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Modificações no Organismo Materno Introdução → O organismo feminino passa por mudanças gestacionais fisiológicas que podem se tornar patológicas Sinais de Gravidez → PRESUNÇÃO Atraso menstrual (está tendo atividade sexual e não usa método contraceptivo) Náuseas e vômitos Polaciúria (aumento frequência urinária) Aumento da sensibilidade mamária por conta da progesterona Tubérculos de Montgomery Rede de Haller Sinal de Hunter → PROBABILIDADE Atraso menstrual maior que 14 dias Amolecimento do colo uterino Aumento do volume uterino Sinal de Hegar: amolecimento do istmo cervical – toque bimanual e bidigital Sinal de Piskacek: assimetria uterina Sinal de Nobile-Budin: sente que o útero está mais globoso → CERTEZA Percepção de partes e movimentos fetais pelo examinador por meio da palpação abdominal a partir de 20 semanas Ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF) com o estetoscópio de Pinard (a partir de 20 semanas) ou o sonar (a partir de 12 semanas) Sinal de Puzos (rechaço fetal) durante o exame bimanual, um discreto impulso no útero, por meio do fundo de saco anterior, deslocará o feto no líquido amniótico para longe do dedo do examinador. A tendência do retorno do feto faz com que ele seja novamente palpável. → Bases das mudanças no organismo materno: a progesterona tem uma tendência de fazer relaxamento de músculo liso, a progesterona edemacia, retém líquido → normalmente essas mudanças retornam à normalidade após o parto Modificações no Sistema Reprodutor → Aumento da progesterona edemacia → aumenta a vascularização → sinal de Kluge (arroxeamento na região da vagina) e o sinal de Jacquemier-Chadwick (arroxeamento na regia da vulva) → Aumento vascularização (amolecimento e cor arroxeado) → pH vaginal acidifica, como consequência da maior produção de ácido láctico pelos Lactobacillus acidófilos (maior frequência de candidíase) → aumenta o corrimento → Corrimento fisiológico, com aspecto mucoide, sem odor e que tende a se intensificar com o passar da gestação → evitar a presença de bactérias Útero Gravídico → Grande capacidade de adaptação → Não grávida mede de 90 mL em média → Na grávida até cerca de 5 L no termo – distensão extremamente importante → As fibras musculares estão todas entrelaçadas, formando uma estrutura muscular lisa → Miométrio histologicamente possui três camadas, e as fibras musculares estão entrelaçadas (quando contraídas, o vaso sanguíneo diminui de calibre) → Quando o bebê nasce, se o útero estiver sangrando, a contração das fibras musculares faz o estancamento do sangue Mamas → A mama aumenta de tamanho, aumenta o volume, e normalmente fica túrgida e dolorosa → Sinais de presunção: sinal de Hunter (aréola secundária), tubérculos de Montgomery (glândulas sebáceas aumentadas), e rede vascular visível, que são os vasos aumentados (rede de Haller) Modificações no Sistema Tegumentar → Estrias (víbices) da pele: relacionada ao estiramento da pele – se rompem as fibras colágenas (hidratação auxilia) Quanto maior o ganho ponderal de peso, distende mais o abdômen → Pigmentação da pele: a progesterona e o estrogênio ativam o hormônio melanotrófico na hipófise, aumentando a pigmentação, (aréola um mais escurecida) Aparecem as manchas: melasma (mais evidentes quando não usa filtro solar) Linha alba fica mais escurecida, se tornando referência anatômica para a linha nigrans Após o parto, a tendência é a regressão. Postura e Marcha → Gestante aumenta o volume abdominal e o volume da mama, com isso ela é “jogada para frente”, e para manter a coluna ereta, faz a lordose fisiológica → Equilíbrio: lordose da coluna lombar → Dor lombar → Marcha anserina Modificações no Sistema Respiratório → A gestante aumenta o volume corrente e a capacidade inspiratória, mas não aumenta a frequência respiratória, apenas respira mais profundamente → Do ponto de vista anatômico, o diafragma é elevado pois o útero está elevando, e aumenta o ângulo esternal → O arco costal aumenta, fazendo com que haja expansão da caixa torácica, ela tem uma sensação de estar ofegante e a atribuição disso é a progesterona. → A gestante aumenta consumo de O2 pois aumenta metabolismo. A relação ventilação- minuto (entre volume corrente e frequência respiratória) também aumenta, e a progesterona faz edema de vias aéreas → Gravidez tende a agravar as doenças respiratórias Modificações no Sistema Cardiovascular → Sistema Sanguíneo: índices hematológicos tendem a decrescer Contagem de hemácias Hematócrito Concentração de hemoglobina: reduz de 13 g/dl (valor médio não gravídico) para 11 g/dl no 1º trimestre e 10,5 g/dl no 2º e 3º trimestres da gravidez Hemodiluição: anemia fisiológica gestacional dilucional Volume plasmático sanguíneo aumenta → Coração: aumenta o débito cardíaco (volume sistólico X frequência cardíaca), devido ao aumento do metabolismo Em termos anatômicos, o coração eleva, o ápice cardíaco se eleva, fazendo com que as correlações da silhueta cardíaca se altere Diminui a resistência vascular periférica: a gestante está consumindo mais oxigênio, aumenta a frequência cardíaca, aumenta o débito cardíaco, e para isso, precisa alargar os vasos sanguíneos, então diminui a resistência justamente para conseguir passar o sangue → O trofoblasto invade a região da artéria espiralada, principalmente na chamada segunda onda (18 semanas), diminuindo drasticamente a resistência vascular periférica, e quando isso não acontece ela tem uma hipertensão. Modificações Gastrointestinais → Progesterona relaxa a musculatura lisa → pirose (queimação/azia), refluxo, constipação intestinal e hipertrofia gengival Modificações Urinárias → Progesterona relaxa musculatura lisa → relaxamento peristaltismo ureter → aumenta as infecções do trato urinário → Dextrorrotação uterina à direita → comprime o ureter do lado direito → hidronefrose fisiológica à direita → A veia cava fica mais a direita em relação a aorta, e consequentemente a paciente quando se deita em decúbito dorsal, o útero comprime a veia cava, diminuindo o fluxo de sangue para o coração apresentando falta de ar, então a recomendação é que ela faça deslocamento do útero normalmente para esquerda, para liberar a veia cava Metabolismo da glicose → Necessidade de aporte glicêmico constante para o feto (mesmo em períodos de jejum materno) → Hormônio Lactogênio Placentário Humano (hPL) - produzidos pela placenta - aumenta resistência insulínica, isso é, aumenta a disponibilidade de glicose → Esse aumento de glicose no sangue, estimula a secreção pancreática de insulina → Lipólise contribui para a redução do uso da glicose pelo organismo materno → A paciente faz em algumas situações hipoglicemia se ela ficar muito tempo em jejum porque o feto está consumindo glicose. Variação peso na gestação → Hiperfagia → Ansiedade → Erro alimentar → Gestante não come por 2 → O peso fetal não se relaciona com o peso materno → A grávida também tem desejo de pica, ou seja, desejo de mastigar substâncias que não tem valor nutricional → Gestante NÃO deve fazer dieta hipocalórica, a formação do feto depende de uma série de nutrientes (carboidrato, lipídio, proteína) e portanto não é recomendado que essa gestante faça qualquer tipo de dieta
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