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cidadania e etica

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Pronatec- Agente De Desenvolvimento Sócio Ambiental 
Disciplina: Cidadania E Ética Nas Relações Interpessoais 
Duração: 6 Aulas 
Prof.: Poliana Ramirez Acatauassu Nunes 
CIDADANIA E ÉTICA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Geralmente nossas ações cotidianas são realizadas de forma automática, sem maiores reflexões ou questionamentos. Mas, quando paramos para pensar nos fundamentos de nossas ações, e que definem as relações interpessoais estabelecidas, os princípios da ética e da cidadania vêm à tona e revelam-se fundamentais no processo de decisão e ação.
Entenda como a ética tem influência nas ações cotidianas e qual sua relação com a cidadania e nossas relações interpessoais. 
Por que agimos como agimos?
Você já parou para pensar por que agimos de uma determinada maneira – e não de outra – quando nos deparamos com uma certa situação?
No decorrer de nosso dia a dia, diante da correria da vida e dos diversos compromissos e afazeres que temos que cumprir, não paramos para pensar o que conduz nossas ações e decisões cotidianas. Geralmente agimos e pronto. Muitas vezes com base no senso comum.
O que é o senso comum?
Para além de nossa ação individual diante de diversas situações, é possível perceber, também, um certo padrão ou tendência na maneira de agir das pessoas que pertencem a um grupo e/ou sociedade.
Como quando uma carteira de dinheiro e documentos é encontrada e sabe-se que devemos procurar seu dono(a) para devolvê-la, por exemplo. Ou quando cedemos nosso lugar no ônibus para uma pessoa idosa sentar.
Ou, até mesmo, quando temos interesse em uma determinada pessoa e desistimos daquela paquera ao descobrir que ele/ela tem namorado(a). Será apenas coincidência que estes comportamentos se repitam por parte de diferentes pessoas?
Conceitos: 
O que é a Ética?
A ética é um conceito da Filosofia que reflete sobre as noções e princípios que fundamentam a vida moral. Reflete sobre as ações humanas em relação à vida em coletividade e à vida de cada um. A origem do termo vem da palavra grega êthos que significa caráter ou índole e, por isso, refere-se à maneira de ser de uma pessoa ou de uma sociedade.
O princípio ético exerce forte influência sobre nós e em nossa forma de agir, ainda que ele não seja determinante da ação final realizada.
Isto significa dizer que, mesmo que existam expectativas para que se aja de maneira ética nas situações e relações cotidianas, nem sempre esse princípio pode ser identificado na atitude final que foi tomada. Ou seja, também é possível identificar ações e decisões antiéticas diante de um determinado fato ou situação.
Tal princípio ético é esperado não apenas pelas pessoas com os quais nos relacionamos diretamente em nosso cotidiano, como também é estabelecido e cobrado pelo Estado-nação através dos direitos e deveres do cidadão que, por sua vez, são expressos através das regras e leis estabelecidas.
Isso significa dizer que tais regras e leis vigentes também guiam nossas ações e estabelecem valores e predisposições que definem nossa maneira de ser, agir, enxergar e nos relacionarmos com o mundo.
Assim, pode-se considerar que as leis servem para manter a ética de/em nossas ações e, portanto, garantir que, no âmbito do Estado-nação, as relações interpessoais sejam justas, seguras e que mantenham a ordem social.
Resumo sobre Direitos e Cidadania
Quando paramos para refletir e questionar o por que de nossas ações, é possível perceber que grande parte delas são guiadas por certos valores e predisposições que definem nossa maneira de ser, agir, enxergar e nos relacionarmos com o mundo.
Estes valores e predisposições são influenciados por diversos fatores. Um deles é a ética. Neste sentido, pode-se dizer que o princípio ético das ações é um senso comum.
É este senso comum que permeia as relações interpessoais em nossa sociedade, que são aquelas relações estabelecidas entre duas ou mais pessoas em diversos contextos como a escola, o trabalho, a família ou a própria comunidade.
A relação entre ética e cidadania
Podemos perceber, portanto, que ética e cidadania estão inter-relacionadas, uma vez que para ser considerado(a) um bom cidadão ou cidadã é necessário agir em conformidade com os princípios éticos estabelecidos pelo Estado-nação através das leis.
Quando falamos em cidadania na Sociologia, um dos principais autores de referência é o sociólogo britânico Thomas Humphrey Marshall, mais conhecido como T. H. Marshall. Na concepção de Marshall, um cidadão ou cidadã pleno(a) é aquele(a) que exerce seus direitos civis, políticos e sociais de maneira efetiva.
Os direitos civis são aqueles que garantem as liberdades individuais, como o direito de pensar e se expressar, o direito de ir e vir, ou o acesso à propriedade privada, por exemplo.
Já os direitos políticos são aqueles que garantem a participação nas relações de poder da sociedade, seja através da possibilidade de escolher seus representantes (ou seja, votar), de se candidatar a um cargo, ou de se organizar politicamente, como no caso dos partidos políticos, sindicatos ou movimentos sociais.
Enquanto que os direitos sociais são aqueles considerados essenciais para a construção de uma vida digna e para o estabelecimento do bem-estar social, como a educação, a saúde, o lazer e a moradia, por exemplo.
Por fim, é importante ressaltar que a humanidade está em permanente processo de 
construção e aprimoramento e, portanto, a busca por mais direitos e melhores garantias individuais e coletivas é constante, sempre permeadas pelo princípio ético.
Ao longo deste processo, alguns marcos históricos foram determinantes como é o caso da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada em 1789 durante a Revolução Francesa para divulgar e estabelecer os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade humanas.
E, mais recentemente, a Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, e promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948.
O texto da declaração vai delineando os direitos humanos básicos e oferecendo as principais diretrizes para a definição dos princípios éticos que devem ser estabelecidos nas relações interpessoais da humanidade.
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