não exime o infrator do cumprimento das obrigações tributárias acessórias e de outras sanções cíveis, administrativas ou
criminais que couberem.
Art. 24. Verificada a ocorrência de quaisquer das hipóteses previstas nos artigos 20 e 21 desta Lei, a Administração Tributária
Municipal deverá arbitrar a base de cálculo do tributo devido.
Art. 25. O Poder Executivo regulamentará os procedimentos administrativos e operacionais para a hipótese de omissão de
receita.
Capítulo III
DO DOMICÍLIO FISCAL
Art. 26. Os contribuintes de tributos municipais, incluindo as instituições financeiras e equiparadas, administradoras de cartão
de crédito e débito e similares, ficam obrigados a adotar o sistema de domicílio tributário eletrônico a ser disponibilizado pela
Prefeitura de Açailândia, destinado, dentre outras finalidades previstas nos incisos de I a IV do art. 45 desta Lei.
Parágrafo único.Quando disponível, o sistema de domicilio tributário eletrônico de que trata o caput observará as diretrizes
contidas nos incisos I a V, do parágrafo único, do art. 45.
Art. 27. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável por obrigação tributária, considerar-se-á domicílio fiscal:
I - tratando-se de pessoa física, o lugar onde habitualmente reside e, não sendo conhecido o lugar onde se encontra, a sede
principal de suas atividades ou negócio;
II - tratando-se de pessoa jurídica de direito privado, o local de qualquer um de seus estabelecimentos;
III - tratando-se de pessoa jurídica de direito público, o local da sede de qualquer de suas repartições administrativas;
IV - tratando-se de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, estabelecido com sedes ou matrizes fora da jurisdição deste
Município, que aqui prestarem serviços dequalquer natureza, permanentes ou eventuais, considerar-se-á, também, como
domicílio tributário pro-tempore, o local onde se efetuar a prestação desses serviços.
Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas, tomadoras destes serviços prestados pelas pessoas discriminadas neste
inciso, as quais são consideradas como domicílio tributário temporal ou provisório, independentemente de inscritas ou não no
cadastro fiscal, serão obrigadas a fazer a retenção e o respectivo recolhimento dos tributos devidos.
Art. 28. O domicílio fiscal será consignado nas petições, guias e outros documentos que os obrigados dirijam ou devam
apresentar à Administração Tributária.
TÍTULO III
DO CADASTRO FISCAL
Art. 29. O cadastro fiscal da Prefeitura compreende:
I - cadastro imobiliário;
II - cadastro de atividades econômicas (produtores, comerciantes, industriais e de prestadores de serviços);
III – cadastro de empresas não estabelecidas no Município de Açailândia
IV - cadastro de veículo.
CAPÍTULO I
CADASTRO IMOBILIÁRIO
Art. 30. O cadastro imobiliário compreende:
I - os terrenos vagos existentes ou que venham a existir nas áreas urbanas ou urbanizáveis, bem como aqueles que, embora
localizados em zona rural, estejam excluídos do cadastro do INCRA;
II - as edificações existentes ou que vierem a existir nas áreas urbanas ou urbanizáveis.
CAPÍTULO II
CADASTRO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS
Art. 31. O cadastro de atividades econômicas (produtores, comerciantes, industriais e prestadores de serviços), compreende
os estabelecimentos produtores, inclusive agropecuário, industriais, comerciais e prestadores de serviços, bem como quaisquer
outras atividades tributáveis exercidas no território do município, inclusive por profissionais individuais.
CAPÍTULO III
CADASTRO DE EMPRESAS NÃO ESTABELECIDAS NO MUNICÍPIO
Art. 32. O Cadastro de Empresas não Estabelecidas no Município (CENE) compreende as pessoas jurídicas e os empresários
individuais, prestadores de serviços estabelecidos ou domiciliados em outro Município ou no Distrito Federal, que emitirem nota
fiscal de serviço ou outro documento fiscal equivalente para tomador de serviços do Município de Açailândia.
1º. As pessoas previstas no caput deste artigo são obrigadas a se inscrever no cadastro que trata neste artigo como
também:
 
I - a comunicar qualquer alteração em seus dados cadastrais ocorrida após a realização da inscrição;
 
II - a comunicar o encerramento de suas atividades;
 
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III - a atender à convocação para recadastramento ou prestar informações cadastrais complementares.
 
2º. No interesse da Administração Tributária, ato do Secretário Municipal competente poderá excluir do procedimento
de que trata o caput deste artigo determinados grupos ou categorias de prestadores de serviços, conforme a sua
atividade.
 Art. 33. As pessoas que não atenderem ao disposto no artigo anterior desta Lei sofrerão retenção do Imposto sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISSQN) na fonte pelo tomador do serviço estabelecido neste Município.
Parágrafo único. A obrigação prevista no caput deste artigo não se aplica quando o prestador de serviço emitir nota fiscal de
serviço ou documento equivalente por meio de sistema eletrônico disponibilizado por este Município.
 Art. 34. O regulamento estabelecerá os dados que devem constar no Cadastro de Empresas Não Estabelecidas no Município
(CENE), os prazos e as formas de cadastramento, atualização, suspensão e baixa cadastral.
CAPÍTULO IV
CADASTRO DE VEÍCULOS
 Art. 35. O cadastro de veículos compreende o registro de:
I - táxi;
II - transporte coletivo que explores linhas municipais;
III - veículos para transportes de passageiros, cargas ou valores, dentro dos limites geográficos do Município.
SEÇÃO I
DA INSCRIÇÃO
Art. 36. A inscrição, baixa e qualquer alteração nos cadastros de que trata o art. 29 desta Lei será feita pelo responsável ou
seu representante legal, que preencherá e entregará, na repartição competente, formulário próprio em modelo instituído pela
Administração Tributária.
1º. A inscrição, de que trata este artigo, será feita uma única vez e permanecerá, enquanto perdurarem as mesmas
especificações do estabelecimento ou local da atividade.
2º. O formulário deverá conter:
I - nome ou razão social, sob cuja responsabilidade deva funcionar o estabelecimento ou ser exercida a atividade;
II - localização do estabelecimento, compreendendo a numeração do prédio, do pavimento, da sala ou dependência, conforme
o caso;
III - atividade principal e acessória;
IV - área total do imóvel ou da parte dele, ocupada pelo estabelecimento;
V - o nome dos sócios, na sociedade por cota de responsabilidade limitada, ou outras com indicação dos gerentes ou diretores
e, nas sociedades por ações, a indicação dos diretores responsáveis;
VI - outros dados previstos em regulamento.
3º. A entrega do formulário deverá ser feita no início da atividade profissional, antes da respectiva abertura ou exercício
da atividade.
Art. 37. A inscrição deverá ser permanentemente atualizada, ficando o responsável obrigado a comunicar a repartição
competente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, qualquer alteração que ocorra nos seus dados cadastrais.
Parágrafo único. No caso de cessão ou transferência de estabelecimento, sem a observância deste artigo, o adquirente ou
sucessor será responsável pelos débitos e multas do contribuinte inscrito.
Art. 38. A não observância do disposto no artigo 37 desta Lei importará na multa de 01 (uma) VRM.
Art. 39. A cessação das atividades profissionais ou de estabelecimento será comunicada à Administração Tributária, dentro de
30 (trinta) dias, a fim de ser dado baixa no Cadastro.
Art. 40. O não cumprimento das disposições previstas no artigo anterior, sujeitará o contribuinte às seguintes multas:
I - se pessoa física:
a) de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias 01 (um) VRM;1.
b) acima de 90 (noventa) dias 02 (três) VRM.2.
II - se pessoa jurídica:
a) de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias 03 (três) VRM;1.
b) acima de 90 (noventa dias) dias 05 (cinco) VRM.2.
Art. 41. Para efeito deste Capítulo, considera-se estabelecimento fixo ou não, o local do exercício de qualquer atividade
produtiva, industrial, comercial ou similar, em caráter permanente ou eventual, ainda que no interior de residência.
Art. 42. Constituem estabelecimentos distintos, para efeito de inscrição no cadastro:
I - os que, embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de atividade, pertençam a diferentes pessoas físicas ou
jurídicas;
II - os que, embora sob a mesma responsabilidade e com o mesmo ramo de negócio, estejam localizados em prédios distintos
ou locais diversos.
Parágrafo único. Não são considerados como locais diversos dois ou mais imóveis contíguos e com comunicação interna.
Art. 43. Os requerimentos de inscrição, com efeito retroativo, em qualquer época estarão sujeitos à justificação administrativa
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por procedimento a ser estabelecido pelo órgão fazendário.
Art. 44. A Administração Tributária, sempre que julgar de interesse, poderá promover o recadastramento dos contribuintes
inscritos, os quais estarão obrigados ao atendimento das respectivas exigências, a serem regulamentadas por ato do Poder
Executivo.
Art. 45. O cadastramento ou recadastramento de pessoas nos cadastros mantidos pela Administração Tributária implica na
aceitação de sistema de comunicação eletrônica, destinado, dentre outras finalidades, a:
I - cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos, incluídos os relativos ao indeferimento de opção e à
exclusão do Simples Nacional e a ações fiscais;
II - encaminhar notificações e intimações;
III - encaminhar documentos de arrecadação do Município, avisos sobre mora e cobranças; e
IV - expedir avisos em geral.
Parágrafo único. O sistema de comunicação eletrônica de que trata o caput deste artigo será regulamentado por Decreto do
Chefe do Poder Executivo, observando-se o seguinte:
I - as comunicaçõesserão feitas, por meio eletrônico, em portal disponibilizado pelo Município, dispensando-se a publicação no
Diário Oficial e o envio por via postal;
II - a comunicação feita na forma prevista por meio eletrônico será considerada pessoal para todos os efeitos legais;
III - a ciência feita por meio do sistema de comunicação eletrônica com utilização de certificação digital ou de código de acesso
possuirá os requisitos de validade;
IV - considerar-se-á realizada a comunicação no dia em que o sujeito passivo efetivar a consulta eletrônica ao teor da
comunicação ou com o decurso de prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da expedição da comunicação;
V - na hipótese de o dia em que for realizada a consulta eletrônica ao teor da comunicação ser dia não útil, a comunicação será
considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.
TÍTULO IV
DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 46. A obrigação tributária é principal e acessória.
1º. A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador que tem por objetivo o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e se extingue juntamente com o crédito dela decorrente.
2º. A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objetivo prestações positivas ou negativas nela
previstas no interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos.
3º. A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária.
Art. 47. A ilicitude ou ilegalidade da atividade, ainda que tenha sido negada, não impede a incidência tributária.
Art. 48. Os contribuintes, ou quaisquer responsáveis por tributos, facilitarão, por todos os meios a seu alcance, o lançamento, a
fiscalização e a cobrança dos tributos devidos à Fazenda Municipal, ficando, especialmente, obrigados a:
I - promover a sua inscrição no Cadastro Fiscal respectivo;
II - possuir livros, notas fiscais, guias de recolhimento de tributos e demais documentos relativos a fatos geradores de
obrigações tributárias, de acordo com modelos adotados pelo Órgão Fazendário;
III - escriturar em livros próprios os fatos geradores da obrigação tributária, segundo as normas fiscais vigentes, não podendo a
sua escrituração atrasar-se por mais de 08 (oito) dias;
IV - emitir as notas fiscais correspondentes a fatos geradores de obrigação tributária;
V - conservar e apresentar ao fisco, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, se refira a alterações ou
situações que constituam fato gerador da obrigação tributária ou que sirva de comprovante de veracidade de tudo que tenha
sido declarado em livros, talões de notas fiscais, guias ou demais documentos fiscais;
VI - prestar, sempre que exigidos pelas autoridades competentes, informações e esclarecimentos que, a juízo do fisco, refiram-
se a fato gerador da obrigação tributária;
VII - preencher, com exatidão e clareza, as notas fiscais fornecidas aos interessados, quando se tratar de atividades sujeitas a
essa obrigação;
VIII - requerer à Administração Tributária, dentro de 20 (vinte) dias contados da ocorrência, comunicando qualquer alteração
capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigações;
IX - apresentar livros, notas fiscais, guias e demais documentos relativos a fato gerador da obrigação tributária, sempre que
exigidos pela Administração Tributária.
Capítulo II
FATO GERADOR
Art. 49. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 50. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a
abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Art. 51. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador, e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito
aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de
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dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados
os procedimentos estabelecidos em legislação específica.
Art. 52. Para os efeitos do inciso II do art. 51 e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais
reputam-se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Art. 53. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza
do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Capítulo III
SUJEITO ATIVO
Art. 54. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.
Art. 55. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento
territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.
Capítulo IV
SUJEITO PASSIVO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 56. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Art. 57. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações, positivas ou negativas, que constituem o
seu objeto.
Art. 58. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de
tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias correspondentes.
SEÇÃO II
SOLIDARIEDADE
Art. 59. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Art. 60. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo,
nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
SEÇÃO III
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 61. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis,
comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
TÍTULO V
DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CAPÍTULO ÚNICO
DO LANÇAMENTO
Art. 62. Lançamento é privativo da autoridade administrativa municipal, destinado a constituir crédito tributário, mediante
verificação da ocorrência da obrigação tributária correspondente à determinação da matéria tributável do cálculo do montante
do tributo devido, da identificação do contribuinte e sendo o caso, da aplicação da penalidade cabível.
Art. 63. O ato do lançamentoé vinculado e obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional, ressalvadas as hipóteses de
exclusão ou suspensão do crédito tributário, previstas nesta Lei.
Art. 64. O lançamento reportar-se-á à data em que haja surgido a obrigação tributária principal e rege-se pela Lei então
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
1º. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente ao nascimento da obrigação, haja instituído novos
critérios de apuração da base de cálculo, estabelecido novos métodos de fiscalização; ampliado os poderes de
investigação das autoridades administrativas ou outorgado maiores garantias e privilégios à Fazenda Municipal, exceto,
no último caso, para atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
2º. O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a Lei
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tributária respectiva expresse a data em que o fato gerador deva ser considerado para efeito de lançamento.
Art. 65. Os atos formais relativos ao lançamento dos tributos ficarão a cargo do órgão fazendário competente.
1º. A omissão ou erro de lançamento não exime o contribuinte do cumprimento da obrigação fiscal.
2º. O erro ou omissão atribuído ao contribuinte não o beneficia.
Art. 66. O lançamento efetuar-se-á com base nos dados constantes no Cadastro Fiscal e nas declarações apresentadas pelos
contribuintes, na forma e nas épocas estabelecidas nesta Lei e em regulamento.
1º. As declarações deverão conter todos elementos e dados necessários ao conhecimento do fato gerador das
obrigações tributáveis e a verificação do montante do crédito tributário correspondente.
2º. Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pelo servidor a que competir
a revisão daquela.
 
3º. Fica assegurado o direito de revisão de lançamento aos imóveis enquadrados como Área de Preservação com Uso
Limitado (APL), assim definidas pelo Plano Diretor, quando o valor venal estiver em flagrante desacordo como valor de
mercado.
 
Art. 67. Far-se-á o lançamento de ofício, com base nos elementos disponíveis:
I - quando o contribuinte ou responsável não houver prestado declaração ou a mesma apresentar-se inexata, por serem falsos
ou errôneos os fatos consignados;
II - quando, tendo prestado declaração, o contribuinte ou responsável deixar de atender, satisfatoriamente, no prazo e nas
formas legais, pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa.
Art. 68. Com a finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das declarações apresentadas pelos
contribuintes e responsáveis e de determinar, com precisão, a natureza e o montante dos créditos tributários, a Fazenda
Municipal poderá:
I - exigir, a qualquer tempo, a exibição de livros e comprovantes dos atos e operações que possam constituir fato gerador de
obrigação tributária;
II - fazer inspeções nos locais e estabelecimentos onde exercerem as atividades sujeitas a obrigações tributárias ou nos bens
ou serviços que constituam matéria tributável;
III - exigir informações e comunicações escritas ou verbais;
IV - notificar o contribuinte ou responsável para comparecer às repartições da Administração Tributária;
V - requisitar o auxílio da força pública ou requerer ordem judicial quando indispensável à realização de diligências, inclusive
inspeções necessárias ao registro dos locais e estabelecimentos, assim como dos objetos e livros dos contribuintes
responsáveis.
Parágrafo único. Nos casos a que se refere o inciso V deste artigo, os agentes públicos lavrarão termo de diligência, do qual
constarão especificadamente os elementos examinados.
Art. 69. O lançamento e suas alterações serão comunicados aos contribuintes ou a seus representantes legais, por uma das
seguintes formas:
I - no próprio auto de lançamento ou infração, bem como nos autos de procedimento administrativo, mediante entrega de cópia,
contra recibo assinado no original;
II - nos livros fiscais, mediante termo lavrado pela autoridade fiscal;
III - por via postal, sob registro, para o endereço indicado à repartição fiscal;
IV - esgotados os meios de comunicação anteriores, publicar-se-á no órgão de imprensa oficial do Município.
Art. 70. Far-se-á revisão do lançamento sempre que se verificar erro na fixação da base tributária, ainda que os elementos
indutivos dessa fixação hajam sido apurados pelo fisco.
Art. 71. Os lançamentos efetuados pelo fisco ou decorrentes de arbitramento, só poderão ser revistos em face da
superveniência de prova irrecusável, que modifique a base de cálculo utilizada no lançamento anterior.
TÍTULO VI
DA COBRANÇA E DO RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS
Capítulo I
DA COBRANÇA DOS TRIBUTOS
Art. 72. A cobrança dos tributos far-se-á:
I - para recolhimento na rede bancária autorizada;
II - por procedimento amigável;
III - mediante ação executiva.
1º. A cobrança, para pagamento através da rede bancária autorizada, far-se-á pela forma e nos prazos estabelecidos
na legislação.
2º. Expirado o prazo para pagamento, ficam os contribuintes ou responsáveis sujeitos aos juros de mora à razão de 1%
(um por cento) ao mês ou fração, às multas previstas para cada tributo e à correção monetária com base na SELIC.
3º. No caso de parcelamentos de créditos tributários devidos à Fazenda Municipal, o principal sofrerá os acréscimos de
juros de mora e de correção monetária, inclusive das parcelas vincendas.
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Art. 73. Não havendo prazo estipulado para pagamento, o vencimento da obrigação tributária ocorrerá 30 (trinta) dias após a
notificação ou intimação para recolhimento.
Art. 74. Nenhum recolhimento de tributos será efetuado sem que se espeça a competente guia ou documento de arrecadação.
Capítulo II
DO PARCELAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Art. 75. Os valores principais, as multas e seus acréscimos moratórios, e a correção monetária lançados a título de dívidas
tributárias e não tributárias, inscritos ou não em dívida ativa, ainda que em fase de execução fiscal, em que figure como sujeito
ativo o Município de Açailândia, ou Empresa Pública Municipal, Autarquia e Fundação poderão ser pagos à vista ou parcelados
do seguinte modo:
I - pagos a vista, com redução de 70% (setenta por cento) da multa de mora e dos juros legais, no prazo de até 120 (cento e
vinte) dias após a publicação desta Lei, desde que tenham sido lançados antes da publicação desta Lei.
II - pagos a vista, com redução de 50% (cinquenta por cento) da multa de mora e dos juros legais, após o período mencionado
no inciso I deste artigo; e
III - parcelados em até:
a) 60 (sessenta) prestações mensais e sucessivas, a critério da autoridade competente, as dívidas oriundas do IPTU1.
(Imposto sobre a propriedade Territorial e Urbana) e ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza);
b) 30 (trinta) prestações mensais e sucessivas, a critério da autoridade competente, as dívidas decorrentes de taxas e2.
contribuições; e
c) 6 (seis) parcelas mensais e consecutivas as dívidas oriundas do ITBI - Imposto sobre a Transmissão de Bens3.
Imóveis e direitos a ele relativos.
1º. O prazo será até o dia 30.11.2017 para que o contribuinte celebre o parcelamento referente às dívidas constituídas
e não inscritas em dívida ativa ou constituídas, inscritas e não ajuizadas ou, ainda, que já estejam ajuizadas desde que
todas sejam anteriores à entrada em vigor da presente Lei.
2º. O vencimento da primeira parcela ocorrerá na data de assinatura do Termo de Confissão de Dívida e Parcelamento
e as demais a cada 30 (trinta) dias do vencimento anterior.
3º. Independentemente da origem da dívida e do prazo de parcelamento, em se tratando de devedor pessoa jurídica, o
valor mínimo da parcela será equivalente a 0,5 (cinco décimos) de VRM; parcelamento, em se tratando de devedor
pessoa física, o valor mínimo da parcela será equivalente a 0,3 (três décimos) de VRM;
4º. Para concessão do parcelamento dos débitossuperiores a 500 (quinhentos) VRM o Secretário Municipal de
Economia e Finanças ou o Procurador-Geral do Município, ou o Diretor-Presidente ou Presidente, quando tratar-se de
empresa pública municipal, autarquia ou fundação pública municipal poderá exigir garantias reais do débito, desde que
os bens imóveis estejam localizados no Estado do Maranhão, que ficará sujeito à avaliação, exceto quando localizado
no Município de Açailândia, hipótese em que a garantia corresponderá ao seu valor venal.
5º. Nos casos em que houver sido oferecida denúncia pelo representante do Ministério Público por crime contra a
ordem tributária, o contribuinte só poderá parcelar os débitos em até 30 (trinta) parcelas mensais, observando o valor
mínimo da prestação mensal o disposto no § 2º deste artigo.
6º. Os créditos tributários ou não tributários originados de Notificações Fiscais de Fiscalização e de Autos de Infração
não farão jus a nenhuma redução da multa moratória ou dos juros legais, ainda que o contribuinte opte pelo pagamento
nos moldes dos incisos I e II deste artigo.
7º. Para os débitos não inscritos em dívida ativa, a redução da multa moratória ou dos juros legais ocorrerá a partir da
data do vencimento e para os débitos inscritos em dívida ativa, a partir da data da sua inscrição.
8º. A dívida objeto do parcelamento será consolidada na data do seu requerimento e dividida pelo número de
prestações, observados os termos do inciso III deste artigo.
9º. O parcelamento de que trata o caput deste artigo será homologado mediante o pagamento da primeira parcela, sem
o qual será cancelado.
10. Após o ajuizamento da respectiva execução fiscal, será acrescido o montante de 10% (dez por cento) sobre o
montante da dívida atualizada, referente ao Fundo Especial da PGM, ficando, excepcionalmente, este percentual
reduzido ao montante de 5% (cinco por cento) ao contribuinte que optar pelo pagamento nos moldes do inciso III deste
artigo.
11. Na hipótese de não ter sido deflagrada a demanda de execução fiscal, o contribuinte ao optar pelo pagamento nos
moldes do inciso III deste artigo arcará com o pagamento de honorários advocatícios no patamar de 5% (cinco por
cento) sobre o montante do débito atualizado, a ser depositado na conta do Fundo Especial da PGM.
12. Na hipótese de o mesmo contribuinte possuir dívidas constituídas e não inscritas em dívida ativa ou constituídas,
inscritas e não ajuizadas ou, ainda, que já estejam ajuizadas, deverá, obrigatoriamente, ser feito parcelamentos
distintos, com base na fase processual em que se encontram.
Art. 76. São competentes para conceder parcelamento:
I - o Procurador-Geral do Município, o Subprocurador e os Procuradores do Município quando os débitos estiverem inscritos
em dívida ativa ou em fase de cobrança judicial;
II - o Secretário Municipal de Economia e Finanças, ou o servidor por ele indicado nos demais casos;
III - o Diretor-Presidente ou Presidente Empresa Pública Municipal, Autarquia ou Fundação Pública Municipal.
Art. 77. Nas parcelas vincendas oriundas do parcelamento efetuado nos termos desta Lei incidirá encargo de atualização, a
título de manutenção do valor real do débito, correspondente a correção monetária, aplicável pelo mesmo índice usado pelo
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Tesouro Nacional para matéria correlata.
Parágrafo único. No caso de atraso no pagamento das parcelas, incidirá multa de 0,33% (zero vírgula trinta e três por cento)
ao dia, até o limite de 20% (vinte por cento), e juros de 1% (um por cento) ao mês.
Art. 78. O pedido de parcelamento implica a confissão irrevogável e irretratável dos débitos, de sua procedência, assim como
exige, para seu deferimento, a expressa renúncia a qualquer defesa, recurso administrativo ou ação judicial para a discussão
do mesmo.
1º. A opção pelo pagamento à vista ou pelo parcelamento de que trata esta Lei obriga o sujeito passivo à:
I - aceitação plena e irretratável de todas as condições estabelecidas nesta Lei; e
II - manutenção automática dos gravames decorrentes de medida cautelar fiscal e das garantias prestadas nas ações de
execução fiscal;
2º. A concessão de parcelamento não importará em moratória, novação ou transação.
3º. Ao contribuinte poderá ser concedido mais de um parcelamento, porém, de débitos distintos.
Art. 79. A expedição de Certidão Positiva com efeitos de negativa, nos termos do art. 206 do Código Tributário Nacional e art.
137 desta Lei, em relação ao débito, objeto do parcelamento, será concedida com prazo máximo de validade de 30 (trinta)
dias, consignando-se na referida certidão a existência do débito, seu valor e parcelamento.
Art. 80. O contribuinte beneficiado com o parcelamento do débito deverá manter em dia os recolhimentos.
Parágrafo único. A inadimplência será tolerada até 3 (três) meses, consecutivos ou não, do pagamento das parcelas.
Art. 81. O parcelamento de que trata esta Lei será rescindido quando:
I - verificada a inadimplência de 3 (três) parcelas mensais consecutivas ou alternadas e;
II - decretada a falência ou insolvência civil do sujeito passivo.
1º. A rescisão descrita no inciso I deste artigo ocorrerá no trigésimo dia após o vencimento da terceira parcela
inadimplida.
2º. A rescisão referida no caput deste artigo implicará na remessa do débito, acrescido das cominações legais, para a
inscrição em dívida ativa ou o prosseguimento da execução, conforme o caso.
3º. O contribuinte, em caráter excepcional, terá direito a celebrar segundo parcelamento quando o primeiro foi
rescindindo por inadimplência desde que efetue, no ato do segundo pedido de parcelamento, o pagamento de 15%
(quinze por cento) do saldo remanescente do parcelamento anterior que foi rescindindo.
4º. O contribuinte que, pela segunda vez, rescindir o novo parcelamento ficará impedido de celebrar parcelamentos de
débitos tributários durante o período de 12 (doze) meses, a contar da rescisão do segundo parcelamento.
Art. 82. Fica o Executivo autorizado a regulamentar as medidas necessárias à implementação do parcelamento, inclusive com
número de parcelas inferiores àquelas de que tratam o inciso III do art. 75 desta Lei.
CAPÍTULO III
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
 
Art. 83. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - a moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de liminar em mandado de segurança;
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; e
VI - o parcelamento
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações impostas pela legislação tributária e
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequente.
CAPÍTULO IV
DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I
MODALIDADES DE EXTINÇÃO
Art. 84. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º do
Código Tributário Nacional;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164 do Código Tributário Nacional;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto
de ação anulatória;
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X - a decisão judicial passada em julgado.
XI - a dação em pagamento em bens imóveis.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da
irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149 do Código Tributário Nacional.
SEÇÃO II
 DA COMPENSAÇÃO
Art. 85. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativoa tributos ou contribuições
de competência do Município, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos
próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele ente.
Art. 86. A restituição de tributos administrados pela Secretaria Municipal de Economia e Finanças será efetuada depois de
verificada a ausência de débitos tributários em nome do sujeito passivo.
1º. Existindo débitos tributários, nas condições especificadas nesta Lei, o crédito da restituição será utilizado para
quitação desses débitos mediante compensação.
2º. Fica dispensada a verificação prevista no caput deste artigo para restituições de valor igual ou inferior ao
estabelecido por ato do Secretário Municipal de Economia e Finanças.
3º. A compensação será sempre deferida em processo regular e sempre será ouvida a Procuradoria-Geral do Município
antes de ser proferida decisão administrativa final.
Art. 87. A compensação poderá alcançar os débitos oriundos de tributos administrados pela Administração Tributária,
parcelados ou não, inclusive os débitos inscritos em Dívida Ativa, exceto aqueles objeto de contestação pelo sujeito passivo,
antes do trânsito em julgado da respectiva decisão administrativa ou judicial.
Parágrafo único. Os débitos a serem compensados abrangem o valor original do lançamento do tributo e multa, a atualização
monetária e os juros de mora.
Art. 88. A compensação será efetivada de ofício, nos termos definidos em regulamento, não cabendo ao sujeito passivo indicar
débitos à compensação.
1º. Caso o crédito a ser restituído seja inferior ao valor do débito, o saldo remanescente será cobrado pela
Administração Tributária.
2º. Caso o débito a ser compensado seja inferior ao crédito, o respectivo saldo será restituído ao sujeito passivo.
Art. 89. Após a apuração dos valores da compensação de ofício, a Administração Tributária notificará o sujeito passivo, que
deverá se manifestar no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da notificação.
1º. Apresentada a concordância expressa do sujeito passivo ou decorrido o prazo previsto no caput deste artigo sem a
sua manifestação, a compensação será efetuada e certificada no processo de restituição.
2º. Havendo manifestação de discordância do sujeito passivo, a compensação e a restituição ficarão suspensas até a
decisão definitiva ou até que o débito a ser compensado seja liquidado.
Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos tributos incluídos no âmbito do Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional.
Art. 91. O Poder Executivo regulamentará os procedimentos administrativos e operacionais para a execução do disposto nesta
Lei.
SEÇÃO III
DEMAIS MODALIDADES DE EXTINÇÃO
Art. 92. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar
transação que, mediante concessões mútuas, importe em terminação de litígio e consequente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A declaração da extinção é da competência do Prefeito Municipal ou Procurador-Geral do Município, e será
expressa, fundamentalmente, em processo regular.
Art. 93. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por decisão fundamentada, remissão total ou parcial do
crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido.
Art. 94. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 05 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto,
contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
medida preparatória indispensável ao lançamento.
Art. 95. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II - pelo protesto judicial;
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III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
V - pelo protesto extrajudicial da certidão de dívida ativa.
SEÇÃO IV
DA RESTITUIÇÃO
Art. 96. O contribuinte tem direito à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for à modalidade de seu pagamento, nos
seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo do tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou
na natureza ou nas circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na
elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória;
IV - a restituição nos termos dos incisos anteriores somente poderá se efetivar caso o interessado não possua débitos perante
a Administração Tributária.
1º. Caso o interessado possua débitos perante a Administração Tributária o valor a ser restituído será objeto de
imediata compensação.
2º. Fica a Administração Tributária obrigada a efetuar a devolução de valores cobrados indevidamente, no pagamento
de tributos municipais, corrigidos monetariamente, salvo se incidir na hipótese do inciso IV.
Art. 97. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro, somente
será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la.
Art. 98. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 05 (cinco) anos, contados de acordo com o
disposto nos incisos I e II do artigo 168 do Código Tributário Nacional.
Art. 99. Prescreve, em 02 (dois) anos, a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.
Art. 100.O crédito tributário inscrito em dívida ativa do Município poderá ser extinto, nos termos do inciso XI do caput do art. 84
deste Código Tributário Municipal e, mediante dação em pagamento de bens imóveis, a critério do credor, na forma desta Lei,
desde que atendidas asseguintes condições: 
I - a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados localizados no Estado do Maranhão, que devem estar
livres e desembaraçados de quaisquer ônus, nos termos de ato da Secretaria Municipal de Economia e Finanças.
II - a dação abranja a totalidade do crédito ou créditos que se pretende liquidar com atualização, juros, multa e encargos legais,
sem desconto de qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade de complementação em dinheiro de eventual
diferença entre os valores da totalidade da dívida e o valor do bem ou dos bens ofertados em dação. 
1º. O disposto no caput não se aplica aos créditos tributários referentes ao Regime Especial Unificado de Arrecadação
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional. 
2º. Caso o crédito que se pretenda extinguir seja objeto de discussão judicial, a daçãoem pagamento somente
produzirá efeitos após a desistência da referida ação pelo devedor ou corresponsável e a renúncia do direito sobre o
qual se funda a ação, devendo o devedor ou o corresponsável arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários
advocatícios. 
3º. A Fazenda Pública Municipal observará a destinação específica dos créditos extintos por dação em pagamento, nos
termos de ato da Secretaria de Economia e Finanças. 
CAPÍTULO V
DAS IMUNIDADES
Art. 101. Os impostos municipais não incidem sobre:
I - patrimônio, renda ou serviços, da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios;
II - templos de qualquer culto;
III - patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores,
das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
IV - livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
V - fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores
brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que
os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
1º. A vedação do inciso I é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
2º. As vedações do inciso I e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados
com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que
haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
3º. As vedações expressas nos incisos II e III, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados
com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
4º. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto
ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art156xi
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art156xi
 13 Sexta-Feira, 23 - Dezembro - 2016 D.O. PODER EXECUTIVO 
CAPÍTULO VI
DAS ISENÇÕES
Art. 102. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de Lei que especifique as condições e requisitos
exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território municipal, em função de condições a ela
peculiares.
Art. 103. A concessão de isenções apoiar-se-á sempre em fortes razões de ordem pública ou de interesse do Município, não
poderá ter caráter pessoal e dependerá de Lei de exclusiva iniciativa do Executivo.
1º. Entende-se como favor pessoal não permitido, a concessão, em lei, de isenção ou tratamento que implique em
isenção de tributo a determinada pessoa física ou jurídica.
2º. As isenções e reduções somente serão concedidas a requerimento do interessado, poderão ser condicionadas à
renovação e, para os tributos lançados por exercício, só valerão para o ano seguinte ao requerimento.
3º. A renovação de que trata o parágrafo anterior será definida em cada caso, pelo órgão fazendário da Prefeitura,
inclusive quanto às condições em que se deva ocorrer.
Art. 104. Verificada, a qualquer tempo, a inobservância das formalidades exigidas para concessão, ou o desaparecimento das
condições que a motivaram, será a isenção obrigatoriamente cancelada.
Art. 105. As isenções não abrangerão as taxas, contribuições e contribuição de melhoria, salvo as exceções expressamente
estabelecidas nesta Lei.
CAPÍTULO VII
DA DÍVIDA ATIVA
SEÇÃO I
DA CONSTITUIÇÃO DA DÍVIDA
Art. 106. Constitui Dívida Ativa do Município a proveniente de impostos, taxas, contribuição de melhoria, outras espécies de
contribuição e multas de qualquer natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado
o prazo fixado em lei para pagamento, ou por decisão final proferida em processo administrativo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora e a atualização monetária não excluem, para os efeitos deste artigo, a liquidez
do crédito.
Art. 107. Para todos os efeitos legais, considera-se como inscrita a dívida registrada em livros ou fichas especiais na
Procuradoria-Geral do Município.
SEÇÃO II
 DA INSCRIÇÃO DA DÍVIDA
Art. 108. A inscrição far-se-á, após o exercício quando se tratar de tributos lançados por exercícios e, nos demais casos, a
inscrição será feita após o vencimento dos prazos previstos em Lei ou regulamento, para pagamento.
Art. 109. As multas, por infração de Lei e regulamentos municipais, serão consideradas como Dívida Ativa e imediatamente
inscritas, assim que findar o prazo para interposição de recurso ou, quando interposto, não obtiver provimento.
Art. 110. Encerrado o exercício ou expirado o prazo para o respectivo pagamento, serão inscritos, imediatamente, na Dívida
Ativa, por contribuinte, os débitos, inclusive multas, sem prejuízos dos juros de mora e da correção monetária.
Art. 111. Mediante despacho da autoridade fazendária, poderá ser inscrito, no correr do exercício, o débito proveniente de
tributos lançados por exercício, quando necessário acautelar-se o interesse da Fazenda Municipal.
Art. 112. O termo de inscrição da Dívida Ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará, obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo o caso, os dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o endereço completo do
logradouro de um e de outros;
II - o número da inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ),
mantidos pela Receita Federal do Brasil;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a quantia devida, discriminando separadamente o principal, a multa moratória ou punitiva, a forma de cálculo da
atualização monetária e dos acréscimos moratórios incidentes, bem como o termo inicial de cada um deles;
V - a data em que foi inscrita; e
VI - o número da Notificação Fiscal de Fiscalização, do Auto de Infração e sendo caso, o número do processo administrativo de
que se originar o crédito fiscal.
1º. As dívidas relativas ao mesmo devedor, desde que conexas ou consequentes, poderão ser englobadas na mesma
certidão.
2º. Na hipótese do parágrafo anterior, a ocorrência de qualquer forma de suspensão, extinção ou exclusão de crédito
tributário não invalida a certidão nem prejudica os demais débitos objetivos da cobrança.
3º. O registro da Dívida Ativa e a expedição das certidões poderão ser feitos, a critério da Procuradoria-Geral do
Município, através de sistemas mecânicos, com a utilização de fichas e róis em folhas soltas, ou eletrônicos, desde que
atendam aos requisitos estabelecidos neste artigo.
4º. A certidão, devidamente autenticada, conterá além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha de
inscrição.
5º. Verificada a existência de falhas, omissões ou inconsistências cadastrais que impossibilitem ou dificultem a
cobrança administrativa do débito pela Administração Tributária, e a cobrança judicial do débito pela Procuradoria-Geral
do Município, caberá àquela determinar o saneamento das irregularidades antes de proceder a inscrição do crédito em
dívida ativa, sob pena de devolução da certidão, ainda que já se encontre ajuizada.
 14 Sexta-Feira, 23 - Dezembro - 2016 D.O. PODER EXECUTIVO 
6º. Compete à Administração Tributária, antes de alcançar o último ato para proceder a inscrição do crédito em dívida
ativa,digitalizar os autos das Guias de Informações Fiscais, Notificações Fiscais de Fiscalização, Autos de Infração e
documentos correlatos, ainda que oriundos de outros órgãos municipais, sob pena de devolução da Certidão, devendo
os autos físicos permanecerem arquivados em local próprio junto àquele Órgão.
7º. A Administração Tributária poderá celebrar convênio com pessoas jurídicas de direito público ou privadas para
possibilitar o cumprimento do disposto no parágrafo anterior.
8º. A inscrição da Dívida Ativa se baseará em relações levantadas pelos órgãos competentes
Art. 113. A dívida regularmente inscrita em dívida ativa goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito
passivo ou do terceiro a que aproveite.
. SEÇÃO III
DO CANCELAMENTO DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
Art. 114. Fica o titular da Administração Tributária, com base em parecer fundamentado do Chefe da Procuradoria Fiscal do
Município ou outro integrante da Procuradoria-Geral do Município, autorizado a cancelar administrativamente os créditos:
I - prescritos;
II - de contribuintes que hajam falecidos ou desaparecidos sem deixar bens que exprimam valor;
III - de débitos originários, não superiores a 0,7 (sete décimos) de VRM, relativos à pessoa, cuja situação econômica seja de tal
forma precária que, comprovadamente, não tenha condição de efetuar o seu pagamento.
1º. O cancelamento será determinado de ofício, ou a requerimento de pessoa interessada, desde que fiquem provadas
a morte ou a ausência do devedor e a inexistência de bens.
2º. Com relação aos débitos tributários inscritos na Dívida Ativa, a competência de que trata este artigo será do Chefe
da Procuradoria Fiscal ou Procurador-Geral do Município.
SEÇÃO IV
DA COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA
Art. 115. A Dívida Ativa será cobrada por procedimento amigável ou judicial.
Art. 116. Antes da inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa, serão os contribuintes notificados a saldar o débito, por via
amigável, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual serão inscritos, expedindo-se as respectivas certidões e a imediata
cobrança judicial.
Art. 117. Encaminhadas as certidões para cobrança executiva, o órgão encarregado da cobrança promoverá, de imediato, o
ajuizamento do débito.
Art. 118.As certidões da Dívida Ativa, para cobrança judicial, deverão conter os elementos mencionados no art. 112 e seus
itens, desta Lei.
Art. 119. O recebimento de débitos fiscais constantes de certidões já encaminhadas para a cobrança executiva, será feito na
forma especificada pela legislação.
Art. 120. Salvo os casos autorizados em Lei, é absolutamente vedada a concessão de desconto, abatimento ou perdão de
qualquer parcela da dívida ativa, ainda que não se tenha realizado a inscrição.
Parágrafo único. Incorrerá em responsabilidade funcional e na obrigação de responder pela integralização do pagamento,
aquele que autorizar ou fizer concessão proibida no presente artigo, sem prejuízo do procedimento criminal cabível.
Art. 121. O recebimento de débitos fiscais em fase de cobrança executiva, poderá ser parcelado nos termos e condições
previstos neste Código.
1º. A Procuradoria-Geral do Município poderá, quando da celebração do acordo, exigir comprovação das condições
financeiras declaradas pelo interessado.
2º. Em casos da falsa declaração, rescindir-se-á o termo de acordo, ficando o declarante sujeito às cominações legais.
Art. 122.A Procuradoria-Geral do Município fica autorizada a não ajuizar, a desistir ou a requerer a extinção de execuções
fiscais em curso, cujo crédito consolidado seja igual ou inferior a 7 (sete) VRM, sem prejuízo da manutenção da sua cobrança
no âmbito administrativo, inclusive por meio do protesto extrajudicial de certidão de dívida ativa, respeitados em qualquer caso
os princípios da irrenunciabilidade fiscal, da economicidade e da eficiência.
1º. Entende-se por crédito consolidado o resultante do débito originário devidamente atualizado, somado aos juros e
multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato, vencidos até a data da apuração.
2º. Observados os critérios de eficiência, economicidade e praticidade, os débitos relativos a um mesmo devedor
poderão ser ajuizados por meio de uma única execução fiscal, desde que superior ao valor estabelecido no caput deste
artigo.
3º. O Procurador do Município poderá, após ato motivado nos autos do processo administrativo, promover o
ajuizamento de execução fiscal de débito cujo valor consolidado seja igual ou inferior ao previsto no caput deste artigo,
desde que exista elemento objetivo que, no caso específico, ateste elevado potencial de recuperabilidade do crédito.
4º. A autorização para requerer a desistência ou a extinção de execuções fiscais fica condicionada à inexistência de
embargos à execução, ou de qualquer outra forma de defesa apresentada no curso da execução fiscal, salvo
desistência pelo executado, e desde que não haja qualquer ônus para a Fazenda Pública Municipal.
5º. Os limites estabelecidos no caput deste artigo não se aplicam aos créditos decorrentes de decisões transitadas em
julgado do Tribunal de Contas, aos casos tipificados como crime contra a ordem tributária consoante previsão em lei
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específica e aos originados de notificações fiscais de fiscalização e de autos de infração.
Art. 123. A Procuradoria-Geral do Município fica autorizada, após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, a reconhecer,
de ofício, a prescrição do débito, bem como a deixar de apresentar defesa, desistir ou interpor recursos, desde que inexista
outro fundamento relevante e a causa versar sobre:
I - matérias sumuladas na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Pública pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de
Justiça, em sede de julgamento realizado nos termos do 1.036, da Lei Federal nº 13.105, de 2015 - Código de Processo Civil; e
III - situações em que a certidão de dívida ativa que compõe a execução fiscal manifestamente não preencheu os requisitos
legais exigidos pela legislação de regência.
1º. Nas matérias de que trata este artigo, o Procurador do Município que atuar no feito deverá, expressamente:
I - reconhecer a procedência do pedido, quando intimado para apresentar resposta aos embargos à execução fiscal e às
exceções de préexecutividade;
II - manifestar o seu desinteresse em recorrer, quando intimado da decisão judicial.
2º. A Administração Tributária fica autorizada a não constituir os créditos tributários relativos às matérias de que tratam
os incisos I, II, e III deste artigo, após manifestação prévia da Procuradoria-Geral do Município.
Art. 124. Poderão ser arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do Procurador do Município, os autos das
execuções fiscais de valor consolidado igual ou inferior a 7 (sete) VRM, observados os critérios de eficiência, economicidade e
praticidade e desde que não sejam decorrentes de decisões do Tribunal de Contas, de casos tipificados como crime contra a
ordem tributária consoante previsão em lei específica e originados de notificações fiscais de fiscalização e de autos de infração.
Parágrafo único. Os autos de execução a que se refere o caput deste artigo serão reativados no caso de reunião de
processos contra o mesmo devedor, na forma do art. 28 da Lei Federal nº 6.830, de 1980, para os fins de que trata o limite
indicado no caput deste artigo.
Art. 125. Nas execuções fiscais em que houver sido designada hasta pública, somente será admitido o parcelamento do débito
se, no mínimo, 40% (quarenta por cento) for quitado à vista e desde que seja realizado até 2 (dois) dias úteis antes da data do
leilão judicial.
Art. 126. A Procuradoria-Geral do Município poderá celebrar convênios ou acordos compessoas jurídicas de direito público ou
privadas, que possibilitem o intercâmbio de informações, integração de base de dados ou acesso a informações de natureza
fiscal dos contribuintes inscritos na dívida ativa municipal, resguardado o devido sigilo das informações.
Art. 127. O Secretário Municipal de Economia e Finanças poderá, até a inscrição do crédito tributário em dívida ativa,
reconhecer, de ofício, a prescrição do débito, independentemente de manifestação prévia da Procuradoria-Geral do Município,
sem prejuízo da abertura de sindicância interna para apuração de eventual responsabilidade.
Art. 128. A Secretaria Municipal de Economia e Finanças e a Procuradoria-Geral do Município deverão desenvolver uma
política permanente de educação fiscal que promova a conscientização do contribuinte sobre a importância da regularidade e
pontualidade no cumprimento de suas obrigações tributárias para os fins de manutenção e desenvolvimento dos serviços
públicos municipais.
SEÇÃO V
DO PROTESTO EXTRAJUDICIAL DA DÍVIDA ATIVA
Art. 129. O Município de Açailândia, por meio da Secretaria Municipal de Economia e Finanças, poderá apresentar para
protesto, inclusive por via eletrônica, na forma e para os fins previstos na Lei Federal nº 9.492, de 10 de setembro de 1997, as
Certidões de Dívida Ativa Tributaria e Não-Tributária, ajuizadas ou não ajuizadas, cujo valor seja superior a 10 (dez) VRM.
Parágrafo único. Os efeitos do protesto de que trata o caput deste artigo alcançarão os responsáveis tributários apontados na
Lei Federal nº 5.172/66 (Código Tributário Nacional), e no Código Tributário Municipal, cujos nomes constem das Certidões de
Dívida Ativa.
Art. 130. O pagamento dos valores correspondentes aos emolumentos devidos pelo protesto das Certidões de Dívida Ativa
expedidas pela Fazenda Pública Municipal correrão à conta dos contribuintes inadimplentes, que os farão diretamente ao
Tabelionato de Notas, no momento da comprovação da quitação do débito pelo devedor ou responsável, ou por ocasião do
cancelamento do protesto, sendo devidos, neste último caso, também, pelos contribuintes.
Art. 131. Os Tabelionatos de Notas prestarão contas, bem como informarão ao Município, mensalmente, até o 5º (quinto) dia
do mês subsequente, os protestos pagos e não pagos no mês anterior para que tenha controle a Procuradoria-Geral do
Município.
Art. 132. O protesto extrajudicial dos créditos, tributários e não-tributários, inscritos em Dívida Ativa, também será utilizado, nos
casos de parcelamentos judiciais e extrajudiciais descumpridos ou cumpridos parcialmente.
Art. 133. Fica autorizada a inscrição das dívidas protestadas em cadastros de proteção ao crédito, incumbindo ao contribuinte,
assim que apresentar a quitação ou o cancelamento do débito, perante o Tabelionato de Notas, promover a exclusão de seu
nome do referido cadastro, arcando com as consequências de sua inércia.
Art. 134. O Poder Executivo Municipal e os respectivos Tabelionatos de Protesto de Títulos poderão firmar convênio dispondo
sobre as condições para a realização dos protestos de Certidões de Dívida Ativa expedidas pela Procuradoria-Geral do
Município, observado o disposto na legislação federal e estadual.
Art. 135. Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar as medias necessárias para execução dos protestos.
SEÇÃO VI
CERTIDÕES NEGATIVAS
Art. 136. A prova de quitação do tributo municipal, quando exigida, será feita por certidão negativa, à vista de requerimento do
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interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio
ou atividade, e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo Único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro
de 5 (cinco) dias úteis, no máximo, da data da entrada do requerimento.
Art. 137. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que constar a existência de créditos não vencidos,
em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Parágrafo único. A validade da certidão positiva de débitos com efeito de negativa será de 30 (trinta) dias corridos, contado da
data de sua expedição.
Art. 138.Será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato
indispensável para evitar a caducidade do direito, respondendo, porém, os participantes no ato, pelo tributo devido e
penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade esteja pessoal ao infrator.
Art. 139.A certidão negativa, válida pelo prazo de 60 (sessenta) dias corridos para o fim a que se destinar, terá efeito liberatório
quanto aos tributos que mencionar, salvo no referente a créditos tributários que venham a ser posteriormente apurados,
ressalva essa que deverá constar da própria certidão, ou quando emitida na forma a que se refere o artigo seguinte.
Parágrafo único. A competência e o procedimento para a expedição de Certidão, prevista neste artigo, deverá ser
regulamentada pelo Poder Executivo. 
CAPÍTULO VIII
DAS PENALIDADES
SEÇÃO I
DAS ESPÉCIES DE PENALIDADES
Art. 140. Sem prejuízo das disposições relativas a infrações e penas constantes de outras Leis e Códigos municipais, as
infrações a esta Lei sujeitarão o infrator separada ou cumulativamente às seguintes penas:
I - multa;
II - proibição de transacionar com as repartições municipais;
III - sujeição a regime especial de fiscalização;
IV - suspensão ou cancelamento de isenção de tributos;
V - interdição temporária do estabelecimento;
VI - cassação de alvará; e
VII - fechamento do estabelecimento.
Art. 141. A aplicação de penalidade de qualquer natureza, admissível em lei e o seu cumprimento, em caso algum dispensa o
pagamento do tributo devido, das multas, da correção monetária e dos juros de mora.
Art. 142.Não se procederá contra o servidor ou contribuinte que tenha agido ou pago tributo de acordo com interpretação
fiscal, constante de decisão de qualquer instância administrativa, mesmo que posteriormente venha a ser modificada essa
interpretação.
Art. 143. A omissão de pagamento de tributo e a fraude fiscal serão apuradas mediante representação, intimação ou auto de
infração, nos termos da legislação.
1º. Dá-se como comprovada a fraude fiscal, quando contribuinte não dispuser de elementos de convicção, em razão
dos quais se possa admitir involuntária a omissão de pagamento.
2º. Em qualquer caso, considerar-se-á como fraude a reincidência na omissão de que trata este artigo.
Art. 144. Os coautores, nas infrações ou tentativas de infração dos dispositivos desta Lei, respondem, solidariamente, pelo
pagamento do tributo devido, a penas fiscais.
Art. 145.Apurando-se, no mesmo processo, infração de mais de uma disposição desta Lei pela mesma pessoa, será aplicada
somente a pena relativa à infração mais grave.
Art. 146. Se do processo se apurar responsabilidade de diversas pessoas não vinculadas por coautoria, será imposta a cada
uma delas a pena relativa à infração que houver cometido.
Art. 147.A sanção às infrações das normas estabelecidas nesta Lei será, no caso de reincidência, punida com aplicação da
multa em dobro e em tantas vezes quantas forem as reincidências.
Parágrafo único. Considera-se reincidência a repetição de infração de um mesmo dispositivo legal, pela mesma pessoa física
ou jurídica, depois de passada em julgado, administrativamente, a decisão condenatória referente à infração anterior.
Art. 148. A aplicação de multa não prejudicará a ação criminal que, no caso, couber.
Art. 149.Admite-se interpretação extensiva à aplicação analógica sempre que se devam observar, em processo instaurado por
servidores públicos municipais, normas gerais de direito não expressamente consignadas nesta Lei.
SEÇÃO II
DAS MULTAS
Art. 150. Será punido com multa mínima de 03 (três) e máxima de 25 (vinte e cinco) VRM o contribuinte que

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