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Variáveis Cardiorrespiratórias: DO2: oferta de oxigênio o quanto de O2 o organismo entrega para os tecidos TO2: taxa de extração % que o organismo usa (trabalho) VO2: consumo de oxigênio (ml) quanto o organismo está consumindo DO2 100 80 50 TO2 20% 25% 30% VO2 20 20 15 Organismo oferece 100 moléculas de O2 (DO2 = 100), e o gasto está sendo 20% dessas moléculas (TO2 = 20%), então o VO2 é 20 (organismo gastou 20 de 100) Se a oferta cair para 80, o organismo vai ter gastado os mesmos 20 = gasto excessivo de energia, corpo consegue fazer, mas por tempo limitado, paciente taquicardico, taquipneico se a fase intermediária durar muito tempo ocorrerá sequelas para o corpo Se a oferta cair para 50, mesmo que extraia uma porcentagem alta de O2 (30%), vai gastar 15 = organismo faz um trabalho grande e mesmo assim não consegue gastar O2 que precisa célula morrendo (não tem O2) se a oferta cair muito, mesmo que aumente a extração o organismo não vai ter O2 para usar OFERTA DE OXIGÊNIO: DO2= [] arterial O2 x DC = difícil monitorar O que precisa ter para saber se o paciente está bem oxigenado? = saturação de O2 e valor de hemoglobina Como monitorar sem monitor? Hemoglobina baixa = mucosa hipocorada Baixa saturação de hemoglobina (ligação da hemoglobina ao O2) = mucosa cianótica Então mucosa normocorada: paciente tem hemoglobina e ela está ligada ao oxigênio (saturação está boa) Como saber os valores? Saturação arterial de O2 = oxímetro Hemoglobina (Ht/3) = hemograma HEMOGLOBINA: Paciente anêmico: observar Ht ou hemoglobina - Ht <12% ou hemoglobina <4 (g/ dL): precisa transfundir imediatamente, risco iminente de óbito, animal não pode ser anestesiado = danos celulares - Ht 12-21% ou hemoglobina 4 -7 (g/ dL): paciente de risco, é sempre melhor transfundir, pode sobreviver sem transfusão, mas com pior prognóstico, se precisar operar tem alta mortalidade = DO2 muito baixa - Ht 21-30% ou hemoglobina 7 -10 (g/ dL): monitorar o paciente e ver como progride: se não tiver nenhuma sintomatologia ruim pode ficar sem transfusão, se tiver doenças concomitantes como diabete, hipertensão, hepatopatia, doente renal, cardiopata grave ou evolução ruim no pós-operatório pode transfundir – normalmente a transfusão não é necessária = menor DO2 -Ht >30% ou hemoglobina >10 (g/ dL): só transfundir se for grande hemorragia aguda, se o paciente chegar com esses valores e sem hemorragia aguda nunca transfundir Ht>30% a oferta de oxigênio é ideal, o máximo que o corpo pode ofertar Em hemorragia aguda, o Ht nunca é fator de decisão porque o animal vai ver estar hipovolêmico, mas o Ht pode não ter tido tempo para alterar Hemorragia: depois de 8 horas que o Ht chega no valor real, 8 horas é o tempo que o organismo demora para tirar líquido de dentro da célula e jogar nos vasos, ou seja, 8 horas é o tempo para recuperar o volume plasmático Se hemoglobina estiver baixa, tem que transfundir, não adianta oxigenar 0H = Ht 50%Ht parou de cair, ou seja, animal não sangrou depois que chegou Parou de sangrar na hora 4 4H = Ht 40% 8H = Ht 40% 0H = Ht 50%Animal parou de sangrar 8 horas após essa dosagem quando o Ht der igual tira 12 horas do último, ou seja, parou de sangrar ás 4 horas Estava sangrando entre 0 e 4 horas 4H = Ht 30% 8H = Ht 20% 12H = Ht 18% 16H = Ht18% 0H = Ht 50% 4H = Ht 40%Hemorragia aumenta (hemorragia ativa) e depois diminui O Ht caiu 10% e depois caiu 20%, depois caiu 5% 8H = Ht 20% 12H = Ht 15% *Então o Ht serve para paciente anêmico ou hemorragia crônica (decidir ou não se precisa transfundir) ou para saber quando o paciente parou de sangrar Hemorragia Aguda= normalmente depois de 24 horas após uma hemorragia, o animal já entra em um grau de recuperação de Ht importante (Ht começa a subir) porque a medula está cheia de reserva e o organismo consegue se recuperar Hemorragia Crônica: tumor ulcerado = animal sangra todo dia um pouco = medula tem que repor sangue todo dia = medula não tem reserva (esgotamento medular) e a reposição é muito lenta = paciente pode demorar até uma semana para o Ht subir SATURAÇÃO ARTERIAL DE OXIGÊGIO (SaO2): Mede a % de hemoglobina que está ligada no O2 O ideal é >90% (valor para ter uma boa oferta de O2), mas a maioria dos pacientes fica acima de 95%, em 85% já começa a alterar coloração de mucosa Saturação baixa pode ser por: 1. Falta de O2 para respirar: inalação de fumaça, esquecer o animal no carro = baixa FiO2 (fração inspirada de O2) 2. Hemoglobina não funciona: cão = intoxicação por cebola, gato = intoxicação por paracetamol ( tratamento: n acetil cisteina em até 4 horas) 3. Depressão respiratória: problemas pulmonares = enfisema, pneumonia, edema pulmonar... ou hipoventilação = baixa amplitude respiratória (crise de asma, pneumotórax, colapso de traqueia), FR baixa Tratamento = oxigenioterapia e se não responder ventilação mecânica + tratar causa primária Saturação arterial não é viável para monitorar ao longo do tempo, então normalmente se monitora a saturação periférica (SpO2) - oxímetro *Oxímetro não serve quando a pressão arterial está muito baixa (não consegue ler) ou intoxicação por CO Como aumentar a SaO2 ? - Aumentar a FiO2 - Ventilação - Tratar a doença pulmonar AONDE ESTÁ O PROBLEMA NO SR? PaO2 (pressão arterial de O2): avalia a oxigenação do paciente Se estiver respirando (FiO2): - Ar ambiente: 0,21 - Oxigenioterapia não invasiva (cateter nasal, máscara): 0,35 – 0,4 - Oxigenioterapia invasiva (animal intubado): varia com a % que está no aparelho PaO2 / FiO2: mede a função respiratória – se o ar esta sai saindo do ambiente e chegando na artéria * PaO2 / FiO2 < 200: falência respiratória – se tirar do O2 animal morre, se for um caso irreversível é eutanásia, se for reversível tem que tratar e monitorar para saber quando tirar o O2 * PaO2 / FiO2 entre 200 – 300: dispneia, esperar melhorar para retirar O2, ainda faz esforço para respirar * PaO2 / FiO2 entre 300 – 400: eupneia, ideal é retirar O2 aqui * PaO2 / FiO2 > 400: pulmão normal PaO2 / FiO2 não mostra se o problema é do ar entrar no pulmão ou do pulmão para a artéria mostra se tem ou não um problema de respiração PaCO2 ou ECO2: mede a ventilação do paciente = volume que entra e sai dos pulmões – avalia as vias aérea superiores (se o ar está entrando nos pulmões) * <35: hiperventilação (pouco CO2) – ex:dor * >45: hipoventilação (muito CO2) – ex:colapso de traquéia, depressão respiratória * entre 35 – 45: animal está respirando bem CO2 avalia se o ar entra bem ou não nos pulmões Obs: ECO2: capnografia – concentração inspirada de CO2 no final da inspiração AaO2: gradiente alvéolo arterial de O2 = mede a diferença de concentração de O2 no alvéolo e no sangue arterial – avalia se o ar está indo para a artéria * <15: sem penumopatia * entre 15 – 25: pneumopatia discreta * >25: pneumopatia grave Qual é a função do SR: pegar ar do ambiente (FiO2) e jogar no vaso (PaO2) Variáveis Normal Pré-tratados Pós oxigenação Pós transfusão sanguínea FiO2 (%) 21 21 100 21 Hemoglobina (g/dL) 16 4 4 10 SaO2 (%) 95 93 100 93 PaO2 (mmHg) 100 70 333 70 CaO2 (mLO2/dL) 20,68 5,19 6,39 12,67 Sistema cardiovascular: Volume sistólico depende da: -Pré-carga -Contratilidade - Pós-carga (dificuldade do sangue sair do coração pós-carga alta = maior dificuldade para o sangue sair, pós-carga baixa = pressão baixa de saída) FC = DC Se o coração bater muito rápido, não haverá tempo para ele encher Cão >180bpm dificuldade para encher, quando passa de 180bpm tem muito esforço cardíaco, diminuição do DC Gato > 240bpm dificuldade para encher, quando passa de 240bpm tem muito esforço cardíaco, diminuição do DC ECO é o melhor jeito de avaliar a pré-carga: - AE normal = pré-carga normal - AE = pré-carga - AE = pré-carga * O que pode alterar a pré-carga? - Qualquer causa de hipovolemia - Insuficiência Valvular Venosa - Perda sanguínea - Vasoplegia - Vasodilatação periférica - Compressão - Tempo de enchimento das câmaras cardíacas - DOR ECO tambémavalia a contratilidade através da função ventricular: quantos % o coração ejeta Avaliar o quanto ejeta + válvulas naõ adianta o coração estar contraindo e ejetando 100% e estar voltando sangue para os pulmões * O que pode alterar a contratilidade? - Cardiomiopatias - Radicais livres - Distúrbios hidroeletrolíticos - Acidose/ alcalose - Hipóxia - Insuficiência valvular - Fármacos/ drogas - Arritmias - Infarto agudo do miocárdio - Tamponamento cardíaco - DOR *Portanto o ECO avalia a pré-carga e a contratilidade, se o problema não estiver aqui então será na pós-carga O que pode alterar a pós-carga? * Vasocontricão periférica: - Obeso: gordura é um processo de compressão de vaso = coração precisa trabalhar mais = sobrecarga do coração - Doente renal: principal causa de hipertensão arterial = vasocontrição * Aumento da viscosidade sanguínea (aumento do Ht): - Diabetes - Policitemia (aumento de Ht) * Compressões / estenoses: - Tumores - Trombos - Síndrome de compartimentação abdominal = animal sofre um trauma = vísceras fazem edema e ficam apertadas = sangue não consegue fluir *Dor Resistência vascular = DC PRESSÃO ARTERIAL: Pressão arterial diastólica (quando o coração está relaxado) e pressão arterial sistólica (quando o coração está contraído) - PAS = monitora a função contrátil do miocárdio - PAD = monitora volume circulante e as alterações vasculares Diástole: vaso sanguíneo esta cheio de sangue = se a pressão cair: vasodilatação ou perda de volume Hipotensão: vasodilatação, hipovolemia ou déficit de contratilidade Hipertensão: vasoconstrição Pressão sistólica: pressão diastólica + contratilidade Pressão 120 (sístole) x 80 (diástole) = diferença de 4 que representa a contratilidade Se ejetar pouco volume, a pressão sobe pouco Hipotensão: pressão arterial sistólica < 90mmHg ou quando pressão arterial média < 70mmHg (aceita-se até 60mmHg, não esta ideal mas ainda tem perfusão) Hipertensão: pressão arterial sistólica >150mmHg (paciente calmo) *Animal 1 - Pressões arteriais = 120 x 80 (normal) *Animal 2 - Pressões arteriais = 100 x 80 Não esta hipotenso mas a contratilidade não esta boa *Animal 3 - Pressões arteriais = 80 x 40 Hipotenso e contratilidade boa prognóstico bom: hipotensão fácil de tratar porque o coração contrai (ejeta) bem *Animal 4 - Pressões arteriais = 60 x 40 Hipotenso e contratilidade ruim paciente grave: difícil de tratar *Animal 5 - Pressões arteriais = 200 x 160 Hipertensão e contratilidade boa fazer vasodilatador e mandar para casa - Pressões arteriais = 220 x 200 Hipertensão e contratilidade ruimvasodilatador e fica internado Diferença de pressões: 40: ideal 20:problemas graves de contratilidade – volume ejetado baixo, baixa oferta de O2 Mais de 50: coração está trabalhando muito – hipercinesia A pressão dos capilares precisa ser de 25mmHg, a pressão do tecido é 15mmHg dentro do sangue tem mais pressão do que fora, então joga para fora o que tem maior concentração: O2, água e nutrientes nutrir o tecido por isso que precisa ter uma pressão mínima para garantir que as células sejam nutridas Células não nutridasanaerobiose O sangue perde conteúdo e sai com 10mmHg, a pressão no vaso fica menor tira do tecido o que ele tem em maior concentração metabólitos e CO2 Sangue alimenta as células e recolhe os metabólitos Sai mais água do vaso do que volta = fica mais água nos tecidos produção de linfa Hipotensão: vasoconstrição seletiva 1.Pele: paciente hipocorado 2.Intestino: corta a circulação gastrointestinal – hipomotilidade, pode ocorrer sepse pois devido a má perfusão perde a barreira de defesa intestinal e as bactérias caem na circulação 3.Músculo: paciente não consegue ficar mais em pé 4.Rins: cai débito urináriocão- anúria:<0,5 ml urina/kg/h oligúria:0,5-1 ml/kg/h normal:1-2ml urina/kg/h poliúria: 2-4 ml urina/kg/h poliúria grave: >4 ml urina/kg/h 5.Fígado 6.Pulmões 7.Coração/ cérebro Hipotensão: primeiro tratar a hipovolemia (fluidoterapia), se não responder tratar déficit de contratilidade (inotrópico) e por último fazer vasocontrição Hipertensão: vasodilatador
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