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DISFUNÇÕES ORTOPÉDICAS NOS ADULTOS E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO APLICADO Síndrome do impacto Síndrome do impacto Síndrome dolorosa do ombro ! in f lamação <-> microtraumatismos, fibrose e degeneração c/ perda de força e tendinite do manguito rotador ! ruptura total. Supra espinhal e tendão longo biciptal e arco coracoacromial Inflação dos tendões e hipertrofia da bursa subacromial ! ↓ ainda + o espaço. Podem ocorrer osteófitos debaixo do arco acromial, ↑ as lacereções e consequente ruptura do manguito. Síndrome do impacto Rotura do dos tendões Tendinite Bursite Síndrome do impacto Etiologia: - Atletas (beisebol, futebol americano, nadadores) ! uso repetitivo do MS acima de 90º de abdução do ombro; - Variações na forma do acrômio; - I n s t a b i l i d a d e g l e n o u m e r a l e escapulotorácica; - Avascularidade dos tendões; - Hipo ou hipermobilidade glenoumeral. Síndrome do impacto Variações na forma do acrômio Síndrome do impacto Fase I: dor aguda ao esforço. Reversível. Edema e hemorragia na bolsa e tendões, < 25 anos. Tto conservador (analgesia e fortalecimento). Afasta// da causa. Fase II: inflamação e fibrose, c/ espessa// da bolsa, tendinite do manguito, 25-40 anos. Dor crônica na RI, como ao vestir- se; e dor noturna, pp// em DL. Tto conservador, porém a acromioplastia tem sua indicação. Fase III: dor constante e perda da força de elevação MS, c/ ruptura completa de um ou + tendões, c/ alts ósseas (esclerose óssea, cistos subcondrais, osteófitos). > 40 anos. Indicação cirúrgica: acromioplastia e a reconstrução do manguito rotador. Síndrome do impacto Diagnóstico - Exame físico e inspeção do ombro; - Exames de imagem (RX, RNM, US); - Testes especiais: - Teste de NEER: elevação passiva do membro c/ extensão do cotovelo e pronação do antebraço, provocando o choque da inserção do supra-espinhal contra a borda ântero-inferior do acrômio. Teste (+) se houver dor. Síndrome do impacto Teste do Impacto de Hawkins: pcte apoia o MS acometido, cotovelo 90º, sobre o membro contralateral do examinador, c/ a mão apoiada sobre o ombro do pcte, faz-se rápida RI, (+) se dor. Teste da queda do Braço: MS é elevado passiva// até 120-150º e o pcte não consegue mantê-lo, ocorre em casos na fase III (menos de 10%). Síndrome do impacto RM: lesão de supra espinhoso Síndrome do impacto Sintomas - Dor, pp// à elevação do ombro, porém pode haver pouca ou nenhuma dor localizada à palpação; - Crepitação; - Tensão muscular; - Atrofia dos músculos deltóide ou manguito rotador, especial// se for crônico; - Déficits de ADM (RI, abdução e adução horizontal); - Perda da funcionalidade. Síndrome do impacto Tto cirúrgico Acromioplastia http://iv.nucleusinc.com/enlargeexhibit.php?ID=27597 Síndrome do impacto Reparo artrocópico do manguito rotador http://goto.nucleusinc.com/enlargeexhibit.php?ID=27632 Síndrome do impacto Tratamento Fisioterapêutico fase inicial e intermediária: - Analgesia: crioterapia, TENS, iontoforese, calor superficial; - Prevenção da rigidez: mobilização articular grau I + tração; - Ganhar ADM: alonga//s, exercícios ativo assistido, pendulares, auto-assistidos c/ bastão ou livres p/ ganho de abdução e elevação, escada de dedos, recurso mecanoterápico, exercícios de depressão do úmero, auto-alonga//; Síndrome do impacto - Tratamento Fisioterapêutico fase intermediária e final: - Ganhar força: exercícios ativos resistidos p/ flexores e extensores de ombro, rotadores externos e depressores do úmero, exercícios em CCF, apoiando o braço contra a parede, proporcionando o fortaleci// do bíceps braquial e rebaixa// da escápula. Pode-se utilizar a theraband e os halteres. - Movi//s de arremesso (exercícios pliométricos). Síndrome do impacto Epicondilite lateral Epicondilite lateral Tb conhecida como “cotovelo de tenista”. Inflamação na origem dos tendões dos extensores de punho. Causada por movi//s repetidos ! microrupturas dos tendões junto à sua inserção. Acomete igual// homens e mulheres, sendo + comum entre 35-50 anos. Epicondilite lateral Quadro clínico Os sintomas aparecem na reg. lat. do cotovelo no epicôndilo lat. Inicial// a dor é leve, mas vai piorando progressiva//, podendo irradiar-se p/ antebraço, punho e mão. Limitação e incapacidade. Teste de cotovelo de tenista (+) Epicondilite lateral Tratamento Tto conservador. Cirúrgico se não houver remissão (total ou parcial) c/ o tto conservador em pelo menos 3 meses (ou pouco mais). Tto conservador: - Afasta atividade causal, se necessário imobilização, - Medicamentos (analgésicos, antiinflamatórios, infiltrações c/ corticóides), - Fisioterapia (crioterapia, eletroterapia – US, massagens q/ pode ser associada c/ gelo, mobilização, alonga//s e fortaleci//), - Acupuntura. - Orientações no esporte / postura. - O retorno às atividades deve ser lento e gradual, devendo-se evitar qlq exagero. Epicondilite medial Epicondilite medial Tb conhecida como “cotovelo de golfista”. Inflamação na origem dos tendões dos flexores do punho, epicôndilo medial. Desencadeada da msm forma q/ a epicondilite lat., por esforços repetitivos, comum no esportes (golfe, esportes de arremesso), carpintaria e digitação. Epicondilite medial Quadro clínico Dor na reg. medial do cotovelo, q/ pode irradiar-se p/ antebraço e punho. Tb pode haver dor ao fechar a mão c/ os dedos fletidos. Limitação e incapacidade. Teste de cotovelo de golfista (+) (músculos flexores). Epicondilite medial Tratamento: o msm p/ epicondilite lat. Fisioterapia Capsulite adesiva ou ombro congelado Capsulite adesiva ou ombro congelado Síndrome dolorosa do ombro = ombro congelado. Alts histológicas inflamatórias e fibrosas da cápsula e do revesti// sinovial do ombro. Retração da cápsula c/ progressiva rigidez articular e gde perda dos movi//s do ombro. Cápsula espessada, inelástica e aderida à cabeça umeral. Capsulite adesiva ou ombro congelado Secundária à imobilização prolongada do ombro ou uma situação de desuso ! deficiente circulação, hipóxia, acidose ! edema e alt. do tec. Conjuntivo ! inflamação ! retração. Capsulite adesiva ou ombro congelado Incidência: cerca de 2% na população. Faixa etária 40-60 anos. Mais frequente entre mulheres (2:1). O lado + acometido é o não dominante, pode ser bilateral. Pctes c/ diabetes mellitus tem incidência de 10-20% e cerca de 40% são bilaterais. Capsulite adesiva ou ombro congelado Evolução clínica: Fase 1 - Inflamatória / Dolorosa: aparece de maneira insidiosa, gradual, mal localizada, c/ perda lenta e progressiva da mobilidade do ombro. Duração 2-6 meses. Fase 2 - Rigidez: limitação da ADM, pp// RE, elevação até 100º, c/ dor leve e persistente. Duração 6-24 meses. Fase 3 - Remissão da doença / “Descongelamento”: ocorre o retorno gradual dos movi//s, de forma lenta e progressiva ao longo de meses. Duração 6-12 meses. Capsulite adesiva ou ombro congelado Etiologia e classificação a) primária ou idiopática; b) secundária – há uma causa (outras doenças): - Intrínseca - tendinites do manguito, tenossinovite da cab. longa do bíceps, bursite, artrose acromioclavicular; - Extrínseca – associada a alts de estruturas distantes do ombro, lesões do MS (fraturas do punho e mão, infecções), doenças do SNC ou SNP (AVC, epilepsia, lesão de nervos do MS), lesões da col. cervical, doenças do coração (isquemia do miocárdio) e do pulmão (doença pulmonar crônica, tumores do ápice do pulmão); - Sistêmica - diabetes, doenças da tireóide. Capsulite adesiva ou ombro congelado Quadro clínico: Dor intensa mesmo em repouso e predominante// noturna; Rápida restrição p/ todos os movi//s, principal// as RE e RI; Evolução lenta, não inferior a 4 ou 6 meses. Capsulite adesiva ou ombro congelado Diagnóstico: Quadro clínico; RX: ↓ do espaço articular, osteoporoseou osteopenia por desuso; Artrografia: eficaz apesar de doloroso, pois avalia a integridade do manguito rotador e o volume articular q/ sempre estará ↓. RNM geral// estará normal, já q/ a anatomia encontra-se inalterada. http://1.bp.blogspot.com/_7H9r_7bo6nc/SZcWbSU2wbI/AAAAAAAAAgE/mAh1zUZgqts/s1600-h/imagem+exame+f%C3%ADsico.JPG Capsulite adesiva ou ombro congelado Tr a t a m e n t o : n o r m a l / / , o t t o conservador é bem sucedido. Tto medicamentoso: - Analgésicos potentes; - Antiinflamatórios ; - Corticóides; - Antidepressivos; Bloqueio do nervo supra-escapular c/ infiltração de 8ml de anestésico local. Capsulite adesiva ou ombro congelado Tratamento cirúrgico: Consiste na liberação cirúrgica pela via aberta ou preferencial// artroscópica. A cápsula e liga//s são seccionados visando o ganho da ADM e a reabilitação imediata deve ser iniciada após o procedi//. Capsulite adesiva ou ombro congelado Tratamento fisioterapêutico: Objetivos: ↓ dor e desconforto, restaurar ADM (artrocinemática e osteocinemática), recuperar o controle motor e devolver a função. Fase hiperálgica • Crioterapia; • Eletroterapia (TENS, ultra-som, ondas curtas); • Mobilização passiva do ombro. Fases de enrijecimento e descongelamento • Termoterapia; • Mobilização articular e mobilização neural; • Alongamentos; • Exercícios assistidos; • Exercícios pendulares; • Exercícios ativos livres. O paciente será instruído a realizar exercícios de casa. Capsulite adesiva ou ombro congelado Mobilização articular – artrocinemática Eletroterapia Referências • GODINHO GG, FREITAS JMA, VIEIRA AW, ANTUNES LC, CASTANHEIRA EW. Tratamento artroscópico da tendinite calcária do ombro. Rev Bras Ortop; 32(9), Set, 1997. • Marques AP, Kondo A. A fisioterapia na osteoartrose: uma revisão da literatura. Rev Bras Reumatol; 38(2), Mar/Abr, 1998. • Silva NA, Montandon ACOS, Cabral MVSP. Doenças osteoarticulares degenerativas periféricas. Einstein. 2008; 6 (Supl 1):S21-S8. • MALONE T; McPOIL T; NITZ AJ. Fisioterapia em Ortopedia e Medicina do Esporte, 3ª ed. Livraria e Editora Santos, 2002.
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