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Aula 3 - ACH5043 Segunda e terceira semanas

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ACH5043 – Embriologia e Genética
Segunda e terceira semanas de 
desenvolvimento embrionário
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Implantação do Blastocisto na parede uterina
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Desenvolvimento – Segunda semana
• Ao redor do oitavo dia de desenvolvimento, ocorre a diferenciação do trofoblasto em duas camadas: o
citotrofoblasto (interno e com células mononucleares) e o sinciciotrofoblasto (externa e sem limites celulares
delimitados);
• Formação do disco germinativo
bilaminar e diferenciação morfológica
do epiblasto (células colunares) e do
hipoblasto (células cubóides);
• Aparecimento da cavidade
aminiótica.
• Intensa vascularização e produção
de glicogênio e muco pelas glândulas
uterinas.
Definições
• Endométrio (decídua): camada interna do útero, rica em glândulas e vasos sanguíneos, prolifera durante
ciclo ovariano -> representa contribuição materna da placenta
• Citotrofoblasto: camada celular intacta e proliferativa do trofoblasto
• Sinciciotrofoblasto: camada externa do trofoblasto, altamente ativa em síntese proteica (enzimas
proteolíticas); cresce por meio do citotrofoblasto, células perdem separação por membranas e tornam-
se sinciciais, i.e. citoplasma comum multinucleado
• cito- e sinciciotrofoblasto são os elementos embrionários da placenta
Desenvolvimento – Segunda semana
• No 9º dia, o blastocisto se implanta completamente na parede uterina, com o fechamento do orifício com um
coágulo de fibrina;
• Formação de lacunas no sinciciotrofo-
blasto, que irão se fundir e dar origem ao
estágio lacunar;
• Células do hipoblasto foram a membrana
exocelômica, que é o revestimento da cavidade
exocelômica, ou vesícula vitelínica primitiva.
Desenvolvimento – Segunda semana
• Entre o 11º e 12º dias, o orifício de entrada já está parcialmente coberto pelo endométrio;
• Sinciciotrofoblasto continua a se aprofundar no
estroma uterino. Enzimas do sinciciotrofoblasto
abrem vasos sanguíneos maternos e o sangue
flui para lacunas do trofoblasto. Estabelecimento
da circulação uteroplacentária;
• Surgimento de uma nova população de células,
entre a membrana interna do citotrofoblasto e a
superfície externa da cavidade exocelômica,
chamado de mesoderma extraembrionário.
• Surgimento de grandes cavidades no meso-
derma extraembrionário, que vão se fundir e
formar a cavidade coriônica.
Desenvolvimento – Segunda semana
• Cavidade coriônica circunda o saco
vitelínico primitivo e a cavidade
amniótica, exceto pela região do
pedúnculo embrionário;
• O crescimento do disco bilaminar é
relativamente lento em comparação
ao do trofoblasto;
• Com 13 dias, o endométrio já cobriu
toda a região de implantação do
embrião;
• Trofoblasto forma vilosidades
primárias.
Desenvolvimento – Segunda semana
• Proliferação de células do
hipoblasto, resultando em uma
segunda cavidade exocelômica,
menor do que a inicial. Grandes
porções da cavidade são perdidas na
forma de cistos exocelômicos;
• Formação da cavidade coriônica. O
mesoderma somático recobre todo o
trofoblasto;
• Único lugar onde o mesoderma
invade a cavidade coriônica é no
pedúnculo embrionário, que
originará o cordão umbilical
futuramente.
Desenvolvimento – Terceira semana
• A partir da 3ª semana de desenvolvimento, ocorre a gastrulação, que é a formação das três camadas
germinativas, que darão origem à todos os tecidos do feto;
Desenvolvimento – Terceira semana
• A linha primitiva surge como um sulco na superfície do epiblasto, inicialmente sutil, mas depois, mais
evidente, com protusões laterais;
• A parte cefálica da linha primitiva é marcada pelo nó primitivo.
• Migração das células do epiblasto para a linha primitiva e ocorrência da invaginação.
Desenvolvimento – Terceira semana
• Durante o processo de invaginação, algumas células deslocam o hipoblasto e se tornam o endoderma
embrionário, outras preenchem o espaço entre o hipoblasto e o epiblasto, formando a mesoderme e as
células que ficam no epiblasto passam a ser chamadas de ectoderma.
Definições
• Gastrulação - movimentos celulares que estabelecem os folhetos embrionários no início da embriogênese;
• Ectoderme: folheto embrionário mais externo (gera epiderme, sistema nervoso central e derivados da crista
neural);
• Endoderme: folheto embrionário mais interno (gera revestimento interna do trato intestinal e participa de
órgãos anexos, pulmão, fígado, pâncreas);
• Mesoderme: folheto embrionário intermediário (gera esqueleto cartilaginoso e ósseo, musculatura, tecidos
conjuntivos, sistemas cardiovascular e urogenital).
Desenvolvimento – Terceira semana
• As células pré-notocordais migram pelo nó primitivo e se movem para a região cranial até encontrarem a
placa pré-cordal;
• Por um curto período de tempo, a linha média do embrião é composta de duas camadas de células, formando
a placa notocordal.
Desenvolvimento – Terceira semana
• Conforme o hipoblasto é substituído pelas células que migram pela linha média, as células da placa
notocordal se multiplicam e se soltam da endoderme, formando a notocorda definitiva;
• Formação dinâmica – regiões craniais se formam primeiro, enquanto as regiões caudais se formam conforme
o nó primitivo se desloca para uma posição mais caudal;
• A notocorda se estenderá da placa pré-cordal (cranial) até o nó primitivo (caudal).
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Estabelecimento dos eixos corporais
• Estabelecimento dos eixos anteroposterior (A-P - cranial-caudal) e dorsoventral (D-V) provavelmente
acontece no estágio de mórula e são definidos no estágio de blástula, com a formação do disco germinativo
bilaminar (epiblasto – dorsal e hipoblasto – ventral).
• No eixo A-P, células destinadas a formar o endoderma visceral anterior (EVA) migram para a região onde se
desenvolverá a cabeça. Essas células iniciam a transcrição de alguns genes para a formação da cabeça, como
OTX2, LIM1 e HESX1, além de cerberus e lefty1, que vão inibir a expressão de NODAL. Ausência de cerberus e
lefty1 permite a expressão de nodal e ocorre o aparecimento da linha primitiva.
• Uma vez formada a linha primitiva, nodal estimula a expressão de outras cascatas gênicas responsáveis pela
formação das mesodermes ventral e dorsal.
Estabelecimento dos eixos corporais
• O estabelecimento da lateralidade (esquerda-direita) é um pouco mais tardio, ocorrendo durante a
gastrulação. Necessário devido a assimetria na distribuição dos órgãos internos do corpo;
• Expressão de FGF8 na linha primitiva estimula a produção de NODAL, que atua do lado esquerdo do embrião,
graças à concentração de serotonina (5-HT) deste lado do embrião;
• Expressão de outros genes pela linha média (Sonic Hedgehog, LEFTY1 e ZIC3) impedem a passagem de NODAL
para o lado direito do embrião.
• Genes que definem o lado direito ainda não são bem definidos, somente sabemos que o gene SNAIL tem sua
expressão restrita ao lado direito.
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Migração das células do epiblasto
• A migração das células do epiblasto pela linha
primitiva foram mapeadas e o destino de cada
célula determinado.
Crescimento do disco embrionário
• Inicialmente arredondado, o disco embrionário se torna mais alongado, mais expandido na região cranial
e mais estreito na região caudal;
• A invaginação das células e a migração para a parte cefálica acontece até mais ou menos a quarta
semana de desenvolvimento, quando a linha primitiva diminui e desaparece;
• Diferenciação das estruturas craniais começa no meio da terceira semana, enquanto na parte caudal, até
o fim da quarta semana. Isso faz com que o desenvolvimento do embrião seja no sentido cefalocaudal.
Desenvolvimento posterior do trofoblasto
• No início da terceira semana, o
trofoblasto se caracteriza pelas
vilosidades primárias;
• Células da mesoderme
extraembrionária invadem o cerne da
vilosidade primária, dando origem à
vilosidade secundária;
• Células da mesoderme começam a se
diferenciar em células sanguíneas e
vasos sanguíneos, formando o
sistema capilar das vilosidades;
• Passam a ser chamados de
vilosidades terciárias ou vilosidades
definitivas.
Desenvolvimento posterior do trofoblastoDesenvolvimento posterior do trofoblasto
• Capilares das vilosidades fazem contato
com vasos sanguíneos da mesoderme
extraembrionária, incluindo o
pedúnculo embrionário;
• Estabelecimento de uma conexão entre
esses vasos e o sistema circulatório do
embrião, conectando placenta e
embrião;
• Citotrofoblasto penetra completamente
no endométrio e forma uma capa
protetora, ligando o saco coriônico ao
tecido endometrial materno.
Desenvolvimento posterior do trofoblasto
DÚVIDAS??????
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