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O que é Ciência

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https://www.todamateria.com.br/o-que-e-ciencia/
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/206265/2/Esp%2520Ci%25C3%25AAncias%2520-%2520Ci%25C3%25AAncia%2520tecnologia%2520e%2520sociedade%2520-%2520MIOLO.pdf
https://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia.pdf
O que é Ciência
Ciência representa todo o conhecimento adquirido através do estudo, pesquisa ou da prática, baseado em princípios certos. Esta palavra deriva do latim scientia, cujo significado é "conhecimento" ou "saber".
A ciência é um modo de conhecer fundamentado em um método, o método científico. O método é o modo de funcionamento das ciências, é fundamentado na observação, na experimentação e na produção de teorias e leis.
As teorias são constantemente testadas, visando sua comprovação ou substituição por outra teoria que resista à checagem.
O objetivo da ciência é explicar, descrever e prever os fenômenos a partir do desenvolvimento de procedimentos metodológicos que possam ser constantemente verificados e reproduzidos.
De diversas formas, o ser humano procura apreender a realidade. Tais formas, que coexistem, variam conforme contexto histórico, geográfico, cultural etc. Uma mesma sociedade pode utilizar o pensamento mítico, o artístico, o religioso e o científico para explicar aquilo que acontece em sua volta. Por exemplo, a origem da vida na Terra pode ser explicada como uma criação divina (explicação religiosa) ou como uma sucessão de fenômenos naturais (explicação científica) – Big Bang, fenômenos tectônicos, formação da atmosfera e hidrosfera, até chegar à origem da vida, no meio aquático. Desta forma, a ciência é uma destas formas de explicação, ou seja, uma representação da realidade (OMNÈS, 1996). As representações funcionam como lentes sem as quais não conseguimos observar a realidade. No entanto, todas estas lentes, inclusive a ciência, nos distorcem o real, apesar do discurso – produzido dentro da academia e permeado de interesses – de que a ciência é neutra (BOURDIEU, 1983a). A ciência, discursivamente, procura se aproximar ao máximo da realidade e submeter as outras formas de apreensão da realidade – mesmo não tendo pretensões de absoluto (ABBAGNANO, 2000). Para tal, segundo Omnès (1996), exige uma coerência interna integral, que é constantemente interrogada, ou seja, as formulações científicas precisam ser validadas, estar em consonância e estabelecer nexos. Desta forma, a verdade científica é refutável, o que significa que pode ser substituída por outras que se mostrem (mesmo que aparentemente) mais próximas da realidade e mais coerentes com outros conhecimentos científicos. De acordo com a teoria dos campos de Bourdieu (1983b), esta verdade científica, portanto, depende de condições sociais de produção, ou seja, das disputas ocorridas no campo científico, que é definido da seguinte forma:
No entanto, podemos apontar algumas características da ciência. O conhecimento científico é acumulável, registrável e refutável. Além disto, a ciência utiliza uma linguagem própria e se baseia na articulação entre procedimentos metodológicos e fundamentos epistemológicos, a fim de manter sua coerência e apreender a realidade de forma objetiva. O método pode ser considerado um conjunto de técnicas para se chegar ao conhecimento científico ou uma orientação de pesquisa (ABBAGNANO, 2000). A primeira concepção é compartilhada por Severino (2007, p. 102), que define o método científico como “um conjunto de procedimentos lógicos e de técnicas operacionais que permitem o acesso às relações causais constantes entre os fenômenos”. A segunda concepção é mais empregada nas Ciências Humanas, que admitem maior variedade epistemológica e, consequentemente, metodológica. Neste caso, os métodos estão relacionados a visões de mundo, como os métodos dialético ou hegeliano. Omnès (1996, p. 272) atribui ao método a condição de minimizar a distância entre o conhecimento Apesar de admitir variações, sobretudo nas Ciências Humanas, a linguagem científica, tradicionalmente, se caracteriza por ser rigorosa, direta e objetiva. Essas questões serão aprofundadas no item 1.3. 18 - Curso de Especialização em Ensino de Ciências científico e o real: “trata-se, antes de tudo, de regras práticas que permitam garantir a qualidade da correspondência entre a representação científica e a realidade”. Este autor defende a aplicação universal do método que chama de quatro tempos, derivado da Física. Este método consiste no cumprimento de quatro etapas: estágio empírico ou exploração (observação dos fatos e estabelecimentos de regras empíricas); conceptualização ou concepção (elaboração e seleção de conceitos; criação de princípios); elaboração (enumeração das consequências dos princípios); verificação (fase em que as hipóteses serão submetidas à refutação). A defesa de Omnès (1996) de um único método aplicável a todas as ciências (das Naturais às Humanas) deixa transparecer sua “concepção acerca da natureza do real e acerca do seu modo de conhecer” (SEVERINO, 2007, p. 107), ou seja, seus fundamentos epistemológicos. Neste caso, Omnès parte de pressupostos positivistas, de acordo com os quais a ciência é capaz de explicar todos os fenômenos a partir de regras, leis e princípios. Estes três são estabelecidos a partir da experimentação e da quantificação, eliminando-se as interferências subjetivas e qualitativas. A postura de Omnès ratifica as afirmações de Bourdieu (1983a) de que os conflitos no campo científico são, indissociavelmente, epistemológicos e políticos – uma vez que não se trata apenas de se discutir formas de se interpretar a realidade, mas também de preconizar sua maior autoridade científica e submeter as Ciências Humanas às Naturais, uma vez que aquelas primam pela variedade epistemológica e metodológica.
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O que é sociedade
A etimologia da palavra sociedade remete ao latim, societas, que significa associação “amistosa com outros”. Sociedade é uma palavra polissêmica, isto é, pode ter variados significados conforme o enfoque, a corrente teórica e mesmo a disciplina. O agrupamento humano sob regras e costumes comuns existe desde os primórdios da humanidade.
Como aponta o renomado antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, “a sociedade é uma condição universal da vida humana”|1|. Trata-se de uma necessidade biológica e simbólica. Biológica porque somos predispostos geneticamente à vida em sociedade e ao desenvolvimento de habilidades indispensáveis à nossa sobrevivência e que envolvem simultaneamente o físico e o intelecto, como a linguagem e a técnica em qualquer tipo de trabalho.
É uma necessidade simbólica porque, além de suprir nossas necessidades físicas, precisamos dar sentido a elas, e isso requer o desenvolvimento de um arcabouço moral e cognitivo que defina parâmetros de como fazer e por que fazer algo, o que passa pela definição de regras, rituais e significados compartilhados com nossos semelhantes. Assim, o comportamento humano não é fundado em instintos, mas em normas que orientam suas ações e a organização social do seu grupo, as quais são acumuladas historicamente e também podem ser modificadas no presente.
 Sociedade consiste em um grupo de indivíduos ordenado em uma estrutura social.
Sociedade consiste em um grupo de indivíduos ordenado em uma estrutura social.
Essas normas são aglutinadas em instituições que parametrizam e ordenam as relações humanas. As instituições modificam-se no tempo e no espaço, mas a existência de regras na socialização humana é invariável, é, em última instância, o que nos caracteriza como humanidade, animais sociais, cuja satisfação biológica passa inevitavelmente pelo desenvolvimento de capacidades sociais, isto é, que requerem trocas cognitivas e morais na interação com os iguais.
Uma sociedade é um agrupamento humano,em determinado recorte espacial e temporal, regido por normas comuns, culturais e/ou escritas, e unido pela consciência de pertencimento. Sua organização abrange todas as dimensões da vida humana: um sistema econômico que viabilize a produção e distribuição de riqueza entre seus membros; um sistema político e jurídico que medeie as relações, solucione conflitos, proteja a integridade da vida, concilie as diferentes demandas e interesses, determine e delegue as punições a quem infringir as regras; um sistema educacional que abarque família, escola, instituições religiosas e culturais, que oriente o processo de socialização, inculcando o conteúdo ético e cultural característico desse povo e preparando as gerações mais novas para seu ingresso no sistema econômico.
Como afirma Durkheim, as sociedades não são meramente a soma de indivíduos, mas um sistema formado pela associação entre indivíduos. Dessa forma, há uma organização, com instituições formais e informais, uma estrutura social que pode ser hierárquica ou não, e papéis sociais designados aos seus componentes. Esse arranjo permite a previsibilidade necessária para uma harmônica convivência entre as pessoas, permite também o planejamento e persecução de interesses individuais ou comunitários. Estudar como essa organização social é formada, operada e modificada é tarefa elementar da sociologia enquanto disciplina.
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/sociedade.htm
O que é tecnologia
Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. É uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa.
A palavra tecnologia tem origem no grego "tekhne" que significa "técnica, arte, ofício" juntamente com o sufixo "logia" que significa "estudo".
As tecnologias primitivas ou clássicas envolvem a descoberta do fogo, a invenção da roda, a escrita, dentre outras. As tecnologias medievais englobam invenções como a prensa móvel, tecnologias militares com a criação de armas ou as tecnologias das grandes navegações que permitiram a expansão marítima. As invenções tecnológicas da Revolução Industrial (século XVIII) provocaram profundas transformações no processo produtivo.
A partir do século XX, destacam-se as tecnologias de informação e comunicação através da evolução das telecomunicações, utilização dos computadores, desenvolvimento da internet e ainda, as tecnologias avançadas, que englobam a utilização de Energia Nuclear, Nanotecnologia, Biotecnologia, etc. Atualmente, a alta tecnologia, ou seja, a tecnologia mais avançada é conhecida como tecnologia de ponta.
As novas tecnologias são fruto do desenvolvimento tecnológico alcançado pelo ser humano e têm um papel fundamental no âmbito da inovação.
Os avanços da tecnologia provocam grande impacto na sociedade. Pelo lado positivo, a tecnologia resulta em inovações que proporcionam melhor nível de vida ao Homem. Como fatores negativos, surgem questões sociais preocupantes como o desemprego, devido à substituição do Homem pela máquina ou a poluição ambiental que exige um contínuo e rigoroso controle.
https://www.significados.com.br/tecnologia-2/
Ciência, Tecnologia e Sociedade
Na sociedade atual, a ciência e, principalmente, a tecnologia possuem grande importância na organização das práticas sociais, mas as relações sociais também possuem grande importância na produção, aplicações e implicações das tecnologias e conhecimentos científi cos. No entanto, Bazzo (2010) adverte quanto à percepção geral – induzida por propagandas – de que a ciência e a tecnologia estabelecem verdades interessadas e produzem resultados positivos para o progresso humano, sendo “comum muitos confi arem nelas como se confi a numa divindade”. Esta visão tecnocrática se fundamenta no contrato social entre Ciência e Tecnologia (C&T) e propõe um modelo linear de progresso. Este modelo indica que o desenvolvimento social é uma consequência do desenvolvimento científi co. Este promoveria o desenvolvimento tecnológico, que propiciaria o desenvolvimento econômico, o qual, finalmente, permitiria o desenvolvimento social. 
Este modelo linear está calcado na perspectiva da neutralidade da C&T. Segundo Auler e Delizoicov (2006), esta concepção pouco crítica está alicerçada em três pilares: o determinismo tecnológico; a neutralidade das decisões tecnocráticas; e a perspectiva salvacionista da C&T. Estes três pilares, ao mesmo tempo em que sustentam, são reforçados pelo modelo linear de desenvolvimento.
O modelo linear pode ser criticado tanto por estabelecer uma relação de causalidade entre desenvolvimento científi co e desenvolvimento social quanto pela ideia que o serve de base - a de que a C&T é neutra. Comecemos analisando a questão da neutralidade científi co-tecnológica. Para Bourdieu (1983a, p. 146), a ideia da neutralidade da ciência é uma “fi cção interessada”, pois naturaliza a ciência como melhor explicação da realidade social. O discurso da neutralidade científi ca se estende à tecnologia e é apresentada somente como forma de suprir necessidades individuais e sociais. Entretanto, não há uma dicotomia entre tecnologia e sociedade. As tecnologias (e os conhecimentos científi cos) são construídas socialmente – dentro de um contexto de sistema de objetos e sistema de ações – assim como contribuem para a formação desta sociedade e deste espaço. Assim, as decisões tecnocráticas não são neutras e sim políticas, pautadas por interesses – sobretudo o de impor a visão de que a C&T é uma panaceia a todos os problemas econômicos e sociais.
Conforme apresentam Angotti e Auth (2001) e Auler e Bazzo (2001), estes questionamentos acerca da neutralidade da C&T e de seu modelo de progresso levaram, nas décadas de 1960 e 1970, à organização do movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), que trazia uma visão crítica sobre o contrato entre C&T, bem como deslocava as discussões técnico-científi cas a um nível político. Dimensões sociais, políticas, culturais e econômicas (em uma outra perspectiva) foram adicionadas às discussões acerca do conhecimento científi co e das tecnologias. Posteriormente, esta nova concepção foi incorporada pela Educação, através de formulação de propostas pedagógicas de CTS.

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