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Terrorismo

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Terrorismo
Formalmente, terrorismo é o uso da violência sistemática, com objetivos políticos, contr civis ou militares que não estão em operação de guerra.Existem muitas formas de terrorismo. Os terroristas religiosos praticam atentados em nome de Deus; já os mercenários recebem dinheiro por suas ações;os nacionalistas agem movidos por um ideal patriótico. Há ainda os ideólogos, que armam bombas motivados por uma determinada visão de mundo. E, muitas vezes, o que se vê é uma mistura de tudo isso com desespero e ódio.
Por outro lado, houve no século XX o crescimento do terrorismo de Estado, em que é adotada a política de eliminação física de minorias étnicas ou de adversários de um regime. Um exemplo é o regime racista da África do Sul, responsável por ações terroristas contra a maioria negra do país até o fim do apartheid, no início dos anos 90. Na América Latina,as ditaduras militares dos anos 60 e 70 promoveram o terrorismo de Estado contra seus opositores, torturando e matando milhares de pessoas. No Oriente Médio,os palestinos de cidadania israelense e os habitantes dos territórios de Gaza e Cisjordânia foram segregados e sofreram ataques das forças armadas de Israel, entre 1967 e 1993. O terrorismo de extremistas muçulmanos contra judeus de Israel, por sua vez, também aterrorizou e matou pessoas inocentes, principalmente a partir da década de 80.
Muitos historiadores e intelectuais avaliam que as bombas atômicas jogadaspelos Estados Unidos sobre o Japão, em agosto de 45, foram o maior atentadoterrorista já praticado até hoje. Mais de 170 mil civis perderama vida em um ataque que não tinha como objetivo vencer a guerra, mas fazer uma demonstração de força para a União Soviética.
Terrorismo e Poderio nuclear
O desenvolvimento da tecnologia nuclear, a partir do fim da Segunda Guerra, causou uma importante mudança na mentalidade das pessoas, do ponto de vista psicológicoe cultural. A morte deixou de ser uma conseqüência natural da vida para se tornar uma questão política. A preservação da espécie humana passou a depender da decisão das superpotências de iniciar ou não um confronto nuclear fatal para o planeta. O mundo dos anos 50 não apresentava perspectivas muito animadoras. Na primeira metade do século, guerras, revoluções e conflitos localizados haviam consumido a vida de pelo menos 150 milhões de pessoas. Além disso,a tragédia atômica em Hiroshima e Nagasaki havia colocado o mundo sob a sombra permanente de um holocausto nuclear. 
Terrorismo e Guerrilha
No final dos anos 50, o êxito da revolução cubana abriu novos horizontes para uma juventude desiludida. A vitória de Fidel Castro, contra uma ditadura corrupta sustentada pelos Estados Unidos, representou para muitos jovens a vitória do idealismo. Militantes de todo o mundo ganharam nova disposição de luta. Muitos jovens optaram pela vida clandestina, que oferece dois caminhos: a guerrilha e o terrorismo. A guerrilha, de um modo geral, realiza ataques contra objetivos militares e alvos estratégicos. Tenta conquistar a simpatia da população para formar seu próprio exército e, eventualmente, tomar o poder. Os grupos terroristas utilizam o método inverso, intimidando pessoas inocentes para alcançar seus objetivos. 
OLP x Israel 
A crise no Oriente Médio também fez surgir, em 1964, a Organização para a Libertação da Palestina, uma frente reunindo diversos grupos.A OLP, que tinha como base a Al de Israel, em 1948. Com o apoio político, econômico e militar de soviéticos e americanos, Israel promoveu guerras com alguns vizinhos árabes para expandir seu território. Centenas de milhares de palestinos foram expulsos de suas terras. Organizações terroristas judaicas, como a Irgun, a Stern e a Haganah tiveram um papel importante na intimidação da população palestina, chegando a massacrar aldeias inteiras.
O problema palestino era um distúrbio indesejável na Guerra Fria. O Oriente Médio, como quase todo o planeta, estava dividido em esferas de influência das superpotências. Israel e alguns países árabes passaram para a esfera dos Estados Unidos, enquanto outros países árabes ficaram sob influência soviética. A questão palestina não se encaixava bem nesse jogo de equilíbrio.
O isolamento dos palestinos no Ocidente e a hostilidade dospaíses árabes acabaram fortalecendo a OLP e a opção de grupos radicais pelo terrorismo. Mas nem todos os atos terroristas reivindicados pelos palestinos eram de autoria da OLP.
Terrorismo Internacional
Um dos atentados mais violentos aconteceu em setembro de 1972,durante os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha. Nove atletas israelenses foram feitos reféns pela organização palestina "Setembro Negro". Os seqüestradores exigiam a libertação de cem palestinos presos em Israel e dos terroristas internacionais Andreas Baadere Ulrike Meinhoff, da Alemanha, e Kozo Okamoto, do Japão. Forças de segurança alemãs cercaram e mataram os seqüestradores.Os atletas também foram todos mortos, o que deixou a opinião pública estarrecida. O episódio de Munique preocupou as autoridades, porque fico evidente o vínculo entre diversas organizações clandestinas internacionais. Esse intercâmbio seria percebido novamente em 1976, como seqüestro de um Boeing da Air France que fazia um vôo entre TelAviv e Paris. O avião, com 242 passageiros e 12 tripulantes, foi levado para Entebe, em Uganda, país africano que vivia sob a ditadura de IdiAmin Dada.
Os seqüestradores diziam pertencer à Frente Popular para a Libertação da Palestina, um dos grupos mais radicais da OLP. Mantendo como reféns somente os 93 passageiros judeus, os terroristas exigiam a libertação de 53 palestinos presos em Israel. O governo israelense ordenou uma operação de resgate, enviando a Uganda uma força de elite. Em menos de 15 minutos os terroristas foram mortos e os reféns, libertados. 
Terrorismo na Europa 
Outra organização que se especializou em ataques terroristas nos anos 70 foi o Exército Republicano Irlandês, o IRA. Ele foi formado em 1919 por grupos da minoria católica que lutavam pela união da Irlanda do Norte à República da Irlanda.
Na década de 60, os católicos foram às ruas pacificamente, contra leis discriminatórias impostas pela maioria protestante. Aproveitando o clima de insatisfação, um grupo d militantes relançou o IRA, dessa vez com um verniz ideológico marxista. A fase pacífica do movimento terminou num domingo de janeiro de 1972, quando tropas britânicas dispararam suas armas contra os manifestantes,matando 13 pessoas. O incidente, que passou à história como "Domingo Sangrento", desencadeou uma escalada do terrorismo. Durante os anos 70, mais de duas mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas em atentados a bomba patrocinados pelo IRA e nos choques de rua entre manifestantes e forças de segurança.
Outros grupos surgiram com fins pacíficos e também foram empurrados para o terror. É o caso da ETA, organização que luta pela autonomia do País Basco em relação à Espanha. 
ETA, no idioma basco, são as iniciais de "Pátria Basca e Liberdade". Criada em 1959 para difundir a cultura e os valores tradicionais do povo basco, a ETA foi perseguida pela ditadura de Francisco Franco e entrou para a clandestinidade e o terrorismo em 1966. O atentado mais ousado foi realizado em 1973, quando a organização explodiu no centro de Madri o carro em que viajava o primeiro-ministro franquista Luís Carrero Blanco. 
Na década de 70 houve também a ação de grupos terroristas em vínculos com lutas democráticas ou de libertação nacional, como o grupo Baader-Meinhoff, na Alemanha, e as Brigadas Vermelhas, na Itália. Eram organizações formadas por intelectuaise universitários que adotaram a violência em nome de uma genérica"guerra contra a burguesia". Em setembro de 1977, o Baader-Meinhof fganhou as manchetes dos jornais com o seqüestro do industrial Hanss-Martin Schleyer, como pressão pela libertação de presos políticos.
Em março de 1978, outra ação espetacular na Europa: o seqüestro do primeiro-ministro italiano Aldo Moro, uma ação audaciosa que surpreendeu o mundo.Moro acabou executado pelos terroristas,apesar dos apelos do Papa e da opinião pública internacional.
Terrorismo xiita 
No final dos anos 70, o terrorismo ganhou um novo ingrediente religioso, com a ascensão dos muçulmanos xiitas no Irã,em janeiro de 1979. Sob o comando do aiatolá Khomeini, os xiitas derrubaram a ditadura do xá Reza Pahlevi e implantaram um sistema que fugia à lógica dos dois blocos econômicos, liderados por Estados Unidos e União Soviética. A partir da revolução iraniana foi implantado um sistema de governo guiado por convicções religiosas radicais e inflexíveis. Khomeini inaugurou a chamada "Jihad"em nossos dias, a Guerra Santa contra o Grande Satã, representado pelo mundo não xiita. Daí para a prática do terrorismo foi um passo. O inédito nessa história era o caráter oficial do terror, assumido claramente pelo regime dos aiatolás.
Além da vitória de Khomeini no Irã, outro elemento viria a fortalecer a causa dos xiitas: a reação à invasão do Afeganistão pelos soviéticos, em dezembro de1979. Os afegãos, em sua maioria de fé muçulmana, sentiram sua religião ameaçada pela presença do exército soviético. Vários grupos guerrilheiros proclamaram uma 'guerra santa' contra o invasor.
Terrorismo no Líbano
N começo dos anos 80, o Líbano tornou-se palco de inúmeros atentados. Várias facções disputavam o poder apoiadas por países vizinhos, especialmente Síria e Israel. A existência de áreas de refugiados palestinos na capital Beirute aumentava a tensão e o clima de guerra civil. Uma das organizações acusadas com mais freqüência de terrorismo era a OLP. Na tentativa de capturar ou eliminar o líder Yasser Arafat e destruir bases militares palestinas, forças israelenses invadiram o Líbano, em junho de 1982. Durante vários dias, a capital libanesa transformou-se num inferno. Milhares de civis foram mortos, entre eles mulheres, velhos e crianças. Os israelenses não encontraram Arafat, mas expulsaram a OLP e deixaram o Líbano em ruínas.
Em setembro de 82, falanges cristãs libanesas, apoiadas por Israel,atacaram os campos de refugiados de Sabra e Chatila, nos arredores de Beirute.Mais de 2.500 civis palestinos e libaneses desarmados foram mortos. O massacre chocou a opinião pública internacional. Foi nesse clima extremamente tenso que se multiplicaram os grupos terroristas no Líbano nos anos 80.A ação terrorista mais famosa dessa época aconteceu em1983, quando dois atentados simultâneos mataram mais de 250 fuzileiros navais americanos e mais de 50 soldados franceses, em Beirute. Mas os xiitasde Khomeini e os militantes de grupos fanáticos, como o Hamas e o Hezbollah,não limitaram seus ataques ao Oriente Médio: em nome da Guerra Santa, eles organizaram vários atentados na Europa e nos Estados Unidos.
Terrorismo - World Trade Center
Em 11de setembro de 2001, a cidade de Nova York foi atingida pelo atentado terrorista mais ousado até agora cometido. Aviões comerciais foram seqüestrados e utilizados como mísseis para derrubar as torres gêmeas do World Trade Center, provocando um resultado catastrófico.
Por trás do ataque, que visava desafiar o poderio internacional norte-americano e demonstrar a vulnerabilidade dos Estados Unidos, encontrava-se uma organização islâmica, a Al-Qaeda, liderada por Osama bin Laden, que continua foragido.
As dimensões do atentado e suas conseqüências demonstraram que as ações terroristas e tornavam, em nível mundial, um dos principais problemas políticos e de segurança pública do século XXI.
A perplexidade causada pelos atentados nos EUA suscitou um intenso debate sobre as raízes do terrorismo, as contradições da globalização e as relações entre o Ocidente e o islamismo.
Nas Cruzadas, durante a Idade Média, houve conflito entre cristãos e muçulmanos. Foram guerras santas de ambos os lados. Mas não se limitaram a isso. Os árabes islâmicos criaram uma brilhante civilização e influenciaram o Ocidente.
Nesse sentido, deram sua contribuição ao Renascimento, movimento cultural que criou a ciência moderna. Esta seria incorporada pelo desenvolvimento do capitalismo, que submeteu o mundo aos interesses das grandes potências. Nas nações islâmicas, as potências aliaram-se às elites locais que utilizaram a religião para dominar o povo. Esse domínio gerou violentas contradições e reações que explodiram nas várias revoluções e guerras ocorridas no século 20.
A atual guerra não é um conflito de civilizações nem de religiões. Também não é um confronto nos moldes tradicionais. Trata-se de uma guerra oculta e difusa, uma guerra global. Nela atuam grupos pequenos, porém poderosos e obscuros, que se aliam no plano internacional, formando uma teia, que, unida, é capaz de promover pânico no mundo e desafiar as maiores potências. É o caso dos radicais islâmicos, que reagem contra o desprezo e a exclusão social imposta pelas potências ocidentais -lideradas pelos EUA- e se nutrem do fanatismo e da miséria de milhões de muçulmanos.
O que se questiona é esse tipo de economia globalizada, baseada no apartheid social e no pensamento único neoliberal, que exclui milhões de pessoas e marginaliza culturas. Estão aí as origens do terrorismo, da violência urbana e do fanatismo religioso. Nesse sentido, um novo mundo torna-se cada vez mais necessário. Um mundo onde israelenses e palestinos se entendam, em que a ciência seja usada apenas para o bem, onde se respeitem os direitos de todas as culturas e onde os excluídos sejam incluídos no sistema econômico-social. Utopia, dirá o leitor. Mas nunca foi tão necessário que a realidade se aproximasse da utopia.
A perplexidade causada pelos atentados nos EUA suscitou um intenso debate sobre as raízes do terrorismo, as contradições da globalização e as relações entre o Ocidente e o islamismo.
Nas Cruzadas, durante a Idade Média, houve conflito entre cristãos e muçulmanos. Foram guerras santas de ambos os lados. Mas não se limitaram a isso. Os árabes islâmicos criaram uma brilhante civilização e influenciaram o Ocidente.
Nesse sentido, deram sua contribuição ao Renascimento, movimento cultural que criou a ciência moderna. Esta seria incorporada pelo desenvolvimento do capitalismo, que submeteu o mundo aos interesses das grandes potências. Nas nações islâmicas, as potências aliaram-se às elites locais que utilizaram a religião para dominar o povo. Esse domínio gerou violentas contradições e reações que explodiram nas várias revoluções e guerras ocorridas no século 20.
A atual guerra não é um conflito de civilizações nem de religiões. Também não é um confronto nos moldes tradicionais. Trata-se de uma guerra oculta e difusa, uma guerra global. Nela atuam grupos pequenos, porém poderosos e obscuros, que se aliam no plano internacional, formando uma teia, que, unida, é capaz de promover pânico no mundo e desafiar as maiores potências. É o caso dos radicais islâmicos, que reagem contra o desprezo e a exclusão social imposta pelas potências ocidentais -lideradas pelos EUA- e se nutrem do fanatismo e da miséria de milhões de muçulmanos.
O que se questiona é esse tipo de economia globalizada, baseada no apartheid social e no pensamento único neoliberal, que exclui milhões de pessoas e marginaliza culturas. Estão aí as origens do terrorismo, da violência urbana e do fanatismo religioso. Nesse sentido, um novo mundo torna-se cada vez mais necessário. Um mundo onde israelenses e palestinos se entendam, em que a ciência seja usada apenas para o bem, onde se respeitem os direitos de todas as culturas e onde os excluídos sejam incluídos no sistema econômico-social. Utopia, dirá o leitor. Mas nunca foi tão necessário que a realidade se aproximasse da utopia.
A disputa entre russos e chechenos, vez ou outra ganha destaque nos noticiários internacionais com o registro de conflitos de menor e maior impacto. De fato, esta intranqüila região das montanhas do Cáucaso tem sua história marcada por interesses de dimensões política, econômica e geográfica. Incrustado entre o mar Negro e Cáspio, essa localidade compõe a fronteira que divide os vários governos islâmicosdo Oriente Médio e as zonas de influência russa no Leste Europeu.
Sob o ponto de vista histórico, a região ocupada pela Chechênia marcou uma antiga esfera de conflito entre os espaços dominados por cristãos e muçulmanos sob o ponto de vista político e religioso. Apesar de viverem em uma região dominada pelos russos, de orientação cristã, os chechenos se converteram ao islamismo por volta do século XVIII. Em resposta a tal situação, a monarquia czarista russa decidiu anexar a Chechênia aos seus vastos domínios imperiais.
A partir desse advento, o Império Russo teve enormes dificuldades para estabelecer seu domínio sob uma população com aspectos identitários e tradições bastante homogêneas. Nas primeiras décadas do século XX, passado meio século da dominação russa, os chechenos aproveitaram das convulsões que colocavam a revolução bolchevique a caminho na Rússia. Dessa forma, decidiram formar um governo independente com criação da República Montanhesa do Cáucaso Norte.
Apesar da profunda mudança política ocorrida na Rússia, os exércitos revolucionários trataram de dar fim ao intento separatista entre os anos de 1919 e 1921. Com a represália russa, os chechenos mais uma vez retrocederam seus desejos autonomistas tendo somente outra oportunidade com a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). Nesse momento, inspirados pela ação dos finlandeses, formaram um exército de resistência e declararam sua independência.
Temendo que os russos mais uma vez conseguissem derrotá-los, os chechenos decidiram buscar apoio militar da Alemanha Nazista. A aliança oferecia grandes vantagens à Hitler, que poderia daquela região promover o controle sobre os ricos campos de petróleo encontrado na região de Baku. Inconformado com essa aliança, o ditador Josef Stálin decidiu deportar mais de 400 mil chechenos para as áridas regiões da Ásia Central.
Este episódio marcou uma das últimas situações de conflito entre russos e chechenos na região. Contudo, nos fins da década de XX, o processo de desintegração do bloco socialista reavivou o desejo de soberania entre os povos do Cáucaso. Dessa forma, a Chechênia declarou uma nova independência, em novembro de 1991. Somente três anos depois, com a Rússia sob o comandado do presidente Boris Ieltsin, novas tropas foram enviadas contra os separatistas.
Em 1996, passados dois anos de conflito entre russos e chechenos, a Rússia sofreu uma humilhante derrota que poderia dar fim ao histórico impasse entre esses dois povos. Contudo, no ano de 1999, o exército russo invadiu a Chechênia depois de alguns militantes islâmicos radicais terem participado da tentativa de implantação de um governo islâmico na província do Daguestão. Nesse meio tempo, organizações de natureza terrorista se estabeleceram como uma nova força de oposição contra a dominação russa.
Recentemente, alguns indícios apontam a possibilidade de terroristas chechenos receberem apoio da rede terrorista islâmica Al-Qaeda. Em 2004, o seqüestro e assassinato de crianças em uma escola do interior da Rússia, promovido por terroristas chechenos e árabes, reativaram com grande força o clima de tensão. De lá para cá, a possibilidade de fim para esse conflito se torna uma incógnita que, cada vez mais, acumula lamentáveis sinais de ódio, sangue e terror.
Saiba mais sobre os principais Grupos que atuam na Palestina:
Hamas
· HAMAS (Harakat aL-Muqawamat aL-Islamiyyah), que significa Movimento de Resistência Islâmica. Segundo o Cientista Político Jorge Zaverucha, foi criado em 1987 com o beneplácito de Israel, que via no Hamas um movimento de assistência social capaz de enfraquecer a liderança de Yasser Arafat, líder da OLP.
· Com o início da primeira Intifada, em 1987, o Hamas passou a agir militarmente contra Israel, chegando nos dias atuais a se utilizar de táticas de guerrilha e armamento típico de exércitos nacionais como morteiros e foguetes.
· O movimento é uma filial da Irmandade Muçulmana egípcia, organização global fundada em 1928 por Hassan-al-Banna e que se constitui em um dos maiores movimentos do fundamentalismo islâmico dos tempos modernos.
· O Hamas é o maior e mais influente movimento de militantes palestinos, sendo responsável por mais de 350 atentados terroristas distintos desde 1993, atentados estes que custaram a vida de mais de 500 pessoas, dentre eles árabes. 
· Em janeiro de 2006 o grupo ganhou as eleições para a Autoridade Palestina, derrotando o partido rival Fatah ao conquistar 76 contra 43 assentos no Parlamento, de um total de 132. Isso gerou uma onda de protestos internacionais e um boicote econômico aos territórios palestinos, devido à plataforma política do Hamas, que prega uma política de combate aos judeus.
· No início de 2007, representantes do Fatah e do Hamas reuniram-se na Arábia Saudita, onde chegaram a um acordo sobre a constituição de um novo governo de união palestino que assumiria em março de 2007. Entretanto, essa união durou pouco tempo. Em junho de 2007, estourou a chamada batalha de Gaza, que resultou na expulsão da Fatah da Faixa de Gaza e na morte de 600 palestinos
Quem financia o Hamas?
· grande parte vem de doadores privados da Arábia Saudita e de Estados ricos em petróleo do Golfo Pérsico. O Irã também fornece um apoio significativo, que alguns diplomatas dizem que pode atingir de US$20 a US$30 milhões por ano. Além disso, algumas instituições de caridade muçulmana nos Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental canalizam dinheiro para o Hamas. 
· O Hamas é considerado uma organização terrorista pela União Européia, Canadá, Japão, Estados Unidos e Israel. Grã-Bretanha e Austrália consideram terrorista apenas a facção militar do grupo, as Brigadas Qassam. Possui vários líderes, com alguns deles já tendo sido assassinados por Israel, como o fundador do grupo, o Sheik Ahmed Yassin, em 2004. Seu principal líder atualmente é Khalid Meshal, que dirige o grupo de Damasco, na Síria e também do Golfo Pérsico, por razões de segurança
Hez-Bolá
· Hezbollah, nome em árabe composto pelas palavras Hizb (partido) e Allah (Deus), foi criado em 1982/83 por militantes xiitas e membros da Guarda Revolucionária iraniana, no vale do Bekaa, leste do Líbano.
· O objetivo à época era lutar contra a invasão israelense em 1982, conhecida como a sexta guerra entre árabes e judeus. Sua criação foi inspirada na Revolução Iraniana, sendo que o grupo recebeu treinamento da Guarda Revolucionária Iraniana e financiamento por parte de Teerã. [17]
· De fato, em seu manifesto, tornado público em fevereiro de 1985, apresenta-se como "movimento jihadista com o objetivo de libertar o território libanês do domínio israelense". A declaração também indica que pretendia adotar o modelo iraniano de revolução para instituir a República Islâmica do Líbano e livrar o país de influência não- islâmica, até mesmo opondo-se a presença das tropas da ONU então presentes no país – majoritariamente francesas e americanas – tidas como "extensão do colonialismo". [18]
· Além de muçulmanos xiitas, este grupo abriga também drusos, sunitas e cristãos. A organização concentra sua atuação no sul do Líbano e em alguns subúrbios mais pobres de Beirute. Conforme explica Eliane Schroder de Moura, da Agência Brasileira de Inteligência, "a instância suprema da organização é o Conselho Consultivo de Decisão, com onze membros, presidido por Hassan Nasrallah, secretário –geral, um radical carismático que esteve envolvido em várias operações terroristas. Esse conselho elabora a agenda político-militar no exterior, em cooperação com Teerã/Irã. O Conselho Consultivo possui, em última instância, o poder de decisão e julga todos os assuntos em razão de sua gravidade, em particular, as questões de segurança. O líder máximo da organização é o aiatolá iraniano Ali Khamenei". [19]
· A participação do movimento na política libanesa é ativa. No ano de 1992, em sua primeira disputa por vagas nas eleições libanesas, conquistou 12 das 128 cadeiras do Parlamento. Nas eleições de 2005, das seis cadeiras que ainda possuía, o Partido de Deus passou a um total de25 e, após uma aliança passou a contar com 35 deputados no parlamento libanês. 
· O grupo também tem forte atuação social na comunidade libanesa, provendo escolas, hospitais, orfanatos, farmácias, mercados e clínicas dentárias para as comunidades xiitas, majoritariamente concentradas no sul do país (fronteira com Israel), bem como na periferia ao sul de Beirute, Interessante notar que o grupo mantém estreitos laços com a Síria e o Irã, países acusados de financiar as atividades deste movimento. Outra questão intrigante acerca desta organização é o seu poderio militar, que ao que tudo indica é superior ao do próprio Estado libanês. O
· O núcleo do Hamás é constituído por vários milhares de militantes e ativistas, sendo que o seu arsenal de armas inclui entre 40.000 a 80.000 artefatos bélicos entre foguetes, morteiros e mísseis de curto e longo alcance. Basta lembrarmos que na guerra travada entre a organização e Israel em 2006, foram utilizados inúmeros foguetes Katiusha, de fabricação russa, lançados pelo Hezbollah contra o norte do país. 
· Destaca-se ainda que o grupo mantém células em várias partes do mundo, com ampla infra-estrutura no Oriente Médio, na África Ocidental e na Europa. Devido à existência de expressiva colônia na América Latina, pode dispor de eventual apoio neste continente. Além das relações externas com a Síria e o Irã, a organização mantém contatos com outros grupos radicais fora do Líbano, como, por exemplo, o Hamas, existindo fortes evidências de coordenação entre as ações dos dois movimentos. Por fim, temos que a organização é considerada terrorista por diversos países tais como, Estados Unidos, Israel, Canadá, alguns países da Europa e pelo Parlamento Europeu. Numerosas ações terroristas são atribuídas ao grupo, como os ataques contra a Embaixada dos Estados Unidos e o acampamento do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em Beirute (outubro de 1993); o ataque ao anexo da Embaixada americana em Beirute (setembro de 1984); os seqüestros de 17 estadunidenses e outros ocidentais (1984 a 1988) e do vôo 847 da TWA (1985); os atentados à Embaixada de Israel na Argentina (1992); e à Associação Mutual Israelita Argentina (1994

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