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O Erro de Descartes

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O Erro de Descartes – António Damásio (1994)
Pontos Básicos do livro:
1. A Neurociência
2. O Afeto – A Emoção
O principal enfoque do livro – a relação entre emoção e razão
Argumento Fundamental do autor: a razão não atua sozinha, mas dialoga com a emoção
Proposta de uma ponte de mão dupla entre a neurologia e as humanidades e a cultura.
Introdução:
Descartes e a relação entre mente e corpo
Parte 1:
“Mesmo que uma dada tendência filosófica permitisse conceber o cérebro como a base da mente, era difícil aceitar a perspectiva de que algo tão próximo da alma humana como o juízo ético, ou tão determinado em termos culturais como a conduta social, pudesse depender significativamente de uma região específica do cérebro”.
Parte 2:
A res extensa de Descartes; a alma não física (res cogitans)
Capítulo 8:
Hipótese do marcador somático (o estado que marca uma imagem é chamado de marcador do corpo), que é adquirido por meio da experiência.
Parte 3:
Capítulo 2:
Uma paixão pela razão
O Erro de Descartes, que é o símbolo de um conjunto de ideias acerca do corpo, do cérebro e da mente, que continuam a influenciar as ciências e as humanidades do mundo ocidental.
A preocupação é tanto com a noção dualista com a qual Descartes separa a mente do cérebro e do corpo como com as variantes modernas dessa noção, por exemplo, a ideia de que mente e cérebro estão relacionados, mas apenas no sentido de a mente ser o programa de software que corre numa parte do hardware chamado cérebro, ou que o cérebro e o corpo estão relacionados, mas apenas no sentido de o primeiro não conseguir sobreviver sem a manutenção que o segundo lhe oferece.
A expressão “Penso, logo existo”, surge pela primeira vez no Discurso do Método (1637), que o autor considera o oposto do que acredita ser verdade acerca das origens da mente e da relação entre a mente e o corpo.
Descartes vê o ato de pensar como atividade separada do corpo e essa afirmação celebra a separação da mente (res cogitans) – “a coisa pensante” do corpo não pensante, o qual tem extensão e partes mecânicas (res extensa).
Para Damásio, no entanto, antes do aparecimento da humanidade, os seres já eram seres. Com a complexidade da mente (a partir da evolução) veio a possibilidade de pensar e, mais tarde ainda, de usar linguagens para comunicar e melhor organizar o pensamento, portanto, no princípio foi a existência e só mais tarde chegou o pensamento. E, para nós, no presente, quando viemos ao mundo e nos desenvolvemos, começamos ainda por existir e só mais tarde pensamos. Existimos e só pensamos na medida em que existimos, visto o pensamento ser, na verdade, causado por estruturas e operações do ser.
Por fim, as questões:
Qual seria o erro de Descartes a que Damásio se refere?
E, por que talvez seja melhor que o erro de Descartes fique por corrigir?
L.C.
 
Outono de 2023.

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