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Universidade Federal do Piauí Licenciatura em Ciências Biológicas Disciplina: Imunologia Atividade 1. Descrever os mecanismos imunológicos na defesa contra os tumores. A) Linfócitos T: O principal mecanismo de proteção imune adaptativa contra tumores está na eliminação das células tumorais por CTL CD8+. Os CTLs podem desempenhar uma função de vigilância por reconhecer e destruir células potencialmente malignas que expressam peptídios derivados de antígenos tumorais que são apresentados associados a moléculas do MHC de classe I. Além disso, células mononucleares derivadas do infiltrado inflamatório em tumores sólidos humanos, denominadas de linfócitos infiltrantes do tumor (TILs), contêm CTL com a capacidade de destruir o tumor a partir do qual foram derivadas. B) Anticorpos: Hospedeiros portadores de tumores podem produzir anticorpos contra vários antígenos tumorais. Os anticorpos podem destruir as células tumorais através da ativação do complemento ou por citotoxicidade dependente de anticorpos, na qual macrófagos portadores do receptor Fc ou células NK medeiam à eliminação. C) Células Natural Killer (NK): As células NK eliminam muitos tipos de células tumorais, especialmente células que apresentam expressão diminuída do MHC de classe I e expressam ligantes para receptores de ativação da célula NK. In vitro, as células NK podem destruir células infectadas por vírus e certas linhagens de células tumorais, especialmente de tumores hematopoéticos. As células NK também respondem à ausência de moléculas do MHC de classe I porque o reconhecimento destas proporciona sinais inibidores para as células NK. Alguns tumores perdem a expressão de moléculas do MHC de classe I, talvez como resultado da seleção contra as células que expressam MHC de classe I pelos CTLs. Esta perda de moléculas do MHC de classe I torna os tumores bons alvos particularmente para as células NK. Alguns tumores também expressam MIC-A, MIC-B, e ULB, que são ligantes de ativação do receptor NKG2D nas células NK. E, as células NK podem ser direcionadas para as células tumorais revestidas por anticorpo IgG pelos receptores Fc (Fc RIII γ ou CD16). A capacidade tumoricida das células NK é aumentada pelas citocinas, incluindo o interferon-γ (IFN-γ), IL-15 e IL-12, e os efeitos antitumorais destas citocinas são parcialmente atribuídos à estimulação da atividade das células NK. As células NK ativadas por IL-2, chamadas de células assassinas ativadas por linfocina (LAK), são obtidas por cultura de células em doses elevadas de IL-2 a partir do sangue periférico ou de linfócitos infiltrativos do tumor de pacientes com tumores. Estas células são as assassinas mais potentes de tumores do que as células NK não ativadas. D) Macrófagos: Os macrófagos são capazes tanto de inibir como de promover o crescimento e a propagação de cânceres, dependendo do seu estado de ativação. Como os macrófagos são ativados por tumores não foi descoberto ainda. Possíveis mecanismos incluem o reconhecimento de padrões moleculares associados a danos a partir das células tumorais em processo de morte por macrófagos TLRs e outros receptores da imunidade inata, e ativação dos macrófagos pelo IFN-γ produzido pelas células T específicas do tumor. Macrófagos M1 podem destruir células tumorais por mecanismos que eles também usam para matar organismos infecciosos. Entre estes está a produção de óxido nítrico (NO), que, como já demonstrado, destrói tumores in vitro e em modelos murinos in vivo.
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