Buscar

5c2575991ffabe359662737c26032eaf

Prévia do material em texto

proleges.com.br  pág. 1 de 19 
 
 
 Atualizado em 12/03/2024 
 2ª Edição 
 
 
 
proleges.com.br  pág. 2 de 19 
 
 
SUMÁRIO 
DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS ................................................................ 3 
MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO: LEI 13.300/2016 ............................................................ 3 
INFORMATIVOS .................................................................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Proposta da Assinatura Anual  Pro Leges 
https://bit.ly/3NKvEgP 
 Lista de materiais publicados 
 
https://bit.ly/42PEZwM 
 
 
Legenda dos grifos: 
 AMARELO – DESTAQUE 
 VERDE – EXCEÇÃO, VEDADO ou ALGUMA ESPECIFICIDADE 
 AZUL – GÊNERO, PALAVRA-CHAVE ou EXPRESSÃO 
 LARANJA – SUJEITOS, PESSOAS OU ENTES 
 CINZA – MEUS COMENTÁRIOS DENTRO DO ARTIGO 
  DISPOSITIVO LEGAL MUITO COBRADO EM PROVAS 
 
 
 
https://bit.ly/3NKvEgP
https://bit.ly/42PEZwM
proleges.com.br  pág. 3 de 19 
 
 
AUTOR: MARCO TORRANO 
INSTAGRAM: @MARCOAVTORRANO/@PROLEGES 
E-MAIL: PROLEGESMARCOTORRANO@GMAIL.COM 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
E DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS 
 
 
 
 
 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO: 
LEI 13.300/2016 
 
 CF/88 
Art. 5º. (...) 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania; 
O que se entende por 
mandado de injunção? 
Definição 
Mandado de injunção é... 
- uma ação (instrumento processual) 
- de cunho constitucional (remédio constitucional) 
- que pode ser proposta por qualquer interessado 
- com o objetivo de tornar viável o exercício de 
- direitos e liberdades constitucionais ou 
- de prerrogativas relacionadas com nacionalidade, soberania ou cidadania 
- e que não estão sendo possíveis de ser exercidos 
- em virtude da falta, total ou parcial, de norma regulamentando estes 
direitos. 
 
“O mandado de injunção (MI) é instrumento processual instituído 
especialmente para fiscalizar e corrigir, concretamente, as omissões do 
Poder Público em editar as normas necessárias para tornar efetivos direitos 
e liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania (art. 5º, LXXI, da Constituição)” (BERNARDES, 
Juliano Taveira; FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. Direito 
Constitucional. Tomo II - Direito Constitucional Positivo. 5ª ed., Salvador: 
Juspodivm, 2016, p. 230). 
Objetivo/finalidade 
“Tornar as normas constitucionais autoaplicáveis, aptas a garantir o gozo 
de qualquer direito privado, coletivo, difuso, individual homogêneo, 
político, econômico, social etc.” (BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito 
constitucional. Saraiva, 2023, p. 446). 
Natureza jurídica 
“O mandado de injunção tem a natureza de uma ação civil, de caráter 
essencialmente mandamental e procedimento específico, destinado a 
combater a síndrome de inefetividade das constituições. Caráter 
essencialmente mandamental da ação injuncional: STF, Pleno, MI 284/DF, 
Rel. Min. Celso de Mello, decisão por maioria de 22-11-1991.” (BULOS, 
Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. Saraiva, 2023, p. 447). 
Dois requisitos 
a) norma constitucional de eficácia limitada, prescrevendo direitos, 
liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania; 
https://www.instagram.com/marcoavtorrano/
https://www.instagram.com/proleges/
mailto:prolegesmarcotorrano@gmail.com?subject=Dúvida/Sugestão/Crítica
proleges.com.br  pág. 4 de 19 
 
 
b) falta de norma regulamentadora (omissão), tornando inviável o 
exercício dos direitos, liberdades e prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
Legitimidade ativa 
Qualquer pessoa (física ou jurídica). 
 Já os legitimados do MIC (mandado de injunção coletivo), conferir o art. 12. 
Legitimidade passiva Apenas a pessoa estatal é o sujeito passivo. 
 
Competência 
originária 
Competência Quando a atribuição para elaborar a norma for do(a)(s)... 
STF 
(art. 102, I, "q") 
• Presidente da República 
• Congresso Nacional 
• Câmara dos Deputados 
• Senado Federal 
• Mesas da Câmara ou do Senado 
• Tribunal de Contas da União 
• Tribunais Superiores 
• Supremo Tribunal Federal. 
STJ 
(art. 105, I, "h") 
órgão, entidade ou autoridade federal, excetuados os casos de 
competência do STF e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, 
da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal. 
Juízes e Tribunais da Justiça 
Militar, Justiça Eleitoral, Justiça do 
Trabalho 
órgão, entidade ou autoridade federal nos assuntos de sua 
competência. 
Juízes Federais e TRFs 
órgão, entidade ou autoridade federal, se não for assunto das demais 
"Justiças" e desde que não seja autoridade sujeita à competência do 
STJ. 
Ex: compete à Justiça Federal julgar MI em que se alega omissão do 
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) na edição de norma de 
trânsito que seria de sua atribuição (STJ MI 193/DF). 
Juízes estaduais e TJs 
órgão, entidade ou autoridade estadual, na forma como disciplinada 
pelas Constituições estaduais. 
As regras de competência para impetrar o mandado de injunção são disciplinadas na própria Constituição Federal e variam de 
acordo com o órgão ou a autoridade responsável pela edição da norma regulamentadora. 
Competências recursais envolvendo MI expressamente previstas na CF/88 
• Compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o mandado de injunção decidido em única instância pelos Tribunais Superiores, se 
denegatória a decisão (art. 102, II, "a", da CF/88). 
• Compete ao TSE julgar o recurso interposto pelo autor contra a decisão do TRE que denegar mandado de injunção (art. 121, § 
4º, V). 
Referência bibliográfica: https://www.dizerodireito.com.br/2016/06/primeiros-comentarios-lei-133002016-lei.html 
 
Acórdão proferido em sede de mandado de injunção por parte de TJ 
não é recorrível por ROC, mas sim por RE ou REsp 
Tendo o processo de Mandado de Injunção impetrado pelos ora recorrentes sido extinto sem julgamento 
do mérito perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, os mesmos interpuseram o presente 
Recurso Ordinário Constitucional. Entretanto, o acórdão proferido em sede de Mandado de Injunção por 
parte de Tribunal Estadual não é recorrível por meio de Recurso Ordinário, mas de Recursos 
Extraordinário ou Especial. Assim, estando ausente o requisito processual do cabimento do recurso, não 
há como conhecer deste. 
STJ. 5ª Turma. RMS n. 16.751/SP, rel. min. Jorge Scartezzini, DJ de 26/4/2004. 
 
https://www.dizerodireito.com.br/2016/06/primeiros-comentarios-lei-133002016-lei.html
proleges.com.br  pág. 5 de 19 
 
 
 
 Lei 13.300/2016 
Art. 1º Esta Lei disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e coletivo, nos 
termos do inciso LXXI do art. 5º da Constituição Federa l. 
 
 Muito cobrado! 
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção (OBJETO) sempre que a FALTA TOTAL ou PARCIAL de 
norma regulamentadora (de eficácia limitada) torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas 
pelo órgão legislador competente. 
Dois requisitos para MI 
1. 
Norma constitucional de eficácia limitada, prescrevendo direitos, liberdades constitucionais e 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
2. 
Falta de norma regulamentadora (omissão), tornando inviável o exercício dos direitos, liberdades 
e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 (Promotor MPEBA 2023 Cespe incorreta, porque não é ineficácia, e sim por sua inexistência/falta) A ação de mandadode injunção é cabível tanto no caso de falta de norma regulamentadora de direito previsto na Constituição quanto no 
caso de ineficácia da norma regulamentadora, por obstáculos administrativos estatais. 
“Dessa forma, tal como a ADO — ação direta de inconstitucionalidade por omissão (já estudada no item 6.7.4), o mandado de 
injunção surge para ‘curar’ uma ‘doença’ denominada síndrome de inefetividade das normas constitucionais, vale dizer, normas 
constitucionais que, de imediato, no momento em que a Constituição entra em vigor (ou diante da introdução de novos preceitos 
por emendas à Constituição, ou na hipótese do art. 5.º, § 3.º), não têm o condão de produzir todos os seus efeitos, necessitando 
de ato normativo integrativo e infraconstitucional. Trata-se, portanto, de normas constitucionais de eficácia limitada, 
aplicabilidade mediata e reduzida, dividindo-se em dois grupos: a) normas de eficácia limitada, declaratórias de princípios 
institutivos ou organizativos: normalmente criam órgãos (arts. 91, 125, § 3.º, 131...); b) normas declaratórias de princípios 
programáticos: veiculam programas a serem implementados pelo Estado (ex.: arts. 196, 215, 218, caput...)” (LENZA, Pedro. Direito 
constitucional esquematizado..., 2021). 
 
Questões 
 (Notário TJAL 2019 Vunesp) Quando a falta de norma regulamentadora tonar inviável o exercício 
dos direitos e das liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania, conceder-se-á mandado de injunção. (correta) 
 (Juiz TJMT 2018 Vunesp) Pode ser utilizado como instrumento processual para defesa do direito 
constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. (correta) 
 (Procurador Prefeitura de Poá/SP 2019 Vunesp) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e 
julgar, originariamente, o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora 
for atribuição do Presidente da República e do Congresso Nacional. (correta) 
 (Advogado INB 2018 Fundep) Cabe ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar mandado de 
injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou 
autoridade federal, da administração direta ou indireta, com exceção dos casos de competência do 
Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho 
e da Justiça Federal. (correta) 
#Procurador-PGEPR-PUCPR-2015 (correta): Poderá ser impetrado Mandado de Injunção para sanar omissão 
de norma constitucional de eficácia limitada. 
#Técnico-CRFES-2019-Quadrix (incorreta): Os direitos sociais são autoaplicáveis, embora admitam mandado 
de injunção quando constarem de norma de eficácia contida. 
#Auditor-SEFAZ-RS-2019-Cespe (incorreta): Mandado de injunção destina-se a regulamentar normas 
constitucionais de eficácia contida e de eficácia limitada. 
 
 
proleges.com.br  pág. 6 de 19 
 
 
Art. 3º São LEGITIMADOS para o mandado de injunção, 
(i) como IMPETRANTES, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades 
ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, 
(ii) como IMPETRADO, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma 
regulamentadora (JAMAIS O POLO PASSIVO SERÁ OCUPADO POR PARTICULAR!). 
Legitimidade passiva (apenas a pessoa estatal) 
Jamais o polo passivo será ocupado por particular. 
“Apenas a pessoa estatal é o sujeito passivo, impetrado ou demandado na ação injuncional, jamais o 
particular, que não tem qualquer dever de regulamentar o Texto Maior, tarefa afeta ao Poder Público e, 
em especial, ao Poder Legislativo” (BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. Saraiva, 2023, 
p. 450). 
 
Questões 
 (Nutricionista CRN2R Quadrix 2020) Tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas ostentam 
legitimidade ativa para impetração de mandado de injunção. (correta) 
 (Agente CRT04 Quadrix 2021) Sempre que a ausência de regulamentação impedir exercício de 
direito, o mandado de injunção poderá ser impetrado contra entes públicos e contra entes privados. 
(incorreta, porque jamais o polo passivo será ocupado por particular) 
 
Art. 4º A PETIÇÃO INICIAL deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual e indicará, 
além do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou aquela a que está vinculado. 
§ 1º Quando não for transmitida por meio eletrônico, a petição inicial e os documentos que a instruem 
serão acompanhados de tantas vias quantos forem os impetrados. 
§ 2º Quando o documento necessário à prova do alegado encontrar-se em repartição ou estabelecimento 
público, em poder de autoridade ou de terceiro, havendo recusa em fornecê-lo por certidão, no original, ou 
em cópia autêntica, será ordenada, a pedido do impetrante, a exibição do documento no prazo de 10 dias, 
devendo, nesse caso, ser juntada cópia à segunda via da petição. 
§ 3º Se a recusa em fornecer o documento for do impetrado, a ordem será feita no próprio instrumento 
da notificação. 
 
Art. 5º Recebida a petição inicial, será ordenada: 
I - a notificação do impetrado sobre o conteúdo da petição inicial, devendo-lhe ser enviada a segunda via 
apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 dias, preste informações; 
 
II - a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, 
devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse no feito. 
 
Art. 6º A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for 
(i) manifestamente incabível ou 
(ii) manifestamente improcedente. 
 
Parágrafo único. Da decisão de relator que indeferir a petição inicial, caberá AGRAVO, em 5 dias, para o 
órgão colegiado competente para o julgamento da impetração. 
 
 
Art. 7º Findo o prazo para apresentação das informações, será ouvido o Ministério Público, que opinará 
em 10 dias, após o que, com ou sem parecer, os autos serão conclusos para decisão. 
proleges.com.br  pág. 7 de 19 
 
 
 
No fluxograma acima, Rodrigo Vaslin esquematiza o procedimento da Lei do Mandado de Injunção (arts. 4º a 7º). 
 Imagem da obra: VASLIN, Rodrigo. Manual de processo coletivo. Juspodivm, 2024, p. 740. 
 
 Teoria concretista individual intermediária 
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: 
 
I - determinar PRAZO RAZOÁVEL para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora; 
 
II - estabelecer as CONDIÇÕES em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação 
própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. 
 
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput (= prazo razoável) 
quando comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo 
estabelecido para a edição da norma. 
Questões 
 (Promotor MPERJ 2022 correta) No que se refere aos efeitos da decisão que concede o mandado de 
injunção, pode-se corretamente afirmar que a legislação vigente acolheu a teoria concretista 
individual intermediária. 
 (Defensor DPEAM 2021 FCC correta) A garantia constitucional do mandado de injunção foi 
regulamentada por lei infraconstitucional, que estabelece expressamente que, uma vez reconhecido 
o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para determinar prazo razoável para que o 
impetrado promova a edição da norma regulamentadora e estabelecer as condições em que se dará 
o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados caso não seja suprida a mora 
legislativa no prazo determinado. 
 (Agente CRT 2021 Quadrix correta) A teoria concretista individual intermediária admite a fixação de 
um prazo para saneamento da omissão legislativa, findo o qual o exercício do direito é viabilizado 
judicialmente. 
proleges.com.br  pág. 8 de 19 
 
 
 (ProcuradorDAEM 2019 Vunesp correta) Se comprovado que o impetrado deixou de atender, em 
mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma, poderá a decisão 
imediatamente estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos reclamados. 
 
 
 Efeitos da decisão (REGRA) 
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes (inter partes) e produzirá efeitos até o 
advento da norma regulamentadora. 
 (Promotor MPESC 2023 Cespe incorreta, porque, como regra, é inter partes) A decisão final em qualquer espécie de mandado 
de injunção, quando proferida pelo STF com quórum de maioria absoluta, terá eficácia contra todos até a publicação de norma 
regulamentadora considerada ausente. 
 (Procurador Câmara de São Joaquim da Barra SP 2018 Vunesp correta): Em regra, o efeito do mandado de injunção será inter 
partes, mas, dependendo do caso, poderá ser atribuída eficácia ultra partes ou erga omnes à respectiva decisão judicial. 
 Efeitos da decisão (EXCEÇÃO) 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou 
indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
Questões 
 (Procurador Câmara de Mauá/SP 2019 Vunesp) Poderá, excepcionalmente, ser conferida eficácia 
ultra partes ou erga omnes à decisão proferida na ação de mandado de injunção, quando inerente 
ou indispensável ao exercício do direito. (correta) 
 (Analista Câmara de Boituva/SP 2020 Vunesp) Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga 
omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou 
da prerrogativa objeto da impetração. (correta) 
 
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus EFEITOS poderão ser ESTENDIDOS aos casos análogos por 
decisão monocrática do relator. 
 
§ 3º O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da impetração 
fundada em outros elementos probatórios. 
Teoria concretista 
vs. teoria não concretista 
(EFICÁCIA OBJETIVA DA DECISÃO) 
1. 
Teoria concretista 
Para esta corrente, o Poder Judiciário, ao julgar procedente o mandado de injunção e reconhecer 
que existe a omissão do Poder Público, deverá editar a norma que está faltando ou determinar que 
seja aplicada, ao caso concreto, uma já existente para outras situações análogas. 
É assim chamada porque o Poder Judiciário irá "concretizar" uma norma que será utilizada a fim de 
viabilizar o direito, liberdade ou prerrogativa que estava inviabilizada pela falta de regulamentação. 
 
I - Quanto à necessidade ou não de concessão de prazo para o impetrado, a posição concretista 
pode ser dividida em: 
a) corrente concretista direta: O Judiciário deverá implementar uma solução para viabilizar o direito 
do autor e isso deverá ocorrer imediatamente (diretamente), não sendo necessária nenhuma outra 
providência, a não ser a publicação do dispositivo da decisão. 
b) corrente concretista intermediária: Ao julgar procedente o mandado de injunção, o Judiciário, 
antes de viabilizar o direito, deverá dar uma oportunidade ao órgão omisso para que este possa 
elaborar a norma regulamentadora. Assim, a decisão judicial fixa um prazo para que o Poder, órgão, 
entidade ou autoridade edite a norma que está faltando. Caso esta determinação não seja cumprida 
no prazo estipulado, aí sim o Poder Judiciário poderá viabilizar o direito, liberdade ou prerrogativa. 
 
proleges.com.br  pág. 9 de 19 
 
 
II - Quanto às pessoas atingidas pela decisão, a corrente concretista pode ser dividida em: 
a) corrente concretista individual: a solução "criada" pelo Poder Judiciário para sanar a omissão 
estatal valerá apenas para o autor do MI. 
Ex: na corrente concretista intermediária individual, quando expirar o prazo, caso o impetrado não 
edite a norma faltante, a decisão judicial garantirá o direito, liberdade ou prerrogativa apenas ao 
impetrante. 
b) corrente concretista geral: a decisão que o Poder Judiciário der no mandado de injunção terá 
efeitos erga omnes e valerá para todas as demais pessoas que estiverem na mesma situação. Em 
outras palavras, o Judiciário irá "criar" uma saída que viabilize o direito, liberdade ou prerrogativa e 
esta solução valerá para todos. 
Ex: na corrente concretista intermediária geral, quando expirar o prazo assinalado pelo órgão 
judiciário, se não houver o suprimento da mora, a decisão judicial irá garantir o direito, liberdade 
ou prerrogativa com eficácia ultra partes ou erga omnes. 
2. 
Teoria não concretista 
Segundo esta posição, o Poder Judiciário, ao julgar procedente o mandado de injunção, deverá 
apenas comunicar o Poder, órgão, entidade ou autoridade que está sendo omisso. 
Para os defensores desta posição, o Poder Judiciário, por conta do princípio da separação dos 
Poderes, não pode criar a norma que está faltando nem determinar a aplicação, por analogia, de 
outra que já exista e que regulamente situações parecidas. 
É uma posição considerada mais conservadora e foi adotada pelo STF (MI 107/DF) até por volta do 
ano de 2007. 
 
Qual foi a posição adotada pelo Direito brasileiro? 
1. 
STF 
(teoria concretista direta geral) 
A Corte inicialmente consagrou a corrente não-concretista. No entanto, em 2007 houve um 
overruling (superação do entendimento jurisprudencial anterior) e o STF adotou a corrente 
concretista direta geral (STF. Plenário. MI 708, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 25/10/2007). 
2. 
Lei 13.300/2016 
(teoria concretista individual intermediária) 
SIM. Aumentando a polêmica em torno do assunto, a Lei nº 13.300/2016 determina, como regra, a 
aplicação da corrente concretista individual intermediária. Acompanhe: 
 
Primeira providência é fixar prazo para sanar a omissão: 
Se o juiz ou Tribunal reconhecer o estado de mora legislativa, será deferida a injunção (= ordem, 
imposição) para que o impetrado edite a norma regulamentadora dentro de um prazo razoável 
estipulado pelo julgador. 
 
Segunda etapa, caso o impetrado não supra a omissão: 
Se esgotar o prazo fixado e o impetrado não suprir a mora legislativa, o juiz ou Tribunal deverá: 
• estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados; ou 
• se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-
los. 
 
Exceção em que a primeira providência poderá ser dispensada: 
O juiz ou Tribunal não precisará adotar a primeira providência (fixar prazo) e já poderá passar direto 
para a segunda etapa, estabelecendo as condições, caso fique comprovado que já houve outro(s) 
mandado(s) de injunção contra o impetrado e que ele deixou de suprir a omissão no prazo que foi 
assinalado nas ações anteriores. 
proleges.com.br  pág. 10 de 19 
 
 
Em outras palavras, se já foram concedidos outros mandados de injunção tratando sobre o mesmo 
tema e o impetrado não editou a norma no prazo fixado, não há razão lógica para estipular novo 
prazo, devendo o juiz ou Tribunal, desde logo, estabelecer as condições para o exercício do direito 
ou para que o interessado possa promover a ação própria. 
Em suma... 
Desse modo, em regra, a Lei nº 13.300/2016 determina a adoção da corrente concretista intermediária 
(art. 8º, I). Caso o prazo para a edição da norma já tenha sido dado em outros mandados de injunção 
anteriormente propostos por outros autores, o Poder Judiciário poderá veicular uma decisão concretista 
direta (art. 8º, parágrafo único). 
Referência bibliográfica: https://www.dizerodireito.com.br/2016/06/primeiros-comentarios-lei-133002016-lei.html 
 
Questões 
 (Agente CRT04 2021 Quadrix) Segundo a teoria concretista geral das decisões em sede de mandado 
de injunção, uma vez reconhecida a mora legislativa, o direito deverá ser concretizado judicialmente 
para viabilização de seu exercício por todos, indistintamente. (correta) 
 (Agente CRT04 2021 Quadrix) A teoria concretista individual intermediária admite a fixação de um 
prazo para saneamentoda omissão legislativa, findo o qual o exercício do direito é viabilizado 
judicialmente. (correta) 
 (Fiscal CRODF 2020 Quadrix) Em relação ao mandado de injunção, a teoria concretista geral dispõe 
que a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ostentará eficácia contra todos. (correta) 
 (Procurador PGERS 2015 Fundatec) No que se refere ao mandado de injunção, previsto no artigo 5º, 
inciso LXXI, da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que a jurisprudência do STF: 
Inicialmente adotou a corrente não concretista, equiparando sua finalidade à da ação de 
inconstitucionalidade por omissão, transitando em 2007 para a corrente concretista com efeitos 
gerais. 
 (Fiscal CRODF 2020 Quadrix) Em relação ao mandado de injunção, a teoria concretista individual 
intermediária dispõe que a decisão tomada diante de omissão legislativa implementa diretamente 
o direito reivindicado pelo autor da ação. (incorreta) 
 (Administrador DPEPR 2017) O Mandado de Injunção se destina a provocar o Poder Judiciário e dele 
exigir a declaração da falta de norma regulamentadora, sendo certo que o Supremo Tribunal Federal 
atualmente se limita a utilização da teria não concretista o que apenas constata a mora do poder, 
órgão ou autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora, reconhecendo-se 
formalmente sua inércia. (incorreta) 
 (Promotor MPEAC 2014 Cespe) No âmbito do mandado de injunção, a atual jurisprudência do STF 
adota a posição não concretista em defesa apenas do reconhecimento formal da inércia do poder 
público para materializar a norma constitucional e viabilizar o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. (incorreta) 
 (Delegado PCPI 2014 NUCEPE) Em matéria de mandado de injunção, o pacífico entendimento 
contempora- neamente adotado pelo Supremo Tribunal Federal, em oposição à sua antiga posição, 
é o chamado não concretista. (incorreta) 
 (Advogado IBRAMDF 2009 Cespe) O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem 
função concretista, porque não cabe ao Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto 
sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes. (incorreta) 
 
 
proleges.com.br  pág. 11 de 19 
 
 
 
Art. 10. Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser REVISTA (É A CHAMADA “AÇÃO DE 
REVISÃO” – não confundir com ação rescisória, porque o objetivo da ação de revisão não é de desconstituir 
a coisa julgada, mas de rediscutir a aplicabilidade da decisão), a pedido de qualquer interessado, quando 
sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito. 
Parágrafo único. A ação de revisão observará, no que couber, o procedimento estabelecido nesta Lei. 
 
 
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá EFEITOS EX NUNC (#PCRN-Delegado-
2021-FGV) em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma 
editada lhes for mais favorável. 
Questões 
 (Defensor DPEMS 2022 FGV correta) O tribunal competente julgou procedente o pedido formulado 
pela Defensoria Pública do Estado Beta em sede de mandado de injunção coletivo. Logo após o 
trânsito em julgado do acórdão, sobreveio a Lei nº 123, que supriu o estado de mora legislativa e 
regulamentou a norma constitucional. À luz dessa narrativa, a Lei nº 123: produzirá efeitos ex nunc 
em relação aos beneficiados pelo acórdão, salvo se lhes for mais favorável. 
 #Juiz-Leigo-TJRJ-2018-Vunesp (incorreta): Via de regra, a norma regulamentadora superveniente 
produzirá efeitos ex tunc em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado. 
 #Advogado-Câmara-de-Perdizes-MG-2019-IBGP (incorreta): A norma regulamentadora 
superveniente produzirá efeitos ex tunc em relação aos beneficiados por decisão transitada em 
julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável. 
 
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada antes da 
decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito. 
 
 
proleges.com.br  pág. 12 de 19 
 
 
 Mandado de injunção coletivo (MIC) 
Art. 12. O MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO pode ser promovido: 
 
I - pelo MINISTÉRIO PÚBLICO (≠MSC: o art. 21 da Lei 12.016/2009 não prevê o Ministério Público, mas 
a jurisprudência admite a sua legitimidade), quando a tutela requerida for especialmente relevante para a 
defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; 
#MPEAP-Promotor-2021-Cespe (correta): O Ministério Público tem legitimidade para impetrar mandado de injunção coletivo 
quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses 
sociais ou individuais indisponíveis. 
 
II - por PARTIDO POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL, para assegurar o exercício 
de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; 
#Juiz-Leigo-TJRJ-2018-Vunesp (incorreta): O mandato de injunção coletivo pode ser promovido por qualquer partido político, 
independentemente de representação no congresso nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas 
de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária. 
 Ver comentários do art. 21 da LMS 
III - por ORGANIZAÇÃO SINDICAL, ENTIDADE DE CLASSE ou ASSOCIAÇÃO legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos 1 ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em 
favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que 
pertinentes a suas finalidades, DISPENSADA, para tanto, AUTORIZAÇÃO ESPECIAL; 
 
IV - pela DEFENSORIA PÚBLICA (≠MSC: o art. 21 da Lei 12.016/2009 não prevê a Defensoria Pública), 
quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa 
dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição 
Federal. 
 (Defensor DPERS 2022 Cespe correta) A legitimação constitucional conferida à Defensoria Pública para a propositura do 
mandado de injunção coletivo está ligada a sua finalidade essencial na tutela de interesse difusos, coletivos e individuais 
homogêneos que tenham repercussão em interesses tutelados, especialmente relevantes para a promoção dos direitos humanos 
e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5.º da Constituição Federal. 
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção 
coletivo são os pertencentes, INDISTINTAMENTE, a uma coletividade INDETERMINADA de pessoas ou 
determinada por grupo, classe ou categoria. 
Legitimados 
(MSC vs. MIC vs. HC coletivo) 
MSC MIC e HC coletivo 
Partido político com representação no CN. Partido político com representação no CN. 
Organização sindical. Organização sindical. 
Entidade de classe. Entidade de classe. 
Associação. Associação. 
[1] Ministério Público. 
[2] Defensoria Pública. 
[1] Jurisprudência admite legitimidade do Ministério Público para MSC. 
[2] Jurisprudência não admite legitimidade da Defensoria Pública para MSC. 
 (Defensor DPEES 2023 FCC correta) Dentre os instrumentos de tutela coletiva em que a legislação específica contempla 
expressamente a legitimidade ativa da Defensoria Pública, encontram-se: mandado de injunção coletivo e ação civil pública. 
 
proleges.com.br  pág. 13 de 19 
 
 
Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará COISA JULGADA LIMITADAMENTE às 
pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo impetrante, sem 
prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º. 
O que diz o art. 9º, §§ 1º e 2º? 
Art. 9º. (...) 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso forinerente ou 
indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão 
monocrática do relator. 
 
Efeitos da decisão 
(EFICÁCIA SUBJETIVA DA DECISÃO) 
1. 
Em regra (inter partes)... 
A sentença fará coisa julgada limitadamente às pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da 
classe ou da categoria substituídos pelo impetrante (art. 13, caput, da Lei 13.300/2016). 
#DPEPE-Defensor-2018-Cespe (adaptada/correta): em regra, MIC não faz coisa julgada com efeito 
erga omnes. 
#MPEPR-Promotor-2016 (correta): A Lei n. 13.300/2016 estabeleceu que a decisão em mandado 
de injunção terá, em regra, eficácia subjetiva limitada às partes. No entanto, poderá lhe ser 
conferida eficácia ultra partes ou erga omnes quando isso for inerente ou indispensável ao exercício 
do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
2. 
Excepcionalmente (erga omnes ou ultra partes)... 
A eficácia ultra partes ou erga omnes e efeitos estendidos (art. 9º, §§ 1º e 2º, da Lei 13.300/2016). 
#Procurador-Câmara-de-Mauá-SP-2019-Vunesp (correta): Poderá, excepcionalmente, ser 
conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão proferida na ação de mandado de injunção, 
quando inerente ou indispensável ao exercício do direito. 
#Juiz-Leigo-TJRJ-2018-Vunesp (incorreta): A decisão prolatada, em regra, terá eficácia ultra partes 
e erga omnes, haja vista a necessidade de suprir a ausência legislativa. 
 
Teoria concretista 
vs. teoria não concretista 
(EFICÁCIA OBJETIVA DA DECISÃO) 
1. 
Teoria concretista 
Para esta corrente, o Poder Judiciário, ao julgar procedente o mandado de injunção e reconhecer 
que existe a omissão do Poder Público, deverá editar a norma que está faltando ou determinar que 
seja aplicada, ao caso concreto, uma já existente para outras situações análogas. 
É assim chamada porque o Poder Judiciário irá "concretizar" uma norma que será utilizada a fim de 
viabilizar o direito, liberdade ou prerrogativa que estava inviabilizada pela falta de regulamentação. 
 
I - Quanto à necessidade ou não de concessão de prazo para o impetrado, a posição concretista 
pode ser dividida em: 
a) corrente concretista direta: O Judiciário deverá implementar uma solução para viabilizar o direito 
do autor e isso deverá ocorrer imediatamente (diretamente), não sendo necessária nenhuma outra 
providência, a não ser a publicação do dispositivo da decisão. 
b) corrente concretista intermediária: Ao julgar procedente o mandado de injunção, o Judiciário, 
antes de viabilizar o direito, deverá dar uma oportunidade ao órgão omisso para que este possa 
elaborar a norma regulamentadora. Assim, a decisão judicial fixa um prazo para que o Poder, órgão, 
entidade ou autoridade edite a norma que está faltando. Caso esta determinação não seja cumprida 
no prazo estipulado, aí sim o Poder Judiciário poderá viabilizar o direito, liberdade ou prerrogativa. 
proleges.com.br  pág. 14 de 19 
 
 
 
II - Quanto às pessoas atingidas pela decisão, a corrente concretista pode ser dividida em: 
a) corrente concretista individual: a solução "criada" pelo Poder Judiciário para sanar a omissão 
estatal valerá apenas para o autor do MI. 
Ex: na corrente concretista intermediária individual, quando expirar o prazo, caso o impetrado não 
edite a norma faltante, a decisão judicial garantirá o direito, liberdade ou prerrogativa apenas ao 
impetrante. 
b) corrente concretista geral: a decisão que o Poder Judiciário der no mandado de injunção terá 
efeitos erga omnes e valerá para todas as demais pessoas que estiverem na mesma situação. Em 
outras palavras, o Judiciário irá "criar" uma saída que viabilize o direito, liberdade ou prerrogativa e 
esta solução valerá para todos. 
Ex: na corrente concretista intermediária geral, quando expirar o prazo assinalado pelo órgão 
judiciário, se não houver o suprimento da mora, a decisão judicial irá garantir o direito, liberdade 
ou prerrogativa com eficácia ultra partes ou erga omnes. 
2. 
Teoria não concretista 
Segundo esta posição, o Poder Judiciário, ao julgar procedente o mandado de injunção, deverá 
apenas comunicar o Poder, órgão, entidade ou autoridade que está sendo omisso. 
Para os defensores desta posição, o Poder Judiciário, por conta do princípio da separação dos 
Poderes, não pode criar a norma que está faltando nem determinar a aplicação, por analogia, de 
outra que já exista e que regulamente situações parecidas. 
É uma posição considerada mais conservadora e foi adotada pelo STF (MI 107/DF) até por volta do 
ano de 2007. 
 
Qual foi a posição adotada pelo Direito brasileiro? 
1. 
STF 
(teoria concretista direta geral) 
A Corte inicialmente consagrou a corrente não-concretista. No entanto, em 2007 houve um 
overruling (superação do entendimento jurisprudencial anterior) e o STF adotou a corrente 
concretista direta geral (STF. Plenário. MI 708, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 25/10/2007). 
2. 
Lei 13.300/2016 
(teoria concretista individual intermediária) 
SIM. Aumentando a polêmica em torno do assunto, a Lei nº 13.300/2016 determina, como regra, a 
aplicação da corrente concretista individual intermediária. Acompanhe: 
 
Primeira providência é fixar prazo para sanar a omissão: 
Se o juiz ou Tribunal reconhecer o estado de mora legislativa, será deferida a injunção (= ordem, 
imposição) para que o impetrado edite a norma regulamentadora dentro de um prazo razoável 
estipulado pelo julgador. 
 
Segunda etapa, caso o impetrado não supra a omissão: 
Se esgotar o prazo fixado e o impetrado não suprir a mora legislativa, o juiz ou Tribunal deverá: 
• estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados; ou 
• se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-
los. 
 
Exceção em que a primeira providência poderá ser dispensada: 
O juiz ou Tribunal não precisará adotar a primeira providência (fixar prazo) e já poderá passar direto 
para a segunda etapa, estabelecendo as condições, caso fique comprovado que já houve outro(s) 
proleges.com.br  pág. 15 de 19 
 
 
mandado(s) de injunção contra o impetrado e que ele deixou de suprir a omissão no prazo que foi 
assinalado nas ações anteriores. 
Em outras palavras, se já foram concedidos outros mandados de injunção tratando sobre o mesmo 
tema e o impetrado não editou a norma no prazo fixado, não há razão lógica para estipular novo 
prazo, devendo o juiz ou Tribunal, desde logo, estabelecer as condições para o exercício do direito 
ou para que o interessado possa promover a ação própria. 
Em suma... 
Desse modo, em regra, a Lei nº 13.300/2016 determina a adoção da corrente concretista intermediária 
(art. 8º, I). Caso o prazo para a edição da norma já tenha sido dado em outros mandados de injunção 
anteriormente propostos por outros autores, o Poder Judiciário poderá veicular uma decisão concretista 
direta (art. 8º, parágrafo único). 
Referência bibliográfica: https://www.dizerodireito.com.br/2016/06/primeiros-comentarios-lei-133002016-lei.html 
 
Questões 
 (Agente CRT04 2021 Quadrix) Segundo a teoria concretista geral das decisões em sede de mandado 
de injunção, uma vez reconhecida a mora legislativa, o direito deverá ser concretizado judicialmente 
para viabilização de seu exercício por todos, indistintamente. (correta) 
 (Agente CRT04 2021 Quadrix) A teoria concretista individual intermediária admite a fixação de um 
prazo para saneamento da omissão legislativa, findo o qual o exercício do direito é viabilizado 
judicialmente. (correta) 
 (Fiscal CRODF 2020 Quadrix) Em relação ao mandado de injunção, a teoria concretista geral dispõe 
que a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ostentará eficácia contra todos. (correta) 
 (Procurador PGERS 2015 Fundatec) No que se refere ao mandado de injunção, previsto no artigo 5º, 
inciso LXXI,da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que a jurisprudência do STF: 
Inicialmente adotou a corrente não concretista, equiparando sua finalidade à da ação de 
inconstitucionalidade por omissão, transitando em 2007 para a corrente concretista com efeitos 
gerais. (correta) 
 (Fiscal CRODF 2020 Quadrix) Em relação ao mandado de injunção, a teoria concretista individual 
intermediária dispõe que a decisão tomada diante de omissão legislativa implementa diretamente 
o direito reivindicado pelo autor da ação. (incorreta) 
 (Administrador DPEPR 2017) O Mandado de Injunção se destina a provocar o Poder Judiciário e dele 
exigir a declaração da falta de norma regulamentadora, sendo certo que o Supremo Tribunal Federal 
atualmente se limita a utilização da teria não concretista o que apenas constata a mora do poder, 
órgão ou autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora, reconhecendo-se 
formalmente sua inércia. (incorreta) 
 (Promotor MPEAC 2014 Cespe) No âmbito do mandado de injunção, a atual jurisprudência do STF 
adota a posição não concretista em defesa apenas do reconhecimento formal da inércia do poder 
público para materializar a norma constitucional e viabilizar o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. (incorreta) 
 (Delegado PCPI 2014 NUCEPE) Em matéria de mandado de injunção, o pacífico entendimento 
contempora- neamente adotado pelo Supremo Tribunal Federal, em oposição à sua antiga posição, 
é o chamado não concretista. (incorreta) 
 (Advogado IBRAMDF 2009 Cespe) O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem 
função concretista, porque não cabe ao Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto 
sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes. (incorreta) 
 
 
proleges.com.br  pág. 16 de 19 
 
 
Parágrafo único. O mandado de injunção coletivo não induz LITISPENDÊNCIA em relação aos individuais, 
MAS os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a DESISTÊNCIA da demanda 
individual no prazo de 30 dias a contar da ciência comprovada da impetração coletiva. 
 (Delegado PCAM 2022 FGV correta) À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que o mandado de injunção coletivo não 
gera litispendência em relação ao individual, impetrado por João, mas este último não se beneficiará dos efeitos da coisa julgada 
caso não desista da impetração no prazo legal. 
 (Promotor MPEMG 2019 Fundep correta): O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos individuais, 
mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a suspensão da demanda individual no prazo de 
30 (trinta) dias a contar da notificação do órgão impetrado. 
 (Juiz Leigo TJRJ 2018 Vunesp correta): O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos individuais, 
mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desistência da demanda individual no prazo de 
30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração coletiva. 
Não se admite litispendência 
entre ações coletivas e ações individuais, 
mas... 
MSC 
(art. 22, § 1º) 
MIC 
(art. 13, parágrafo único) 
CDC 
(art. 104) 
§ 1o O mandado de segurança 
coletivo NÃO INDUZ 
LITISPENDÊNCIA para as ações 
individuais, MAS os efeitos da 
coisa julgada não beneficiarão o 
impetrante a título individual se 
não requerer a DESISTÊNCIA de 
seu mandado de segurança no 
prazo de 30 dias a contar da 
ciência comprovada da 
impetração da segurança 
coletiva. 
Parágrafo único. O mandado de 
injunção coletivo não induz 
litispendência em relação aos 
individuais, MAS os efeitos da 
coisa julgada não beneficiarão o 
impetrante que não requerer 
a DESISTÊNCIA da demanda 
individual no prazo de 30 dias a 
contar da ciência comprovada da 
impetração coletiva. 
Art. 104. As ações coletivas, 
previstas nos incisos I e II e do 
parágrafo único do art. 81, NÃO 
INDUZEM LITISPENDÊNCIA para 
as ações individuais, MAS os 
efeitos da coisa julgada erga 
omnes ou ultra partes a que 
aludem os incisos II e III do artigo 
anterior não beneficiarão os 
autores das ações individuais, se 
não for requerida sua 
SUSPENSÃO no prazo de 30 dias, a 
contar da ciência nos autos do 
ajuizamento da ação coletiva. 
 (Defensor DPEMS 2022 FGV correta) Maria, servidora pública, ajuizou ação individual em face do Estado Beta, almejando o 
recebimento das vantagens pecuniárias X, Y e Z, que entendia devidas. Ocorre que, em momento anterior, conforme era do 
conhecimento de Maria, declinado expressamente em sua petição inicial, fora proferida sentença em ação coletiva, na qual se 
reconhecera serem devidas as vantagens X e Y em favor dos servidores públicos em geral. Essa sentença foi mantida em grau de 
apelação, sendo manejado o recurso especial, ainda em tramitação. À luz da narrativa apresentada, é correto afirmar que: Maria 
não será beneficiada pelos efeitos da coisa julgada da sentença coletiva. 
 (Defensor DPEMS 2022 FGV correta) A Defensoria Pública ingressou com ação coletiva, com base na norma consumerista, em 
face de uma concessionária de serviço público, em decorrência da proliferação de insetos após a realização de grande obra para 
oferecer serviços a uma usina de cana-de-açúcar, levando a indiscutível impacto ambiental. Posteriormente, Ana e mais cinco 
pessoas moradoras da localidade, em litisconsórcio, ingressaram com ação individual com pedido coincidente com aquele descrito 
na ação coletiva. Partindo desse caso, é correto afirmar que: Ana e seus litisconsortes, sentindo-se lesados, podem ajuizar ação 
em nome próprio, ainda que se trate de situação possível de ser objeto de tutela coletiva, pois tal fato não afasta o direito 
individual. 
 (Promotor MPEMG 2021 Fundep correta): O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, 
mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado 
de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. 
 (Advogado Prefeitura de Registro SP 2016 Vunesp correta): Se a ação for julgada procedente, com eficácia ultra partes, ela 
pode não beneficiar autores que propuseram ações individuais e não requereram a suspensão de suas ações individuais, mesmo 
tendo ciência da existência da ação civil pública. 
 (Defensor DPEMG 2023 Fundep incorreta, porque não induz) O mandado de injunção coletivo induz litispendência em relação 
aos individuais, gerando o sobrestamento daqueles e, deste modo, os efeitos da coisa julgada beneficiarão o impetrante. 
 
Art. 14. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de injunção as normas do mandado de segurança 
(Microssistema Processual Coletivo), disciplinado pela Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009 , e do Código 
de Processo Civil (Era da Recodificação), instituído pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , e pela Lei nº 
13.105, de 16 de março de 2015, observado o disposto em seus arts. 1.045 e 1.046. 
proleges.com.br  pág. 17 de 19 
 
 
 
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
MIC vs. ADO 
Mandado de 
Injunção Coletivo 
(MIC) 
ADI por Omissão 
(ADO) 
Competência: órgãos judiciais. Somente STF. 
Controle concreto/difuso. Controle abstrato. 
Natureza do processo: subjetiva (defesa do 
impetrante). 
Objetiva (defesa do ordenamento jurídico). 
Legitimados específicos: art. 12 da Lei 13.300/2016. Legitimados: são os mesmos da ADI e ADC (art. 12-A 
da Lei 9.868/99). 
Cabível apenas falta total ou parcial de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania. 
Cabível quando faltar qualquer norma 
regulamentadora relacionada a qualquer norma 
constitucional de eficácia limitada. 
Efeitosda coisa julgada: limitadamente às pessoas 
integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou 
da categoria substituídos pelo impetrante. 
Obs. Poderá, excepcionalmente, ser conferida 
eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão 
proferida na ação de mandado de injunção, quando 
inerente ou indispensável ao exercício do direito. 
Efeito erga omnes. 
MIC e ADO: ambos os instrumentos processuais servem ao combate da chamada “síndrome da 
inefetividade das normas constitucionais”. 
 
 
 
Material disponível na pasta de Direitos Difusos e Coletivos 
Proleges.com.br 
Clique aqui para voltar ao SUMÁRIO 
proleges.com.br  pág. 18 de 19 
 
 
INFORMATIVOS 
 
• STF determinou, em julgamento de mandado de injunção, que o governo federal implemente, a 
partir de 2022, o programa de renda básica de cidadania, previsto na Lei nº 10.835/2004. A Lei nº 
10.835/2004 instituiu um programa denominado “renda básica de cidadania”. Segundo esse 
programa, todas as pessoas residentes no Brasil, não importando a sua condição socioeconômica, 
deverão receber um benefício cujo valor deve ser fixado pelo Poder Executivo. O pagamento do 
benefício deverá ser de igual valor para todos, e suficiente para atender às despesas mínimas de cada 
pessoa com alimentação, educação e saúde. Como esse programa ainda não havia sido 
implementado, em 2020 o Defensor Público-Geral Federal ajuizou mandado de injunção contra o 
Presidente da República. O STF decidiu que, como está presente estado de mora inconstitucional, 
deve ser fixado o valor da renda básica de cidadania para o estrato da população brasileira em 
condição de vulnerabilidade socioeconômica — pobreza e extrema pobreza — a ser efetivado, pelo 
Presidente da República, no exercício fiscal seguinte ao da conclusão do julgamento de mérito (2022). 
STF. Plenário. MI 7300/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado 
em 26/4/2021 (Info 1014). 
Por meio da Lei 14.284/2021 foi criado o Programa Auxílio Brasil, substituiu o Bolsa Família. O art. 1º, 
parágrafo único, da Lei afirma: Parágrafo único. O Programa Auxílio Brasil constitui uma etapa do 
processo gradual e progressivo de implementação da universalização da renda básica de cidadania a 
que se referem o caput e o § 1º do art. 1º da Lei nº 10.835, de 8 de janeiro de 2004. 
• É cabível mandado de Injunção para que se apliquem, aos militares estaduais, as normas que 
regulamentam o adicional noturno dos servidores públicos civis, desde que o direito a tal parcela 
esteja previsto na CE ou na LODF. A Constituição Federal não prevê adicional noturno aos Militares 
Estaduais ou Distritais. Mandado de Injunção será cabível para que se apliquem, aos militares 
estaduais, as normas que regulamentam o adicional noturno dos servidores públicos civis, desde que 
o direito a tal parcela remuneratória esteja expressamente previsto na Constituição Estadual ou na 
Lei Orgânica do Distrito Federal. STF. Plenário. RE 970823, Rel. Marco Aurélio, Relator(a) p/ Acórdão: 
Alexandre de Moraes, julgado em 18/08/2020 (Repercussão Geral - Tema 1038). 
 (Procurador PGEPA 2023 Cespe correta) Será cabível mandado de injunção para que se apliquem 
aos militares estaduais as normas que regulamentam o adicional noturno dos servidores públicos 
civis, desde que o direito a tal parcela remuneratória esteja expressamente previsto na Constituição 
estadual ou, no caso do Distrito Federal, na Lei Orgânica do Distrito Federal. 
• Não cabe mandado de injunção para regulamentar direito à progressão na carreira militar. Nos 
termos do art. 5º, LXXI, da CF, o mandado de injunção somente é cabível quando houver mora do 
Poder Estatal em editar norma jurídica para garantir direitos assegurados constitucionalmente. 
Embora o art. 142, § 3º, X, da CF, preveja que a lei disporá sobre "direitos" e "prerrogativas" dos 
militares, não assegura especificamente o pretendido direito à promoção na carreira, que é de 
natureza essencialmente legal, tal como ressaltado no art. 50, IV, m, da Lei 6.880/80 (Estatuto dos 
Militares). Assim, não havendo omissão na edição de norma regulamentadora para garantir direitos 
assegurados constitucionalmente, é imprópria a via do mandado de injunção. STJ. Corte Especial. 
AgInt no MI 345/DF, Rel. Ministro Raul Araújo, julgado em 12/05/2020. 
• Mandado de injunção é via imprópria para pleitear a regulamentação do direito militar de ascensão 
funcional do quadro especial do Exército Brasileiro. Determinado militar impetrou mandado de 
injunção contra o Comandante do Exército afirmando que ele estaria sendo omisso ao não 
regulamentar o direito de promoção do quadro especial do Exército Brasileiro. Não cabe mandado de 
injunção neste caso. Para o cabimento do mandado de injunção, é imprescindível a existência de 
direito previsto na Constituição que não esteja sendo exercido por ausência de norma 
regulamentadora. O mandado de injunção não é remédio destinado a fazer suprir lacuna ou ausência 
de regulamentação de direito previsto em norma infraconstitucional e, muito menos, de legislação 
que se refere a eventuais prerrogativas a serem estabelecidas discricionariamente pela União. 
Constata-se que não cabe ao Comandante do Exército, por ato infralegal, nem por iniciativa própria, 
proleges.com.br  pág. 19 de 19 
 
 
inovar no ordenamento jurídico quanto à promoção de militares das Forças Armadas, sob pena de 
violação ao art. 61, § 1º, II, “f”, da Constituição Federal. A Carta Magna exige lei ordinária ou 
complementar, de iniciativa do Presidente da República, para tratar de promoções, entre outros 
direitos, aos militares das Forças Armadas. Além disso, o direito à promoção hierárquica no âmbito 
do Quadro Especial do Exército não está assegurado na Constituição Federal. STJ. Corte Especial. MI 
324-DF, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 19/02/2020 (Info 679). 
Mais julgados: 
Pesquisa pronta (BDOD): clique AQUI. 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/listar/?palavra-chave=%22mandado+de+injun%C3%A7%C3%A3o%22&criterio-pesquisa=e&forma-exibicao=apenas-com-informativo&ordenacao=data-julgado

Continue navegando