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14 Didatica aplicada a EF-9

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monitoradas por profissionais;
• Por mais robusto, forte ou maduro que o indivíduo seja, ele é fisiologicamente 
imaturo;
• O enfoque primário deve ser dirigido ao aprendizado das técnicas apropriadas 
para todos os movimentos, mostrando-as e aplicando-as com peso gradual;
• Devem ser ensinadas técnicas respiratórias;
• A velocidade dos exercícios deve ser controlada;
• Devem-se evitar exercícios de altíssima intensidade;
• Executar a maior variedade possível de exercícios multilaterais;
• Deve-se ter certeza que o aluno pode compreender e acatar as orientações.
Vimos, então, que o desenvolvimento da força e da potência melhora a qualidade de 
vida dos alunos. Os tipos de força que podemos desenvolver na escola são a força 
dinâmica, a força isométrica e a força explosiva/rápida.
As respostas ao treinamento de força em adolescentes são altamente evidenciadas 
quando se compara à infância. Um problema aqui é a alta resposta ao treinamento, 
mas a intolerância a cargas altas.
Podemos assim, desenvolver a motivação e as capacidades coordenativas que serão 
de suma importância na vida esportiva e na qualidade de vida. 
2.3.1.3 Resistência
É a capacidade de realizar trabalho com eficiência, pois em qualquer tipo de trabalho, 
a perda da eficiência real é denominada de fadiga (DE LA ROSA, 2004).
É necessário cuidados com relação ao trabalho da resistência em jovens entre 13 e 
16 anos, pois superam com facilidade as demandas de fornecimento de energia 
pelo sistema aeróbio, devido ao aumento dos sistemas pulmonar e cardiovascular e, 
também, por meio de alterações morfológicas e fisiológicas como o limiar anaeróbio. 
Unidade II - Pedagogia do Esporte
26 Módulo 5 - Didática aplicada à Educação Física
Isso pode causar barreiras insuperáveis para a melhora da velocidade. Em adolescentes 
com potencial em provas de longa duração, essa orientação é apropriada.
O volume interno cardíaco aumenta em consequência da hipertrofia cardíaca, 
condicionado pelo treinamento. A resistência proporciona suporte às outras 
capacidades físicas, ou seja, só há melhora das capacidades físicas se existir uma 
resistência básica.
O desenvolvimento da resistência não se dará por completo se o desenvolvimento 
puberal for insatisfatório.
Podemos trabalhar a resistência de várias maneiras. Corridas, circuitos, saltos são 
alguns dos meios que podemos utilizar no âmbito escolar, pois não requerem materiais 
muito específicos. Podemos usar cones, pneus, bambolês, sacos de areia, colchonetes 
e o que mais sua imaginação permitir.
Métodos que podem ser utilizados para o treinamento são o contínuo invariável (de 
preferência percursos não muito longos por causa do fator motivação), o contínuo 
variável e o intervalado curto; esse último, principalmente se depender da mobilização 
energética pela glicólise anaeróbia.
Veremos agora alguns requisitos básicos para o treinamento da resistência:
• O treinamento de resistência da juventude se baseia na obtenção de uma boa 
resistência geral para suportar as cargas de treinamento posteriores;
• É interessante que, para o aluno aperfeiçoar sua capacidade de resistência 
com treinamentos mais intensos, esteja correndo pelo menos quinze minutos 
continuamente;
• A instrução de resistência deve ser colocada sempre que possível, sejam 
pequenos ou grandes jogos, seja numa aula de ginástica, etc.;
• Não há um limite mínimo de idade para se começar a treinar a resistência 
aeróbia, mas sim um período “muito tardio” para a mesma;
• A capacidade de desempenho da resistência aeróbia é melhor treinável em 
meninas de 12/13 anos e em meninos de 13/14 anos de idade (comp. KOINZER/
ENDERLEIN/HERFORTH, 1981, apud WEINECK, 1999);
• Deve dar ênfase à abrangência e não à intensidade;
• Não deve ser realizado sob pressão e deve ser adaptado às individualidades 
biológicas de cada um;
• Deve ser variado;
• O treinamento escolhido deve corresponder às condições psicofísicas dos 
jovens;
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• Os resultados positivos para a saúde em relação ao treinamento são 
rapidamente observados.
As funções fisiológicas melhoram até a maturidade completa ser atingida, 
estabilizando-se durante um tempo até decair com o avanço da idade (WILMORE e 
COSTILL, 1994).
Podemos considerar, então, que o treinamento de resistência é que dará a base para 
que o aluno progrida nos treinamentos.
2.3.1.4 Flexibilidade
É a capacidade física do organismo humano que condiciona a obtenção de grande 
amplitude, durante a execução dos movimentos (ZAKHAROV e GOMES, 2003). 
Em manifestações de flexibilidade numa articulação, um termo frequente é a 
mobilidade, compreendendo o deslocamento de uma articulação em relação à outra.
Mas quais são os fatores que determinam a flexibilidades? 
A forma da superfície da articulação dos ossos, as propriedades estáticas do aparelho 
muscular de articulação e a própria resistência dos músculos em relação à articulação. 
Sexo, idade (quanto mais jovem, mais intenso deve ser o treinamento), estado de 
cansaço, grau de excitação emocional, o aquecimento e seu conteúdo e a capacidade 
de relaxamento dos músculos também compõem esses fatores. Outro fator importante 
é o horário em que se vai realizar o treinamento de flexibilidade, pois quanto mais 
quente melhor. 
No período da manhã, a flexibilidade é consideravelmente reduzida, sendo que entre 
12h00 e 17h00 registram-se os melhores horários para o desenvolvimento dessa 
capacidade.
No treinamento de flexibilidade constatou-se a profilaxia de lesões. Um desenvolvimento 
ideal da flexibilidade leva a uma maior elasticidade, mobilidade e capacidade de 
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