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⬆Volume plasmático: relacionada com a necessidade de suprimento sanguíneo nos órgãos genitais, principalmente no útero, cuja vascularização encontra-se aumentada na gestação. ⬆Débito cardíaco: bem no começo da gestação temos aumento da frequência cardíaca e elevação do volume sistólico, consequentemente terá aumento do DC, entretanto os níveis não podem subir tanto, de modo a manter um controle homeostático e por isso, ocorre a vasodilatação (DC = Volume sistólico (VS) x FC) ⬆Volume sanguíneo ⬇Resistência vascular: isso é devido à vasodilatação periférica e ao surgimento da circulação uteroplacentária (de baixa resistência). Devido à isso, há uma queda da PA também, apesar do aumento do DC. (Secundária a ação das prostaglandinas) ⬇Pressão arterial: ocorre secundário à diminuição da resistência vascular periférica (Secundária a Resistência periférica, tem uma queda dos níveis pressóricos e isso é normal, porque se tem uma diminuição da RP, tem uma diminuição da PA sistólica e diastólica. Se a paciente está hipertensa, na fase em que ela deveria estar hipotensa, no 3º trimestre, ela pode estar com hipertensão gestacional associado com pré eclampsia) ⬇PAS (5 -10 mmHg) ⬇PAD (10 - 15mmHg) Há também um aumento na concentração de células vermelhas, estabelecendo um estado de hemodiluição, uma vez que o aumento não acompanha o aumento do volume sanguíneo total. Dessa forma, há uma diminuição da viscosidade plasmática, diminuindo também o trabalho cardíaco. A concentração de hemoglobina está levemente diminuída durante a gestação (anemia fisiológica) devido à hemodiluição e por isso valores de Hb até 11g/dl são aceitos. As necessidades de ferro durante o ciclo gravídico- puerperal aumentam consideravelmente devido ao consumo e à perda que ocorrem nessa fase. Por isso, a maioria das gestantes apresentará anemia ferropriva, a não ser que haja uma suplementação adequada. Parto normal é perdido 1L Parto cesárea é perdido 1,5L O volume sanguíneo também aumenta (na 6ª semana) A volemia normal: é aproximadamente 4,5L no final da gestação terá 6L. - Ocorre este aumento, por mecanismo de proteção. Um parto normal sangra até 1L. O sopro cardíaco sistólico é comum devido à redução da viscosidade sanguínea e do aumento do DC. E pode ser consequente de uma hipervascularização mamária Terá alterações no ECG, nas ondas T e Q, no segmento ST e desvio de eixo cardíaco para esquerda; Pode apresentar momentos de taquicardia paroxística supraventricular Anemia fisiológica Paciente começa com a hemoglobina normal (Hb = 12), tem uma queda no 2 trimestre e depois recupera. Essa queda se dá por conta do tempo para produção de hemácias que não consegue acompanhar o aumento do volume plasmático. Por precisarmos de mais hemácias, fazemos a suplementação de ferro na gestação, senão não consigo aumentar meu porte celular. * QUEDA FISIOLÓGICA Na gestante, os níveis de Hb e Ht são diferentes. Suplementação de ferro é recomendado no 2 trimestre, para aumentar o volume celular de hemácias. Com o aumento das hemácias, ocorre necessidade de reposição de ferro Os leucócitos podem aumentar durante toda gestação (⬆). Mas no parto e puerpério pode ter aumento significativo (⬆⬆⬆), de modo fisiológico e isso é tudo pelo mecanismo de estresse pós parto e de reposição volêmica. Isabelle Maia Da gravidez Os fatores de coagulação estão todos elevados (principalmente o fibrinogênio) e isso junto com a estase venosa, compromete-se o retorno venoso e consequentemente, faz com que a gestação seja um período de risco trombogênico As plaquetas estão diminuídas e relacionadas com a hemodiluição Elevação do diafragma => leva a redução do volume residual pulmonar, apesar do aumento da circunferência torácica. Conforme a gravidez vai evoluindo, o ângulo torácico abre, ou seja, tem um aumento do diâmetro (esse mecanismo compensatório) A frequência respiratória não muda (diferente da FC), porém o volume corrente muda, assim como a ventilação por minuto, em repouso e com o decorrer da gravidez. Motivos do aumento da ventilação por minuto: Aumento da progesterona Redução do volume de reserva expiratória Resistência aumentada, diminuição do volume de reserva respiratória e a gestante faz uma alcalose respiratória. Se a gestante fizer esforço, tem uma hiperventilação porque é retirada do limiar de compensação e enquanto tem a hiperventilação altera a FR ⬇Capacidade respiratória total (cerca de 200ml) => ⬇ da capacidade residual funcional => constituída pelo volume residual + reserva expiratória (ambas ⬇ na gestação) = respiração da gestante é mais eficaz. ⬆Capacidade inspiratória => reserva inspiratória + ⬆ volume corrente Volume corrente provoca hiperventilação => ⬇ pressão parcial de CO2 => facilita a excreção fetal de CO2 devido a gradiente materno-fetal Melhorar a condição de chegada de O2 para o bebê, e para isso tem um desvio para esquerda de pH para favorecer. Assim, terá uma dificuldade de liberação de O2 para os tecidos maternos. Diminuição dos níveis circulantes de bicarbonato => alcalose respiratória compensada Congestão nasal: se ela faz hiperventilação por esforço, aumento de FR, aumento da vascularização nasal + edema de mucosa nasal Náuseas e vômitos: sintomas mais frequentes e em geral estão relacionados a várias teorias, como: - Aumento progressivo dos níveis de Beta HCG - Progesterona: diminui o tônus da musculatura lisa e assim, o sistema digestório fica todo prejudicado com diminuição da velocidade do esvaziamento gástrico e esvaziamento intestinal. Por isso, a paciente tem náuseas e vômitos Alterações odontológicas - Gestante deve fazer tratamento dentário - Pode apresentar sangramento gengival => presença de hiperemia e edema - A associação de placa bacteriana pode desencadear gengivites => ocasionando parto pré termo - O único tratamento dentário que a gestante não pode fazer é IMPLANTE, por conta do mecanismo do cálcio. Pirose é desencadeada por refluxo de secreções gástricas + relaxamento do esfíncter esofágico. Além disso, o deslocamento do estômago e intestino pelo aumento do volume uterino, devido a progressão da gravidez. Volume uterino aumenta => trânsito intestinal diminuído => compressão das veias do plexo hemorroidário + obstipação Em múltiparas encontra-se maior risco para litíase biliar por cálculos de colesterol, devido a potente ação relaxante na musculatura lisa provocada pela progesterona + alteração de metabolismo lipídico no período gestacional - A progesterona mexe com o tônus da musculatura lisa da vesícula que vai ter mecanismo para expulsar a bile. Mas se não tem motilidade, vai acumular a bile e fisiologicamente, as frações pesada de colesterol vão acumular e na multípara, ficam muito tempo expostas a esse processo que ocorre na gestação. ⬆ Níveis de estrogênio => ⬆ colestase intra-hepática (por inibição do transporte intraductal de ácidos biliares) Fígado: ⬆Fluxo sanguíneo hepático ⬆Diâmetro da veia porta O útero começa a crescer e faz uma dextrorrotação uterina para direita e o ureter direito tem uma discreta dilatação por conta da compressão. Além disso, tanto o ureter como a bexiga tem o tônus diminuído, acarretando em ITU recorrentes, devido estase urinária - A progesterona é responsável pela dilatação do trato urinário e estase urinária, devido a ação no tônus da musculatura lisa ureteral => infecções urinárias O aumento da volemia, em associação com a redução da RVP, provoca um aumento do fluxo plasmático renal e aumento da taxa de filtração renal, entretanto não há aumento de ureia e creatinina. - Oricosúria => diminuição de ácido úrico devido a ação do estrogênio Passa a ser fisiológico liberar glicose na urina, mesmo que tenha maiorquantidade de sangue sendo filtrado, ou seja, a oferta de glicose ultrapassa a capacidade de absorção => glicosúria Se aumenta volume – interfere no sistema renina angiotensina e se perde mais coisa na urina, é necessário diminuir a osmolaridade plasmática, diminuindo o hormônio antidiurético. - Os rins gravídicos tem dificuldade em concentrar urina Se diminui sódio circulante, paciente com muito líquido faz edema de pulmão, ocorrendo perda de líquido para o terceiro espaço. Por isso, é necessário maior quantidade de sódio circulante. A bexiga é esticada junto com o crescimento do útero. Junto com a diminuição do tônus, vai ter uma retificação do trígono vesical, causando refluxo vesicoureteral. Consequentemente, terá aumento do risco de formação de cálculos renais, infecções, aumento de incontinência urinária e aumento de hematúria. Também participam dessas modificações: óxido nítrico, endotelina e relaxina O TSH circulando diminuía por inibição da hipófise VALOR DO TSH 1 trimestre: 2,5 2 trimestre: 3,0 3 trimestre 3,5 A produção aumentada de prolactina obtida por essas modificações preparará as mamas para a lactação no pós parto. A hipófise é a principal produtora do hormônio de crescimento que vai ajudar em toda cadeia endócrina durante o primeiro trimestre da gestação Depois a placenta passa a ser a principal produtora do GH - Hormônio de Crescimento Placentário: é importante no crescimento fetal e no desenvolvimento da pré-eclâmpsia. Ele é o elemento vital no desencadeamento da resistência insulínica na segunda metade da gestação. Seu nível sérico tem correlação direta com o peso do recém-nascido e inversa com a restrição ao crescimento fetal e resistência arterial uterina - Quando vem alto, a chance da paciente estar fazendo pré eclampsia é próximo de 90% A prolactina durante a gestação fica aumentada e depois do parto fica só aumentada quando tem a sucção do bebê O ADH e Ocitocina não apresentam alterações durante a gestação, apenas esta útima aumenta no trabalho de parto e no parto Taxa metabólica ⬆Em relação a não-gestantes devido a ⬆ consumo de O2 para suprir metabolismo fetal Na tireoide, observa-se aumento do seu volume e sua função altera-se em decorrência do nível do iodo reduzido pela TFR, pelo aumento da globulina transportadora de hormônios tireoidianos e pela ação da gonadotrofina coriônica. T4 e T3 apresentam picos durante a gestação e T4 livre alcança o nível máximo com o HCG e depois volta ao normal. Cortisol Se tem uma demanda hormonal significativa, passa a ser mais eficaz, ou seja, não aumenta a quantidade dele. Porém tem uma meia vida aumentada na gestante. Só que para ter equilíbrio na meia vida, a progesterona faz com que a ação do cortisol não seja tão eficaz nos tecidos (A progesterona provoca uma má resposta dos tecidos ao cortisol) Androsterona: papel na homeostase PTH Comanda o metabolismo do cálcio e tende a estar aumentado. Ou seja, o PTH se eleva em resposta a diminuição de cálcio pelo aumento do volume plasmático e da TGF, além da transferência de cálcio materna para o feto - Se o PTH está alto, a vitamina D está baixo. - O PTH não está aumentado para levar cálcio pro osso, mas sim para o feto O consumo de glicose fetal é de ação contínua, enquanto que a ingesta materna é variável (períodos de jejum), por isso a gestante tem que comer em intervalos curtos, para não ter hipoglicemia. Para manter a fonte de energia contínua ao feto, o transporte de glicose é por difusão facilitada, através da placenta. Para manter a disponibilização da glicose ao feto priorizada, há ⬆ da resistência insulínica materna = por conta do aumento de transporte de glicose para o feto associados aos efeitos abaixo: - Determinado pelo hormônio lactogênico placentário humano (hPL) em associação ao hormônio de crescimento placentário humano (hPGH) e adipocinas (leptina, adiponectina, TNF alfa, interleucina-6) - Estas alterações são mais evidentes no 3º trimestre de gestação e associadas às alterações católicas do metabolismo lipídico Metabolismo lipídico Anabólica acontece no 1º e 2º trimestre => ocorrendo favorecimento da lipogêneses => ⬆depósito de gordura e ⬆reserva energética materna Fase catabólica => 3º trimestre => incentivo a lipólise Nesta fase => a resistência insulínica reduz o efeito inibitório da insulina sobre a lipólise => ⬆ recrutamento dos depósitos de gordura como fonte energética para compensar o jejum materno e priorizar a disponibilização de glicose e aminoácidos ao feto Também facilita a disponibilização dos ácidos graxos que são necessários à constituição de estruturas importantes do cérebro e do aparelho ocular, e na composição de membranas celulares fetais Elevam-se os triglicérides e as lipoproteínas, principalmente VLDL. ⬆Triglicérides Colesterol ⬆⬆VLDL ⬆LDL ⬆HDL Proteínas [Aminoácidos fetais] > [aminoácidos maternos] [Proteínas totais maternas] => embora em maiores concentrações durante a gravidez, apresentam-se reduzidas devido à hemodiluição. A albumina está reduzida e, em menor evidência, as globulinas. Há aumento do fibrinogênio, da alfaglobulina e betaglobulina. Aporte proteico tem que ser bom por conta do consumo fetal A gestante não precisa comer por 2 Embebição gravídica => acomete todas as articulações Articulações da bacia apresentam maior elasticidade e maior capacidade pélvica => indispensável para a expulsão fetal Marcha anserina da gestante => mudança de centro de gravidade para manter o equilíbrio - Projeta o ventre para frente, afasta a base de sustentação dos MMII e os ombros inclinam-se para trás. Marcha anserina => utilização de músculos cervicais e lombares pouco empregados fora da gestação => fadiga muscular, parestesia de extremidades, dores lombares e cervicais decorrentes da compressão de raízes nervosas (n. ulnar e mediano) Faz uma lordose para equilibrar o peso da barriga. Principal queixa: sonolência - A etiologia desse sintoma está associado aos altos níveis de Progesterona, potente depressor do sistema nervoso central e à hiperventilação pela produção de alcalose respiratória Fadiga relacionada a distúrbios do sono => principalmente no final da gestação => ⬆ desenvolvimento de hiperêmese gravídica, enxaqueca e quadros psíquicos (blues e depressão) ⬆ na dificuldade de concentração e memória => alterações das artérias cerebral média e posterior é diminuída na gestante Alterações cutâneas => níveis ⬆ progesterona e produção placentária de estrógenos Devido a vasodilatação periférica => ⬆dissipação de calor pela pele Modificações mais encontradas são: Hiperpigmentação: geralmente desaparecem após o parto e pioram com a exposição ao sol e atinge principalmente a face (cloasma), Linha alba (linha nigra), Aréolas mamárias, períneo e axilas. Sinal de Haller e tubérculos de Montgomery Ponto de vista vascular, ocorre eritema palmar; Telangectasias; Hipertricose; Secreção sebácea exacerbada; Sudorese Estrias gravídicas (Violáceas – recentes); (Nacaradas – antigas) Útero não-gravídico => peso 70g e volume de 100cc (ml) Útero gravídico => peso de 1100g e volume de 5000cc (ml) Crescimento uterino => 1 cm por semana na medida da púbis ao fundo uterino => altura uterina - 4cm por mês após ultrapassar os limites da pelve, alcança a cicatriz umbilical na 20ª semana e o apêndice xifoide ao termo. O sinal de Piscacek aparece pela assimetria uterina provocada no local da implantação do embrião. A embebição gravídica leva à diminuição da consistência uterina, além do adelgaçamento das fibras uterinas com o evoluir da gestação, propiciando a palpação de partes fetais. Pelo amolecimento dos tecidos adjacentes e pelo peso uterino,ocorre a ocupação dos fórnices vaginais laterais, o sinal de Nobile-Budin Sinal de Hegar: amolecimento do colo uterino sentido ao toque vaginal Conversão uterina para forma esférica => ao redor da 20a semana => istmo se une ao corpo => surge o segmento inferior (região onde faz-se a secção uterina na cesárea) Endométrio - Decídua parietal => onde o embrião se implanta - Decídua reflexa => restante da cavidade - Se fundem ao redor da 16a semana Contrações de Braxton-Hicks Somente estas são detectadas por palpação Aparecimento após o 2º trimestre Aparecimento aleatório e sem intervalo ou frequência predeterminados Plexo uterovaginal (plexo de Frankenhauser) É o principal na inervação uterina Age na atividade contrátil involuntária da musculatura uterina, tubária e vaginal Colo uterino Toque amolecido => pode auxiliar no diagnóstico de gravidez => regra de Goodell (consistência semelhante à do lábio) Pode ser influenciado pelos hormônios => versão da mucosa da endocérvice => mácula rubra no exame especular Intensa vascularização => ⬆risco de sangramento Ovários => corpo lúteo fornece quantidades suficientes de progesterona para preparar a decídua para implantação do blastocisto => BHCG mantém sua existência até por volta da 12a semana Vulva e vagina => cor arroxeada => ⬆ vascularização local => sinal de JacquemierChadwick e sinal de Kluge Sinal de Osiander => percepção de pulsação das artérias vaginais dilatadas nos fórnices vaginais pH vaginal => oscila entre 3,5 - 6,0 => protege de infecções bacterianas => porém pode facilitar candidíase Epitélio vaginal => ⬆ progesterona => ⬆ Lactobacilus acidophilus (por meio de acúmulo de glicogênio e excessiva descamação) Modificações mamárias: ⬆Temperatura mamária => hipervascularização da rede venosa => rede de Haller ⬆Volume mamário => 6ª semana => mamilos apresentam-se acastanhados e limites da áreola imprecisos => origem a aréola secundária => Sinal de Hunter
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