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Instrutor Prof. Dr. Luis Ferreira Monteiro Neto Formação Internacional CMA e IASTM Formação em Terapias Miofasciais Manuais idealizador do Método Myofascial Release Fisioterapeuta/Educador Físico Liberação e Mobilização Miofascial Instrumental Marcas Registradas pertencentes a Formação. Breve História da Terapia Manual TERAPIA MANUAL •A historia da terapia manual hoje também conhecida como terapia manipulativa perde-se nas curvas do tempo e é misturada com o início da medicina antiga. •Hieróglifos egípcios sugerem que usavam suas mãos para tratar lesões. •Manuscritos escrito por Hipócrates, descreve técnicas manuais para tratar deformidades da coluna vertebral. TERAPIA MANUAL •Greenman, em seu texto "Princípios da medicina manual", descreve que estatuas de mais de 4.000 anos na Tailândia poderia indicar o uso da terapia manual. TERAPIA MANUAL • A terapia manual no contexto da fisioterapia existe há mais de um século. • 1916 inicia-se o ensino da manipulação articular a estudantes de fisioterapia no hospital St. Thomas em Londres, primeiro por Mennell seguido por Cyriax. Um breve histórico 1900 a 2000 • 1900 – Stone estuda a acupuntura, osteopatia, quiropraxia, yoga, reflexologia e conclui que “campos magnéticos” regulam os sistemas fisiológicos. • 1913 – Bohm revê estudo de Hoffa e descreve técnicas clássicas, como effleurage (deslizamento) e pétrissage (amassamento), tapotagem e vibração. • 1916 – Mennel/Cyriax 1900 a 2000 • 1920 – Elizabeth Dicke, desenvolveu a massagem do tecido conectivo (MTC) • 1940 - Rolfing • 1950 – Kurt Ekman • 1954 – McKenzie • 1961 – Maitland • 1970 - Federação Internacional de Terapia Manual Ortopédica ( IFOMT ) • 1972 – Mulligan • 1992 – IASTM • 2004 - Fascial Manipulation® – Stecco® method Terapia Manual Hoje No inicio poucas técnicas e agora? O que cabe dentro do tratamento? Tratamentos Modelo Biomédico e Biopsicossocial Tratamentos Avaliar por diversas óticas Para escolher melhor conduta Boa avaliação Recursos tecnológicos Modelo Biopsicossocial Modelo Biomédico Terapias Manuais que tipo? • Seja manipulação global; • Seja uma manipulação localizada; • Ambos são efetivos, então vamos preparar nossos profissionais. 2019 A fáscia é um tecido conjuntivo propriamente dito denso, tendo como principal característica ser ininterrupta. Ela circunda e conecta os músculos, estruturas nervosas e viscerais. Ela constitui assim um importante elemento de comunicação mecânica entre os vários sistemas corporais (HUIJING, 2009). ENTENDER O QUE É FÁSCIA.. FÁSCIA TERMO LATIM FAIXA OU BANDA É um tecido ativo mecanicamente, que possui funções proprioceptivas e nociceptivas. (YAHIA et al. 1992; SCHLEIP et al. 2005; STECCO et al. 2006, 2007, 2008, 2013b; BHATTACHARYA et al. 2010; TESARZ et al. 2011). Descrita como uma rede tensional ou sistema de estabilização - biotensigridade Localiza ção Os principais tecidos que são englobados por esta rede tensional são: Link sobre fascia: https://youtu.be/fyltvc1lMTo Pesquise os termos Fascia + Gill Hedley 1. Cápsulas de articulações; 2. Ossos; 3. Septos musculares; 4. Órgãos; 5. Ligamentos; 6. Tendões; 7. Neurofáscia; etc. 8. Músculos https://youtu.be/fyltvc1lMTo Fáscia • Fáscia • Termo Latim – “faixa” ou “banda” • É a infra-estrutura do corpo, baseada no principio da tensigridade • Não só proporciona um “formato” interno e externo ao corpo, mas também é uma armação de outros sistemas (circulatório, nervoso, etc.) • Link sobre fascia: https://youtu.be/fyltvc1lMTo • Pesquise os termos Fascia + Gill Hedley https://youtu.be/fyltvc1lMTo Tecido conjuntivo denso (TCD): ▪ Possui mais fibras e menos células que o TCF; ▪ Menos flexível e mais resistente ao estresse (tensão); ▪ Classificado pela orientação dos feixes de fibras colágenas em: Não modelado- contém feixes de fibras não orientadas; Modelado- contém feixes de fibras em arranjos definidos. Tecido conjuntivo frouxo (TCF): ▪ Poucas fibras colágenas (mais delgadas) e inúmeras células; ▪ Bem vascularizado, flexível e pouco resistente ao estresse; ▪ Mais abundante que o tecido conjuntivo denso. Exemplo da estrutura da fáscia muscular https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S235230931930015X FÁSCIA PROFUNDA (TCD) Abaixo da superficial envelopa os músculos, nervos, vasos e veias. Características: • Tecido conjuntivo denso sem gordura e fibroso irregular com uma organização multicamadas; • Espessura variável; • Firme e rígida com pouca elasticidade (menos de 1%); • Ricamente inervada (mecanorreceptores). Fáscia superficial (TCF) • Subcutânea envelopa o corpo todo como uma roupa de mergulho • Rica em vasos linfáticos e periféricos • Estica-se em qualquer direção (alta % em elastina) 21 Estímulos sobre a fáscia causam adaptações sobre estruturas consideradas mecânicas , que causam uma mobilidade restrita. E com isso influenciam o funcionamento da MEC e geram inputs sobre as estruturas nervosas da fáscia. A essas adaptações damos o nome de Densificações que alguns chamam de maneira errada de fibrose. Adaptações Mecânicas = Densificações REDE MIOFASCIAL • A FÁSCIA envolve e interconecta tudo. • Qualquer alteração nela afetará todo o corpo. • Realizar uma boa avaliação e reavaliação, permite conhecer em profundidade o funcionamento e alterações do sistema miofascial. • Um tratamento mais preciso olha o corpo como um todo que deve estar em equilíbrio . MECANICAMENTE AS TENSÕES SÃO GERADAS POR: 1. Fibroblastos; 2. Miofibroblastos. 3. Proteínas contráteis; 4. Células musculares livres na matriz extracelular (MEC); 5. Fluxo de líquidos. SISTEMA AUTÔNOMO ESTES SISTEMAS AFERENTES (INPUT) SÃO FORMADOS POR: SUPERFICIAIS – SIMPÁTICAS PROFUNDAS - PARASSIMPÁTICAS 1. Fusos intramusculares (perimísio); 2. Órgãos tendinosos de Golgi (junção miotendínea); 3. Corpúsculos de Pacini e Ruffini (controlam a velocidade de movimento); 4. Terminações nervosas livres. RESUMO DE PROPRIEDADES E FUNÇÕES FUNÇÕES • Forma • Sustentação • Organização • Circulação não canalizada • Proteção • Estabilidade PROPRIEDADES • Continuidade • Contiguidade (proximidade) • Plasticidade • Piezoeletricidade • Sensibilidade • Contratilidade 26 C. Stecco,2018 C. Stecco,2018 Evidências da Literatura Mais de 1000 artigos sobre o tema Mais de 88 livros sobre o tema Pesquisas na área IASTM Um novo método de Fibrólise em apoio da Terapia Manual (Von Kurt Ekman, 1972) TEORIAS Teoria • Permite a mobilidade dos planos teciduais preservando a estabilidade dos elementos. • Encontrado por todo o corpo. • Não existe estrutura orgânica visceral, muscular, nervosa, vascular ou cutânea que não se encontre envolvida pelo MCDAS Sistema Colagenoso Multimicrovacuolar de Absorção Dinâmica MCDAS Dr. Jean-Claude Guimberteau Sistema Colagenoso Multimicrovacuolar de Absorção Dinâmica MCDAS Sistema Colagenoso Multimicrovacuolar de Absorção Dinâmica MCDAS Sistema Colagenoso Multimicrovacuolar de Absorção Dinâmica MCDAS Dr. Jean-Claude Guimberteau Tensegridade • Integridade Tensional • Sistema arquitetônico para a organização estrutural que fornece um mecanismo para integrar fisicamente a parte ao todo • Tensão + Integridade • Tração + Compressão Tensegridade Sistemas visando mobilidade tecidual • Telócitos e Fasciacitos Telócitos foram recentemente encontrados e descritos na fáscia (2015) e descritos em 2018 como um nova célula dedicada a regulação do deslizamento fascial. Estas células estão localizadas entre vasos sanguíneos, capilares, e em terminações nervosas em muitos órgãos. Os telócitos quando possuem uma localização especifica e função são também chamados de fasciacitos para destacar sua especialização para produzir ácido hialurônico por exemplo, que é pré-requisito para criar-se : 1-Uma força de amortecimento. 2-Preencher os espaços intercelularespermitindo o deslizamento de diferentes camadas de tecido por meio de mecanismos de fluido, baseados na viscosidade. Sistemas visando mobilidade tecidual • Matriz extracelular (MEC). Substância fundamental que fornece flexibilidade espacial por visco-elasticidade. A MEC fornece componentes viscoelásticos que, adicionam esta flexibilidade à propriedade biomecânica geral da fáscia no corpo humano. Fáscia • É importante conhecermos a relação íntima entre: • Fáscia e Músculo • Tentar trabalhar estas duas estruturas separadamente é como tentar separar uma bolha do ar que a preenche. • Tirar o tecido conjuntivo de cena, será transformar o músculo numa estrutura gelatinosa, sem forma ou capacidade funcional. • Aproximadamente 10-15% da força muscular é armazenada na fáscia como uma prova de transmissão de força miofascial extramuscular Linhas de pensamento Fáscia Ida Pauline Rolf (Rolfing) • Formação em: • Química; • Física Atômica; • Bioquímica e • Matemática. • Pioneira no trabalho Miofascial • Integração Estrutural = Rolfing • Observou que a fáscia é composta por fibras de colágeno numa substância colóide (gel), cuja consistência pode variar mediante trabalho mecânico exercido. • Aplicação de energia (calor ou pressão mecânica) pode mudar o estado mais denso (gel) para um estado mais fluido. • Tixotropia (fenômeno que apresentam certos líquidos cuja viscosidade diminui quando são agitados) 44 Hoje diversos autores 45ChaitowFrederick Stecco Schleip Schwind Myers Livros Base 46 FISIOLOGIA DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL TENSÃO DEFORMAÇÃO LIBERAÇÃO INFORMAÇÃO 47 Não importa a via chegamos praticamente as mesmas resposta fisiológicas • Em geral, graus e formas variados de cargas podem ser provocadas por : • exercício • estímulo mecânico cíclico • Carga Sustentada • Cargas Pesadas • Cargas Leves Este estimulos causam modificação do comportamento celular e a expressão genética, influenciando a remodelagem do tecido, envolvendo enzimas e vários fatores de crescimento como TGF-β1 Este fator de crescimento transformador beta 1 ou TGF-β1 é uma proteína secretada que executa muitas funções celulares, incluindo o controle do crescimento celular, proliferação celular, diferenciação celular e apoptose. Mecanotransdução TENSÃO DEFORMAÇÃO INFORMAÇÃO LIBERAÇÃO KEELE K. D. Pain-Sensitivity tests. Lancet. V27, p.636, 1954 HIPERSENSÍVEIS: Até 1,5kg NORMOSENSÍVEIS: 2 a 4kg HIPOSENSÍVEIS: acima de 4kg Schleip,R 2009 MECANORRECEPTORES FASCIAISINFORMAÇÃO Problemas Tônicos Estímulos vigorosos Propriocepção Patológica Estímulos Rápidos e vibratórios Propriocepção Patológica Alongamento Miofascial Propriocepção Patológica Isquemia e dor Alto e Baixo Limiar de pressão 51 Capacidade de Resposta à Manipulação Resultados do Estímulo Órgãos de Golgi • Provavelmente apenas responde à contração muscular ou à manipulação muito forte. • Redução do tônus nas fibras motoras estriadas. Receptores de Pacini • Apenas responde às técnicas de alta velocidade ou vibratórias. • Aumento da propriocepção local. Corpúsculos de Rufini • Responde especialmente ao alongamento lateral. • Aumento da propriocepção local; • Inibição da atividade simpática. Receptores Intersticiais • 50% tem resposta a limiares de alta pressão; • 50% tem resposta a limiares de baixa pressão. • Aumento da propriocepção local; • Aumento da vasodilatação e respiração; • Estímulos de alta pressão causam dor e extravasamento de plasma. 52 MODALIDADES DE AÇÃO 53 Localização e respostas fisiológicas • Golgi • TCD • Abundante nas junções miotendinosas • Ligamentos de articulaçoes periféricas • Respondem ao alongamento ativo • Manipulação - alongamento moderado sustentado, tração rítmica intensa e pressão, não sabe ao certo o quanto necessita pra resposta • Pacini • TCD • fáscia musculares • junções miotendinosas • camadas capsulares profundas • ligamentos espinais • Não respondem a compressão sustentada • respondem a pressão e vibração • Manipulação - leve, reduzida, tangencial • Rufini • TCD • Abundante nos ligamentos das articulações • camadas capsulares externas • Respondem a Compressão sustentada • Golpes profundos rítmicos e lentos • Alongamento lateral Pressão Manual Profunda • Altera metabolismo e a dinâmica dos fluidos locais • Aumenta a atividade vagal • Relaxamento muscular Global ESTRUTURAS NERVOSAS LIVRES Efeitos da Terapia Manual 55 Como deve ser a pressão mecânica 1. ANGULO DA APLICAÇÃO DA PRESSÃO (Tangencial sustentada resposta S.N.A , R.Schleip) 2. TEMPO DA APLICAÇÃO DA PRESSÃO (Pressão sustentada >60 , S.Threlkeld, 1992 ) DIREÇÃO ( Extrínsico > Intrínsico , Rolf.I.P ) Biomecânica da Lesão Resultados Imediatos • Umas das grandes vantagens das técnicas miofasciais é o resultado imediato; • Isso gera uma aspecto muito importante no paciente; Resultados Resultados Técnicas •Técnicas específicas de trabalho miofascial: •Dry needling •Crochetagem Mioaponeurótica •IASTM formação •Graston •Mobilização Manual (Stecco, Rolfing, Myers, Aguiar,etc) População Alvo• Crianças • Adultos • idosos • Principalmente atletas Liberação Miofascial Diferentes escolas • Dentro das modalidades Manuais temos diferentes escolas • Stecco • Rolf • Leon Chaitow • Etc • Diferem-se pelo tipo de manipulação utilizado • Stecco – compressão sistêmica sobre o CC • Rolf – Reestruturação • Leon Chaitow – Muscular energética + compressão sustentada • Kostopoulos e Rizopoulos – inibição + alongamento mio + retreinamento • Dentro das modalidades Instrumentais temos diferentes escolas • Gastron • IASTM • Myofascial Release • Gua Sha • etc • Diferem-se pelo tipo de instrumentos utilizado e metodologia • Músculos que devem sempre ser manipulados pois são chamados posturais Linhas Espiral de Myers Músculos das linhas miofasciais dessa espiral são: • Esplênios da cabeça e cervical • Rombóides maior e menor • Serrátil anterior • Oblíquo externo do abdome • Aponeurose abdominal-linha alba • Tensor da fáscia lata e trato iliotibial • Tibial anterior e fibular longo • Bíceps femoral • Ligamento sacrotuberoso • Fáscia lombossacra-eretor da coluna) Linha Superficial Posterior dos Membros Superiores • Trapézio • Deltoide • Septo intermuscular • Extensores do punho Linhas espirais miofasciais de Stecco e Centro de coordenação Ligações Musculares Miofasciais • Triangulo Lombar • Ligado aos músculos Abdominais, Latíssimo dorso, MI e pélvicos • Ombro e cervical • Ligados ao peitoral maior, deltoide, trapézio, latíssimo dorso • Isquiotibiais • Ligados aos músculos TIT, fáscia lombar contralateral e fáscia plantar • Latíssimo Dorso • Ligados ao Glúteo máximo • Glúteo Máximo • Ligados TIT e parte anterior do joelho • Dor no GM e joelho (fáscia toraco lombar, TIT frente do joelho) • Gastrocnêmio • Ligados aos isquiotibiais, EIPS e trapézio • Joelho • Ligados ao isquiotibiais, Glúteo máximo, quadril, TFL e latíssimo dorso • Dor no joelho (disfunções do glúteo máximo, latíssimo dorso contralateral e fáscia toraco lombar) Ligações por Triggers points Membro superiores • Neuralgia Fascial atipica - Masseter, temporal, ECOM, Trapézio superior • Enxaqueca atipica - ECOM, Temporal, Cervical posterior • Dorsalgia média - reto do abdomen, paraespinal do torax • Dorsalgia baixa - reto inferior do abdomen, paraespinal toraclombar • Tendinite bicipital - cabeça longa do biceps • Dor crônica da parede abdominal - Músculo abdominais • Epicondilite - Extensores carpo, supinador e triceps braquial • Ombro congelado - Subescapular • Cefaléia occipital - cervical posterior • Radiculoatia C6 - peitoral menor, escaleno • Sindrome escapulocostal - Escaleno, trapézio médio e elevador da escapula • Bursite subacromial - deltoide médio • DTM - Masseter • Cotovelo tenista - extensor dos dedos e supinador • Cefaléia tensional - ECOM,Masseter, Cervical posteriorl, trapezio superior, músculos suboccipitais Ligações por Triggers points Membro inferior Dor abdominal - reto do abdomen, obliquo externo, iliocostal lombar Dor glutea - Glúteo médio, quadrado lombar, glutéo maximo, iliocostal lombar, latissimo dorsal, semitendineo e semimembranaceo, piriforme, reto do abdomen, sóleo Dor lombar - glúteo médio, multifidio, ilipsoas, latissimo dorsalm reto do abdomen, iliocostal (parte toracica), iliocostal lombar. Dor pélvica - adutor magno, piriforme, obliquo interno Dor sacroiliaca - gluteo medio, quadrado lombar, glúteo máximo, reto do abdomen e sóleo. Músculos posturais Ligações Miofasciais Centros de coordenação Áreas a serem mobilizadas
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