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2 1 DESCONTOS E INCIDÊNCIAS

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO
DESCONTOS E
INCIDÊNCIAS
Cristiano Paulo de Oliveira
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SEM MEDO DE ERRAR
Vamos fazer a aplicação dos conceitos estudados nessa seção sobre a
situação �ctícia que criamos para os nossos estudos? Para isso,
acompanhamos a rotina de um Centro de Serviços Compartilhados
(CSC), com atuação especí�ca no departamento pessoal, que presta
serviços para diversas empresas, cujo setor é coordenado pelo Sr.
Geraldo Frias, lembra? A sua tarefa é estar lado a lado com os analistas
Silvano Pesão e Pedro Enxuto nas demandas do cotidiano dessa área de
trabalho, auxiliando no que for possível. 
Um dos empregados da Brumas procurou o jovem Pedro Enxuto com
uma dúvida a respeito do recolhimento do INSS, em face de ter
adquirido uma oportunidade de emprego em outra empresa, cujo
horário lhe permitia manter os dois postos de trabalho. Ele informou que
o seu salário atual era de R$ 3.200,00 e que na outra empresa teria um
ganho mensal de R$ 2.500,00. Considerando que as empresas aplicam a
seguinte tabela de alíquotas do INSS: 8% para salários até R$ 1.700,00;
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9% para salários entre R$ 1.700,01 e R$ 2.780,00 e, por �m, 11% para
salários entre R$ 2.780,01 e R$ 5.530.00, qual deve ser a resposta de
Pedro Enxuto sobre esse caso?
Empresa A: R$ 3.200,00 × 11% = R$ 352,00
Empresa B: R$ 2.500,00 × 11% = R$ 275,00
Total      R$ 5.700,00   = R$ 627,00
Teto do INSS: R$ 5.530,00 × 11% =  R$ 608,30
Com base nesses cálculos, Pedro Enxuto deve perceber que o total da
remuneração é superior ao limite do teto previsto na tabela do INSS
informada (R$ 5.530,00) e que, por esse motivo, ele deve avisar a
empresa B do percentual a ser aplicado e também do desconto sofrido a
título de INSS, em face do primeiro vínculo de emprego. Dessa forma, a
empresa B só poderá fazer o desconto até o limite do teto.
Enquanto Pedro Enxuto estava ocupado atendendo um dos
empregados, Silvano Pesão estava conferindo a folha de pagamento da
Brumas, quando encontrou um caso que chamou a sua atenção,
chegando à conclusão de que os valores não estavam corretos, sendo
necessário refazer todos os cálculos. A situação encontrada baseava-se
na exposição de um empregado ao agente insalubre (grau médio), tendo
trabalhado 32 horas e 20 minutos em regime de horas extras, com
percentual de 50%. O salário mensal dele era de R$ 8.880,00. Naquele
mês trabalhado, foram 26 dias úteis e 5 dias de DSR. Assim, tínhamos
que auxiliar o Pesão a calcular os proventos a receber e também os
descontos: previdenciário, FGTS e o IRRF.
a. Salário mensal: R$ 8.880,00
b. Insalubridade grau médio: 20%
c. Horas extras: 32h20m ou 32,33 (Sexagesimal: 20 ÷ 60 = 0,33)
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d. Tempo: 26 dias e 5 DSR
e. Salário mínimo: R$ 937,00
1. Insalubridade: R$ 937,00 × 20% = R$ 187,40
2. Hora extra: R$ 8.880,00 + R$ 187,40 = R$ 9.067,40 ÷ 220 horas = R$
41,21 × 1,50 = R$ 61,81
3. Valor horas extras: R$ 61,81 × 32,33=R$ 1.998,32
4. Média horas extas: R$ 1.998,32 ÷ 26 dias úteis = R$ 76,86 × 5 (DSR)
=R$ 384,30
5. Remuneração: R$ 8.880,00 + R$ 187,40+ R$ 1.998,32 + R$ 384,30 =
R$ 11.450,02
6. FGTS: R$ 11.450,02 × 8% = R$ 916,00
7. INSS: R$ 5.530,00 (teto para INSS) × 11% = R$ 608,30
8. IRRF: R$ 11.450,02 − R$ 608,30 = R$ 10.841,72 × 27,5% = R$ 2.981,47
− R$ 869,36 (parcela a deduzir conforme tabela do IRRF de 2015) =
R$ 2.112,11
Perceba, caro aluno, que nesse caso o empregador não tinha
dependentes, motivo pelo qual não foi realizado o desconto por
dependente nesse cálculo de IR.
O provento a receber será R$ 8.729,61 (R$ 11.450,02 − R$ 608,30 − R$
2.112,11). O valor do INSS será igual a R$ 608,30. O FGTS será igual a R$
916,00 e o IRRF será R$ 2.112,11.
Não se esqueça de que esses cálculos nos ajudam a iniciar a elaboração
do produto (folha de pagamento) dessa unidade.
Bons estudos!
AVANÇANDO NA PRÁTICA
O ANALISTA FINANCEIRO
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Pedro foi contratado para trabalhar em uma multinacional como analista
�nanceiro sênior, cuja atividade principal era analisar e preparar
portfólios para grandes investidores, atraindo capital de giro, com
objetivo de lucro. No seu primeiro mês de trabalho, �cou surpreendido
com os descontos que encontrou em sua folha de pagamento e
descon�ou da assertividade do cálculo. Acostumado com números,
passou a conferir o seu respectivo holerite, o que o deixou ainda mais
inconformado. Como não era �liado a nenhuma entidade sindical e
também não autorizou nenhum desconto desse tipo, procurou você
para que o ajudasse a entender esse imbróglio. Calcule o INSS, o FGTS e o
IRRF, considerando a folha de pagamento do mês de março e
observando que Pedro tem um salário de R$ 38,00 por hora, para uma
jornada de trabalho de 8 horas diárias. Ao �nal, explique para Pedro
cada um dos itens, de forma que ele compreenda. 
RESOLUÇÃO
Considere separar cada um dos itens, do mesmo modo que você fez
nas atividades anteriores.
Salário mensal: R$ 38,00 × 220 horas =R$ 8.360,00
Contribuição sindical: R$ 38,00 × 8 (1 dia de trabalho) = R$
304,00
FGTS: R$ 8.360,00 × 8% = R$ 668,80
INSS: R$ 5.531,31 (valor do teto) × 11% = R$ 608,44
IRRF: R$ 8.360,00− R$ 608,44 = R$ 7.751,56 × 27,5% = R$
2.131,68
R$ 2.131,68 − R$ 869,36 (parcela a deduzir conforme tabela do IRRF
de 215) = R$ 1.262,32
Você vai informar a Pedro que o valor da sua remuneração a receber
será igual a R$ 6.185,24 (R$ 8.360,00 de salário mensal − R$ 304,00
de contribuição sindical − R$ 608,44 de INSS − R$ 1.262,32 de IRRF).
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Deverá informá-lo, ainda, que foi feito um valor de depósito na sua
conta de FGTS no valor de R$ 668,80 que a contribuição sindical é
compulsória, devida por lei, independentemente de �liação ou não a
algum sindicato, equivalente a um dia de trabalho e sempre
descontada no mês de março de cada ano.
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