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Por @med_rabiscos Referência literária: Embriologia Clínica – Keith L Moore O aparelho faríngeo é responsável por formar a face, pescoço, cavidade nasal, boca, laringe e faringe • Conjunto de arcos, sulcos, membranas faríngeas e bolsas que vai dar origem a cabeça e pescoço, exceto SN • Derivados da crista neural • ARCOS FARÍNGEOS o Origem na terceira* e quarta semanas o Formados por mesênquima do mesoderma e da crista neural o Migração de células da crista neural para futuras regiões da cabeça e do pescoço o Cobertos internamente por endoderma e externamente por ectoderma o Sustentam as paredes laterais da faringe primitiva o Membrana buco-faríngea: separa estomodeu (boca primitiva) da faringe (cefálica do intestino primitivo) o Arco típico: arco aórtico, nervo, cartilagem e músculo o 6 arcos faríngeos, sendo o 5º não se forma o 1º arco: mandibular o 2º arco: hioide o 1º arco: inervado pelo trigêmeo (NC V); possui componente maxilar e mandibular o 2º arco: inervado pelo facial (NC VII) o 3º arco: inervado pelo glossofaríngeo (NC IX) o 4º e 6º arcos: inervados pelo vago (ramo laríngeo superior e ramo laríngeo recorrente) NC X o Com 24 dias – o 1º e o 2º; com 26 dias – 3º também; com 28 dias – 4º e quase aparecendo o 6º Destino das estruturas dos arcos Durante a quinta semana, o segundo arco aumenta e cobre o terceiro e quarto, formando o seio cervical – depressão ectodérmica Ao final da sétima semana, o segundo até o quarto sulco faríngeos e seio cervical desaparecem – pescoço liso Cartilagens: • 1º arco: ossifica e forma martelo e bigorna, mandíbula e maxila (guiam; ossificação endomembranosa), zigomático e temporal, ligamento anterior do martelo e esfenomandibular • 2º arco: forma o estribo, processo estiloide, parte do osso hioide (corno menor), ligamento estilo-hioideo • 3º arco: osso hioide (corno maior) • 4º arco e 6º arco: se fundem e formam as cartilagens laríngeas (exceto a epiglote) Derivados dos músculos: vários músculos esqueléticos da cabeça e pescoço Derivados dos nervos: cada arco tem seu nervo craniano; componentes eferentes suprem músculos respectivos a cada arco; componentes aferentes para eventos sensitivos - 1º arco: trigêmeo e ramos caudais; nervo motor da mastigação e outros; nervo sensitivo da derme, boca, língua, dentes, cavidade nasal BOLSAS FARÍNGEAS • Desenvolvem no sentido cefalocaudal entre os arcos • 4 pares de bolsas bem definidos, o quinto é rudimentar • Derivados das bolsas: 1ª bolsa: forma o recesso tubotimpânico; contribui para formação da membrana timpânica; tuba faringotimpânica (tuba auditiva) 2ª bolsa: oblitera-se parcialmente pelo crescimento da tonsila palatina – amigdalas; o que permanece forma o seio/fossa tonsilar 3ª bolsa: forma paratireoides inferiores (parte dorsal) e timo (parte ventral) 4ª bolsa: forma paratireoides superiores (junto com a 6ª forma as células C da tireoide) 5ª junta-se à 4ª e forma corpo ultimobranquial SULCOS E MEMBRANAS FARÍNGEAS • Sulco é um vale entre dois arcos • Apenas o primeiro sulco persiste, formando o meato acústico externo • Formação do seio cervical (branquial): raros, resultam da falha na obliteração do segundo sulco e do seio cervical (externos); quando internos, resultam da persistência da segunda bolsa – seio tonsilar • Fístula cervical/branquial: persistência de parte do segundo sulco e da segunda bolsa Cartilagem de Meckel Processo maxilar Arco mandibular Arco hioide Prominência cardíaca Por @med_rabiscos Referência literária: Embriologia Clínica – Keith L Moore • Fístula do seio piriforme: persistência de remanescentes do corpo ultimofaríngeo ao longo do seu trajeto para a glândula tireoide • Cisto cervical/branquial: remanescentes de partes do seio cervical e/ou do segundo sulco • Membranas faríngeas: separam o sulco e a bolsa • Apenas a primeira persiste, formando a membrana timpânica FORMAÇÃO DA TIREOIDE • Primeira glândula endócrina que desenvolve no embrião • Começa a se formar aprox. com 24 dias após fecundação • Espessamento endodérmico na faringe • Forma um divertículo tireoidiano • Cresce como um ducto – ducto tireoglosso; acompanha a tireoide até embaixo do pescoço • Esse ducto vai desaparecer • Possui dois lobos no divertículo (direito e esquerdo) que são ligados pelo istmo central (istmo da tireoide) – anterior ao segundo e terceiro anéis traqueais em desenvolvimento • Eventualmente pode ter um lobo piramidal • Em 7 semanas a glândula tireoide assume forma definida e localiza no final do pescoço; ducto já desaparece • Abertura proximal do ducto – fosseta no dorso da língua: forame cego • Hipotireoidismo congênito: distúrbio metabólico mais comum em neonatos; pode levar a distúrbios do neurodesenvolvimento e infertilidade se não tratado • Cistos e seios do ducto tireoglosso: inchaço no plano mediano em forma de massa móvel e indolor DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA • Final da 4ª semana: aparece uma elevação triangular mediana no assoalho da faringe primitiva, imediatamente rostral ao forame cego = broto da língua • Brotos linguais distais (laterais): em cada lado da tumefação (tubérculo) lingual mediana • Resultam de proliferação do mesênquima nas porções ventromediais do primeiro par de arcos faríngeos • Os tubérculos linguais laterais se fundem com o mediano e formam a parte oral da língua • A parte faríngea da língua da fusão do segundo arco e da eminência hipofaríngea (mesênquima do 3º e 4º arcos faríngeos posteriores ao forame cego • Fusão da parte oral e faríngea: sulco terminal • As papilas linguais surgem no final da 8ª semana • Papilas circunvaladas e foliáceas: aparecem primeiro; próximas aos ramos terminais do nervo glossofaríngeo • Papilas fungiformes: próximas das terminações do ramo da corda do tímpano do nervo facial • Papilas filiformes: longas e numerosas; terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque • Corpúsculos gustativos: 11ª a 13ª semanas; se desenvolvem por interação indutiva entre as células epiteliais da língua e invasão de células nervosas gustativas a partir dos nervos da corda do tímpano, Por @med_rabiscos Referência literária: Embriologia Clínica – Keith L Moore glossofaríngeo e vago; a maioria forma na superfície dorsal da língua, alguns nos arcos palatoglossos Inervação da língua • Suprimento sensorial da mucosa de 2/3 da língua: ramo lingual da divisão mandibular do trigêmeo; nervo do primeiro arco faríngeo • Ramo corda do tímpano (facial) inerva corpúsculos gustativos nos 2/3 anteriores da língua (exceto papilas circunvaladas) • As papilas circunvaladas na parte anterior da língua são inervadas pelo glossofaríngeo (3º arco) • 1/3 posterior da língua: inervado pelo glossofaríngeo • Ramo laríngeo superior do vago (4º arco): pequena área da língua anterior a epiglote • Todos os músculos da língua são inervados pelo hipoglosso, exceto palatoglosso (plexo faríngeo – vago) Anomalias congênitas da língua: fissura, formando fenda; hipertrofia das papilas linguais (síndrome de Down) Cistos e fístulas linguais congênitas: cistos - podem ser derivados remanescentes do ducto tireoglosso; podem aumentar de tamanho, dando desconforto ou disfagia. Fístulas se abrem no forame cego, dentro da cavidade oral Anquiloglossia: freio lingual que conecta a superfície inferior da língua ao assoalho da boca pode ser curto e estender até a ponta da língua; interfere na protrusão, dificulta amamentação; língua presa Desenvolvimento das glândulas salivares • Durante 6ª e 7ª semana • Ramificação a partir de brotos epiteliais maciços, a partir da cavidade oral primitiva • Tecido conjuntivo das glândulas é derivado da crista neural • Glândulas parótidas são as primeiras a se desenvolverem • Glândulas submandibularesaparecem no final da 6ª semana, de brotos endotérmicos no assoalho do estomodeu • Glândulas sublinguais: na 8ª semana; se desenvolvem a partir de múltiplos brotos epiteliais endodérmicos que se ramificam e se canalizam para formar entre 10 e 12 ductos
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