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Dependência Química Carina, Eriana, Islaine, Josimeira, Poliana e Vinícius O que é ? DEPENDÊNCIA: O indivíduo investe de maneira desequilibrada em um objeto particular, prejudicando sua participação em outras áreas da vida (laboral, afetiva, social) (MORGADO, 1985). ● Dependência de substâncias psicoativas envolve : a substância, o indivíduo e o contexto sócio cultural (SILVEIRA, 1996). ● Impossível a etimologia por uma única linha de estudo (MOTA, 2007). ● Separação dos conceitos de hábito e vício: fácil interrupção versus difícil (CRUZ, 2002). Hipóteses Etiológicas As ciências biológicas/fisiológicas: compreende a herança genética das vulnerabilidades e sua modulação ao longo dos anos pelos efeitos ambientais (MOTA, 2007). Segundo um artigo de neurociências publicado pela OMS (2004) a dependência é vista como um transtorno cerebral, que causa alterações nas funções cerebrais, desde o nível molecular e celular até alterações em processos cognitivos complexos. Diagnóstico de Dependência Química As duas ferramentas diagnósticas internacionalmente utilizadas para diagnosticar os transtornos psiquiátricos são a Classificação Internacional de Doenças, em sua décima edição (CID-10), e o Manual Estatístico Diagnóstico, em sua quinta versão (DSM-5). CID-10 2 - Critérios biológicos: ✓ Abstinência; ✓ Tolerância. 4 - Critérios que incluem elementos cognitivos: ✓ Desejo compulsivo; ✓ Dificuldades de autocontrole; ✓ Dificuldade de se proteger dos danos evidentes provocados pelo uso; ✓ Restrição dos interesses e ampliação progressiva do tempo despendido com a droga. DSM-5 Grupo de especialistas rigorosamente selecionado, de áreas como epidemiologia, psiquiatria clínica, bioestatística e genética, a partir da análise de estudos científicos criteriosos com mais de 200 mil participantes, incorporou mudanças ao DSM-5, abolindo a divisão entre abuso e dependência. DSM-5 A classificação da gravidade do transtorno baseia-se na quantidade de critérios preenchidos pelo indivíduo, sendo: ● Leve: presença de 2 a 3 sintomas ● Moderada: presença de 4 a 5 sintomas ● Grave: presença de 6 ou mais sintomas The Addiction Severity Index (ASI) ❖ Perfil médico ❖ Psicológico ❖ Empregatício ❖ Uso de drogas ❖ Uso de álcool ❖ Problemas legais e sociais/ familiares. O Que a Dependência Química Causa no Cérebro? ✓ O álcool pode provocar lesões difusas no cérebro, prejudicando, além da memória, a capacidade de julgamento, de abstração e o comportamento. ✓ Maconha, sua presença no hipocampo e em diversas regiões do córtex cerebral pode justificar os déficits cognitivos e a amnésia anterógrada. ✓ Cocaína e crack seu uso leva à diminuição da dopamina na sinapse, aparecem relacionadas ao surgimento de sintomas de abstinência, (ansiedade, irritabilidade, impulsividade, fissura, e sintomas depressivos) ✓ Metanfetaminas,(ecstasy), produzem alterações crônicas nos terminais nervosos que liberam serotonina, dopamina e noradrenalina e provocam lesões nos corpos celulares Os sedativos- hipnóticos estimulam a ação de neurotransmissores inibitórios endógenos (GABA e serotonina) e modulam a excitação. Benzodiazepínicos, Hipnóticos e Ansiolíticos https://www.youtube.com/watch?v=6hK9PM1uM8U Postura do Psicólogo A postura do profissional psicólogo em relação à dependência química é de extrema importância para o tratamento e recuperação do paciente. Desse modo, será apresentado a seguir alguns tópicos a respeito da postura e das diretrizes fundamentais que os psicólogos devem seguir ao trabalhar com pacientes que enfrentam dependência química. Postura do Psicólogo 1. Abordagem Não Julgadora: É fundamental que os psicólogos adotem uma abordagem não julgadora ao lidar com pacientes com dependência química, criando um ambiente de confiança 2. Empatia e Compreensão: A demonstração de empatia e compreensão em relação ao sofrimento do paciente desempenha um papel motivador na recuperação. 3. Trabalho em Equipe: A colaboração com outros profissionais de saúde, como médicos e terapeutas, é crucial para fornecer um tratamento abrangente. Postura do Psicólogo 4. Tratamento Baseado em Evidências: A adesão a abordagens de tratamento baseadas em evidências, como Terapia Cognitivo-Comportamental e Terapia Motivacional, é fundamental, pois demonstraram eficácia no tratamento de dependência química. 5. Avaliação e Diagnóstico Precisos: Uma avaliação cuidadosa e um diagnóstico preciso são essenciais para determinar o melhor plano de tratamento para o paciente. Postura do Psicólogo 6. Apoio à Prevenção de Recaídas: Os psicólogos devem auxiliar os pacientes a desenvolver habilidades para prevenir recaídas e lidar com situações de risco. 7. Ética Profissional: Os psicólogos devem aderir a padrões éticos rigorosos ao lidar com pacientes com dependência química, assegurando confidencialidade e respeito pelos direitos dos pacientes. É importante destacar que o tratamento da dependência química é um processo complexo e multidisciplinar, onde a abordagem do psicólogo desempenha um papel vital na recuperação do paciente. Como as Abordagens Entendem Esse Fenômeno: ➢ PSICANÁLISE ➢ ANÁLISE DO COMPORTAMENTO ➢ TERAPIA COGNITO PSICANÁLISE Fonte: Wikipedia “Às vezes um cachimbo é só um cachimbo“. • ... “os viciados não se prestam ao tratamento psicanalítico. Frente à menor frustração, retomam o uso da droga e abandonam o tratamento”. Freud, 1916.1 • Identificação primária com a mãe, na qual, sempre que há desconforta há acalento. Dessa forma, o individuo busca reaver esse prazer na droga. • Abraham,7 ao examinar o beber como uma fuga, chama atenção que "o álcool se toma um meio de conseguir prazer sem dificuldade. Desiste das mulheres e se volta para o álcool" (pg 347). • Depender de drogas seria o resultado do deslocamento desse sentimento de falta para uma "coisa", com a notória vantagem de esta ser alcançável em qualquer esquina do mundo. PENSE POSITIVO TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL Fonte: G1 (adaptado) É TUDO COISA DA SUA CABEÇA! Trata-se da ideia de que nossas reações comportamentais e emocionais são fortemente influenciadas por nossas cognições (i.e., pensamentos), as quais determinam como percebemos as coisas. O modo como uma pessoa interpreta uma situação específica influencia seus sentimentos, motivações e ações. Essas interpretações, por sua vez, são moldadas pelas crenças ativadas por essas situações. Mais importante do que a situação real é a avaliação que o indivíduo faz a respeito dela. O comportamento de busca de substâncias é sempre precedido por um conjunto de avaliações específicas (p. ex., a respeito dos efeitos da droga) e genéricas (a respeito de si) e torna-se uma estratégia comportamental que visa a lidar e compensar as avaliações disfuncionais e seus consequentes sentimentos negativos. As crenças básicas, quando disfuncionais, caracterizam-se por irracionalidade, supergeneralização e rigidez. Levam a sofrimento psíquico e comportamentos mal-adaptativos, além de impedirem a realização de metas. Os pensamentos automáticos são uma síntese da avaliação mais imediata de situações específicas. Estratégias compensatórias são comportamentos que visam a aliviar ou anular os pensamentos automáticos e as emoções negativas. Por exemplo, imaginemos um paciente músico diante de uma situação na qual vai se apresentar em público. Ele pode ter o seguinte pensamento: “vou errar”. Lembrando que o pensamento automático é uma constatação inflexível, o paciente se sente triste, com medo e ansioso. Ele, então, faz uma suposição: “se eu beber, conseguirei ficar menos ansioso e poderei me apresentar”. Pede uma bebida alcoólica e bebe. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO SOMENTE O COMPORTAMENTO, E NADA ALÉM DO COMPORTAMENTO! A droga é então definida como um estímulo cuja função dependerá das consequências que produz e/ou do contexto em que é administrada. REFORÇOPOSITIVO REFORÇO NEGATIVO Dependência pode ser entendida como um processo em que o consumo repetido de uma droga ocasiona a diminuição progressiva do valor reforçador de atividades como família, trabalho, etc., em relação a atividades relacionadas com o consumo de droga. Segundo o modelo, o valor reforçador da droga também diminui nesse processo, porém em menor magnitude do que o das atividades concorrentes. No que concerne às técnicas, a abordagem comportamental possui grande reconhecimento no tratamento da dependência, sendo largamente recomendados por guias terapêuticos médicos, pela sua aceitabilidade na área psiquiátrica (SONENREICH; ESTEVÃO; FILHO, 2000) TÉCNICA SIP: Na dependência química, a técnica SIP estimula o paciente a avaliar cognitivamente os benefícios da abstinência e, dessa forma, fortalece a auto eficácia, ou seja, a percepção de sua habilidade de desempenhar de forma eficaz o manejo do craving e, assim, não utilizar a substância. Técnicas que Podem Auxiliar o Manejo Clínico: As principais técnicas utilizadas para o tratamento de dependentes químicos são: identificação de pensamentos automáticos que podem ser feitas através do registro diário de pensamentos disfuncionais, o questionamento socrático verificando a veracidade dos pensamentos, a identificações de alto risco, a entrevista motivacional, o treinamento de habilidades sociais, o treinamento de relaxamento, o treinamento de autocontrole e da assertividade, o manejo do estresse, depressão e ansiedade. Técnicas que Podem Auxiliar o Manejo Clínico: OUTRAS TÉCNICAS QUE PODEM SER UTILIZADAS: extinção respondente (condicionamento), análise individual, associação livre, RPD, relacionamento terapêutico Referências Dependência química [recurso eletrônico] : prevenção, tratamento e políticas públicas/ Alessandra Diehl ... [et al.]. - Dados eletrônicos. - Porto Alegre : Artrned, 2011. Marlatt, G. A., & Witkiewitz, K. (2005). Update on harm-reduction policy and intervention research. Annual Review of Clinical Psychology, 1, 555-590. Miller, W. R., & Rollnick, S. (2012). Motivational interviewing: Helping people change. Guilford Press. SOUZA, Amanda Magalhães. Compreensões psicológicas sobre a dependência química. Psicologia. PT- O portal dos psicólogos. BRASIL, 2014. CHAIM, Carolina Hanna; BANDEIRA, Kercya Bernardes P.; ANDRADE, Arthur Guerra de. Fisiopatologia da Dependência Química. Rev Med (São Paulo). 2015 out.-dez.;94(4):256-62. ALARCON, S. Critérios para o Diagnóstico de Dependência Química. In: ALARCON, S., and JORGE, MAS., comps. Álcool e outras drogas: diálogos sobre um mal-estar contemporâneo [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2012, pp. 131-150. Slide 1: Dependência Química Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13: Postura do Psicólogo Slide 14: Postura do Psicólogo Slide 15: Postura do Psicólogo Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32: Referências
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