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espermograma

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Uroan.oose .•·e
Fluidos Biologieos
3Ra· , -.••- e Iça0
SUSAN KING STRASINGER, D.A.,
Diretora
Rua Silif1\t }'111~ll
Fone:
156 UROANÁLISE E FLUIDOS BIOLóGICOS
Este capítulo trata dos líquidos seminal,
sinovial, pleural, pericárdico, peritoneal e
amniótico, com um breve estudo da análise do
suor e da lavagem broncoalveolar. Embora as
amostras mais comumente recebidas em labo-
ratório clínico sejam de sangue, urina e líquido
cefalorraquidiano, é preciso estar preparado
também para analisar vários outros líquidos do
organismo, capazes de revelar determinados
quadros ou doenças, o que pode exigir exames
especializados além dos realizados rotineira-
mente em todas as amostras. Além disso, ao
contrário da urina e do sangue, esses líquidos
não são de fácil colheita e nem sempre estão
disponíveis em grandes quantidades; por isso,
deve-se ter o máximo cuidado para garantir que
de uma amostra se obtenha o maior número
possível de informações. Esse objetivo só é
atingido quando o pessoal do laboratório tem
perfeito conhecimento desses líquidos, e de
tudo o que implica a sua análise, como compo-
sição, métodos especiais e de rotina, quadros
clínicos relacionados e quaisquer precauções
específicas que devam ser tomadas em sua ma-
nipulação. A tendência a tratar os vários líqui-
dos do organismo da mesma forma como são
tratadas as amostras de sangue é freqüente fon-
te de erros; ao contrário, deve-se dispor de mé-
todos específicos para cada líquido.
CORPOSCAVERNOSOS~--~~
URETRA ----I...p:!lllil
GLANDE DO PÊNIS ---'o'1o!.\.l
TESTÍCULO
Líquido Seminal (Sêmen)
Dos líquidos a serem estudados neste capítu-
lo, o seminal é o recebido com mais freqüência
em laboratórios de análises clínicas. As duas
principais razões para sua análise são avalia-
ções de casos de infertilidade e do estado pós-
vasectomia. Em medicina legal, pode ser ne-
cessário identificar um líquido para dizer se é
seminal ou não.
O sêmen é composto por quatro frações, pro-
venientes de: a) glândulas bulbouretrais e
uretrais, b) testículos e epidídimos, c) próstata e
d) vesículas seminais (Fig. 8-1). As frações di-
ferem entre si em termos de composição; para
que o sêmen seja normal, deve haver mistura
delas durante a ejaculação. Os espermatozóide:
são produzidos nos testículos e amadurecem no
epidídimo. São responsáveis por pequena parte
do volume total do sêmen, enquanto a maior é
fornecida pelas vesículas seminais na forma de
um líquido viscoso que fornece frutose e outro
nutrientes para manter os espermatozóides. Ou-
tra contribuição importante é a da próstata:
consiste num líquido leitoso que contém fos-
fatase ácida e enzimas proteolíticas que agem
sobre o líquido proveniente das vesículas semi-
nais, provocando a coagulação e a liquefação
do sêmen.'
I/.•~- VEsíCULA SEMINAL
,~~_ DUCTO EJACULATÓRIO
-'---- PRÓSTATA
~~~~~~~ GLÂNDULA BULBOURETRAL
\,\--;;;;;;====~- VASO DEFERENTE
LOCAL DA VASECTOMlA
EPIDÍDIMO
Figura 8-1. Diagrama dos órgãos genitais masculinos.
Como a coIDj
variável, sua coI
a avaliação da
sa. Para isso, os
tações deta1had:l
lhidas em recip
abstinência sen
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ção da motilidi
cem em tais fi
minutos." Tam
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mes de fertilidi
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vos. Sempre q
colhida em lab
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ente e entregue
Este anotará a
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ção. A análise
quanto a liqI
amostras desti
vem ser manti
Na avaliaç
analisados os
viscosidade, J
fologia dos I
mostra os vak
Volume e'
O volume
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cônico gradn
minada enqu
da no tubo d
rá no recípiei
filamentosa..
viscosidade
classificação
ma de gel)."
tra se liquef
nação da v
Como a composição das frações do sêmen é
variável, sua coleta deve ser bem feita para que
a avaliação da fertilidade masculina seja preci-
sa. Para isso, os pacientes devem receber orien-
tações detalhadas. As amostras devem ser co-
lhidas em recipientes estéreis após três dias de
abstinência sexual. Os recipientes plásticos não
são recomendados, pois constatou-se diminui-
ção da motilidade em amostras que permane-
cem em tais recipientes por mais de sessenta
minutos. 58 Tampouco se recomenda o uso de
preservativos na coleta de amostra para os exa-
mes de fertilidade, pois podem conter substân-
cias espermaticidas. Já as amostras colhidas'
após vasectomia, nas quais só é importante a
presença de espermatozóides - viáveis ou
não -, não são influenciadas pelos preservati-
vos. Sempre que possível, a amostra deve ser
colhida em laboratório, mas se isso não for viá-
vel, deverá ser mantida em temperatura ambi-
ente e entregue em até uma hora ao laboratório.
Este anotará a hora da coleta, e não a do recebi-
mento. As amostras recentes são coaguladas e
devem liquefazer-se nos trinta minutos seguin-
tes à colheita; portanto, a hora em que foi colhi-
da é essencial para a avaliação da sua liquefa-
ção. A análise da amostra não pode começar en-
quanto a liquefação não tiver ocorrido. As
amostras destinadas à análise da motilidade de-
vem ser mantidas a 37°C.
Na avaliação de casos de infertilidade, são
analisados os seguintes parâmetros: volume,
viscosidade, pR, contagem, motilidade e mor-
fologia dos espermatozóides. O Quadro 8-1
mostra os valores normais.
neste capítu-
. freqüência
. As duas
e são avalia-
~ estado pós-
pode ser ne-
m dizer se é
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uretrais e
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que agem
ículas semi-
a liquefação
ONAL
luo Volume e viscosidade
O volume normal do sêmen é de 2 a 5 rnl;
para medi-lo, despeja-se a amostra em tubo
cônico graduado. A viscosidade pode ser deter-
minada enquanto a amostra está sendo despeja-
da no tubo cônico: se normal, a amostra goteja-
rá no recipiente e não se mostrará aglutinada ou
filamentosa. Na transcrição dos resultados, a
viscosidade pode ser expressa segundo uma
classificação que vai de O (aquosa) a 4 (em for-
ma de gel)." Deve-se ter certeza de que a amos-
tra se liquefez por completo antes da determi-
nação da viscosidade. Se a viscosidade for
8 OUTROS FLUIDOS BIOLÓGICOS 157
••
Volume
Viscosidade
pH
Contagem
Mobilidade
Qualidade
Morfologia
2-5 m1
Gotejante
7,3-8,3
20-160 mi1hões1m1
>5()..6()%em 3 horas
>2,0 ou bom
<30% de formas anormais
grande ou a liquefação incompleta, a motili-
dade dos espermatozóides será afetada. Qual-
quer aparência anormal do líquido - como
presença de sangue, pigmentação, grande tur-
vação -, que pode ser devida à presença de
leucócitos, também deve ser registrada nesse
momento. Pode-se usar uma tira reativa para
leucócito-esterase a fim de detectar a presença
de leucócitos."
pH
O pR do sêmen normal é ligeiramente alcali-
no, de 7,3 e 8,3; pode ser medido com o uso de
uma fita medidora de pR. Se a relação entre o
líquido prostático e o seminal for anormalmen-
te elevada, o pR poderá ser mais ácido."
Espermograma
Embora a fertilização seja levada a efeito
por um único espermatozóide, a quantidade de
espermatozóides no sêmem é um dado válido
para medir a fertilidade. Os valores normais
comumente vão de 20 a 160 milhões por milili-
tro, sendo consideradas limítrofes quantias si-
tuadas entre 10 e 20 milhões por mililitro. O
espermograma é feito da mesma maneira que o
hemograma e a contagem do líquido cefalorra-
quidiano, ou seja, diluindo-se a amostra e con-
tando-se as células em câmara de eubauer, A
quantidade de diluição e o número de quadran-
tes contados variam conforme o laboratório.
Em dois dos métodos mais usados, dilui-se a
amostra em 1:20 e conta-se o número de esper-
matozóides nos cinco quadrantes destinados
aos eritrócitos ou nos dois quadrantes destina-
dos aos leucócitos (Fig. 8-2). Quando são usa-
dos os cinco quadrantes dos eritrócitos, o nü-
158 UROANÁLISE E FLUIDOS BIOLÓGICOS
mero de espermatozóides contados é multipli-
cado por 1.000.000 para se calcular o número
de espermatozóides por mililítro.ê-" Se forem
usados os dois quadrantes dos leucócitos,a
contagem é multiplicada por 100.000, para se
chegar ao mesmo resultado.'
A fórmula básica de contagem celular estu-
dada no Capítulo 7 também pode ser aplicada
ao espermograma. Mas, como essa fórmula for-
nece o número de células por microlitro, o nú-
mero deve ser multiplicado por 1000, para dar a
quantidade de espermatozóides por mililitro.
Para evitar a necessidade de usar pipeta ma-
nual, pode-se usar um sistema industrializado
(Unopette System, Becton Kickinson, Ruther-
ford, NJ). Foi demonstrada boa correlação entre
amostras diluídas a I: 100 nesse sistema (para
plaquetas) e diluições convencionais de 1:20
preparadas em pipetas manuais (para leucó-
cites)." Os cálculos podem ser feitos com a fór-
mula básica para contagem celular.
Exemplo:
1. Usando-se diluição 1:20, contam-se 600
espermatozóides nos dois quadrantes de
contagem de leucócitos. Calcular a conta-
gem de espermatozóides por mililitro.
A. 600 espermatozóides cont. X 100.000 =
60.000.000 de espermatozóides/rnl
600 esperm. X 20 (diluição)B. -:-:-----c:-----'-----:------:c-:--'-:-,-------''-----''-
2 (quadr. cont.) X 0,1 ul (voI. cont.)
= 60.000 espermatozóides/ul
60.000 espermatozóides/ul X 1.000 =
= 60.000.000 espermatozóides/rnl
2. Usando-se diluição 1:20, são contados 60
espermatozóides nos cinco quadrantes dos
eritrócitos. Calcular a contagem de esper-
matozóides por mililitro.
w W
R R
R
R R
W W
•u
Figura 8-2. Áreas da câmara de contagem de Neubauer usadas para a contagem de hemácias e leucócitos.
A. 600 I
60.0Cl
I
B. 5 (qlliI
60.000
3. Cá!
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2 t
60.000
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MOtilil
Tão i
matozói
é a sua I
ao colo
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1:20, contam-se 600
dois quadrantes de
tiros. Calcular a conta-
por mililitro.
espermatozóides/ul
x 1.000 =
espermatozóides/rnl
1:20, são contados 60
, cinco quadrantes dos
m de esper-a contage
litro.
I1
, . ,:mactaS e leucocitos.
=
A. 600 espermatozóides cont. X 1.000.000
60.000.000 de espermatozóides/rnl
B 60 esperm. X 20 (diluição)
. 5 (quadr. cont.) X 0,0041il (voI. cont.)
= 60.000 espermatozóides/ul
=
60.000 espermatozóides/ul X 1.000 =
= 60.000.000 espermatozóides/rnl
3. Cálculo com o sistema industrializado:
usando-se diluição 1:100, contam-se 120
espermatozóides nos dois quadrantes de
contagem de leucócitos
120 esperm. X 100 (diluição)
2 (quadr. cont.) X 0,11il (vol. cont.)
= 60.000 espermatozóides/ul
60.000 espermatozóides/ul X 1.000 =
= 60.000.000 espermatozóides/rnl
A diluição do sêmen antes da contagem é es-
sencial para se conseguir a imobilização dos
espermatozóides; o diluente tradicional contém
bicarbonato de sódio e formalina. Também é
possível conseguir bons resultados com o uso
de água de torneira." Deve-se ter o cuidado de
não contaminar a amostra com o diluente antes
de determinar a motilidade. Para garantir a pre-
cisão, tanto a diluição como a contagem devem
ser feitas em duplicata, em amostras completa-
mente liquefeitas.
A câmara de contagem Makler (Sefi-Medi-
cal Instruments, Haiva, Israel) possibilita a con-
tagem de amostras não diluídas; é constituída
por grades de 1 rnm', divididas em cem qua-
drantes (0,1 x 0,1 mm-) gravados na placa de
cobertura. A imobilização dos espermatozóides
é feita pelo aquecimento de parte da amostra,
antes de colocá-la na câmara. Também é possí-
vel avaliar a motilidade com o uso da parte não
aquecida da amostra."
Motilidade
Tão importante quanto o número de esper-
matozóides presentes (senão mais importante)
é a sua motilidade, porque, depois de chegarem
ao colo do útero, os espermatozóides precisam
deslocar-se através das tubas uterinas e alcan-
8 OUTROS FLUIDOS BIOLÓGICOS 159
=
çar o óvulo. Trata-se de uma avaliação subjeti-
va, realizada por exame microscópico da amos-
tra não diluída, em que se determina a porcen-
tagem de espermatozóides que apresentam mo-
tilidade ativa. Os espermatozóides devem ser
avaliados em seu movimento progressivo para a
frente, não se devendo considerar. os eventuais
movimentos brownianos. Muitos laboratórios
não só registram a porcentagem de espermato-
zóides móveis como também fazem uma gra-
duação da motilidade, numa escala de O a 4 (4
indica movimento progressivo rápido), ou atra-
vés de termos descritivos que variam de "pe-
quena" a "excelente". Devem ser examinados
aproximadamente vinte e cinco campos de
grande aumento. A porcentagem e a qualidade
da motilidade devem ser determinadas em cada
campo, devendo-se registrar uma média desses
resultados. Foram criados vários parâmetros
cronológicos para a determinação da motilida-
de, e alguns laboratórios analisam a amostra em
intervalos periódicos de até vinte e quatro ho-
ras. Entretanto, a prática comum é observar a
motilidade nas três horas seguintes à colheita,
mas não antes que da liquefação. Considera-se
normal uma motilidade mínima de -O a 60%,
com boa qualidade (2,0), em amostras analisa-
das dentro dessas três horas.'
Morfologia
Da mesma forma como a infertilidade pode
ser causada por espermatozóides que. apesar de
presentes em número normal, não são suficien-
temente móveis, também pode ser cansada por
espermatozóides morfologicamente incapazes
de fertilizar. Na análise da morfologia obser-
vam-se cauda e cabeça. O espermatozóide nor-
mal tem cabeça oval, com aproximadamente
3 x 5 um, e cauda longa e atilada (Prancha 28).
As anormalidades estruturais da cabeça (Fig.
8-3) dificultam a penetração do óvulo; as cabe-
ças anormais podem ser: duplas, gigantes,
amorfas, em forma de alfinete, cônicas e estran-
guladas (Pranchas 63 e 64} A motilidade é
mais difícil nos espermatozóides com caudas
duplas ou espiraladas (Prancha 65). Também
pode haver espermatozóides imaturos (esper-
mátides), que precisam ser distinguidos dos
leucócitos; são mais esféricos que os maduros e
160 UROANÁLISE E FLUIDOS BIOLÓGICOS
podem ou não ter cauda (Prancha 66). A pre-
sença de grande número de formas imaturas é
considerada anormal porque os espermatozói-
des geralmente amadurecem dentro do epidídi-
mo antes de sua liberação.
A morfologia dos espermatozóides deve ser
observada em amostras coradas e examinadas
em imersão; o corante recomendado é o de
Papanicolaou, mas se este não estiver disponí-
vel, podem ser obtidos resultados aceitáveis
com o uso de hematoxilina, violeta cristal ou
coloração de Giemsa. No comércio, existem lâ-
minas previamente coradas com azul de metile-
no e violeta cristal. Sobre a lâmina, misturam-
se cinco micro litros de sêmem ao corante em
camada fina, aplicando-se então a lamínula;
esse preparado tem estabilidade de vinte e qua-
tro horas. Devem ser examinados no mínimo
duzentos espermatozóides, registrando-se a
porcentagem de formas anormais. Considera-se
normal a amostra que contenha menos de 30%
de formas anormais.
Outros exames
Caso sejam descobertas anormalidades em
qualquer desses parâmetros de rotina, devem
ser pedidos outros exames (Quadro 8-2). Os
NORMAL CABEÇA GIGANTEDUPLA CABEÇA
mais comuns são os de viabilidade, dosagem de
frutose no líquido seminal e de aglutininas nos
espermatozóides. Deve-se ter dúvida sobre a
viabilidade dos espermatozóides quando a
amostra tem contagem normal e motilidade
muito baixa. Para analisar a viabilidade, mistu-
ra-se a amostra com um corante de eosina-ni-
grosina, examinando-a em microscópio; as cé-
lulas mortas coram-se de vermelho contra um
fundo azul escuro (Prancha 67), enquanto as
células vivas, por não serem infiltradas pela
eosina, continuam branco-azuladas. A baixa
contagem de espermatozóides pode ser causada
por falta do meio de nutrição normalmente pro-
duzido pelas vesículas seminais; isso é indica-
do pela ausência ou deficiência de frutose na
amostra. Esse tipo de análise deve ser feita uma
ou duas horas depois da colheita, para evitar a
frutólise. Podem estar presentes no plasma do
homem ou de sua parceira anticorpos aglutina-
dores dos espermatozóides,o que provocará
aglutinação e inativação do esperma. Pode-se
suspeitar da presença de anticorpos no plasma
do homem quando forem observados grumos
de espermatozóides durante o espermograma
comum, ao passo que a presença de anticorpos
antiespermáticos na mulher produz resultados
normais no espermograma, embora a infertili-
CABEÇA AMORFA CABEÇA DE ALFINETE
CABEÇA CÔNlCA CABEÇA ESTRANGULADA CAUDA DUPLA
Figura 8-3. Morfologia anormal dos espermatozóides.
CAUDA EM ESPIRAL ESPERMÁTIDE
se a ocorrên
da presença
rios tipos de e
tes em laboras
gar infertili
todo de agl -
algumas p
matozóides
soro do pró
ser observada
brancas em
Em co
mum para am
sêmen após
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espermatozói
zação compl
ciente para OI
mero de ejacq
encontrar
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de não deixar:
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vasectomia e
tras mensais (J
espermatozóic
croscópico tal
não diluído q
amostra centr
Esporadica
licitado a dizs
mente de sên
dosagem de
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quando a
motilidade
e, mistu-
iIe eosina-ni-
~io; as cé-
contra um
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iltradas pela
A baixa
~ser causada
ente pro-
5SO é indica-
frutose na
ser feita uma
a evitar a
plasma do
pos aglutina-
provocará
rum. Pode-se
no plasma
os grumos
~rmograma
li! anticorpos
IZ resultados
[3 a infertili-
E
dade continue. Para demonstrar a presença de -
anticorpos antiespermáticos na mulher, mistu-
ra-se o sêmen com o soro da mulher e observa-
se a ocorrência de aglutinação. Para a avaliação
da presença desses anticorpos no homem há vá-
rios tipos de exames: imunológicos já existen-
tes em laboratórios especializados para investi-
gar infertilidade masculina.' Um deles é o mé-
todo de aglutinação com gelatina: misturam-se
algumas partes de sêmen diluído, com esper-
matozóides móveis, em 10% de gelatina com
soro do próprio paciente. A aglutinàção pode
ser observada a olho nu, na forma de partículas
brancas em meio transparente.
Em comparação com o espermograma co-
mum para análise de infertilidade, o exame do
sêmen após vasectomia é um procedimento
muito menos complicado, visto que a única
preocupação é detectar a presença ou não de
espermatozóides. O tempo necessário à esterili-
zação completa pode variar muito de um pa-
ciente para outro, dependendo também do nú-
mero de ejaculações. Por isso, não é incomum
encontrar espermatozóides viáveis em pacien-
tes vasectomizados, devendo-se ter o cuidado
de não deixar passar despercebido nem um úni-
co espermatozóide. Normalmente os exames
são mensais, começando dois meses após a
vasectomia e terminando só quando duas amos-
tras mensais consecutivas deixem de apresentar
espermatozóides. Recomenda-se o exame mi-
croscópico tanto do material homogeneizado e
não diluído quanto do sedimento originado da
amostra centrifugada."
Esporadicamente, o laboratório pode ser so-
licitado a dizer se determinada amostra é real-
mente de sêmen. Um dos principais exemplos
8 OlITROS FLUIDOS BIOLÓGICOS 161
..
. . ..
Prova
Dosagem de frutose
Prova de aglutinação com gelatina
Aoglutinaçãocom soro masculino
~tinação dos espermatozóides com
_: soro feminino
disso é O de acusação de estupro. É possível exa-
minar microscopicamente a amostra para detec-
tar a presença de espermatozóides, melhorando-
se os resultados com a intensificação por xileno
e exame em microscopia de fase." Entretanto,
um método mais confiável é analisar o material
bioquimicamente para verificar o teor de fosfa-
tase ácida. Como o líquido seminal é o único do
organismo que tem essa enzima em concentra-
ção elevada, sua detecção pode confirmar a pre-
sença de sêmen na amostra. Outras informações
podem ser obtidas com o exame do grupo
sangüíneo, e com a análise do DNA da amostra.
Líquido Sinovial
O líquido sinovial, encontrado nas cavidades
articulares, é viscoso (Fig. 8-4). É formado por
um ultrafiltrado do plasma através da membra-
na sinovial, cujas células secretarri um mucopo-
lissacarideo contendo ácido hialurônico e pe-
quena quantidade de proteínas, que se soma a
esse ultrafiltrado, Como essa filtração plasmá-
tica não é seletiva, exceto no que diz respeito às
proteínas de alto peso molecular, o líquido
sinovial normal tem, essencialmente, a mesma
composição bioquímica do plasma; fornece nu-
trientes para as cartilagens e atua como lubrifi-
cante das faces articulares móveis.
Colheita
Embora se encontre líquido em todas as arti-
culações, a amostra geralmente recebida pelo
laboratório é aspirada do joelho com agulha,
num procedimento chamado artrocentese. A
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	Volume e' 
	Líquido Seminal (Sêmen) 
	\,\--;;;;;;====~- VASO DEFERENTE 
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	Volume e viscosidade 
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	Líquido Sinovial 
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