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Esgotamento Emocional na Enfermagem

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FACULDADE DE GOIANA
FILOSOFIA, ÉTICA E LINGUAGEM
ENFERMAGEM
A SOCIEDADE DO CANSAÇO E O ESGOTAMENTO EMOCIONAL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
GOIANA – PE
2024
A SOCIEDADE DO CANSAÇO E O ESGOTAMENTO EMOCIONAL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
The tiredness society and the emotional exhaustion of nursing professionals
RESUMO
Os distúrbios da sociedade do cansaço apresenta uma série de sintomas facilmente identificáveis, incluindo fadiga excessiva, ansiedade, informações fragmentadas, violência neuronal (excesso e produção positiva que causa rejeição no corpo, problemas de comunicação, depressão e fadiga). Sendo uma doença que aflige a sociedade. A fadiga é a resposta do corpo aos excessos e demandas positivas da sociedade. A violência do positivismo é outra expressão do esgotamento da sociedade em produzir pessoas mecanizadas focadas no que é essencial ao sistema capitalista: o lucro. Exigir desempenho visa inseguranças pessoais para alcançar o sucesso no trabalho. A enfermagem como profissão é considerada desgastante pela falta de reconhecimento, recursos, autonomia e baixos salários. A principal causa do esgotamento profissional é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes. Em suma, lidar com uma sociedade exausta requer uma abordagem abrangente que combine estratégias individuais e coletivas. Construir resiliência é essencial para manter o bem-estar e a qualidade de vida diante do estresse contínuo.
Palavras Chaves: Sociedade do Cansaço. Esgotamento Emocional. Enfermagem. 
1 INTRODUÇÃO
Sociedade do cansaço refere-se a uma época de velocidade e esgotamento de uma maneira precisa o aspecto tenebroso da valorização de indivíduos inquietos e hiperativos que se arrastam pelo cotidiano produtivo, pela multitarefa (Habowski; Conte, 2018).
A atual sociedade exausta nada mais é do que uma destruição unilateral de forças positivas. Portanto, é também uma sociedade dopante. O aprimoramento cognitivo pode não ser uma questão moral, dadas as normas sociais que existem nas sociedades performáticas. Isto cria uma consistência absoluta de construção social que infunde no indivíduo a necessidade de felicidade, uma fórmula para a realização eterna e o sucesso social que requer autotranscendência (Kramer, 1993).
É compreensível que se o crescimento outrora infinito de competências para o sucesso profissional se estendesse ao infinito, a saúde seria elevada a um estatuto sacrossanto, ou vice-versa, surgiria a histeria ou a mania da saúde. Ao longo do ensaio, utilizamos expressões conceituais constituídas por palavras com significados altamente paradoxais, como liberdade coercitiva e autoconsciência destrutiva. Se por um lado a vitória pode ser alcançada através de tal condicionamento, por outro lado o sujeito deprimido parece agora ser o único responsável pelo seu fracasso. Numa sociedade dividida que produz perdedores em série, uma pessoa deprimida é alguém que está exausto, esgotado e lutando consigo mesmo. Ele estava cansado de andar em uma roda de hamster girando cada vez mais rápido ao seu redor (Corbanezi; Han, 2017).
O trabalho da enfermagem em ambiente hospitalar tem algumas características muito singulares, incluindo a construção de relacionamentos próximos com pacientes e familiares em situações de extrema dor, sofrimento e/ou morte, trabalho em equipes interdisciplinares, sustentação de longos turnos e mudança de horários e turnos de trabalho. Os hospitais estão superlotados, os recursos materiais e humanos são escassos, os salários são baixos e a avaliação social da profissão é baixa. Essas características associadas ao ambiente hospitalar como espaço insalubre e promotor de doenças podem causar cansaço físico e emocional nos enfermeiros (Alvim et al., 2017).
As condições ambientais em que vivem os profissionais de enfermagem podem causar diversos tipos de estresse, incluindo: Longas horas de trabalho, falta de ferramentas, equipamentos, falta de pessoal, psicológico, morte do paciente, família e administrativo, por exemplo, sistema salarial insatisfatório (Oliveira et al., 2018).
Assim, este trabalho tem como objetivo identificar os dados que sustentam a literatura referente à sociedade do cansaço e o esgotamento emocional dos profissionais de enfermagem.
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Sociedade do Cansaço
A sociedade sofre de uma série de males que variam de fase para fase da história. Se o século passado foi caracterizado por doenças virais e bacterianas, o século XXI é caracterizado pelo surgimento de doenças neuronais, tais como: depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno de personalidade borderline, Síndrome de Burnout (SB) (ego, exaustão devido ao esgotamento) etc. (Han, 2015).
O autor Han (2015), ainda pontua que nenhuma das doenças típicas de hoje é causada por infecções. São doenças causadas pelo excesso de positividade e, portanto, nenhuma técnica de imunização pode combatê-las de forma eficaz.
O entendimento é que o século XXI se tornou uma sociedade de desempenho. Nela, os indivíduos deixam de se submeter a instituições disciplinares, mas tornam-se seus próprios empreendedores, sujeitos performativos e produtivos. Aqueles que não se conformam com esta visão são vistos como frustrados e derrotados. O desejo de uma sociedade performática é sempre maximizar a produção. No entanto, o tema do desempenho não exclui obrigações. Não há avanços nesse sentido. Nesse caso, a disciplina torna-se uma etapa necessária para que o sujeito atuante aumente sua produtividade (Costa, 2004).
O resultado desse processo é uma série de doenças psicológicas que surgem dessa liberdade paradoxal do indivíduo. Isso ocorre porque o sujeito performático não é forçado a trabalhar por compulsão externa, mas ele próprio realiza o trabalho detalhado. O sujeito performático não é influenciado por uma posição dominante externa que o obrigue a trabalhar ou que possa explorá-lo. Ele é seu próprio mestre supremo. O perpetrador e a vítima são a mesma pessoa. É uma exploração que se desenvolve a partir de um chamado sentido de liberdade, onde o explorador é também o explorado. Finalmente, o sujeito performático se rende à liberdade coercitiva ou à coerção livre para maximizar o desempenho (Bontempo, 2018).
Concluindo, é importante destacar que a Fadiga Social dirige-se a qualquer pessoa interessada em abordar a excessiva positividade e produtividade da sociedade atual e refletir sobre as organizações e o seu rumo. Neste contexto, o desconhecimento e a alienação do mundo atual são removidos e os indivíduos movem-se numa direção para maximizar o desempenho e alcançar a autorrealização. E trata-se de compreender os efeitos e as doenças que afetam o indivíduo (Han, 2015).
2.2 Esgotamento emocional dos profissionais de enfermagem
O setor de saúde está cercado por enormes responsabilidades e equipes que vivenciam constante estresse emocional. Portanto, os trabalhadores profissionais, incluindo enfermeiros e técnicos de enfermagem, estão expostos a diversos fatores de risco para problemas biopsicossociais (Paiva et al., 2017).
A enfermagem como profissão é considerada desgastante pela falta de reconhecimento, recursos, autonomia e baixos salários. Os salários no Brasil obrigam os enfermeiros a usar mais de uma fonte de renda, aumentando ainda mais a carga de trabalho e aumentando o cansaço. Quando o excesso de trabalho está associado a conflitos pessoais, ocorre a insatisfação, resultando em perda de assistência ao paciente, alta rotatividade da equipe e profissionais de enfermagem sofrendo com a SB (Gasparino, 2014).
A SB caracteriza-se por mudanças que os profissionais podem desenvolver por estarem constantemente cercados pela pressão laboral de diferentes categorias de profissionais que realizam atividades estressantes (Dorneles et al., 2018).
O conceito de Burnout mais utilizado é o conceito de Maslach. Diz-se que a síndrome tem três dimensões. Nomeadamente,fadiga emocional, entendida como falta de energia e esgotamento emocional; despersonalização, quando a pessoa avalia negativamente o próprio desempenho e se sente insatisfeita com seu progresso no trabalho, caracterizada pela falta de emoção e esta última caracterizada pelo baixo rendimento profissional. Uma marca registrada dessa síndrome é a diminuição da empatia entre os profissionais de saúde ao cuidar dos pacientes (O'neill; Johson; Mandela, 2019).
Especialistas médicos sugerem diversas causas para o desenvolvimento da SB, que é causada pelo contato constante com situações desgastantes durante o processo saúde/doença e pelas relações interpessoais com uma equipe de trabalho pouco cooperativa (Ferreira; Lucca, 2015).
A saúde é reconhecida como resultado de condições económicas, políticas, sociais e culturais, tornando a enfermagem parte de um conjunto de profissões importante para identificar e analisar processos e fatores de saúde/doença que impedem a promoção e prevenção da saúde (Oliveira; Coutinho; Pinheiro, 2015).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma sociedade do cansaço impõe uma série de desafios aos indivíduos que exigem uma abordagem que valorize a resiliência e a resistência como meios de enfrentamento. Este trabalho examina as características e consequências negativas de uma sociedade destruída e destaca suas principais características.
Dessa forma, este estudo possibilita a construção de um referencial teórico que mostra a vulnerabilidade do profissional de enfermagem. A pesquisa realizada até agora incentiva outros estudos. A ênfase pode ser dada a aspectos como estresse psicológico, cansaço emocional, físico e mental resultante de jornadas excessivas de trabalho e condições de trabalho atípicas dos profissionais de saúde.
Em suma, lidar com uma sociedade exausta requer uma abordagem abrangente que combine estratégias individuais e coletivas. Construir resiliência é essencial para manter o bem-estar e a qualidade de vida diante do estresse contínuo.
REFERÊNCIA
ALVIM, Carla Caroline Edivaldo et al. Relação entre processo de trabalho e adoecimento mental da equipe de enfermagem. Revista fluminense de extensão universitária, v. 7, n. 1, p. 12-16, 2017.
BONTEMPO, Valéria Lima. Sociedade do cansaço. Sapere Aude, v. 9, n. 17, p. 2177-6342.2018, 2018.
CORBANEZI, Elton. HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 30, n. 3, p. 336.
COSTA, Rogério da. Sociedade de controle. São Paulo em perspectiva, v. 18, p. 161-167, 2004.
DORNELES, Ademir Jones Antunes et al. Prevalência de burnout em militares de enfermagem do exército Brasileiro no Rio Grande do Sul. REME-Revista Mineira de Enfermagem, v. 22, n. 1, 2018.
FERREIRA, Naiza do Nascimento; LUCCA, Sergio Roberto de. Síndrome de burnout em técnicos de enfermagem de um hospital público do Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 18, p. 68-79, 2015.
GASPARINO, Renata Cristina. Síndrome de Burnout na equipe de enfermagem de um hospital universitário. Cogitare Enfermagem, v. 19, n. 2, p. 232-238, 2014.
HABOWSKI, Adilson Cristiano; CONTE, Elaine. Sociedade do cansaço. Revista Crítica Cultural, v. 13, n. 2, p. 315-321, 2018.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Editora Vozes Limitada, 2015.
KRAMER, Peter. Listening to prozac: a psychiatrist explores antidepressants drugs and the remaking of the self. Nova York, Viking, 1993.
OLIVEIRA, Fernanda Kelly Fraga et al. Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem de um grande serviço de urgência de Sergipe. Interfaces Científicas-Saúde e Ambiente, v. 3, n. 3, p. 49-64, 2015.
OLIVEIRA, Patrícia Peres de et al. Esgotamento profissional e transtornos mentais comuns em enfermeiros oncológicos. Rev. enferm. UFPE on line, p. 2442-2450, 2018. 
O'NEILL, Lucy; JOHNSON, Judith; MANDELA, Rachel. Reflective practice groups: Are they useful for liaison psychiatry nurses working within the Emergency Department?. Archives of Psychiatric Nursing, v. 33, n. 1, p. 85-92, 2019.
PAIVA, Lucila Corsino de et al. Análise da qualidade de vida e fatores de risco para a síndrome de Burnout em profissionais de saúde. 2017.

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