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TÉCNICA CIRURGICA PALATOPLASTIA EM CAO DE 4 MESES

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Palatoplastia com retalho sobreposto em cão Relato de caso
Nome: Valéria Busin
Disciplina: Técnica cirúrgica 
Professor: kleber Tochetto Gomes 
INTRODUÇÃO
Os palatos duro e mole estão localizados na porção dorsal da cavidade oral;
 O palato duro é rostral ao mole; 
 O palato mole, parte caudal da cavidade oral;
A fenda completa; 
Fatores hereditários ou congênitos;
Dentre as raças caninas predispostas, citam-se o boxer, pequinês, buldogue inglês, schnauzer, beagle, cocker spaniel e teckel.
 Comunicação direta entre as cavidades oral e nasal;
DEVIDO ESSA JUNÇÃO O ANIMAL PODE APRESENATR EXTRAVASAMENTO DE LEITE PELAS NARINAS,DURANTE OU APÓS AS MAMADAS , PNEUMONIA ASPIRATIVA, REGUGISTAÇÃO ENTRE OUTRAS COISAS.
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INTRODUÇÃO
O diagnóstico de fenda palatina;
 A correção cirúrgica;
Existem inúmeras técnicas cirúrgicas reconstrutivas, mas as mais utilizadas são as de retalho palatino sobreposto (dobradiça) e a de deslizamento bipediculado de retalho palatino;
Independente da técnica é aconselhável preservar as artérias palatinas para manter o suprimento sanguíneo;
Manipular delicadamente as estruturas envolvidas e evitar tensões na linha de sutura, pois a deiscência é uma complicação comum. 
A soltura dos pontos também pode ser decorrente da ação mecânica constante da língua sobre a sutura;
BASEIA-SE EM UMA ANAMENESE E INSPEÇÃO MINUNCIOSA DA CAVIDADE ORAL DESCARTANDO LABIO LIPORINO OU OUTRAS ANOMALIAS.
Objetiva reconstruir a anatomia funcional,separando totalmente as duas cavidades.
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INTRODUÇÃO
Obstrução respiratória e edema de língua podem ser outras complicações do pós-operatório;
O prognóstico da fenda palatina é desfavorável devido ao risco de pneumonia por aspiração e sua evolução para morte;
O propósito desse trabalho foi de relatar um caso de fenda palatina em cão, enfatizando as características clínicas, métodos de diagnóstico e de tratamento, assim como de salientar aos profissionais veterinários a importância de inspecionar a cavidade oral dos animais, visto que a intervenção terapêutica precoce pode conferir melhor qualidade de vida e maior sobrevida ao paciente.
HISTÓRICO 
 Um cão, fêmea, da raça labrador, não castrado, pelagem preta, pesando 0,2 kg e com 10 dias de idade. 
O proprietário descreveu que desde o nascimento, o filhote apresentava dificuldade na sucção do leite, drenagem de leite pelas narinas e ausência de ganho de peso, comparativamente aos demais da ninhada. 
Ao exame clínico foram detectados estertores pulmonares e secreção nasal purulenta bilateral. 
À inspeção da cavidade oral, realizada sem sedação e anestesia, verificou-se fenda palatina completa e ausência de lábio leporino ou outra anomalia congênita associada.
HISTÓRICO 
O proprietário não autorizou a realização de exames complementares e ciente do prognóstico, optou por tratar o animal em casa.
O tratamento instituído baseou-se:
Amoxicilina com ácido clavulânico, na dose de 22 mg/kg, pela via oral, a cada 8 horas, durante 10 dias consecutivos; 
aminofilina na dose de 10 mg/kg, pela via oral, a cada 8 horas, durante 10 dias;
 Bromexina na dose de 10 mg/animal, por via oral, a cada 24 horas, durante 10 dias;
 Higienização oral com colutório à base de gluconato de clorexidina a 0,12%, a cada 12 horas, até a cirurgia, e alimentação com sucedâneo lácteo, oferecida com o auxílio de mamadeira, em pequenas quantidades, várias vezes ao dia.
Ate a idade do procedimento cirugico.
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HISTÓRICO 
A palatoplastia foi agendada quando o animal estava com quatro meses de idade, apresentando estabilidade respiratória e exames sanguíneos dentro dos parâmetros de normalidade para a espécie. 
Esquerdo
Direito
HISTÓRICO 
Após estabilização anestésica, o animal foi posicionado em decúbito dorsal;
 A técnica cirúrgica escolhida para a reparação do palato duro foi a de retalho (“flap”) sobreposto.
Após incisão na margem do defeito esquerdo cria-se por meio de divulsão delicada um retalho mucoperiosteal com aproximadamente 10 mm de largura paralelamente ao defeito.
HISTÓRICO 
Foi realizada uma incisão próxima e paralela à arcada dentária direita, do incisivo central o último molar, para criação do retalho mucoperiosteal direito.
Após incisão, o retalho mucoperiosteal é confeccionado por meio de divulsão delicada com elevador periosteal no sentido da arcada dentária para o defeito.
HISTÓRICO 
O retalho foi confeccionado mediante cuidadosa manipulação com elevador de periósteo, a fim de se preservarem as artérias palatinas, localizadas próximas ao dente quarto pré-molar superior direito. 
As faces mucoperiosteais de ambos os retalhos ficaram em contato e foram suturadas com padrão Wolf separado utilizando fio absorvível, sintético, de poligalactina 910, 2-0, sendo que a linha de sutura não ficou situada sobre o defeito palatino (fenda).
HISTÓRICO 
Esta manobra permitiu a sustentação óssea (osso palatino esquerdo) para o retalho direito rotacionado e para a sutura. O osso palatino da região doadora (lado direito) ficou exposto e posteriormente ocorreu reepitelização espontânea por tecido de granulação. 
HISTÓRICO 
A reparação do palato mole foi feita suturando o músculo palatino com padrão de sutura simples contínua e a mucosa oral com o mesmo tipo de sutura usada no plano anterior. Em ambas as camadas foi utilizado fio absorvível, sintético, de poligalactina 910, 2-0. 
O animal foi mantido com colar protetor no pós-operatório por 30 dias.
 A alimentação (ração com consistência líquida) foi oferecida por sonda esofágica, a cada 6 horas, durante 20 dias consecutivos. 
Prescreveu-se: Clindamicina (11mg/kg, por via oral, a cada 12 horas, durante 10 dias).
 Meloxicam (0,1 mg/kg, via oral, a cada 24 horas, durante 7 dias)
Dipirona sódica na dose de 25 mg/kg . 
Cloridrato de tramadol na dose de 2 mg/kg, ambos por via oral, a cada 8 horas, durante 5 dias e limpeza oral com gluconato de clorexidina a 0,12%, a cada 12 horas, durante 30 dias seguidos.
HISTÓRICO 
No 20° dia após a cirurgia, observou-se deiscência de dois pontos de sutura na região de palato mole. O colar protetor e a sonda esofágica foram removidos neste dia e a alimentação pastosa pôde ser introduzida. 
Aos 60 dias de pós-cirúrgico notou-se completa reepitelização do osso palatino direito e cicatrização do palato mole. O proprietário relatou que o animal estava se alimentando normalmente com ração pastosa e negou sinais clínicos respiratórios. A partir dessa data, a ração foi substituída pela seca e o paciente recebeu alta médica.
DISCUSSÃO 
Apesar das inúmeras formas de tratamento disponíveis para as fendas palatinas (Hette & Rahal 2004), a técnica de retalho sobreposto foi escolhida, por apresentar a vantagem de não posicionar o tecido doador sobre o defeito palatino, obtendo assim sustentação óssea e bom suprimento sanguíneo, o que minimiza a ocorrência de deiscência de sutura e insucesso do procedimento cirúrgico (Contesini et al. 2003).
No caso relatado, mesmo com a deiscência de sutura no palato mole, optou-se por não reoperar essa região devido à ausência de sinais clínicos e ao bom estado geral do paciente.
CONCLUSÃO 
O rápido diagnóstico e o tratamento suporte, tanto alimentar quanto medicamentoso, até o momento da cirurgia foram decisivos para a recuperação clínica do paciente, que conjuntamente com a técnica de palatoplastia com retalho sobreposto proporcionaram cicatrização total da fenda palatina e recuperação do paciente, resultando em vida normal, com alimentação seca sem alterações respiratórias.
REFERÊNCIAS 
DIAS, Luis Gustavo Gosuen Gonçalves. Palatoplastia com retalho sobreposto em cão – relato de caso. 14 abr. 2014.
Disponível em: <rbmv.org/index.php/BJVM/article/download/403/294>
 Acesso em: 07 de maio 2019
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