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Atividade Avaliativa: Betume e Petróleo 1) Betume, origem e definição. O betume tem sua origem em organismos vivos. As rochas de origem orgânica forma dois tipos: as combustíveis, chamadas em geologia de caustobiólitos e as não-combustíveis (tais como o giz, calcário e diatomitos), chamados de acaustobiólitos; os betumes e os diversos tipos de carvão mineral formam os dois principais tipos de rochas que se queimam. A formação do betume natural, começa com a sedimentação de micro-organismos marinhos denominados plâncton no leito oceânico. Esses microbiontes eventualmente morrem e formam um sedimento rico em matéria orgânica cujo destino deverá ser a decomposição anaeróbica. Esse processo retira boa parte do oxigênio e nitrogênio da matéria orgânica e, consequentemente, concentra o carbono e o hidrogênio que servirão para a Processo Típico de Produção de Betume formação posterior dos hidrocarbonetos. A etapa final é a fossilização, que é desencadeada a partir da alta pressão e do calor presentes nesse microambiente marinho. Betumes também são encontrados em meteoritos e rochas muito antigas (aqueanas) e também em basaltos e rochas alcalinas. É possível que alguns betumes sejam compostos de hidrocarbonetos primordiais formados durante acreção da Terra e retrabalhados posteriormente por bactérias que consomem hidrocarbonetos. Betumes estão associados com mineralizações de chumbo-zinco em depósitos tipo Mississippi Valley. Betumes podem conter elevado conteúdo de enxofre e metais pesados como níquel, vanádio,arsênio, chumbo, cádmio, mercúrio entre outros. Depósitos naturais de betume podem ser encontrados em todo o mundo, com as maiores jazidas localizadas no Canadá e Venezuela. Usos históricos de betume podem ser rastreados até oito mil anos com a sua presença em várias ferramentas de Neanderthal. O uso pelos humanos deste material está datado já em 5000 a.C. Sua origem antiga também pode ser vista no que se acredita ser a fonte da palavra betume, do antigo termo sânscrito "jatu" e "jatu-krit", que significa "pichar". A maioria dos betumes é produzida através de um processo de destilação fracionada. A indústria da construção utiliza 85% de betume para a ligação de asfalto dentro estradas, enquanto que 10% de betume são aplicados para coberturas. Provou ser um material valioso devido à sua resistência às intempéries. Depósitos naturais de betume podem ser encontrados em todo o mundo, com as maiores jazidas localizadas no Canadá e Venezuela. 2) Relação entre Petróleo e Betume. Betume refinado é um suprimento feito a partir de óleos de petróleo bruto, e foi produzido desta maneira, desde o século XIX. O aquecimento do óleo bruto produz um resíduo, o qual é então utilizado para a fabricação de vários graus de betume. Avanços mais recentes levaram à produção de betume a partir de fontes não-petrolíferas, tais como milho, arroz e melaço. Figura 03: Betume natural 3º) Composição química do petróleo. O petróleo é composto por uma complexa mistura de hidrocarbonetos. A composição química do petróleo é: 14% de parafinas normais; 30% de parafinas cíclicas; 10% de resinas e asfaltenos; 16% de parafinas ramificadas e 30% de aromáticos. 4º) Condições necessárias para a formação de uma jazida de petróleo economicamente explorável- Destacar as armadilhas para a armazenagem do óleo (ilustrar todos os tipos). A idade do nosso planeta, a Terra, é calculada em bilhões de anos. As jazidas de petróleo, não tão idosas, também têm idades fabulosas, que variam de um a quatrocentos milhões de anos. Durante esse período, aconteceram grandes e inúmeros fenômenos, como erupções vulcânicas, deslocamento dos pólos, separação dos continentes, movimentação dos oceanos e ação dos rios, acomodando a crosta terrestre. Com isso, grandes quantidades de restos vegetais e animais se depositaram no fundo dos mares e lagos, sendo soterrados pelos movimentos da crosta terrestre sob a pressão das camadas de rochas e pela ação do calor. Esses restos orgânicos foram se decompondo até se transformarem em petróleo. Aos detritos de rochas, resultante da erosão da crosta terrestre pela ação da natureza dá- se o nome de sedimentos. Por longo tempo, os sedimentos foram se acumulando em camadas, dando origem às rochas sedimentares. As diversas camadas dessas rochas formam as bacias sedimentares. O petróleo só poderá ser encontrado em áreas onde houve acumulação de restos orgânicos e rochas sedimentares. Todavia, depois de formado, o petróleo não se acumula na rocha em que foi gerado. Ele passa através dos poros das rochas, até encontrar outra rocha que o aprisione, formando a jazida. A jazida é, então, uma rocha cujos poros são ocupados pelo petróleo. No entanto, isso não significa que toda rocha sedimentar contenha uma jazida. Sua busca é tarefa árdua, difícil e exige muita paciência. 5º) Procura do Petróleo- Os métodos e as etapas de pesquisa. A busca começa nas chamadas bacias sedimentares. São depressões na superfície da terra ou no fundo do mar que, durante milhares de anos, foram sendo preenchidas por vários tipos de materiais, inclusive restos orgânicos, e que dão origem ao petróleo. Além disso, para que ele se acumule, deve haver rochas porosas, capazes de absorver o óleo, cercada por rochas mais sólidas para evitar que ele escape. São usados três métodos principais para detectar se o tipo de pedra de uma região facilitaria a formação do combustível. O primeiro são imagens de satélite. Por meio delas é possível, entre outras coisas, ver quais são os limites da bacia sedimentar e se há falhas na crosta terrestre. Essas falhas são áreas em que as placas que formam a superfície do planeta se afastaram umas da outras. Elas abrigam a maior parte do petróleo que resta. Geralmente as informações de satélite precisam ser confirmadas. Os geólogos vão até o local de onde foram tiradas as imagens e recolhem amostras de rochas e fluídos para serem analisadas em laboratório. O segundo método chama-se gravimetria. É usado um instrumento em forma de pêndulo capaz de medir a força de gravidade. O campo gravitacional da Terra é quase constante, mas pode variar um pouco quando há formações rochosas curvas dentro da crosta terreste. Nessas regiões geralmente encontram-se as formações porosas que abrigam petróleo. A terceira forma de investigação é chamada método sísmico. Os técnicos abrem um furo de cerca de um metro na terra e colocam cargas de dinamite. Em regiões próximas, colocam microfones supersensíveis. Cerca de seis segundos depois da dinamite ser detonada, os equipamentos são capazes de captar os ecos da explosão em regiões mais profundas. Esses ecos são gravados e levados para um computador capaz de dizer qual o tipo de solo existente na região. Esse é o principal método usado para pesquisar em regiões marítimas. No mar, são usados canhões de ar para provocar a explosão. 6º) O Petróleo pré-sal brasileiro. Nos últimos 100 anos, as empresas de petróleo deram preferência para a procura de petróleo em desertos, áreas continentais e também em águas rasas, pois são locais de mais fácil acesso. A tecnologia para explorar petróleo nessas áreas já é bem conhecida há décadas, ao contrário do que acontece com o Pré-Sal. Explorar essa nova fonte de petróleo vai ser um grande desafio para o Brasil, já que quase toda a tecnologia é nova, experimental ou ainda nem foi desenvolvida. De um certo modo, isso é bom, pois a riqueza, o dinheiro e o combustível que virão do Pré-Sal vão ser um grande estímulo para o desenvolvimento científico no Brasil. Outra vantagem do Pré-Sal Brasileiro ter sido encontrado só agora tem a ver com o preço do petróleo: o Brasil vai explorar o seu petróleo a um preço alto, tendo muito lucro, ao contráriodo que aconteceu na Arábia Saudita, por exemplo, que encontrou o seu petróleo quando ele ainda não valia muito e o vendeu quase todo a preços baixos. Para se ter uma ideia da diferença, quando a Arábia encontrou o seu petróleo, algumas décadas atrás, ele valia 5 dólares o barril. O petróleo hoje em dia vale pelo menos 80 dólares o barril. As reservas de petróleo do Pré-Sal Brasileiro estão localizadas na Região Sudeste, na chamada Zona Econômica Exclusiva Brasileira, uma área de 200km a partir do litoral onde somente o Brasil pode explorar as riquezas (todos os países que possuem divisa com o Oceano têm direito a ter uma área deste tipo). Se estendendo a partir do norte do estado do Espírito Santo, passando pelo Rio de Janeiro e descendo até o centro do litoral de São Paulo, o Pré-Sal Brasileiro contém aproximadamente 100 bilhões de barris de petróleo, o que faz dele a maior reserva de petróleo ainda inexplorada do mundo. - de rocha salina, que forma uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho. As reservas do pré-sal encontradas no litoral do Brasil são as mais profundas em que já foi encontrado petróleo em todo o mundo. Representam também o maior campo petrolífero já encontrado em uma profunda região abaixo das camadas de rochas salinas ou evaporíticas. - mundo (litoral Atlântico da África, Golfo do México, Mar do Norte e Mar Cáspio). Em alguns dessas regiões pré-sal, como já foi noticiado neste blog. Entretanto, ainda não se sabe ao certo se estas - l brasileiro. -sal refere-se à temporalidade geológica e não à profundidade. Considerando-se a perfuração do poço, a partir da superfície, o petróleo do pré-sal é considerado subsal, pois está abaixo da camada de sal. Entretanto, a classificação destas rochas segue a nomenclatura da Geologia, que se refere à escala temporal em que os diferentes estratos rochosos foram formados. A rocha-reservatório do pré-sal foi formadas antes de uma outra camada de rocha salina, que cobriu aquela área milhões de anos pré-sal refere-se à escala de tempo, ou seja, está em uma camada estratigráfica que é mais antiga do que a camada de rochas salinas. Referências 1. KAWA, L. Meio Ambiente: O Betume Natural. 26 de Julho de 2014. Disponível em: http://professoralucianekawa.blogspot.com/2014/07/o-betume-natural.html. Acesso em: 06 de Julho de 2021. 2. Resumo escolar. Nova jazida de Petróleo do Brasil. 2019. Disponível em: https://www.resumoescolar.com.br/geografia-do-brasil/nova-jazida-de-petroleo-do-brasil/. Acesso em 06 de julho de 2021. 3. Fonte das Imagens: Google imagens.
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