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A comunidade moral e as posturas da etica da natureza

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1 Curso de Ética ambiental – PGTA – Prof. Ozanan Carrara 
A comunidade moral e as posturas da ética da natureza 
Embora a ética clássica tenha se dedicado preferencialmente às relações humanas, a 
existência humana depende das condições ecológicas dos ecossistemas e da biosfera no 
seio dos quais a vida humana se desenvolve. Assim, a ética da natureza supõe diferentes 
visões de mundo, conceitos metafísicos e ontológicos novos, novas estratégias de ação, 
etc. Desde seu surgimento como disciplina acadêmica, nos anos 70, a ética ambiental 
viu surgirem novas estratégias argumentativas, justificando novas posturas em relação 
à natureza. 
A Natureza como paciente moral: paciente moral é aquilo que merece nossa 
consideração moral ou nosso respeito. Difere do sujeito moral e do sujeito de direito. 
Defini-la como paciente moral exige definir quais tipos de entidades naturais são dignas 
de respeito ou moralmente pertinentes para a ação humana ou ainda que exigem de 
nós uma disposição virtuosa. 
A postura dominante a partir da modernidade (séc. XVII) com relação à natureza é a 
técnico-científica que separa o sujeito cognoscente do objeto natural. O objeto natural 
é visto de fora, de maneira objetiva. A perspectiva genética segue esta evolução, mas 
identifica aos poucos os objetos que ela não produz e não transforma. Vamos ver 
primeiro a natureza-artefato ou natureza-poiesis. 
Para serem pacientes morais, as entidades da natureza devem poder ser objetos de 
um ataque, poderem sofrer um prejuízo ou, ao contrário, poderem tirar vantagem de 
um benefício. Na reflexão ética, os homens avaliam suas relações segundo o que eles 
estimam ser um bem ou um mal para si e para os outros. A ética da natureza se interessa 
então em determinar se e por quais razões outros seres da natureza que não os 
humanos possuem um estatuto moral, restringindo assim seu comportamento moral 
em relação a eles. 
Quais são as categorias de seres de natureza suscetíveis de serem pacientes morais? 
Primeiro, os animais que podem sofrer um prejuízo de nossa parte ou quando podemos 
contribuir para seu bem-estar. Em segundo lugar, as plantas. Mas são elas dotadas de 
uma forma de sensibilidade? Elas podem sofrer algum prejuízo? Em terceiro lugar, uma 
espécie, mas a espécie é uma entidade real ou uma simples classe taxinômica (passível 
de classificação)? Há um tipo de finalidade na estrutura genética (o genoma) à qual se 
deve atentar? Ou ainda é o ser vivente no qual o genoma se exprime que pode sofrer 
um prejuízo? Ainda como considerar os ecossistemas como comunidade de organismos 
dentro de um contexto físico, químico e climático como entidades à parte que 
compreendem a biocenose (agrupamento de seres vivos formando verdadeiras 
comunidades) e seu biótipo (o território dessa comunidade). E com relação à biosfera 
(nível de organização mais elevado da vida que inclui não somente os organismos vivos, 
mas ainda as substâncias derivadas destes assim como as substâncias derivadas da 
associação dos organismos com a matéria inerte). A biosfera designa então as trocas e 
transformações de matéria e de energia através da matéria inorgânica e orgânica sobre 
a terra. Os especialistas a consideram um sistema emergente auto-regulado, isto é, um 
ser vivo que tende a preservar sua habitabilidade. 
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Pergunta da ética ambiental: podemos prejudicar um ecossistema ou a biosfera da 
Terra? Os limites espaciais e temporais de um ecossistema ou sua resistência a 
perturbações não são facilmente identificáveis. Isso é importante porque para falar de 
prejuízo ou benefício temos de identificar o ser que sofre o prejuízo ou o benefício. O 
mesmo se pode dizer a respeito da biosfera. 
A Comunidade moral da natureza: ela compreende todos os seres da natureza que são 
pacientes morais, isto é, o animal, a planta, o ecossistema, a biosfera. Deve-se então 
descrever quais as posturas morais que se devem adotar em ética ambiental, segundo 
a natureza dos membros que compõem a comunidade moral. 
Há ao menos cinco posturas principais e suas variantes em ética ambiental. 
1. O Teocentrismo: dá estatuto privilegiado aos humanos por ser, segundo 
Descartes, um ser dotado de razão, o que o distingue de todos os demais seres 
da natureza. Essa postura se baseia ainda na cultura bíblica provinda do Gênesis 
que ensina que Deus criou tudo o que existe e o homem foi criado à imagem de 
Deus. Criado à imagem de Deus, o homem possui então um estatuto moral 
privilegiado. Essa postura restringe a comunidade moral aos seres humanos. No 
entanto, esse círculo moral pode ser alargado, pois Deus é o criador do universo 
e de tudo o que nele existe. A comunidade moral, nesse caso, procede do valor 
moral de Deus por causa da dependência de todos os seres em relação ao seu 
criador. Nós estamos assim obrigados moralmente em relação a Deus e em 
consequência aos seres feitos à sua imagem. Há uma superioridade do homem 
em relação ao restante da criação! 
2. Antropocentrismo moral: Não é Deus o centro, mas o homem. Os homens assim 
como os demais seres não humanos próximos dele (os primatas superiores) 
fazem parte de uma comunidade humana, mesmo incluindo não-humanos. Os 
critérios dessa postura são filogenéticos (pertença à mesma espécie ou à família 
dos hominídeos) ou ainda de ordem cognitiva (a razão como capacidade de se 
engajar moralmente e contrair laço jurídico, a consciência de si, a linguagem, a 
cultura, etc). Nesse caso, os privados do critério cognitivo (recém-nascidos, 
deficientes mentais) não pertencem à comunidade moral enquanto os primatas 
superiores podem fazer parte dela. Mas as competências cognitivas são 
graduais, pois estão ligadas à ontogênese dos indivíduos concretos. 
3. O patocentrismo: pathos significa afeição, aquele que pode sofrer o bem ou o 
mal no corpo ou na alma. Os seres que merecem consideração moral são os 
dotados de uma forma de sensibilidade manifestada no sofrimento ou não-
sofrimento. Seus organismos podem sofrer ainda que minimamente dor ou 
prazer. Há controvérsias aqui. Alguns sustentam que a sensação de prazer ou de 
dor não é possível se essa sensação não pode ser representada reflexivamente; 
outros sustentam que ela é possível com a simples condição de ser simplesmente 
capaz de se representar o mundo exterior (e assim seu próprio corpo) e ainda há 
um terceiro grupo que requer somente o ponto de vista singular do organismo 
ao qual ele mesmo tem acesso diretamente, independente de uma relação ao 
mundo exterior. 
Para os patocentristas, a comunidade moral compreende todos os seres 
humanos que, baseando-se em sua própria experiência de dor e prazer, as 
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atribuem por empatia ou imaginação aos outros membros da espécie humana. 
Mas essa comunidade moral inclui também os seres que experienciam prazer e 
dor como os animais superiores (mamíferos e pássaros). A biologia confirma que 
esses seres possuem um sistema nervoso complexo que lhes permite tais 
sensações. Mas como sustentar a tese do sofrimento no caso dos peixes, 
invertebrados ou dos insetos? E no caso das plantas? A vida do homem como ser 
racional que é mais rica em emoções tem mais peso moral que a do animal 
desprovido dessa capacidade. Tende a uma hierarquia na importância moral dos 
seres vivos. 
 
 
4. O biocentrismo: trata-se de uma ética não-antropocêntrica. Para essa postura, 
não há necessidade para a consideração moral que um ser seja dotado de sensibilidade. 
Basta que ele seja vivo. Eles definem as propriedades de um ser vivente como a função 
reprodutiva de um organismo, sua adaptabilidade, seu crescimento, auto-organização, 
metabolismo, etc como características do ser vivo. Todo organismo, pelo simples fato 
de viver, procura se manter em vida. Por essa razão, todos os organismos vivos devemser considerados moralmente. Somente a natureza inanimada não apresenta nenhuma 
pertinência moral. Nesse caso, todos os organismos vivos (seres humanos, animais, 
plantas, micro-organismos) são membros da comunidade moral. Há os que defendem a 
igualdade quanto ao peso moral entre todos os seres (problemático isso, pois a vida se 
preserva sacrificando uma outra vida, o que exige uma prioridade!) e os hierárquicos. 
 
 
5. O Ecocentrismo: o ser vivo não é considerado somente a título individual, mas 
no seio de um conjunto de outros seres naturais, de um meio ou de uma totalidade 
irredutível às suas partes e possuindo ela mesma um tipo de finalidade. Há uma 
finalidade da entidade coletiva, seja no seio de uma população de organismos, de uma 
espécie, seja de um ecossistema ou da biosfera. Essa finalidade é a condição para que 
ela seja considerada um paciente moral. A comunidade moral se compõe de todos os 
seres da natureza: humanos, animais, plantas, montanhas, nascentes de água, lagos, 
rios, etc. Numa aproximação holística, a comunidade moral compreende também as 
coletividades como as populações de organismos, as espécies, os ecossistemas, a 
biosfera que é também um ser vivo como a Terra-Gaia (como no biocentrismo). Há aqui 
também a variante igualitarista e a hierárquica que dá prioridade aos homens. 
ARGUMENTOS E OBJEÇÕES: 
1. O ARGUMENTO TEOCENTRISTA: elaborado a partir de uma crença religiosa. O 
homem nessa concepção foi visto como intendente (administrador), cooperador 
ou déspota. Suas premissas básicas são as de Deus como criador do universo e a 
existência de um valor das criaturas, derivado do valor moral de Deus. O 
argumento pode ser questionado, pois depende de uma atitude de fé. 
 
 
2. O argumento do antropocentrismo moral: Ele concede estatuto moral somente 
aos homens. O critério moral da simples pertença à espécie é contestado pelas mesmas 
razões que se usam para contestar o racismo e o sexismo. O fato de o homem ser 
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racional não funda sozinho uma prescrição moral. O especismo diz que todo homem 
nasce com um estatuto moral em virtude de sua humanidade, o que contraria nossa 
concepção moderna de justiça fundada sobre o mérito individual e não sobre um fato 
biológico. Alguns seres humanos não possuem nem razão nem consciência deles 
mesmos como o bebê, um deficiente mental ou um doente em coma. Alguns animais 
superiores são dotados da consciência de si (gorila, chimpanzé, golfinhos e elefantes). A 
linguagem, a fabricação e o uso de ferramentas não são exclusividade dos humanos. 
Para os defensores do antropocentrismo moral, a proteção do meio ambiente se 
justifica para satisfazer as necessidades humanas, mas esse espírito utilitarista que se 
firmou após a modernidade favorece o desenvolvimento tecnológico e industrial, 
trazendo sempre mais riscos ao homem e à natureza. Esse argumento beneficia apenas 
os homens do presente e não as gerações futuras e beneficia mais as populações dos 
países ricos que a dos países pobres. O aumento da temperatura do planeta afetará mais 
as gerações futuras que as do presente e tanto ou mais os países não industrializados 
que os países industrializados responsáveis pelo problema. Daí alguns começarem a 
falar de justiça ecológica ou ambiental no sentido de uma justiça inter e 
intrageneracional. 
 
 
3. O argumento patocentrista: a única condição que eles colocam para a 
consideração moral é ser dotado de sensibilidade ou de sentir dor e prazer. Outros 
critérios podem ser possuir competências cognitivas como crenças, desejos, senso de 
futuro ou capacidades como visar a saúde e a realização, procurar a vida social, 
experimentar emoções, etc. Seus críticos são de duas ordens: alguns contestam a 
existência de crenças, desejos, vida intencional que exige pensamento no animal. Para 
pensar, é necessário a linguagem para exprimir o pensamento e os animais não possuem 
nem linguagem nem pensamento. Os utilitaristas, no entanto, sustentam que os estados 
mentais de dor e prazer podem ser experimentados independentemente da linguagem. 
Outros defendem que a dor no homem é precedida do medo, cólera ou revolta, 
sentimentos que o animal não pode experimentar. A dor animal seria unicamente física, 
sendo que no homem ela é também psíquica. Para um terceiro grupo de críticos, a 
prescrição moral supõe aceitação implícita de uma norma válida que goza do 
assentimento de todos (exigência dos contratualistas) e o animal não possui essa 
capacidade. Por fim, os interesses humanos e os dos animais são antagônicos, pois 
alguns animais são predadores do homem como o leão, o urso... essas relações seriam 
assim marcadas pela concorrência. Outros acham que em situação normal, não há 
concorrência entre o homem e o animal, mas somente legítima defesa que é 
moralmente aceitável. 
 
Os biocentristas opõem aos patocentristas três objeções: 1. A dor e o prazer 
são meios para certos organismos se adaptarem ao seu ambiente e atingir seus 
fins próprios como a planta cujas raízes procuram umidade e as folhas procuram 
o sol. 2. Somente os seres humanos estão conscientes de suas necessidades 
enquanto os animais têm interesses dos quais não estão conscientes. Contra 
esse argumento, os críticos alegam que nosso corpo tem necessidades que é de 
meu interesse satisfazer sem que eu tenha forçosamente e conscientemente um 
interesse em satisfazê-las. 3. Os homens privilegiam a sensibilidade porque é por 
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ela que eles estão em contato com o mundo (antropocentrismo). Saindo do 
ponto de vista humano, a vida seria um critério mais adequado para definir as 
relações ao não-humano. 
Os ecocentristas dizem, por sua vez, que o sofrimento faz parte da vida e não é 
intrinsecamente mau como pensam os patocentristas. O indivíduo de um grupo 
deve se sacrificar ou se disciplinar pelo bem da comunidade. 
 
 
4. O argumento biocentrista: dizem os biocentristas que todo vivente tem valor, 
mas a vida prática mostra que uma vida é preservada com o sacrifício de outra vida: a 
agricultura pode exigir a destruição de florestas, o cadáver alimenta as aves de rapina e 
fortalece a raiz das plantas em solos minerais, etc. Outros rejeitam o conceito de 
finalidade para qualificar o vivente. Haveria dois tipos de finalidade: um prático e outro 
funcional. Na finalidade prática, é preciso dar as razões do agir e pressupõe a 
possibilidade de agir de outro modo, o que exige uma aparelhagem cognitiva bem 
desenvolvida que permite representar o mundo exterior e as diferentes opções 
possíveis. O cão que esconde um osso no jardim ou o esquilo que estoca alimento para 
o inverno possuem finalidades práticas, mas não possuem essa finalidade as bactérias, 
plantas ou invertebrados. Quanto à finalidade funcional, ela reenvia a um estado natural 
resultante de um processo causal de fenômenos materiais. Um vivente apresenta 
particularidades inexistentes no mundo físico: auto-organização, autonomia, etc. 
Bactérias, invertebrados e plantas só possuem finalidade funcional. Esse tipo de 
distinção entre finalidade prática e finalidade funcional é desastroso para o 
biocentrismo, pois um organismo artificial possuiria o mesmo valor moral que seu 
equivalente natural. No plano moral, não se poderia distinguir entre um robô e um ser 
humano. Ainda as exigências de igualitarismo entre todos os seres do biocentrismo são 
impossíveis de sustentar. Instaurar uma hierarquia de importância moral entre os seres 
vivos apresenta também novas dificuldades: segundo a Teoria da Evolução, o 
mecanismo causal da seleção natural exclui uma hierarquia em meio à diversidade dos 
viventes. 
 
 
5. Os dois argumentos ecocentristas: uma das dificuldades dos ecocentristas está 
na noção de totalidade, uma unidade dotada de finalidade, em que se fala de uma 
identificação do homem com a natureza. Mas qual anatureza dessa identificação? Os 
críticos veem nessa noção uma ambiguidade conceitual e moral. Eles sustentam essa 
identificação entre homem e natureza, argumentando que a diversidade das espécies é 
fundada em mutações e na seleção natural. Há uma identidade entre um macaco, um 
peixe, um inseto, uma bactéria, pois todos são organismos vivos. Embora haja diferenças 
de ordem morfológica, fisiológica, cognitiva, etc, pode-se falar de semelhanças entre um 
indivíduo humano e a natureza. O corpo humano e a terra orgânica têm em comum o 
carbono, por exemplo. Mas isso não é suficiente para falar de uma transferência de valor 
intrínseco ou moral do humano à terra. 
A segunda dificuldade está na tentativa de interpretar a identificação do homem 
com a natureza pelo viés da ecologia. As noções de ecossistema e de biosfera 
mostram que o homem não é exterior à natureza, mas um elemento dela em 
continuidade com outros elementos (animais, plantas, água, terra, etc). A razão 
para proteger os ecossistemas e a biosfera é que ela visa proteger os seres 
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humanos e não o valor intrínseco ou moral da natureza (permanece assim 
antropocêntrica!). 
Uma terceira dificuldade está na interpretação sociobiológica da identificação 
entre o homem e a natureza. Os comportamentos sociais altruístas dos homens 
ao longo da evolução biológica fazem nascer novas comunidades além das 
diversas comunidades humanas (animais domésticos, animais selvagens, 
plantas, terra, água ou os ecossistemas). A última comunidade coincide com o 
conjunto da natureza: a biosfera. Mas como conciliar o bem próprio da 
totalidade com as catástrofes (erupções vulcânicas, inundações gigantes, 
terremotos, glaciações, etc)? 
 
Ainda uma outra dificuldade da interpretação dessa identificação entre o 
homem e a natureza é de ordem ontológica: essa totalidade é o eu mesmo ou 
mais o si, um si ecológico profundo e compreensivo, um si metafísico que escapa 
à ordem do discurso racional. A segunda objeção diz respeito aos conceitos da 
ética tradicional inadaptados a um pensamento da totalidade. Alguns acusam 
essa forma de ecocentrismo de ecofascismo, pois o bem da totalidade não pode 
sacrificar o bem dos indivíduos, especialmente dos humanos. Algumas vezes, o 
bem dos indivíduos e o bem da totalidade estão em contradição. Se a 
superpopulação ameaçar a terra, pode-se justificar então a supressão de alguns 
milhões de vidas humanas em nome do bem da terra e de seu valor moral? Por 
causa das mudanças climáticas, estamos dispostos a renunciar às tecnologias da 
geo-engenharia em nome do bem da terra? Conclusão: não se pode sacrificar o 
bem dos indivíduos em nome do bem do todo nem suprimir os primeiros por 
causa do segundo. A tentação das teorias holistas é justamente essa! 
 
Conclusão geral: nenhuma das cinco posições acima está isenta de dificuldades! 
HESS, Gérard. Éthiques de la nature. Éthique et philosophie morale. Paris: PUF, 2013.

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