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AMARAL - Cnidários de São Pedro e Arquipélago de São Paulo, Nordeste do Brasil TRADUZIDO

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ARQUIVO TRADUZIDO 
CIDÁRIOS DE SÃO PEDRO E ARQUIPÉLAGO DE SÃO PAULO, NORDESTE DO BRASIL 
FD Amaral 1, MM Hudson 1, FL da Silveira 2, AE Migotto 3, SM Pinto 2 e L. Longo 2 
1 Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Brasil, E-mail: 
claufern@novaera.com.br, famaral@ufrpe.br 2 Departamento de Zoologia, Universidade de São 
Paulo, Brasil 3 Centro de Biologia Marinha, Universidade de São Paulo, Brasil 
RESUMO 
Este estudo fornece informações sobre a fauna cnidária do arquipélago de São Pedro e São Paulo, 
um grupo remoto de rochas situadas ao norte do equador (0º56'N; 29º22'W), a 960 km da costa 
brasileira. A maioria das coleções foi feita pelo mergulho, mas o snorkeling também foi usado. Os 
espécimes foram coletados durante cinco principais expedições: agosto de 1998, junho, agosto e 
setembro de 1999 e agosto de 2000, de profundidades entre 0 e 60 m, à mão ou usando cinzéis e 
martelos. Um total de 19 espécies de cnidário foram registados: três espécies de hidrozoa (Halopteris 
alternata, Aglaophenia rhyncocharpa e Sertularella sp.); quatro espécies de corais scleractinian 
(Scolymia wellsi, Madracis decactis, Astrangia braziliensis e Polycyathus sp. ); seis espécies de 
anémonas (Actinia bermudensis, Aiptasias pallida, Anemonia sargassensis, Bunodosoma caissarum, 
B. cangicum e Telmatactis roseni); quatro espécies de zoantídeos (Zoanthus sociatus, Z. nymphaeus, 
Palythoa caribaeorum e Parazoanthus sp.); uma espécie de octocoral (Carijoa sp.), E uma espécie de 
coral negro (Antipathes sp.). Foram registradas onze novas ocorrências. São Pedro e O arquipélago 
de São Paulo tem uma menor riqueza de cidários quando comparado com a área mais próxima de 
Fernando de Noronha arquipélago. 
Palavras-chave: Cnidaria, Arquipelago São Pedro e São Paulo, Scleractinia. 
INTRODUÇÃO 
O arquipélago de São Pedro e São Paulo é um grupo remoto de rochas situadas ao norte do equador 
no meio do Atlântico cume (0 o 55'N, 29 o 22'W), cerca de 960 km da costa nordeste do Brasil (Figuras 
1 e 2). Essas rochas são provavelmente uma das mais pequenas ilhas oceânicas isoladas em o 
mundo. É único entre as ilhas oceânicas em ser não vulcânica e é de particular interesse devido à sua 
posição intermediária entre o oeste africano e A fauna brasileira (Edwards e Lubbock, 1983). Consiste 
de 10 pequenas e 5 ilhotas maiores cobrindo uma área de 15000 m 2. As ilhotas maiores estão 
dispostas na forma de uma em ferradura e são separados por canais estreitos (Fig. 2). A maior ilhota 
de tudo, Belmonte, é de aproximadamente 150 m Longo e 50 m de largura. Está a 23 m acima do 
nível do mar, que faz dele o ponto mais alto do arquipélago (Lima 1999, Hudson 2000). 
 As rochas do arquipélago de São Pedro e São Paulo têm características anômalas em relação às 
rochas de outras ilhas do Oceano Atlântico. Eles não são vulcânicos, mas rochas plutônicas e 
representam o manto superior do oceano que veio à superfície devido a forças tectônicas (Campos et 
al. 2000). 
A superfície do mar é influenciada pelo Equatorial do Sul Corrente (SEC) de leste a oeste, com uma 
velocidade média de 20 cm / s. A 50-100 m de profundidade, o arquipélago é influenciado pela 
Undercurrance Equatorial (EUC) de oeste a leste, com uma velocidade média de 100 cm / s 
(Travassos et al., 1999). 
De acordo com Macêdo et al. (1999), durante 1997 o significa a temperatura da superfície era 27,51 ° 
C, a salinidade média foi 35,62, o pH permaneceu sempre alcalino, e o Os valores de oxigênio 
dissolvido foram próximos do nível de saturação equilibrium com a atmosfera até a Início da termoclina 
(começando entre 60 e 90 m e terminando entre 220 e 300 m). O dissolvido os nutrientes estavam em 
baixas concentrações indicando uma nutriente deficiência na camada fóbica, mas uma maior 
disponibilidade de foram observados nutrientes na camada aphótica, que caracterizou a região como 
uma área oligotrófica (Macêdo et al. 1999). 
Poucos dados estão disponíveis nos cnidários de São Pedro e arquipélago de São Paulo devido à sua 
difícil acessibilidade (Edwards e Lubbock, 1983). De acordo com Edwards e Lubbock (1983) e Maida 
e Ferreira (1997), há poucos estudos sobre São Pedro e São Paulo arquipélago. Apenas uma 
expedição foi feita anteriormente em 1979, pela Universidade de Cambridge (Edwards e Lubbock, 
1983). Nesse estudo, a ecologia das ilhas foi descrito e algumas espécies cnidárias identificadas e 
depositado no Museu de História Natural (Londres) incluindo: o zooxantelas corais Madracis decactis 
e Scolymia wellsi; os corais azooxantelado poli- Cyathus sp., Caryophyllia sp., e Astrangia sp .; a 
zoantídeos Zoanthus sociatus e Palythoa caribaeorum; os corais negros Antipathes thamnea e A. hirta; 
a anêmonas Actinia infecunda, Phymactis sanctaehelenae, e americana Telmatactis; eo octocoral 
Carijoa riisei. 
O objetivo do presente estudo foi (i) investigar o ocorrência de espécies de cnidários de São Pedro e 
São Paul Archipelago em uma tentativa de contribuir para o conhecimento da fauna bentônica desta 
área peculiar e (ii) compare a morfometria dos caracteres esqueletais de as espécies de corais que 
habitam os arquipelagos de São Pedro e São Paulo (conhecido como Arquipélago em todo o texto) e 
outra região, situada a 179 km da Ilha de São Luís: Manuel Luiz Parcel (MA), 0 o 53'S; 44 o 16 'O (Fig. 
1) (referido como Parcel em todo o texto). 
 
Fig. 1 Mapa do Brasil, mostrando Manuel Luiz Parcel, São Arquipélago de São Pedro e São Paulo, 
Atol das Rocas e Fernando Arquipélago de Noronha 
MATERIAIS E METODOS 
As amostras foram coletadas à mão ou com cinzéis e Martelos de mergulhadores de mergulho e 
mergulho com snorkel. Os espécimes foram coletados durante cinco expedições principais: agosto de 
1998, junho, agosto e setembro de 1999, e agosto de 2000, de profundidades entre 0 e 60 m. O 
material era coletado nas piscinas da Ilha de Belmonte (Fig. 2) em uma profundidade variando de 4-
18 m, na entrada do A enseada de Belmonte Islet às profundidades de 18-40 m, e da Almirante Graça 
Aranha Flutuante do navio com uma profundidade média de 45 m.Z’. 
 
Fig. 2 Mapa de Saint Peter e St. Paul Arquipélago, mostrando as ilhotas maiores. 
Não foi possível um estudo quantitativo (com transectos e / ou quadrantes) em qualquer localidade 
devido aos fortes correntes e as profundezas em que os corais estavam localizados (pelo menos 30 
m de profundidade). 
Anêmonas e zoantideos foram anestesiados em uma solução de 8% de MgCl2 em água do mar e 
fixados em 4% formalina. Esqueletos de coral foram limpos em uma solução de Hipoclorito de sódio 
a 30%, seco e analisado sob uma Microscópio estereoscópico equipado com uma micrometria ocular. 
Os dados coletados dos corais incluíram crescimento forma, diâmetro coral lite, número de centros 
por cm 2, altura do corallito, altura da columela externa, distância entre centros de columela, largura 
de septa, número de septos do primeiro e do último ciclo, e número total de septos. Análise de 
variância univariada (ANOVA) (Sokal e Rohlf 1983) foram realizados em meios de colônia para os 
dados medidos. Foi utilizado um nível de significância de P <0,05 para os testes estatísticos. 
RESULTADOS 
As 19 espécies de cnidários e suas A distribuição batimétrica foi registrada: 
 
Classe Hydrozoa 
Subclasse Leptomedusae 
Ordem conica 
Halopteris alternata (Nutting 1900) 
Aglaophenia rhyncocharpa Allman 1877 
 Sertularella sp. 
As hidroínas são muito incomuns, crescendo entre algas e esponjas, ocorrendo de 2 a 30-40 m de 
profundidade. 
 
Classe Anthozoa 
Ordem Scleractinia 
M. decactis (Lyman 1859) 
No arquipélago de São Pedro e São Paulo, esta espécie foi apenas encontrada em profundidades 
superiores a 30 m, tornou-se abundante a 35 m, e foram mais achatados e incrustantes do que os da 
parcela. A cor variou de verde escuro para roxo, com alguns espécimes castanhos. Esta espécie se 
forma grandes colônias. No arquipélago, essascolônias eram achatadas em forma e rochas servidas 
como substrato. Total O número de septa por coraleito foi bastante regular, com Corais circulares, 
homogêneos, distribuídos simetricamente buted (Tabela 1). No Pacote, colônias desta espécie foram 
considerados abundantes (exceto nas regiões próximas superfície, sobre pilares) e também foi 
observado e coletado em regiões mais profundas (30 m). A sua forma de crescimento variou de acordo 
com a localidade. A cor variou de verde para marrom, mas alguns espécimes foram vistos 
branqueados. A forma das colônias na parcela variou de coluna Esférico, com pequenos lóbulos 
ramificados. Seu substrato consistiu em algas calcárias. 
Scolymia wellsi Laborel 1967 
No arquipélago, espécimes deste coral solitário as espécies só foram observadas em profundidades 
superiores a 30 m, sendo coletado em profundidades até 45 m, onde estavam bastante abundantes. 
O tamanho variou consideravelmente (Tabela 2). Cor era verde. Os pólipos eram extremamente finos, 
alguns com larguras de apenas 1 cm, e aderiu fortemente ao substrato, tornando a coleta difícil. 
No Pacote, também foi observado e coletado em regiões mais profundas (30 m) e em áreas com 
sombra (em cavernas e aberturas nas rochas). As amostras eram pequenas e achatado em forma, e 
as cores variaram de marrom a luz verde, com alguns indivíduos branqueados. 
Astrangia braziliensis Vaughan 1906 
Este coral azooxanthellate depende da sombra substrato para crescer. Os pólipos foram coletados em 
rochas em profundidades de 45 m e eram de cor marrom. O número de septa variou entre espécimes, 
31,2 ± 1,0198; contudo, o diâmetro do corallite (3,52 ± 0,03742 mm) e o altura do corallito (3,7 ± 0,2 
mm) foram estáveis. Um azoo- espécie de coral xanthellate, Polycyathus sp. foi recentemente 
coletados. 
 
Order Actaria 
Actinia bermudensis (Mc Murrich 1889) 
Aiptasia pallida Verrill 1864 
Anemonia sargassensis Hargitt 1908 
Bunodosoma caissarum Corrêa em Belém 1988 
B. cangicum Corrêa e Belém e Preslercravo 1973 
Telmatactis roseni (Watzl 1922) 
As anêmonas eram relativamente comuns em rochas até ca. 12 m de profundidade, ocorrendo menos 
freqüentemente até 18 m de profundidade. Esta espécie geralmente vive abaixo de pedras em sites, 
em seixos, em fendas de rocha, ou anexados às superfícies mais baixas de rochas no meio-litoral 
inferior, bem como infralitoral. Agregações de Aiptasia pallida foram também encontrados, formando 
grandes clones, que abrangeu o todo substrato. Também poderia ser visto entre Zoanthus spp. ou 
esponjas. B. caissarum é conhecido como um brasileiro endêmica espécies, ocorrendo ao longo de 
toda a costa brasileira. 
Ordem Zoanthidea 
Zoanthus sociatus (Ellis 1767) 
Z. nymphaeus (Lesueur 1817) 
Palythoa caribaeorum (Duchassaing e Michelotti 1860) 
Parazoanthus sp 
 
Os zoanthids eram muito comuns até 9 m de profundidade, especialmente em fundos horizontais. Eles 
também eram comuns em piscinas de maré e em regiões tocadas pelas ondas durante maré baixa. 
 
Ordem Telestacea 
Carijoa sp. Apenas uma pequena colônia foi coletada. 
Ordem Antipatharia 
Antipathes sp. 
Os corais negros eram muito comuns e fáceis de encontrar começando a profundidades de 45 m, até 
60 m. Os espécimes de Cnidaria do arquipélago de São Pedro e São Paulo são depositados no 
"Laboratório de Ambientes Recifais" de a "Universidade Federal Rural de Pernambuco" (UFRPE). 
Comparação entre os corais Madracis decactis e Wellsi S colymia da parcela e da Archipelago: O 
Madracis decactis coral do Parcel teve menor colônias (altura média ± SE de 50,6 ± 13,11 mm; média 
largura ± SE de 75,2 ± 10,36 mm) do que os espécimes de Arquipélago (altura média ± SE de 71,0 ± 
12,22 mm; largura média ± SE de 108,6 ± 20,62 mm) (Tabela 1). No entanto, os caracteres 
morfométricos (número total de septo, diâmetro de corallite, distância entre columela centros, o 
número de centros de columella por cm 2) foram não significativamente diferentes entre os locais 
(ANOVA; p≥0,01) (Tabela 3). 
 
Tabela 1. Os dados, quer dizer, e o erro padrão para os caracteres estudados para os Madracis coral 
decactis (n = 5 para cada localidade). Medições em mm. 
 
Tabela 2. Dados, média e erro padrão para os caracteres estudados do coral Scolymia wellsi (n = 5 
para cada localidade). Medições em mm. 
 
Tabela 3. Resumo da ANOVA para caracteres de Madracis decactis de ambas as localidades (Manuel 
Luiz Parcel - MA Estado e arquipélago de São Pedro e São Paulo). 
 
Tabela 4. Resumo da ANOVA para caracteres do wellsi Scolymia coral de ambas as localidades 
(Manuel Luiz Parcel - Estado do Maranhão e arquipélago de São Pedro e São Paulo). 
 
Quando se compara o coral S. wellsi recolhido em ambas localidades, observou-se que os espécimes 
da A parcela teve um maior número de septos no primeiro ciclo (12 ± 0) e corais maiores (27,74 ± 3,03 
mm) do que os de Arquipélago (11,2 ± 0,37 e 25,0 ± 0,22 mm, respectivamente) (Tabela 2). Os outros 
caracteres morfométricos (número total de septos, número de septos do último ciclo, largura dos 
septos, largura da columela externa e corallite diâmetro) estudados para esta espécie também foram 
maiores para a corais do arquipélago. No entanto, quando ANOVA foi aplicado a todos os caracteres 
morfométricos estudados, apenas dois foram estatisticamente significativos (p≤0,01): columela 
externa largura e diâmetro do corallito (Tabela 4). 
Os espécimes coletados no Pacote foram encontrados em substrato de algas calcárias, ao contrário 
dos coletados em O arquipélago, que foi encontrado crescendo em rochas, e tinha formas achatadas. 
O diâmetro Corallite foi menor e os corallitos eram mais altos que os coletados em St. Arquipélago de 
São Pedro e São Paulo. 
DISCUSSÃO 
O arquipélago de São Pedro e São Paulo tem uma menor riqueza de espécies cnidaria (19) do que 
Fernando de Noronha arquipélago (03 o 51'S, 032 o 26'W), localizado 650 km ao sudoeste, que tem 
um total de 37 espécies de cnidários (Pires et al., 1992). No entanto, é comparável com Manuel Luiz 
Parcel e Rocas Atol (03 o 52'S, 033 0 48'W), que tem um total de 20 (Amaral et al., 2000) e 21 cnidárias 
espécies relatadas (Echeverría et al., 1997), respectivamente. 
Como a costa brasileira é extremamente diversificada e extenso, com muitos lugares inacessíveis, 
vários Os taxa de invertebrados são pouco conhecidos, como por exemplo as anêmonas de mar 
(Zamponi et al., 1998). No meio do litoral e substrato consolidado Bunodosoma cangicum e B. 
caissarum são conspícuos. Nas piscinas de maré e sob pedras, espécimes de Actinia bermudensis, 
Anemonia sargassensis, Aiptasia pallida e Telmatactis roseni ocorrer (Zamponi et al., 1998). De 
acordo com Belém (1988), Bunodosoma caissarum, uma espécie endêmica do Brasil, ocorre ao longo 
da costa do continente, embora grupos densos só são encontrados em substratos firmes na zona 
infralitoral ao longo de litorais abertos ou em baías protegidas e enseadas na zona do meio-litoral, 
onde podem ocorrer em semi-estável substrato. O arquipélago de Fernando de Noronha é 
densamente povoado por esta espécie, que é mais comumente encontrada na zona do meio-litoral 
dentro de cavernas de mar com sombra e raramente em marés. Em contraste, no Archipelago, é 
principalmente encontrado em piscinas intertidal. 
A ocorrência de espécies Zoanthidae, especialmente Zoanthus sociatus e Palythoa caribaeorum, tem 
sido relatado na maior parte da zona intermareal para infralitoral em plataformas de recifes e margens 
rochosas de áreas tropicais (Sebens, 1982). De acordo com Sebens (1982), essas espécies são 
também resistentes à dessecação e à ação das ondas, o que poderia explicar o seu sucesso nesta 
região turbulenta. Onze novas ocorrências para o arquipélago foram registradas: alternata Halopteris, 
rhynco- Aglaophenia charpa, Sertularella sp., Actinia bermudensis, Aiptasias pallida, Anemonia 
sargassensis, Bunodosoma caissarum, B. cangicum, Telmatactisroseni, Zoanthus nymphaeus, e 
Parazoanthus sp. 
O pequeno número de corais (n = 4) encontrado no Archipelago, em comparação com outros locais 
fora do Nordeste Brasil (um total de 18 corais escleractinos foram relatados por Laborel 1970 e Leão 
1986), podem ser parcialmente explicados pela grande distância entre esta área e outras rasas águas 
(Edwards e Lubbock, 1983). O Sul Current Equatorial, proveniente da costa da África e Ocidental, é 
outro obstáculo para a dispersão de larvas para o leste. Se as larvas tiveram que seguir a corrente ao 
longo da Sul do Oceano Atlântico, o tempo necessário seria mais longo do que o necessário para a 
fixação e a temperatura perto do Pólo Sul pode ser letal para esses organismos (Pereira 2000). Além 
disso, suspeitamos que, pelo menos para corais escleractinos, a falta de habitat adequado disponível 
durante um longo período de tempo geológico pode ser importante fator que influencia a fauna atual 
em vez de apenas a distância geográfica do Brasil e da África Ocidental. A velocidade e a frequência 
das correntes superficiais do Atlântico devem tornar esta área acessível com relativa frequência taxas 
de sobrevivência conhecidas para larvas de corais. Portanto, outros fatores físicos e ecológicos podem 
explicar a faunística composição, ou mesmo mais, do que a geográfica distância. 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos a Bertran Feitoza (UFPB) para as fotos submarinas e Cristiane Costa e Andrea Steiner 
(UFRPE) para obter ajuda técnica. Eu gostaria de agradecer a Fundação FACEPE e Henry para o 
apoio financeiro para a participação do 9 ICRS. Muitos Graças também à Dra. Nancy Knowlton 
(Universidade de Califórnia), Dr. Stephen Cairns (Smithsonian Institution), Dr. Douglas Fenner (AIMS) 
e dois anônimos revisores para suas sugestões importantes. 
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