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Planejamento de projetos de gestão comunicativa Ismar de Oliveira Soares Endereçado ao gestor de processos comunicacionais: Planejador Avaliador de planos, projetos e programas Pretende: Sistematizar conceitos e referências metodológicas Perspectiva histórica: América Latina, 1970/1980: prática comum o planejamento e avaliação de projetos na área da Comunicação: “comunicação para o desenvolvimento”. Ideologia pós-segunda guerra: a paz é fruto da segurança resultante de uma economia forte e global Conceito de planejamento UNESCO, FMI, Bird, FAO, OMS, OIT, Cepal. Europa se recupera, Sul Global paga a conta. 1950: 2 vertentes - clamor generalizado por auxílio em campos específicos da economia (África) - programas de planejamento industrial em busca por autonomia no desenvolvimento (América Latina) Políticas de planejamento econômico: Crítica da direita liberal: excesso de intervenção do Estado Crítica da esquerda: produção de dependências e polarizações no interior dos países 1970: Neoliberalismo se consolida / tendência hegemônica 1990: Economia sustentável / associação Estado, mercado e sociedade civil para o desenvolvimento PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Economia Sustentável: assegura as necessidades do presente sem comprometer o future - Desenvolvimento: passa a considerar o microcosmos dos grupos humanos, para além das esferas macropolíticas Democratização das oportunidades: envolvimento do campo da Comunicação UNESCO/NOMIC: nova ordem mundial da informação e comunicação - facilitar o diálogo entre nações - esclarecer o papel dos meios de informação na implementação dos planos nacionais de desenvolvimento - Nomic fracassa enquanto projeto político-cultural - gera onda de práticas alternativas conduzidas por organizações não governamentais (América Latina) 1970/1980: movimentos populares e ONGs incorporam a comunicação como parte essencial de projetos e programas A emergência de uma teia constituida por MICROMEIOS garantiam a circulação de informações Resistência: repressão / agendamento de princípios ideológicos Reconhecimento: papel da mulher na sociedade Destaque: Ciespal Centro Internacional de Estúdios Superiores de Comunicación para América Latina / Quito, Equador, com a produção seminários e publicações 1990: legitimação de causas “movimento ecológico”: Conferência Rio/92 conversão da análise crítica da mídia em programas educativos, incorporados aos parâmetros curriculares em boa parte dos países, em âmbito global: “educação para a comunicação” mobilização das audiências confrontação com os sistemas de meios de comunicação media education / media literacy Últimos 25 anos: assistimos a intervenção na realidade social nos níveis macro e micro: déc. 80. Fórum por Políticas Democráticas de Comunicação (Fenaj): obteve espaço para emissoras comunitárias e educativas nas concessões de Tv por cabo instaladas nos municípios brasileiros déc. 90. Sistema Nacional de Comunicação Descentralizada: Ministério do Desenvolvimento Humano da Bolívia, favorecimento da circulação de informação no interior dos municípios – promoção humana e desenvolvimento dos direitos dos cidadãos Universidades: Comunicação como mediação cultural / conceito de “gestão” no âmbito do mundo empresarial, o fortalecimento das organizações do terceiro setor, agentes não econômicos e não estatais que atuam: “através da ação coletiva formal que pressupõe a democratização de sua maneira de agir, visando à emancipação da pessoa humana enquanto sujeito social, sob o exercício da cidadania” (p. 33) terceiro setor ganhou espaço politico os programas e atividades de cunho social ou comunitário ganham espaço nas empresas Planejar, um ato político: Dificuldade de conceber e desenvolver projetos pela ótica de uma gestão democrática e humanizadora Dificuldade conceitual de estabelecer marcos de referência Papel do gestor como planejador: O planejamento como engenharia: controle sobre o tratamento dos processos comunicativos atender a expectativa social para o sucesso do trabalho, o que implica em reorientação permanente da ação o “patrão” é, antes, o beneficiário do seu trabalho e depois o gestor ou administrador da empresa o compromisso ético paira sobre o benefício econômico responsabilidade de subverter a norma vigente: 1. ter a sociedade e suas necessidades como referência no planejamento, iluminadas pelo debate público 2. criar mecanismos de escuta das audiências, garantindo participação dos interessados tanto na produção quanto na recepção das mensagens ou dos resultados do seu trabalho. ampliar as mediações sociais no ato de comunicar cuidar pela gestão participativa dos processos de planejamento Para quem se planeja? Qual a função social do comunicador? Quais procedimentos se tornariam mais representativos de sua ação? Existe uma função política no planejamento, para além da função técnica da comunicação: conjunto de instrumentos e técnicas na difusão de informação, persuasão, mobilização X natureza midiática do fenômeno comunicacional, caráter fundador de fenômenos sociais próprios do ato de comunicar é oportuno que o profissional se preocupe em: criar condições político-sociais através de procedimentos ascendentes de consulta e tomada de decisões Ampliar a eficiência e eficácia do uso da comunicação entre os agentes envolvidos Desenvolver mecanismos de implantação de planos, programas e projetos que garantam fidelidade àquilo que foi definido democraticamente Tornar os procedimentos de controle e realimentação da execução de planos e projetos suficientemente flexíveis para que sejam adaptáveis após o início das aplicações caso da Revista Viração /coerência: procedimentos diretivos x procedimentos participativos patrocínio oferecido por empresa criticada por suas ações poluidoras Planejamento da comunicação PLANEJAMENTO DESCENDENTE definição de diretrizes e objetivos diagnóstico/prognóstico filosofia ou politica de ação adotada por órgãos superiores prioridade dos problemas recursos e prazos disponíveis Viabilidade política e administrativa fixação de metas globais e setoriais meta desejável (provisória) x projeção da tendência histórica testes de coerência intermediária entre metas a serem alcançadas testes de coerências posteriores: estudo das consequencias rigor na determinação de prazos elaboração de programas setoriais produção definitiva do plano 4.1 Projetos que olham para a rentabilidade financeira em geral, planejamentos descendentes projetos comerciais e comerciáveis desenvolvimento encomendado por empresas dos setores público e privado 4.2 Projetos que olham para a rentabilidade social tanto planejamentos descendentes quanto ascendentes objetivos politicos, humanitários, culturais e educacionais recursos disponíveis em geral insuficientes definição de prioridades: competição e concorrência 5. redação do documento final 5.1 gênese, antecedents, justificativas, razões 5.2 patrocinadores 5.3 clientela 5.4 alcance geográfico e temático 5.5 objetivos 5.6 delineamento do projeto / bases pedagógicas 5.7 contexto institucional e organização 5.8 meios de comunicação utilizados 5.9 mecanismos de difusão e utilização das mensagens 5.10 utilização de pesquisa e avaliação PLANEJAMENTO ASCENDENTE OU PARTICIPATIVO Intervenção indireta Sendo a atuação governamental indireta, os procedimentos otimização dos recursos da sociedade também se tornam indiretos planos, programas, projetos desenhados a partir de normas que facultam a intervenção dos próprios usuários ou beneficiários do produto final. democratização do modos e formas de conduzir o processo Operacionalização - elaboração de diagnóstico global inicial. Necessidade de pesquisa participante? identificação da comunidade “sujeito/objeto do planejamento” identificação dos organismos e instituições que deverão ser envolvidos identificação das autoridades doprocesso de planejameno definição dos papéis a serem cumpridos por líderes naturais ou institucionais e assessores técnicos elaboração de instrumentos para coleta de dados em vista identificação dos problemas de fundo e problemas decorrentes identificação de expectativas e desejos coleta de dados elaboração de instrumentos para a realização de síntese / síntese da situação que os problemas apresentam da hierarquia das necessidades das expectativas das soluções para os problemas apresentados definicão de prioridades identificação das reais possibilidades de implementação elaboração de um plano global de trabalho elaboração de programas de ação elaboração de projetos específicos elaboração de instrumentos para promoção da avaliação Instrumentos do planejamento INSTRUMENTOS DE DIAGNÓSTICO macroestrutural situação específica prognóstico da situação específica INSTRUMENTOS DE PESQUISA ACADÊMICA imprescindível nos casos de planejamento de ação comunicativa, que vão fornecer metodologias, instrumentos de observação da realidade. INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO DOS PLANOS Plano Operativo: estabelece as bases para determinar objetivos e enfrentar situações conjunturais, viabilizar a organização de um sistema de informação estatística Orçamento-Programa INSTRUMENTOS DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE sucesso depende da avaliação em sistemas e processos: identificação dos indicadores, escolha de fichas e formulários de acompanhamento, elaboração e análise de relatórios, produção e análise de pareceres elaborados por especialistas. image1.png image2.png image3.emf image4.png image5.png image6.png image7.png
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