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ATIVIDADES - Revivendo as brincadeiras de criança

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,
Revivendo as
Brincadeiras de Crianca
Organizadores
Edson Cordeiro dos Santos
Andréa de Oliveira Salustriano de Souza
Flavio Médici da Silva
Apoio
Rio de Janeiro
Solidariedade França-Brasil
2015
Realização
,
Revivendo as
Brincadeiras de Crianca
 
 
 
Revivendo as brincadeiras de criança / organizadores Edson Cordeiro 
dos Santos, Andréa de Oliveira Salustriano de Souza, Flavio Médici da 
Silva. - Rio de Janeiro : Solidariedade França-Brasil, 2015. 
 
60 p.; il. col.; 21cm. 
 
ISBN 978-85-65507-03-5 
 
1. Jogos infantis. 2. Brincadeiras. 3. Crianças – Recreação. I. Santos, 
Edson Cordeiro dos. II. Souza, Andrea de Oliveira Salustriano de. III. 
Silva, Flavio Médici da. 
 
CDD 790.1922 
 
56
Participantes da fase de levantamento
Alessandra Maia Ferreira – Secretaria Municipal de Educação
Andréa de Oliveira Salustriano de Souza – Solidariedade França-Brasil
Ane Carine Santos Barbosa – Centro Comunitário Joias de Cristo
Carla Ribeiro Magalhães de Souza – Centro Comunitário São Sebastião de Vila de Cava
Carla Rodrigues Peres - Centro Integrado de Desenvolvimento Infanto-Juvenil
Claudia da Silva Brito - Centro Comunitário São Sebastião de Vila de Cava
Daniela Montechiare Gentil - Escola Sesi de Nova Iguaçu
Denize Mariano da Silva – Solidariedade França-Brasil 
Ednalva Guarabira de Alexandria – Centro Comunitário São Sebastião de Vila de Cava
Edson Cordeiro dos Santos – Solidariedade França-Brasil 
Eduarda Santos Garcia – Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
Elisângela Tavares Lordeiro - Escola Sesi de Nova Iguaçu
Enir de Oliveira Pinto Neves – Secretaria Municipal de Educação
Flavio Médici da Silva – Solidariedade França-Brasil
Francisca Nilza P. Ramos – Fé e Alegria – Centro de Educação e Cultura Marambaia
Jaciara Maltez Dias – Fundação Cultural e Educacional de Nova Iguaçu
Jucicleia Lima da Silva – Centro Integrado de Desenvolvimento Infanto-Juvenil
Lena Santos – Solidariedade França-Brasil 
Márcia Maria da Conceição – Centro Comunitário Joias de Cristo
Maria Angélica A. M. Pinheiro - Fé e Alegria – Centro de Educação e Cultura Marambaia
Maria Selma de O. Rodrigues – Casa do Menor São Miguel Arcanjo
Maria Sousa da Silveira – Colégio Ouro Preto
Marliete Peixoto Xavier Filha - Emei Maria Natália
Rita de Cássia Porto dos Santos - EM Flor de Lis
Roberta Gomes Miranda - Secretaria Municipal de Cultura
Rosemary dos Santos Pimenta Ribeiro – Arte-educadora, Artista plástica, Consultora
Sergio de Almeida Miranda - Secretaria Municipal de Cultura
Simone da Silva de Oliveira - Emei São Benedito
Vanessa Mendonça da Silva - Casa do Menor São Miguel Arcanjo
Coordenação Editorial
Edson Cordeiro dos Santos
Projeto Gráfico e Diagramação
Flavio Médici da Silva
Dinamizadora e Ilustrações
Rosemary dos Santos Pimenta Ribeiro
Colaboradora
Denize Mariano da Silva
Edição de Texto
Suzete Younes Ibrahim
Revisão de Texto
Luzia Fonseca
Organizadores
Edson Cordeiro dos Santos
Andréa de Oliveira Salustriano de Souza
Flavio Médici da Silva
Realização
SFB - Solidariedade França-Brasil
Apoio
Instituto C&A
Fotos
Arquivo das instituições participantes
Introdução 7
 Metolologia9
Brincadeiras Selecionadas 11
 Notas55
Sumario
,
Introducao,
-
“O ato de brincar oferece às crianças oportunidades para desenvolver 
suas competências e habilidades intelectuais, emocionais, sociais e 
cognitivas, de forma prazerosa e automotivadora.”
1
(Guia O direito de brincar de todas as crianças, 2014 )
primeira infância
A
 período 
crucial na formação do 
ind iv íduo, que va i do 
nascimento até completar-se seis 
anos de idade teve um Plano 
Nacional, elaborado pela Rede 
2
Nacional Primeira Infância – RNPI e 
aprovado, em 2010, pelo Conselho 
Nacional dos Direitos da Criança e 
do Adolescente.
Em 2013, fruto de iniciativa da 
3
Solidariedade França-Brasil - SFB , 
com apoio do Instituto C&A, e 
articulado com o Conselho Municipal 
dos Direitos da Criança e do 
Adolescente – CMDCA, o Fórum 
Popular Permanente dos Direitos da 
Criança e do Adolescente – Fórum 
DCA, o Núcleo de Creches e Pré-
Escolas Comunitárias da Baixada 
Fluminense – Nucrep, a Associação 
dos Conselheiros Tutelares de Nova 
Iguaçu – ACTNI, dentre outras 
organizações governamentais e não 
governamentais de Nova Iguaçu, o 
Projeto “Construindo em Rede” 
promoveu a elaboração do Plano 
Municipal pela Primeira Infância em 
Nova Iguaçu (PMPI-NI).
Esta elaboração contou com a 
participação ativa de cerca de 170 
pessoas de diversas instituições 
sociais e órgãos governamentais, 
utilizando diversas instâncias de 
discussão, tais como: encontros, 
grupos de trabalho, seminários etc. 
Aprovado no CMDCA em novembro 
de 2013, o Plano Municipal contém 
um diagnóstico com informações 
sobre as políticas públicas na cidade 
e sobre a legislação, além de 
propostas de ações em 13 temas 
relacionados à educação, à 
assistência social, à cultura, à 
convivência familiar, ao urbanismo e 
meio ambiente, à violência, dentre 
outros.
Em 2014, o foco do Projeto 
Construindo em Rede esteve 
voltado a acompanhar, a monitorar 
e a avaliar a implementação do 
PMPI-NI. Outro enfoque para o ano 
foi a realização de um evento com 
as crianças, em comemoração ao 
“Dia do Brincar”, aprovado pela 
ONU/Unesco em 28/05/1999. O 
evento foi organizado coletivamente 
e realizado no dia 28/05/2014 (Dia 
Introducao,
-
Introducao,
-
Introducao,
-
07
Mundial do Brincar), em parceria 
com organizações governamentais 
e não-governamentais. Contou com 
a participação de 158 crianças (de 
10 unidades de Educação Infantil 
p ú b l i c a s , c o m u n i t á r i a s e 
particulares) e 116 adultos de 2 
Coletivos, 11 organizações não-
governamentais, 4 organizações 
governamentais e convidados. Da 
programação do dia, constou o 
lançamento da Cartilha “O Olhar da 
Criança sobre o Mundo”, que 
sistematiza a experiência de escuta 
das crianças para o PMPI-NI, além 
de diversas oficinas realizadas com 
elas.
Acreditamos que esse evento foi 
bastante significativo para o tipo de 
transformação desejada pelo 
Projeto. Em primeiro lugar, por ser 
uma das atividades propostas no 
Plano Municipal pela Primeira 
Infância de Nova Iguaçu e, em 
segundo lugar, por ter envolvido as 
organizações governamentais e 
não-governamentais do Sistema de 
Garantia de Direitos – SGD em sua 
organização e implementação. Além 
da atividade específica do Projeto, 
as Secretarias Municipais também 
se envolveram na implementação 
de ações em suas áreas de 
competência (escolas, bibliotecas e 
esporte e lazer). 
Diante do sucesso alcançado, a ação 
foi mantida no planejamento do 
Projeto para 2015, trazendo a 
d iscussão para os mesmos 
participantes do ano anterior, em 
reuniões realizadas a partir de 
fevereiro, com os seguintes 
objetivos:
- realizar uma atividade com atores 
da “Rede”, no sentido de promover 
um levantamento das brincadeiras 
de criança, a partir do resgate da 
memória das pessoas sobre sua 
infância. 
- preparar a realização de um 
evento em comemoração ao Dia do 
Brincar, utilizando as brincadeiras 
levantadas.
- realizar o evento do Dia do Brincar, 
com crianças de diversas instituições 
educacionais do município.
As brincadeiras apresentadas na 
presente cartilha são resultado de 
uma construção coletiva, na qual, 
de forma prazerosa, cada um dos 
participantes pode “voltar” ao seu 
tempo de infância e recolher as 
brincadeirasque permanecem para 
sempre em nossas f e l i ze s 
memórias. 
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca08
“O empoderamento é um processo indutor de transformações nas 
relações sociais, culturais, econômicas e de poder. Para promovê-lo, é 
preciso investir na oferta de formação para todas as pessoas a respeito 
do direito de brincar e das formas concretas para a sua efetivação.”
4
(Guia O direito de brincar de todas as crianças, 2014 )
Metodologia
sta cartilha
E
 foi organizada a 
partir das lembranças de 
infância dos participantes da 
primeira reunião preparatória do 
Dia do Brincar.
Pa r a o l e va n t a m e n t o d a s 
brincadeiras, foram distribuídas 
fichas para que os participantes 
registrassem as brincadeiras de sua 
infância. A partir de um painel 
montado com as fichas, os 
participantes relataram suas 
experiências, trazendo memórias e 
casos de quando eram crianças.
As brincadeiras levantadas foram 
as seguintes:
Adedanha
Alerta cor
Amarelinha
Bandeirinha
Bento que Bento é o frade
Bola
Bola de gude
Brincadeira de roda
Brincar com boneca
Brincar de casinha
Cabo de guerra
Carrinho de lata
Cantar e dançar
Chicotinho queimado
Chuta lata
Circo
Contar histórias
Corrida de tampinhas
Estátua
Eu com as quatro
Forca
Garrafão
Jogo de damas
Jogo de dominó
Mãe da rua
Mamãe posso ir?
Modelagem com barro
Passar anel
Passarás
Pêra, uva, macã, salada mista
Peteca
Pique
Pique esconde
Pular carniça
Pular corda
Pular elástico
Queimada
Taco
Tamanco de lata
Teatro
Três Marias
Vivo ou morto
MetodologiaMetodologiaMetodologiaMetodologia 09
Um texto preliminar foi elaborado e 
apresentado na reunião de 
preparação do evento. Após os 
a justes necessár ios , foram 
selecionadas, coletivamente, as 
brincadeiras mais adequadas à 
faixa etária de 3 a 6 anos. Elas 
foram divididas e encaminhadas às 
i n s t i t u i ç õ e s e d u c a c i o n a i s 
participantes do projeto, que as 
testaram com as crianças e 
disponibilizaram as fotos que 
ilustram essa publicação. 
No Dia do Brincar, a criançada fez a 
f e s t a c o m e s s a s “ v e l h a s ” 
brincadeiras, demostrando o 
quanto elas são importantes para o 
imaginário infantil e que ainda 
divertem, envolvem e contagiam!
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca10
Brincadeiras Selecionadas
“Brincar desenvolve as habilidades da criança de forma natural, pois 
brincando aprende a socializar-se com outras crianças, desenvolve a 
motricidade, a mente, a criatividade, sem cobrança ou medo, mas sim 
com prazer.”
 
5
(N.H.S. Cunha , 2001 apud Josiane Patrícia Tessaro, 2007 )
o levantamento das 
Nbrincadeiras e no processo de pesquisa na Internet para 
obter a origem e a forma de 
brincar, nos deparamos com 
diversas questões que nos fizeram 
refletir. Alguns jogos tinham clara 
conotação de competição e disputa 
e apareceram diversas expressões 
relacionadas à violência, tais como, 
“ que ima r ”, “ma l ha r ”, “ da r 
cascudo”, “matar”, “enforcar” e 
“ r o u b a r ” ; s e m c o n t a r a s 
expressões de cunho machista.
Contudo, discutindo o assunto com 
os participantes, considerou-se 
que se trata de um levantamento 
feito a partir das memórias de uma 
infância já passada, em outro 
contexto sócio-político-cultural e 
que o objetivo da presente 
publ icação é registrar esse 
levantamento. Assim, optou-se por 
manter no texto as palavras, 
e x p r e s s õ e s e c o n s i g n a s 
encontradas. 
Caberá aos educadores e usuários 
dessa cartilha, o trabalho de fazer a 
contextualização e as atualizações 
que ju lga rem necessár i as . 
Recomendamos, também, o 
exercíc io de adaptação das 
brincadeiras levantadas à dinâmica 
dos jogos cooperativos e o 
incentivo desta prática junto aos 
participantes.
Esclarecemos, ainda, que os textos 
descrit ivos das brincadeiras 
apresentadas, salvo adaptações, 
são compilações dos portais 
pesquisados, os quais constam das 
6
notas desta publicação .
Brinquem à vontade!!!
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 11
Origem: é uma 
b r i n cade i ra de 
origem nordestina, 
mas é conhecida 
em todo o Brasil e 
a d o r a d a p e l a s 
crianças e adultos. 
No nordeste ela é conhecida como 
salada mista. Outros nomes: 
Adedonha, Stop, Uestope e Salada 
mista.
Como se brinca: a brincadeira 
pode ter qualquer número de 
participantes, que vão precisar de 
uma folha de papel e uma caneta 
para cada um. Todos desenham 
uma tabela com uma coluna para 
cada categoria: nome de pessoa, 
lugar, animal, cor, marca de carro, 
artista, fruta, verdura, flor, objeto, 
filme. Sorteia-se uma letra. Cada 
Adedanha ou Stop
participante tem que preencher 
todas as categorias, com palavras 
iniciadas pela letra sorteada. O 
primeiro que terminar, grita 
"STOP!". Nesse momento, todos 
d e v e m i n t e r r o m p e r o 
preenchimento. Para conferir as 
respostas, cada jogador diz sua 
palavra por categoria. Há várias 
convenções para a contagem de 
pontos, mas é comum que se 
considere 10 pontos para cada 
resposta correta e única (ou seja, 
que não tenha sido usada por outro 
participante), 5 pontos para 
resposta certa, porém repetida, e 
zero para coluna em branco ou 
resposta inválida.
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 13
O r i g e m : 
desconhecida.
Como se brinca: 
em uma das muitas 
formas de brincar, 
para começar, cada 
participante escolhe uma cor (ou 
uma fruta, um animal, um nome 
etc.). Depois, escolhem uma 
pessoa para ficar com a bola e dar 
i n í c i o à b r i n c a d e i r a . O s 
participantes se espalham pelo 
campo e, o colega escolhido, de 
costas para os outros, arremessa a 
bola com força no chão para que 
ela quique bem alto. Ao mesmo 
tempo, grita o nome da cor que 
escolheu. 
Quem tiver pensado na mesma 
cor, deve correr atrás da bola e 
pegá-la, o mais rápido possível. 
Enquanto isso, as outras crianças 
fogem, afastando-se. Assim que 
capturar a bola, o jogador deve 
gritar “alerta!”. A esse comando, 
os demais devem “virar estátuas”, 
paral isando imediatamente. 
Quem está com a bola deve 
arremessar a bola e acertar um 
dos colegas mas, para isso, só 
poderá dar três passos. Se não 
conseguir acertar, “paga uma 
prenda” (ou seja, realiza uma 
t a r e f a de t e rm inada pe l o s 
colegas). Se conseguir, a pessoa 
acertada fica com a bola e 
recomeça a brincadeira.
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca
Alerta cor
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca14
O r i g e m : h á 
v e r s õ e s q u e 
sus ten tam sua 
origem na Idade 
Média, relacionada 
à rel igiosidade, 
observando que o 
traçado da amarelinha lembra a 
nave de uma catedral e que, em 
g e r a l , i n f e r n o e c é u s ã o 
demarcados no desenho da 
brincadeira. A brincadeira foi 
introduzida no Brasi l pelos 
colonizadores portugueses, que a 
nomearam de “amarelinha”, a 
partir do nome francês, “marelle”.
Outros nomes: academia, avião, 
cademia, caracol, casco, macaca, 
macacão, maré, sapata,tô-tá e 
xadrez.
Como se brinca: existem várias 
maneiras de pular e desenhar o 
percurso no chão. Na mais 
tradicional, faz-se uma linha reta e, 
ao longo dela, as “casas”: 
quadrados dispostos, ora em 
dupla, ora únicos, de forma 
Amarelinha
alternada e numerados de um a 
nove. No final, depois da última 
casa, desenha-se uma meia lua, 
que será o “céu”. A brincadeira 
consiste em arremessar uma 
pedrinha, ou outro objeto, em 
todas as casas numeradas, 
sequencialmente, sendo uma casa 
a cada jogada. Após cada 
arremesso, o jogador percorre todo 
o percurso, ida e volta, sem pisar 
na casa marcada pela pedra. Nas 
casas duplas, ele pode colocar os 
dois pés no chão mas, nas únicas, 
tem que pular em um pé só. Perde 
a vez quem pisar nas linhas do 
jogo, pisar na casa onde está a 
pedrinha, não acertar a pedrinha 
na casa da vez ou não pegar a 
pedrinha na volta. Ganha quem 
cumprir todo o percurso primeiro.
Variante: Academia: desenhar 
dois retângulos juntos e dividir, 
cada um deles, em quatro 
quadrados, ou casas numeradas. 
Na ponta da última casa, uma meia 
lua forma o “céu”. O desafio é ir até 
o final e voltar, pulando todas as 
casas, equilibrando algum objeto 
no peito do pé, sem deixá-lo cair. 
Ganha quem for o mais rápido!
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 15
Origem: supõe-se 
que a brincadeira 
esteja relacionada 
a atividades dos 
escoteiros, e que 
tenha surgido nos 
anos 40.
Outros nomes: Pique-bandeira, 
bande i r a , r ouba-bande i r a , 
bimbarra, barra-bandeira, rouba-
lata.
Como se brinca: os participantes 
são divididos em dois times com o 
mesmo número de jogadores. 
Divide-se o espaço em dois 
campos de tamanhos iguais. 
Quanto mais comprido e estreito o 
campo, mais difícil fica o jogo. 
Cada time coloca a bandeira, ou 
outro objeto qualquer, no local que 
considerar mais difícil e distante 
dentro do seu campo. 
O objetivo do jogo é atravessar o 
campo adversário e capturar a 
bandeira do time oposto. Se, ao 
tentar atravessar, o jogador for 
tocado por um adversário, fica 
“ p r e s o ” n o m e s m o l u g a r, 
“congelado”, sem poder ajudar 
seu time. Ele poderá ser libertado 
por um companheiro de sua 
equipe que conseguir tocá-lo sem 
ser pego pelo adversário.
Enquanto parte do time se dedica 
à c o n q u i s t a d a b a n d e i r a 
adversária, o resto tem que 
proteger a sua própria bandeira 
evitando que os adversários 
cheguem até ela, além de vigiar os 
seus presos, para que não sejam 
libertados. O jogo termina quando 
um dos times conseguir trazer a 
bandeira do outro para o seu 
campo.
Bandeirinha
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca16
O r i g e m : 
r e f e r ê n c i a s 
encontradas dão 
conta de que esse 
j o g o f o i 
introduzido no Brasi l pelos 
portugueses. Também é conhecido 
como boca de forno.
Como se br inca: um dos 
participantes é escolhido para ser 
o “mestre”. A brincadeira começa 
com ele dando o comando e os 
outros participantes respondendo:
Mestre: Bento que bento é o 
frade
Todos: Frade
Mestre: Na boca do forno
Todos: Forno
Mestre: Tudo que seu mestre 
mandar
Todos: Faremos todos!
Mestre: E se não fizer?
Todos: Levaremos bolo
Em seguida o mestre ordena que 
cada um dos participantes traga 
um objeto (folha, flor, galho, 
p e d r a e t c . ) o u q u e f a ç a 
determinada ação (subir ou 
rodear uma árvore, correr até 
determinado ponto e voltar, dar 
pulos sem sair do lugar etc.). 
Cumpr ida a o rdem, todos 
retornam até onde se encontra o 
mestre. O primeiro a chegar será o 
próximo mestre. O último a 
chegar, ou quem não conseguir 
cumprir a ordem, tem que “pagar 
uma prenda”, executando uma 
tarefa (dançar, imitar um animal 
engraçado etc.). 
Variante: ao receber os objetos, 
o mestre os guarda numa sacola. 
Ao final, ordena que todos fechem 
os olhos e esconde a “sacola do 
tesouro”. Quem encontrá-la 
primeiro, será o próximo mestre.
,Bento que bento
e o frade
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 17
Origem: o jogo 
com bola encontra 
registros na história 
da maior ia das 
c ivi l izações. As 
b o l a s e r a m 
f a b r i c a d a s 
utilizando-se couro (China), fibras 
de bambu (Japão), bexiga de boi 
(Grécia e Roma) e borracha 
(México), dentre outros materiais.
Alguns tipos de brincadeira 
com bola:
Batata quente
Como brincar: a batata quente é a 
bola (que pode ser feita de meia, 
jornal amassado ou substituída por 
outro objeto redondo). Sentados 
em círculo, os participantes vão 
passando a bola de mão em mão, 
rapidamente, como se fosse uma 
batata muito quente, enquanto 
cantam uma cantiga de roda. A um 
sinal, previamente combinado, 
param de cantar e quem estiver 
com a “batata quente” na mão 
paga uma prenda (ou seja, realiza 
uma tarefa dada pelo grupo).
Bola ao centro
Como brincar: um participante é 
escolhido e os outros se colocam 
em círculo, em volta dele. Cada um 
escolhe um número que não pode 
se repetir. Aquele que está no 
centro, joga a bola para cima, 
gritando um número. Quem tiver 
aquele número, corre para pegar a 
bola. Se pegar, assume o lugar no 
centro; se não, volta para o seu 
lugar.
Bola na Montanha Russa
Como brincar: os participante 
formam duas filas iguais, lado a 
lado. O primeiro de cada fila segura 
uma bola e, a um sinal, passa-a, 
pelo alto, para o que está atrás. 
Aquele que recebe vai passar por 
baixo, entre as pernas, para o 
seguinte, e repetem-se esses 
movimentos alternados. O último 
da fila, ao receber a bola, deve sair 
correndo e ocupar o lugar à frente 
da sua fila, iniciando tudo, 
novamente. A brincadeira continua 
até que aquele que iniciou volte a 
ser o primeiro da fila. O primeiro 
time (fila) que conseguir, ganha o 
jogo.
Bola
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca18
Origem: há relatos 
que sugerem que 
eram praticados no 
ano 3000 a.C., no 
Egito e nos impérios 
Greco-Romano. De 
lá para cá, vários 
foram os materiais utilizados na 
confecção das bolinhas, tais como, 
nozes, sementes, pedras, argila, 
cristais de rocha, plástico e vidro. 
Foi com bolas de vidro que a 
brincadeira chegou ao Brasil, 
trazida pelos colonizadores 
portugueses. A palavra “gude” pode 
derivar de “gode”, um regionalismo 
da região do Minho, em Portugal, 
que significa pedrinha redonda.
Como se brinca: cada jogador tem 
sua coleção de bolinhas, que pode 
crescer ou diminuir, dependendo de 
seu desempenho no jogo. Os 
objetivos também variam. Em 
geral, são: acertar bolas em áreas 
delimitadas e acertar as bolas dos 
adversários. As jogadas podem ser 
feitas de perto, de longe, de uma 
Bola de gude
vez só ou aos “petelecos”. As áreas 
onde os jogadores tem que acertar 
a bolinha, são delimitadas em 
círculos, triângulos ou buracos, com 
vários tamanhos e distâncias. Cada 
modalidade tem um nome; búlica, 
borroca, lóca, fubeca, triângulo, 
ximbra e berlinde são alguns deles. 
A modalidade mais simples é o 
mata-mata: cada jogador tenta 
acertar a bolinha jogada pelo 
anterior e, assim, ganhá-la para si. 
O jogo começa com umabolinha 
grande colocada no chão, em 
espaço livre. O primeiro jogador 
tenta acertá-la, o segundo mira a 
bola do primeiro e assim por diante. 
Em qualquer modalidade, ao 
acertar a bola do adversário, pode-
se conquistá-la para si ou não. Isso 
depende do combinado: “à vera” 
(ou seja, a valer, concordando em 
perder as bolinhas) ou “à brinca”, 
quando cada um volta para casa 
com as mesmas bolinhas que 
levou. Dependendo do combinado, 
ganha o jogo quem conseguir mais 
acertos ou mais bolas.
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 19
O r i g e m : a 
brincadeira de roda 
a p a r e c e c o m o 
deco r ren te das 
danças r i t ua i s , 
f o l c l ó r i c a s e 
p o p u l a r e s , 
amplamente praticadas ao longo 
da história da Humanidade. Como 
brincadeira folclórica, tem papel 
cultural importante na transmissão 
de tradições orais. Faz parte do 
folclore brasileiro, incorporando 
elementos das culturas africana 
(fundamental na disseminação das 
cirandas no país), europeia 
(principalmente portuguesa e 
espanhola) e indígena.
As cantigas de roda tem melodias 
simples, ritmos divertidos e 
equivalentes à cultura local. Falam 
de situações cotidianas, de 
personagens folc lór icos, da 
realidade da criança ou de seu 
universo imaginário, de pessoas, 
Brincadeira de roda
animais e outros componentes da 
natureza. As letras de fácil 
memorização, são compostas com 
rimas, repetições e trocadilhos que 
fazem da cantiga uma brincadeira a 
mais. 
Como se brinca: os participantes, 
de mãos dadas, formam um círculo 
e cantam uma cantiga. Em geral, 
seguem o que sugere a letra, 
resultando numa coreografia. 
Existem variações em que um dos 
integrantes fica no meio ou sai da 
r o d a . A l g u m a s c i r a n d a s 
tradicionais, são: Farinhada, 
Ciranda cirandinha, O pião entrou 
na roda, Corre cotia, Fui à Espanha, 
Se essa rua fosse minha, Fui no 
tororó, Terezinha de Jesus e A 
canoa virou.
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca20
O r i g e m : a s 
bonecas são tão 
antigas quanto a 
humanidade: há 
r e g i s t r o s d e 
e s t a t u e t a s d e 
bar ro im i tando 
pessoas que datam de 40 mil anos. 
Encontra-se sua utilização como 
brinquedo no Egito, há 5 mil anos, 
como representação de adultos. 
Bonecos heróis remontam à Roma 
antiga, onde os meninos se 
divertiam com modelos feitos de 
cera e argila que imitavam os 
soldados. 
Como se brinca: deixar que 
meninas e meninos brinquem 
livres com bonecos e bonecas e, 
também, que os confeccionem 
com materiais diversos, como: 
papel, jornal, tecidos, argila etc.
Brincar com boneca
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 21
Origem: a imitação 
de papéis e atitudes 
é u m a p r á t i c a 
infantil natural e 
e s s e n c i a l n o 
p r o c e s s o d e 
desenvolvimento 
da criança. Ao utilizar este jogo 
s imból ico para representar 
personagens familiares e situações 
cotidianas, a criança desenvolve a 
linguagem, a socialização, a 
cognição e a criatividade. Permite a 
expressão do imaginário da criança 
e a internalização de regras sociais 
e culturais. 
Como se brinca: as crianças 
representam, espontaneamente, 
papéis de pais, filhos e outros de 
sua realidade, de acordo com as 
referências que cada um possui. 
Pode-se, ou não, utilizar brinquedos 
como bonecas, panelinhas e 
Brincar de casinha
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca22
fantasias que podem ser reais ou 
adaptação de objetos. Um lençol, 
por exemplo, pode se converter em 
uma toalha, uma cortina, um 
ba r c o . . . É s ó d a r a s a s à 
imaginação!
Origem: não há 
consenso sobre a 
sua origem, mas, 
pode ter surgido de 
cerimônias e cultos 
antigos, realizados 
pelos egípcios há 
cerca de 4.000 anos atrás. Também 
os gregos tinham cerimônias que 
incluíam o cabo de guerra, assim 
como povos da Ásia, América do 
Norte e América do Sul. Entre os 
índios brasileiros é um esporte, 
praticado por várias tribos. O cabo 
de guerra foi um esporte olímpico, 
de 1900 a 1920 e continuou sendo 
praticado mundialmente, contando 
com uma federação internacional.
Como se brinca: é preciso um 
espaço amplo e uma corda 
comprida. O meio da corda é 
marcado com um adesivo ou outro 
material que deixe este ponto bem 
visível. Dividir o grupo em duas 
equipes com o mesmo número de 
participantes. Traçar uma linha no 
chão que será o limite do campo 
de cada equipe. Posicionar a corda 
estendida, de maneira que o seu 
centro fique em cima da linha 
desenhada no chão. Cada equipe 
se coloca ao longo da corda, 
segurando-a com as mãos, sendo 
que o primeiro jogador de cada 
uma, não pode estar muito perto 
d o c e n t r o d a c o r d a . O s 
participantes devem puxar com 
força, sem cair. Ganha o jogo, a 
equipe que conseguir fazer seus 
adversários ultrapassarem a linha 
para o seu lado ou caírem, 
cometendo falta.
Cabo de guerra
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 23
Origem: é uma 
brincadeira popular 
d e o r i g e m 
desconhecida.
Como se brinca: 
fazer um furo no 
centro do fundo e 
da tampa de uma lata redonda 
vazia (a de leite em pó é ideal). A 
c en t ra l i z a ção do s f u r o s é 
fundamental para os eixos do 
c a r r i n h o f u n c i o n a r e m 
perfeitamente. Passar um arame 
pelos furos e dobrar as pontas, 
amarrando um barbante nelas. 
Pode-se colocar sementes dentro 
da lata para fazer barulho quando 
o carrinho estiver em movimento. 
Promover corridas ou delimitar 
percursos sinuosos deixa a 
brincadeira mais divertida!
Carrinho de lata
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca24
Origem: uma das 
m a i s r e m o t a s 
m a n i f e s t a ç õ e s 
c u l t u r a i s d a 
human idade , a 
dança tem origem 
n o s r i t u a i s 
religiosos e nas festas folclóricas, 
presente em todas as sociedades 
humanas.
Como se brinca: há várias 
maneiras, desde as livres, onde as 
cr ianças cantam e dançam 
espontaneamente até brincadeiras 
com regras. Pode-se usar, ou não, 
instrumentos musicais, prontos ou 
confeccionados com sucata pelos 
próprios participantes. 
Dança da cadeira
Colocam-se cadeiras em círculo ou 
em duas fileiras (de costas uma 
para a outra). O número de 
cadeiras deve ser o mesmo que o 
de participantes. Um deles é 
escolhido para dirigir a brincadeira. 
O dirigente, de costas para os 
participantes, inicia uma música 
para que todos dancem, dando 
voltas ao redor das cadeiras. 
Quando a música para, todos 
devem sentar-se imediatamente. 
Na primeira vez, há cadeiras para 
todos. A cada rodada o dirigente 
retira uma das cadeiras. Quando a 
música para, quem ficar sem lugar, 
sai da brincadeira. Tudo se repete 
até sobrar apenas uma cadeira e 
dois participantes. Ganha o jogo 
aquele que conseguir se sentar.
,Cantar e dancar 
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 25
Origem: não há 
origemclaramente 
determinada mas, 
é muito provável 
q u e e s t e j a 
relacionada à época 
da escravidão, quando os feitores 
procuravam escravos fugidos e 
usavam o chicote para puni-los. 
São vár ias as br incadeiras 
d e r i v a d a s d e s s a é p o c a e 
espalhadas pelo Sudeste e 
Nordeste do Brasil, regiões que se 
destacaram pelo uso de negros 
escravos em nosso país. O objetivo 
da brincadeira é encontrar um 
objeto escondido por um dos 
participantes. Antigamente, usava-
se um cinto ou outro objeto similar, 
simbolizando o chicote. 
Outros nomes: chicotinho, cinturão 
queimado, cipozinho queimado, 
quente e frio e peia quente.
Como se brinca: um participante 
é escolhido para esconder um 
objeto qualquer, que deverá ser 
procurado pelos outros. Quem 
esconde o objeto, instrui cada um 
que o procura, dizendo se “está 
quente” ou “está frio”, à medida em 
que a pessoa se aproxima ou afasta 
de onde o objeto está escondido. As 
instruções podem ser mais 
detalhadas, como “muito frio”, 
“mu i t o quen te ”, “ ge l ado ”, 
“fervendo”. 
Quando o objeto é encontrado, 
quem o escondeu grita "chicotinho 
queimado!", e quem o achou será o 
próximo a escondê-lo.
Chicotinho 
queimado
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca26
O r i g e m : 
d e s c o n h e c i d a . 
Dependendo da 
r e g i ã o , a 
brincadeira é feita 
com uma bola no 
lugar da lata, sendo 
chamada de pé de bola.
Como se brinca: é preciso um 
amplo espaço livre e com locais que 
s irvam de esconderi jo. Um 
participante é escolhido como 
“guardião” da lata. Ele coloca uma 
lata no meio do espaço, tapa os 
olhos e conta até determinado 
número, enquanto os outros se 
escondem. Terminada a contagem, 
terá que procurar os colegas. Se 
descobrir um esconderijo, grita o 
nome de quem está escondido 
nele. Se a pessoa conseguir sair do 
esconderijo e chutar a lata sem ser 
pega pelo guardião, não será presa 
Chuta lata
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 27
e poderá aproveitar para se 
esconder novamente, enquanto o 
guardião vai buscar a lata para 
colocá-la no lugar. O jogo termina 
quando todos forem descobertos e 
presos pelo guardião.
Origem: na Grécia 
e na Roma antigas 
havia espetáculos 
c o m a n i m a i s 
a m e s t r a d o s e 
competições. Já na 
I d a d e M é d i a , 
muitos grupos de equilibristas, 
malabaristas e ilusionistas (os 
"Saltimbancos"), espalhavam-se 
pelas feiras populares da Europa. 
Nos castelos, os “bobos da corte”, 
com roupas coloridas e alegres, 
brincadeiras e músicas eram os 
artistas do riso, e deram origem aos 
personagens do Arlequim, do Pierrô 
e da Colombina. Foram os ciganos 
que, fugindo de perseguições na 
Europa e/ou em busca de novas 
oportunidades, introduziram o circo 
no Brasil. 
Como se brinca:
Equilibrista: desenhar uma linha 
no chão. Cada participante equilibra 
um objeto sobre a cabeça, sem 
deixá-lo cair, andando na linha, com 
um pé na frente do outro.
Esca la r a montanha : o s 
participantes sobem por uma corda 
amarrada numa árvore ou outro 
lugar alto. Nesta brincadeira é 
importante a presença de um 
adulto para ajudar e proteger as 
crianças na “escalada”. Uma boa 
dica é colocar colchonetes para 
amparar as possíveis quedas.
Cambalhota: fazer cambalhotas 
em colchões ou tatames colocados 
no chão. Da mesma forma, é 
importante o cuidado de um adulto 
com as crianças.
Virando palhacinho: em pares, 
os participantes usam maquiagens 
para pintar a cara, um do outro, 
c o m o p a l h a ç o s . U m a v e z 
m a q u i a d o s , t o d o s f a z e m 
palhaçadas e expressões faciais 
engraçadas.
Malabarismo: sentados em 
círculo, no chão, os participantes 
brincam com uma bola pequena, 
jogando para o alto, passando de 
uma mão para a outra, batendo 
palmas antes de pegar a bola. Os 
mov imen t o s s e a l t e r n am , 
aumentando o nível de dificuldade.
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca28
Circo
O r i g e m : a 
c o n t a ç ã o d e 
histórias faz parte 
da transmissão oral 
da cultura em todos 
os povos. Muito 
antes da escrita, 
todo saber era transmit ido 
oralmente, tendo a memória como 
único recurso para armazenar e 
transmitir o conhecimento às 
futuras gerações. Atualmente, a 
contação de histórias contribui para 
o hábito da leitura e na formação de 
i d e n t i d a d e s ; e s t i m u l a o 
desenvolvimento de funções 
cognitivas, resgata valores, abre 
para possibilidades e auxilia na 
resolução de conflitos com 
simplicidade e beleza. Além disso, 
cultiva a sensibilidade e é um 
convite à criatividade, ao sonho e à 
magia da imaginação.
Como se brinca: é recomendável 
que o contador escolha uma 
história da qual goste, que imagine 
o cenário, os personagens e outros 
elementos do enredo. Isso 
favorece para que ele seja capaz de 
criar, na hora de contar, a 
atmosfera do faz-de-conta. A voz e 
o o l h a r s ã o e l e m e n t o s 
fundamentais. É importante a 
entonação, as pausas, a boa 
pronúncia, assim como o cuidado 
com a postura e os vícios de 
linguagem. Se cada personagem 
tiver uma voz característica, 
melhor. É importante olhar nos 
olhos dos ouvintes; o olhar do 
contador deve ater-se aos olhos 
das pessoas, sem exagerar.
A história a ser contada pode ser 
uma livre adaptação, ser decorada 
ou lida em livro. Pode-se usar 
gravuras em varais, fantoches, 
fantasias, adereços etc. De 
qualquer forma, deve-se respeitar 
o foco de interesse dos ouvintes. 
Eles podem, também, participar da 
história, propondo desfechos e 
caminhos e, no final, expressando-
se em desenhos e pinturas. A 
duração da história dependerá da 
idade dos ouvintes e da técnica 
escolhida para a contação.
,
Contar historias
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 29
O r i g e m : 
desconhecida.
Como se brinca: 
para brincar são 
necessários, no 
m í n i m o , d o i s 
participantes e uma tampinha para 
cada um. Desenha-se um caminho 
no chão, que será a pista de 
corrida. Ela pode ter retas e curvas 
alternadas, marcando diferentes 
graus de dificuldade do jogo. Os 
part ic ipantes colocam suas 
tampinhas num mesmo ponto de 
partida. A cada jogada, cada um dá 
um toque, de leve, com o dedo 
(“peteleco”) para movimentar a 
tampinha, sem sair do caminho ou 
tocar na linha. Se isso acontecer, a 
tampinha volta para onde estava 
no início da jogada e o jogador 
perde a vez. O primeiro a fazer sua 
tampinha terminar o caminho, 
vence.
Corrida de 
tampinhas
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca30
Origem: como 
m u i t a s 
brincadeiras, essa 
não t em uma 
o r i g e m 
determinada mas, 
ao que se sabe, já era usada 
desde no início do século XX.
C o m o s e b r i n c a : u m 
par t i c ipante do grupo é 
escolhido ou sorteado para ser o 
líder. Ele coloca (ou canta) uma 
música e todos devem dançar 
livremente. Ao parar a música, o 
líder dá o comando “estátua!” e 
todos devem congelar na 
mesma posição em queestavam 
ao receber o comando. O líder, 
então, percorre o espaço 
observando cada estátua, 
provocando os participantes 
(com caretas, piadas etc.) na 
tentativa de fazer com que as 
pessoas se mexam, saindo da 
posição. Quem se mexer 
primeiro é eliminado da rodada. 
Vence quem conseguir se 
manter imóvel.
Variante: uma variação é a 
“Batatinha frita 1,2,3”. O líder 
fica de costas para os outros 
par t i c ipantes que estão 
distantes, todos no mesmo 
ponto de partida. O líder diz: 
“batatinha frita 1, 2, 3”, e se 
vira rapidamente para os 
outros. O grupo tem que ter se 
aproximado o máximo possível 
do líder e assumir a postura de 
estátua antes de ele virar. Se 
algum participante for pego em 
movimento, volta para o ponto 
de partida. Tudo se repete até 
que alguém consiga encostar 
no líder, assumindo seu lugar na 
rodada seguinte.
,
Estatua
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 31
Origem: como 
o u t r a s 
brincadeiras, essa 
t e m o r i g e m 
provável nas festas 
p o p u l a r e s , 
m a n i f e s t a ç õ e s 
culturais que acontecem em todo o 
país.
Outros nomes: Nós quatro.
Como se brinca: a brincadeira 
c o n s i s t e n u m m o v i m e n t o 
sequenciado de batidas de mãos 
acompanhando versos ritmados. É 
feita com quatro pessoas em roda, 
formando duas duplas. As crianças 
batem palmas enquanto cantam a 
música, seguindo o que manda a 
letra da canção.
Letra da música
Nós (bate palma sozinho) quatro 
(abrem os braços, batendo palmas 
com os dois colegas ao lado, 
simultaneamente)
 Eu (palma sozinho) com ela 
(batem as duas palmas com o 
colega à sua esquerda)
Eu (palma sozinho) sem ela (batem 
as duas palmas com o colega à sua 
direita)
Nós (palma sozinho) por cima (bate 
palma no alto, as duas mãos com a 
amiga da frente enquanto a outra 
dupla bate por baixo).
Nós (palma sozinho) por baixo (a 
dupla que bateu por cima antes, 
agora bate por baixo e vice-versa).
Eu com as quatro
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca32
Origem: é um jogo 
bem antigo e sua 
origem não é muito 
clara. Acredita-se 
que foi criado na 
I n g l a t e r r a 
Vitoriana, onde o 
primeiro registro em livro foi feito 
em 1894.
Como brincar: é jogado em 
duplas. O participante escolhido 
para ser o “enforcador” escolhe 
uma palavra e, em uma folha de 
papel, coloca a inicial, completando 
com tracinhos (um para cada letra). 
A um lado do papel, desenha uma 
forca. O outro jogador terá que 
descobrir qual é a palavra. Ele diz 
uma letra. Se ela constar na 
palavra, o “enforcador” a escreve 
no lugar correspondente, quantas 
vezes for necessário. Caso a letra 
não conste na palavra, desenha 
uma parte do corpo na forca. Se o 
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 33
Forca
desenho do corpo for finalizado 
antes do jogador descobrir a 
palavra, ele perde o jogo. Caso 
contrário, o “enforcador” perde. 
Quando o “enforcador” erra a 
ortografia da palavra escolhida, o 
jogo é anulado e ele paga uma 
prenda imposta pelo adversário.
O r i g e m : 
desconhecida. Há 
d i v e r s a s 
variações para as 
r e g r a s d a 
brincadeira de 
acordo com a 
região do país e, infelizmente, 
algumas têm uma certa dose de 
violência
Como se brinca: em um 
espaço bem amplo, desenhar 
um garrafão no chão. Um dos 
participantes é escolhido para 
ser o pegador. Ele se posiciona 
do lado de fora, longe da boca do 
g a r r a f ã o , n u m a á r e a 
denominada pique ou mancha. 
O seu objetivo é entrar no 
garrafão, onde estão os demais, 
dando um toque em cada um 
para capturá-los. Os que estão 
sendo perseguidos, devem 
conseguir sair pela boca do 
garrafão. Aquele que fugir 
saltando para fora pelo fundo ou 
pe las latera is , terá que 
equilibrar-se em um pé só. Só 
poderá colocar os dois pés no 
chão novamente, se conseguir 
entrar pela boca do garrafão. Para 
capturar os outros, o perseguidor 
tem que sair pela boca, mas 
poderá saltar sobre a linha, caso 
toque em um dos companheiros 
antes de tocar no chão. Ao mesmo 
tempo, terá que defender a 
entrada do garrafão, cansando ao 
máximo os demais. Quem tocar os 
dois pés no chão fora da área, 
passa a ser o perseguidor.
Variante: pode-se usar um 
garrafão de boca dupla.
,
Garrafao
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca34
Origem: sua origem 
está relacionada ao 
t r e i namen to de 
e s t r a t é g i a s d e 
batalha. Espalhou-
se pela Europa e há 
registros de que, tal 
como o conhecemos 
hoje, venha da prática de mulheres 
da nobreza na Idade Média, que 
jogavam um “jogo de damas”, com 
regras mais simples e peças iguais, 
enquanto os homens jogavam 
xadrez.
Como se brinca: a representação 
de uma batalha, tem um tabuleiro 
como campo e peças de duas cores 
diferentes, como exércitos. O 
objetivo é eliminar as peças do 
adversário e conquistar seu 
território.
O tabuleiro quadriculado, com oito 
linhas de quadrados pretos e 
brancos, alternados, é colocado 
entre dois jogadores. A posição 
correta é com um quadrado branco 
no canto direito de cada jogador. 
Cada um escolhe seu “exército” de 
12 peças (pretas ou brancas). Elas 
são colocadas, somente nos 
quadrados pretos, nas três 
primeiras linhas horizontais, 
começando na linha mais próxima 
ao jogador (a “linha de damas”). As 
duas linhas do centro ficam livres. 
À medida em que avança, na 
diagonal e sempre para frente, um 
jogador pode eliminar a peça do 
adversário que estiver no seu 
caminho, retirando do tabuleiro 
depois de “saltar” sobre ela, caso o 
quadrado imediatamente posterior 
esteja vazio. Nessa situação é 
permitido mover-se para trás. O 
jogador faz uma “dama” quando 
consegue chegar com uma peça na 
linha de damas do adversário, que 
terá que “coroar a dama” com 
outra peça que já tenha sido 
eliminada. A dama pode se mover 
em todos os sentidos e em mais de 
uma casa de cada vez. Ganha o 
jogo aquele que eliminar todas as 
peças do adversário.
Jogo de damas
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 35
Origem: acredita-
se que o jogo tenha 
sido inventado no 
século 3 a.C, na 
China. Na Europa, 
o s p r i m e i r o s 
indíc ios são de 
meados do século XVIII, quando 
era jogado nas cortes de Veneza e 
Nápoles. Lá, virou mania entre os 
padres que, sempre que ganhavam 
uma partida, diziam: “Domino 
gratias”, ou seja, “graças a Deus” 
em latim. Sem querer, acabaram 
batizando o jogo.
Como se brinca: o jogo é 
composto por 28 peças, cada uma 
com duas partes, nas quais 
pontinhos representam números de 
zero a seis. Há várias maneiras e 
graus de complexidade. A mais 
simples é: embaralhar as peças, 
voltadas para baixo e distribuí-las: 
se forem apenas dois jogadores, 
sete peças para cada, deixando o 
restante num “monte de compra”; 
,
Jogo de domino
se não, divide-se igualmente. 
Aquele que tirar a peça com maior 
número, começa o jogo, colocando 
na mesa uma pedra que tenha o 
mesmo número nas duas partes. A 
cada jogada, um jogador de cada 
vez deve encaixar uma peçasua, 
com o mesmo número das que 
estão em alguma extremidade do 
jogo. Caso o jogador não tenha 
nenhuma peça que encaixe em 
nenhum lado, deve dar a vez para o 
próximo ou pegar no monte de 
compra até conseguir. A partida 
termina quando um jogador 
consegue colocar todas as suas 
peças. Caso o jogo fique “trancado” 
(quando ninguém tem peças para 
encaixar), ganha quem tiver o 
menor número de peças em seu 
poder. 
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca36
O r i g e m : 
desconhecida.
Como se brinca: 
escolher um dos 
participantes para 
ser a mãe da rua. 
C o m u m g i z , 
desenhar duas 
linhas paralelas, distantes cerca de 
dois metros. O espaço entre elas 
será a rua e é onde a mãe da rua se 
movimen-tará, tentando capturar 
os demais. Os participantes terão 
que atravessar de um lado para o 
outro, sem se deixarem pegar. Não 
é permitido voltar para trás da 
linha. Aqueles que forem pegos 
,
Mae da rua
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 37
começam a ajudar a capturar os 
outros. A brincadeira termina 
quando a turma toda for capturada.
Variante: os part ic ipantes 
atravessam pulando com um pé só, 
enquanto a mãe da rua pode usar 
os dois. Os que forem pegos, 
também poderão correr com os 
dois pés para ajudar a capturar os 
outros.
O r i g e m : 
desconhecida.
Como se brinca: 
desenha r duas 
linhas no chão, 
com uma distância 
mínima de quatro 
metros, entre si. Escolher um 
participante para ser a mãe. Ela se 
posiciona atrás de uma das linhas, 
enquanto os outros se colocam 
atrás da outra linha, no extremo 
o p o s t o . O o b j e t i v o d o s 
participantes é chegar na mãe, 
obedecendo as ordens em relação 
ao tipo de passo que vão usar em 
cada jogada. Para isso, um de 
cada vez, dialoga com a mãe:
- Mamãe posso ir? 
- Pode. 
- Quantos passos? 
- (exemplo) Dois de formiguinha.
Mamae posso ir?
,
Quem chegar primeiro será a mãe 
na próxima rodada. 
Tipos de passos mais comuns: 
f o rm igu i nha ( bem cu r t o s , 
arrastando o pé ou encostando o 
calcanhar de um pé no dedão do 
outro); elefante (muito grandes, o 
maior possível); canguru (pulando 
e agachando); cachorro (de 
quatro, usando os pés e as mãos).
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca38
O r i g e m : a 
modelagem existe 
d e s d e o s 
p r i m ó r d i o s d a 
h u m a n i d a d e 
quando, ainda na 
P ré -h i s tó r i a , o 
homem começou a moldar o barro 
para fabricar, primeiramente, 
utensílios domésticos e, logo, 
imagens representativas. De lá 
para cá, a modelagem, com 
diversos materiais, sempre esteve 
presente em vasos, máscaras, 
objetos decorativos, religiosos etc. 
Como se brinca: pode-se utilizar 
barro, argila, massa de modelar 
etc. No caso do barro e argila, será 
preciso imergir em água, com 
bastante antecedência. Para 
facilitar o manuseio, colocar o 
material em diversas bacias ou 
Modelagem 
com barro
potes e usar um pedaço de lona 
plástica de tamanho suficiente 
para acomodar o grupo sentado.
Depois de finalizada a modelagem 
e quando a peça estiver seca, 
pode-se passar outras tantas 
horas brincando de pintar os 
objetos ou formas criadas.
Dicas:
- Começar com formas mais 
simples como vasos rústicos, 
cestinhas de ovos, copinhos ou 
cobrinhas.
- Construa uma cidade em 
min ia tura usando d iversos 
ma t e r i a i s ( b a r r o , p ed ra s , 
gravetos, palitinhos de madeira, 
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 39
Origem: a origem 
da brincadeira não 
é conhecida, mas 
s abe - se que é 
muito ant iga e 
prat i cada, com 
diversos nomes, 
em muitos países. 
Como se brinca: Escolher um 
participante para passar o anel (ou 
outro objeto pequeno). Os outros 
se sentam em círculo, com as 
palmas das mãos juntas e braços 
es tend idos . O par t i c ipante 
escolhido, também junta as 
palmas das suas mãos, com o anel 
entre elas. Ele deverá deslizar suas 
mãos juntas entre as palmas de 
cada companheiro e passará o anel 
Passar anel
para um deles, sem que os outros 
percebam. Ao final, mostra as 
mãos vazias, e pergunta a um dos 
participantes “com quem está o 
anel?”. Se a pessoa acertar, será o 
próximo a passar o anel. Se não, 
continuar perguntando até que alguém 
acer te. Caso n inguém consiga 
adivinhar, quem ficou com o anel será o 
próximo a passá-lo. 
Quanto mais participantes, mais 
divertido! Durante a atividade, pode-se 
cantar uma música, como a descrita 
abaixo.
Letra da música (de Bia Bedran):
Perdi meu anel no mar
Não pude mais encontrar 
E o mar me trouxe a concha
De presente para me dar
Não sei se foi na boca da baleia
Se foi no dedo da sereia
Ou se foi um pescador
Que encontrou o meu anel
E deu pro seu amor
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca40
O r i g e m : 
desconhecida
Como se brinca: 
antes de começar, 
dois participantes 
e s c o l h e m u m a 
f r u t a d e s u a 
preferência (por exemplo, pera e 
maçã). Depois, se colocam um de 
frente para o outro, com os braços 
esticados para o alto e as mãos 
juntas, formando uma ponte. Os 
demais, passam por baixo, em fila, 
cantando. Quando a música 
termina, a dupla prende entre os 
braços quem estiver passando 
naquele momento e pergunta, 
sem que os outros ouçam: “Pera 
ou maçã?” O participante escolhe 
e vai para trás de quem representa 
a fruta escolhida. Repete-se tudo. 
Ganha o participante que tiver 
mais pessoas atrás de si, ou seja, 
que prefiram a mesma fruta que 
e l e e s co l heu no i n í c i o da 
brincadeira.
Letra da música:
Passarás, passarás
A bandeira há de ficar
Se não o da frente
Pode ser o de trás
Tenho dois filhos pequeninos
Não posso mais demorar 
Demorar, demorar
,
Passaras
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 41
O r i g e m : 
desconhecida.
Como se brinca: 
são escolhidos dois 
participantes. Um 
deles tapa os olhos 
do outro, enquanto 
os demais se sentam, lado a lado ou 
em círculo ao redor da dupla. Quem 
tiver os olhos tapados, deve girar e 
a p o n t a r n a d i r e ç ã o d o s 
participantes. Ainda sem saber 
para quem apontou, deve escolher 
uma fruta, sendo que cada uma 
significa uma ação: 
Pera - dar as mãos.
Uva - dar um abraço.
Maçã - beijo no rosto.
Salada mista – todas as três ações 
anteriores.
A criança que foi apontada deve 
,
,v
Pera, uva, maca, 
salada mista
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca42
levantar e realizar a ação com 
aquela que teve os olhos tapados e 
assumir seu lugar na próxima 
rodada.
Origem: alguns 
h i s t o r i a d o r e s 
sugerem que a 
peteca já estava 
presente na cultura 
d o s í n d i o s 
brasileiros, mesmo 
antes da chegada dos portugueses. 
Seu nome tem origem tupi, 
significando a ação de golpear algo 
com a mão espalmada. Tornou-se 
um jogo tradicional na regiãocentro-sul do Brasil, principalmente 
em Minas Gerais. Era feita 
artesanalmente, com palha de 
milho ou com folhas e penas de 
pássaros, mas, atualmente, é 
fabricada em diversos materiais. O 
jogo de peteca se espalhou pelo 
mundo, ganhou regras e, hoje, é 
considerado um esporte com 
torneios oficiais.
Como se brinca: a peteca é 
constituída de uma base, que 
Peteca
concentra a maior parte de seu 
peso, em geral feita de borracha, e 
u m a e x t e n s ã o m a i s l e ve , 
geralmente feita de penas, para dar 
equilíbrio e orientar sua trajetória 
no ar quando arremessada. Pode-
se brincar em dupla ou em grupo. 
U m p a r t i c i p a n t e i n i c i a , 
impulsionando a peteca para o alto, 
numa manobra semelhante ao 
saque usado no vôlei: ele segura a 
peteca com uma das mãos e com a 
outra dá um tapa, de baixo para 
cima. Os demais precisam mantê-la 
no ar com tapas, para impedi-la de 
cair no chão. Quem deixá-la cair, sai 
do jogo ou perde um ponto, 
dependendo do combinado entre os 
participantes no início.
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 43
O r i g e m : 
desconhecida
Como se brinca: 
basicamente, um 
p a r t i c i p a n t e é 
escolhido para ser 
o “pegador”. A um 
sinal, a brincadeira começa, todos 
correm e o pegador deverá 
capturar os colegas, um a um. Na 
brincadeira, a palavra pique pode 
significar um lugar seguro onde se 
está a salvo do pegador ou algo 
imaginário que a função do 
pegador que é transferida de uma 
pessoa para a outra (com quem 
está o pique).
Variantes:
Pique Pega (ou pique-tá) - o 
pegador, ou seja, quem está com o 
p ique deve a lcançar outro 
participante, tocando-o o dizendo 
“tá” ou “peguei”. Assim ele passa o 
pique para o outro que será o 
pegador.
Pique-alto (ou pega-alto, pique-
altinho, pique-escada) – o pegador 
fecha os olhos e conta até 
determinado número, enquanto os 
demais procuram lugares altos 
(piques) para subir. Assim, eles 
ficam a salvo do pegador que só 
poderá pegá-los se estiverem no 
chão. Aquele que for pego, passa a 
ser o pegador.
Pique-parede: semelhante ao 
pique-alto, porém, para se 
s a l v a r e m d o p e g a d o r o s 
participantes devem encostar as 
mãos numa parede.
Pique-ajuda (ou pique-polícia, 
Deus me ajude) – quem for pego 
pelo pegador, passa a ajudá-lo a 
capturar os outros.
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca45
Pique
O r i g e m : 
desconhecida.
Como se brinca: o 
p a r t i c i p a n t e 
escolhido para ser 
o pegador fecha os 
olhos e conta até determinado 
número para que os outros 
tenham tempo de se esconder. 
Terminada a contagem, sai em 
busca dos esconderijos. Para 
ganhar, terá que encontrar todos 
os participantes. O primeiro a ser 
encontrado, assume o lugar de 
pegador na próxima rodada.
Pique-esconde
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 45
Origem: não há 
consenso sobre a 
o r i g e m d a 
brincadeira, mas 
e l a é 
internacionalmente 
c o n h e c i d a , 
praticada entre crianças do mundo 
inteiro. Em algumas regiões do 
Brasil, também é conhecida como 
pular sela.
Como se brinca: os participantes, 
distantes cerca de dois metros um 
do outro, fazem uma fila, todos 
curvados, com as mãos apoiadas 
sobre os joelhos. O último da fila, 
deve saltar sobre os outros à sua 
frente, apoiando as mãos nas 
costas dos companheiros e abrindo 
as pernas no momento do salto. 
Quando chegar no início da fila, ele 
também se agacha e tudo se repete 
até que quem começou volte a ser o 
,Pular carnica
último da fila. Quanto mais 
participantes, mais divertido fica!
Variantes: formar dois times e 
fazer uma “corrida de carniça”. 
Ganha, o time que conseguir que 
todos os seus participantes saltem 
pela fila primeiro. 
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca46
Origem: na Grécia 
e na Roma antiga, 
pular corda era um 
compor tamento 
muito utilizado para 
celebrar a chegada 
das novas estações. 
Há evidências da brincadeira em 
pinturas medievais.
Como se brinca: se brinca com a 
corda parada ou em movimento, 
quando deve ser volteada por dois 
dos participantes, enquanto os 
outros pulam sobre ela, no ritmo 
das batidas, sem tropeçar. Uma 
opção para fazer isso em dupla é 
usar um lugar para amarrar uma 
das pontas da corda. Podem ser 
determinados vários graus de 
dificuldade.
Altura, alturinha
Dois participantes, um em cada 
ponta, seguram a corda parada, 
estendida no chão. A cada rodada, 
vão subindo a altura, aumentando a 
distância entre a corda e o chão. Os 
outros participantes devem saltar 
ela. Ganha aquele que conseguir 
saltar mais alto, sem esbarrar na 
corda. 

Chinelinho 
Dois participantes, um em cada 
ponta, seguram a corda a uma 
altura suficiente do chão para poder 
vo l teá- l a . Quando fa l a rem 
Chinelinho (marcando as sílabas 
com as batidas da corda), quem 
estiver pulando, deverá deixar o 
chinelo ou sapato no chão na sílaba 
final (nho), sem parar de pular. Na 
próxima vez em que a palavra for 
dita, deverá pegar o chinelo, 
também na sílaba final. Se errar, dá 
a vez para outro participante.
Chicote! Chicote Queimado! 
Pimenta!
Consiste em aumentar o grau de 
dificuldade, torneando a corda cada 
vez mais rápido, de maneira que 
esta, ao bater no chão, estale como 
um chicote.
Pular corda
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 47
Origem: não há 
o r i g e m 
determinada mas 
pode derivar de 
b r i n c a d e i r a s 
africanas.
Outros nomes: os nomes mudam 
dependendo do movimento que se 
pede para fazer e da região do país: 
cebolinha, estrelinha, laranjinha, 
castelinho, bigode, vassourinha, 
cruzada de Belém etc.
Como se brinca: é preciso um 
elástico, com cerca de 3 metros de 
comprimento, unidos pelas pontas 
em um nó. Dois dos participantes, 
afastados um do outro, seguram o 
elástico, esticando-o ao redor das 
pernas, formando um retângulo. A 
,
Pular elastico
cada rodada, sobem o elástico, 
aumentando a distância entre este 
e o chão. O outro participante, deve 
pular, numa sequência de saltos. 
Os pulos são alternados de acordo 
com sequências estipuladas pelos 
participantes e, também, de acordo 
com a movimentação do elástico 
(mais alto, mais baixo ou cruzado).
Uma canção ou, até mesmo, as 
palavras que dão nome aos 
diversos tipos de saltos, cantadas 
com as sílabas divididas no ritmo 
das batidas da corda, pode 
determinar os movimentos de 
quem pula.
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca48
O r i g e m : 
e n c o n t r a m o s 
referências à China, 
Egito, Grécia e 
Colômbia. Todavia, 
sabe-se que é uma 
prática muito antiga 
entre as crianças de várias épocas.
Como se brinca: os participantes 
são divididos em dois times. O 
campo é dividido ao meio, por uma 
linha reta (fronteira). Deve haver, 
ainda, um pequeno espaço atrás da 
linha de fundo de cada campo 
(prisão). O objetivo é “queimar” 
todos os integrantes do time 
adversário, acertando cadaum com 
a bola. Sorteia-se um time para 
começar. Um dos jogadores 
arremessa a bola de dentro do seu 
campo sem ultrapassar a fronteira, 
e os adversários desviam, sem sair 
dos limites da sua área. Se a bola 
não atingir ninguém, um jogador do 
outro time pode pegá-la e atirá-la 
de volta para acertar um jogador 
adversário, mas sem sair de onde a 
pegou. O arremessador só pode 
andar com a bola se pegá-la no ar. 
Quem for atingido e deixar a bola 
cair no chão, é queimado, vira 
“prisioneiro” e tem que ir para o 
espaço atrás da linha de fundo do 
campo do seu adversário (a 
prisão). Não será queimado se, 
depois de ser atingido, ele ou algum 
companheiro conseguir pegar a 
bola antes que ela caia no chão.
Os jogadores queimados só podem 
pegar a bola se ela cair dentro da 
prisão. De lá, tentam queimar os 
adversários ou passar a bola para 
seus companheiros de time. Os 
prisioneiros do mesmo time podem 
passar a bola entre si na área da 
prisão, desde que não a deixem 
cair. Mas, cada prisioneiro têm 
apenas uma chance de voltar a 
jogar na área de seu time: se 
conseguir queimar um adversário 
na primeira vez que tiver a posse da 
bola na prisão. Ganha o time que 
conseguir o maior número de 
prisioneiros ou que conseguir 
queimar todos os adversários.
Queimada
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 49
Origem: este jogo 
de rua tem várias 
versões para o seu 
surgimento. Uma 
delas é que, assim 
como o beisebol, 
seja derivado do 
críquete britânico. Outra, diz que 
fo i c r i ado por jangade i ros 
brasileiros no século 18.
Outros nomes: bete, betes, 
castelo, casinha ou tacobol.
Como se brinca: é preciso dois 
tacos uma bola pequena, feita de 
meia ou de borracha. Jogam duas 
duplas de cada vez. Desenhar dois 
círculos, bem distantes um do 
outro. Dentro deles, coloca-se 
uma lata ou uma garrafa, que será 
a “base”. Uma dupla é escolhida 
p a r a fi c a r c o m o s t a c o s 
(rebatedores), e terá que defender 
as bases. A outra, fica com a bola 
(lançadores) e terá que derrubar 
as bases. Os jogadores se 
posicionam, sendo um lançador 
de cada lado, atrás da base e um 
rebatedor na frente de cada base. 
Um lançador arremessa a bola 
mirando a base oposta. O 
rebatedor tenta acertar a bola, 
rebatendo-a para longe. Caso não 
consiga, o lançador posicionado 
atrás dele pega e lança a bola, 
tentando acertar a base oposta. 
Se o rebatedor acertar a bola, o 
lançador que a arremessou deve 
correr para pegá-la. Enquanto 
isso, os rebatedores correm de 
uma base para a outra, batendo os 
tacos quando se cruzam no centro 
do campo e pousam seus tacos 
nos círculos, quantas vezes 
puderem, antes que o lançador 
volte com a bola. Se um rebatedor 
não pousar seu taco, o lançador 
poderá acertá-lo com a bola, 
trocando de lugar com ele. Os 
papéis também se invertem caso 
um lançador consiga derrubar a 
base.
Taco
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca50
O r i g e m : 
desconhecida.
Outro nome: pé de 
lata.
Como se brinca: 
será preciso duas 
latas (como as de leite em pó) para 
cada participante. Fazer dois furos 
no fundo, diametralmente opostos 
e passar uma corda por eles. Unir 
as extremidades da corda, na parte 
de dentro, com um nó bem forte e 
tampar a lata. O comprimento da 
corda deve se ajustar à altura dos 
participantes. Eles sobem nas latas 
e, usando as cordas como alças, 
têm que conseguir andar, se 
equilibrando sobre elas. O percurso 
Tamanco de lata pode ser livre ou organizado como 
uma cor r ida , com ou sem 
obstáculos.
Uma diversão a mais é decorar as 
latas, usando tecidos, adesivos, 
tinta etc.
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 51
O r i g e m : a 
d r a m a t i z a ç ã o 
remonta à Pré-
história, quando o 
homem primitivo 
imitava os animais 
para se aproximar 
de suas presas e 
dramatizava suas façanhas para sua 
tribo, quando ainda não tinha 
desenvolvido a linguagem oral. 
Como espetáculo, o teatro é 
praticado desde a Antiguidade, 
tendo se firmado nas culturas grega 
e romana. No Brasil, foi introduzido 
no século XVI pelos jesuítas, que o 
utilizavam na catequização dos 
índios. Crianças, naturalmente, 
usam a imitação para internalizar 
valores e regras sociais durante seu 
desenvo lv imento, como na 
brincadeira de casinha, de boneca, 
de guerra etc.
Como se brinca: as possibilidades 
do teatro são infinitas e podem 
envolver, praticamente, todas as 
outras artes, desde o desenho e a 
pintura, para criação de cenários até 
o canto e a dança, na performance 
propriamente dita. Pode-se criar 
uma peça, partindo de um 
argumento ou texto ou pequenas 
cenas, preparadas ou improvisadas. 
O uso de figurinos e adereços dá 
tempero especial à encenação. 
Algumas variações interessantes, 
são:
- usar diversos tipos de fantoches e 
marionetes.
- usar uma fonte de luz e um lençol 
para fazer um teatro de sombras.
- propor exercícios de mímica facial 
(alegre, triste, surpreso etc.) e 
corporal (carregando objetos 
imaginários de peso e tamanhos 
diferentes, imaginar-se andando 
em diversos tipos de terreno – 
areia, gelo, asfalto quente etc.).
- explorar livremente as diversas 
possibilidades de um único objeto, 
usando a imaginação: um pedaço 
de tecido pode ser uma roupa, um 
barco, uma toalha... um pedaço de 
jornal que se transforma em uma 
prancha de surf, um leque, um 
chapéu etc.
,
Teatro e Historias
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca52
O r i g e m : h á 
registros desse 
jogo em relatos da 
A n t i g u i d a d e , 
j o g a d o c o m 
o s s i n h o s o u 
pequenas pedras. 
Conta-se que os reis praticavam 
com pepitas de ouro, pedras 
preciosas, marfim ou âmbar. 
Conhecido por pentha litha, na 
Grécia, e por astragulus, em 
Roma, era tão popular a ponto de 
Homero fazer referência à ele na 
sua famosa Odisséia. No Brasil, 
c o s t u m a s e r j o g a d o c o m 
pedrinhas, sementes, caroços de 
frutas ou saquinhos de pano cheios 
de areia.
Outros nomes: jogo de pedrinhas, 
jogo do osso, onente, bato, arriós, 
Tres Marias
v
t e l h o s , c h o c o s , n é c a r a , 
mariquinha etc.
Como se brinca: pode ser 
praticado de diversas maneiras. A 
mais simples é lançar uma pedra 
para o alto e, antes que ela caia no 
chão, pegar outra peça. Depois 
tentar pegar duas, três, ou mais, 
lançando e pegando, cada vez 
mais pedras.
Brincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras SelecionadasBrincadeiras Selecionadas 53
O r i g e m : 
n o r d e s t e d o 
Brasil.
Outros nomes: 
morto-vivo, duro 
ou mole, senta-levanta.
Como se brinca: é escolhido 
um participante para ser o líder. 
Ele dá os comandos e os 
demais devem obedecer. 
Quando ele disser “morto!”, 
todos se agacham. Quando 
disser “vivo!” todos pulam e 
ficam de pé. O líder deve variar 
os comandos, ora alternando, 
ora repetindo e cada vez mais 
rápido. Essa variação exigirá 
Vivo ou Morto
mais atenção dos participantes. 
Aquele que errar, sai da 
brincadeira. Quem ficar até o 
final será o novo líder.
,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendoas Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca,Revivendo as Brincadeiras de Crianca54
1 MARTINS, Marilena Flores (Coord.). Guia 
O direito de brincar de todas as 
crianças. Fortaleza/CE: Rede Nacional 
Primeira Infância, 2014. 
2 A RNPI é um grupo articulado de 
o rgan i zações da soc iedade c i v i l , 
representantes do governo, institutos e 
fundações empresariais ou privadas, 
outras redes e organizações multilaterais, 
fundada em maio de 2006. Atualmente, 
mais de 135 organizações compõem a 
RNPI, buscando concretizar ações em 
vários âmbitos (mais de 20 organizações 
do RJ).
3 A SFB é uma Organização Não 
Governamental fundada em 1986 por 
franceses e brasileiros, de utilidade pública 
federal, sem fins lucrativos e sem 
vinculação religiosa ou partidária. Atua na 
defesa e promoção dos direitos de crianças 
e adolescentes, incidindo sobre políticas 
públicas e investindo nas áreas de 
educação, saúde, mobilização social, 
organização popular, objetivando a 
d i s s e m i n a ç ã o d e m e t o d o l o g i a s 
participativas, a equidade social e a prática 
da cidadania.
4 MARTINS, Marilena Flores (Coord.). Guia 
O direito de brincar de todas as 
crianças. Fortaleza/CE: Rede Nacional 
Primeira Infância, 2014. 
5 TESSARO, Josiane Patrícia. Discutindo a 
importância dos jogos e atividades em sala 
de aula. psicologia.com.pt, 2007. 
D i s p o n í v e l e m : 
<http://www.psicologia.pt/artigos/textos/
A0356.pdf>, acesso em 02/05/2015.
6 Os textos foram extraídos principalmente 
das seguintes fontes:
http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/
https://brasileirinhos.wordpress.com/brin
cadeiras
http://casa.hsw.uol.com.br
http://origemdapalavra.com.br
http://www.infoescola.com/folclore
http://www.livresportes.com.br/reportage
m/historia-e-as-regras-do-jogo-de-damas
http://mundoestranho.abril.com.br/mater
ia/qual-ea-origem-do-domino
http://www.historia.templodeapolo.net
http://www.brasilescola.com
http://www.dicionariotupiguarani.com.br/
dicionario/peteca/
http://mapadobrincar.folha.com.br/brinca
deiras/diversas/
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/amareli
nha-e-outras-linhas/
http://blog.kyly.com.br/blog/brincadeira-
da-semana-alerta
http://revistaescola.abril.com.br/creche-
pre-escola/brincadeiras-regionais-sul-
elastico-700354.shtml
http://www.botucatu.sp.gov.br/Eventos/2
007/contHistorias/#
http://escola.britannica.com.br/article/48
2590/contacao-de-historias
http://www.contadoresdehistorias.com.br
http://www.cpt.com.br/cursos-educacao-
infantil/artigos/tecnicas-para-a-contacao-
de-historias
http://www.lendo.org/guia-definitivo-
contacao-historias/
http://criandocriancas.blogspot.com.br/2
008/04/brincadeira-de-rua-amarelinha-
1.html
http://pedagogiaufsc.blogspot.com.br/20
10/09/pe-na-lata-turma-devera-escolher-
o.html
http://www.jangadabrasil.com.br/temas/
outubro2010/te14110e.asp
http://meusbrinquedosantigos.blogspot.c
om.br/2013/01/garrafao.html
http://territoriodobrincar.com.br/wp-
content/uploads/2015/06/Crian%C3%A7a
s-de-%C3%A1reas-rurais.pdf
Revista eletrônica de crítica e teoria de 
literaturas Sessão aberta PPG-LET-UFRGS 
– Porto Alegre – Vol. 04 N. 01 – jan/jun 
2008 - Contação de histórias: resgate da 
memória e estimulo à imaginação - Shirlei 
Milene Torres, Ana Lúcia Liberato 
Tettamanzy
http://www.seer.ufrgs.br/NauLiteraria/arti
cl/viewFile/5844/3448
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