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Aula 3 - DISFUNCOES ORTOPEDICAS NOS ADULTOS II

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DISFUNÇÕES ORTOPÉDICAS NOS 
ADULTOS E TRATAMENTO 
FISIOTERAPÊUTICO APLICADO 
Síndrome do impacto
Síndrome do impacto
Síndrome dolorosa do ombro ! in f lamação <-> 
microtraumatismos, fibrose e degeneração c/ perda de 
força e tendinite do manguito rotador ! ruptura total. 
Supra espinhal e tendão longo biciptal e arco coracoacromial 
Inflação dos tendões e hipertrofia da bursa subacromial ! ↓ 
ainda + o espaço. 
Podem ocorrer osteófitos debaixo do arco acromial, ↑ as 
lacereções e consequente ruptura do manguito.
Síndrome do impacto
Rotura do dos tendões
Tendinite
Bursite
Síndrome do impacto
Etiologia: 
- Atletas (beisebol, futebol americano, 
nadadores) ! uso repetitivo do MS 
acima de 90º de abdução do ombro; 
- Variações na forma do acrômio; 
- I n s t a b i l i d a d e g l e n o u m e r a l e 
escapulotorácica; 
- Avascularidade dos tendões; 
- Hipo ou hipermobilidade glenoumeral.
Síndrome do impacto
Variações na forma do acrômio
Síndrome do impacto
Fase I: dor aguda ao esforço. Reversível. Edema e hemorragia 
na bolsa e tendões, < 25 anos. Tto conservador (analgesia e 
fortalecimento). Afasta// da causa. 
Fase II: inflamação e fibrose, c/ espessa// da bolsa, tendinite 
do manguito, 25-40 anos. Dor crônica na RI, como ao vestir-
se; e dor noturna, pp// em DL. Tto conservador, porém a 
acromioplastia tem sua indicação. 
Fase III: dor constante e perda da força de elevação MS, c/ 
ruptura completa de um ou + tendões, c/ alts ósseas 
(esclerose óssea, cistos subcondrais, osteófitos). > 40 anos. 
Indicação cirúrgica: acromioplastia e a reconstrução do 
manguito rotador.
Síndrome do impacto
Diagnóstico 
- Exame físico e inspeção do ombro; 
- Exames de imagem (RX, RNM, US); 
- Testes especiais: 
- Teste de NEER: elevação passiva do 
membro c/ extensão do cotovelo e 
pronação do antebraço, provocando o 
choque da inserção do supra-espinhal 
contra a borda ântero-inferior do 
acrômio. Teste (+) se houver dor. 
Síndrome do impacto
Teste do Impacto de Hawkins: pcte apoia 
o MS acometido, cotovelo 90º, sobre o 
membro contralateral do examinador, c/ 
a mão apoiada sobre o ombro do pcte, 
faz-se rápida RI, (+) se dor. 
Teste da queda do Braço: MS é elevado 
passiva// até 120-150º e o pcte não 
consegue mantê-lo, ocorre em casos na 
fase III (menos de 10%).
Síndrome do impacto
RM: lesão de supra espinhoso
Síndrome do impacto
Sintomas 
- Dor, pp// à elevação do ombro, porém pode haver pouca ou 
nenhuma dor localizada à palpação; 
- Crepitação; 
- Tensão muscular; 
- Atrofia dos músculos deltóide ou manguito rotador, 
especial// se for crônico; 
- Déficits de ADM (RI, abdução e adução horizontal); 
- Perda da funcionalidade.
Síndrome do impacto
Tto cirúrgico Acromioplastia
http://iv.nucleusinc.com/enlargeexhibit.php?ID=27597
Síndrome do impacto
Reparo artrocópico do manguito rotador
http://goto.nucleusinc.com/enlargeexhibit.php?ID=27632
Síndrome do impacto
Tratamento Fisioterapêutico fase inicial e intermediária: 
- Analgesia: crioterapia, TENS, iontoforese, calor superficial; 
- Prevenção da rigidez: mobilização articular grau I + tração; 
- Ganhar ADM: alonga//s, exercícios ativo assistido, pendulares, 
auto-assistidos c/ bastão ou livres p/ ganho de abdução e 
elevação, escada de dedos, recurso mecanoterápico, exercícios 
de depressão do úmero, auto-alonga//;
Síndrome do impacto
- Tratamento Fisioterapêutico fase intermediária e 
final: 
- Ganhar força: exercícios ativos resistidos p/ flexores e 
extensores de ombro, rotadores externos e depressores 
do úmero, exercícios em CCF, apoiando o braço contra a 
parede, proporcionando o fortaleci// do bíceps braquial e 
rebaixa// da escápula. Pode-se utilizar a theraband e os 
halteres. 
- Movi//s de arremesso (exercícios pliométricos).
Síndrome do impacto
Epicondilite lateral
Epicondilite lateral 
Tb conhecida como “cotovelo de tenista”. Inflamação na origem dos 
tendões dos extensores de punho. 
Causada por movi//s repetidos ! microrupturas dos tendões junto à 
sua inserção. 
Acomete igual// homens e mulheres, sendo + comum entre 35-50 
anos.
Epicondilite lateral
Quadro clínico 
Os sintomas aparecem na reg. lat. 
do cotovelo no epicôndilo lat. 
Inicial// a dor é leve, mas vai 
piorando progressiva//, podendo 
irradiar-se p/ antebraço, punho e 
mão. 
Limitação e incapacidade. 
Teste de cotovelo de tenista (+)
Epicondilite lateral
Tratamento 
Tto conservador. Cirúrgico se não houver remissão (total ou 
parcial) c/ o tto conservador em pelo menos 3 meses (ou 
pouco mais). 
Tto conservador: 
- Afasta atividade causal, se necessário imobilização, 
- Medicamentos (analgésicos, antiinflamatórios, infiltrações c/ 
corticóides), 
- Fisioterapia (crioterapia, eletroterapia – US, massagens q/ 
pode ser associada c/ gelo, mobilização, alonga//s e 
fortaleci//), 
- Acupuntura. 
- Orientações no esporte / postura. 
- O retorno às atividades deve ser lento e gradual, devendo-se 
evitar qlq exagero.
Epicondilite medial
Epicondilite medial 
Tb conhecida como “cotovelo de golfista”. 
Inflamação na origem dos tendões dos flexores do punho, epicôndilo 
medial. 
Desencadeada da msm forma q/ a epicondilite lat., por esforços 
repetitivos, comum no esportes (golfe, esportes de arremesso), 
carpintaria e digitação.
Epicondilite medial
Quadro clínico 
Dor na reg. medial do cotovelo, q/ pode irradiar-se p/ 
antebraço e punho. 
Tb pode haver dor ao fechar a mão c/ os dedos fletidos. 
Limitação e incapacidade. 
Teste de cotovelo de golfista (+) (músculos flexores).
Epicondilite medial
Tratamento: o msm p/ epicondilite lat. 
Fisioterapia
Capsulite adesiva ou ombro congelado
Capsulite adesiva ou ombro congelado 
Síndrome dolorosa do ombro = ombro congelado. 
Alts histológicas inflamatórias e fibrosas da cápsula 
e do revesti// sinovial do ombro. 
Retração da cápsula c/ progressiva rigidez articular 
e gde perda dos movi//s do ombro. 
Cápsula espessada, inelástica e aderida à cabeça 
umeral.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Secundária à imobilização prolongada do ombro ou uma situação 
de desuso ! deficiente circulação, hipóxia, acidose ! edema 
e alt. do tec. Conjuntivo ! inflamação ! retração.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Incidência: cerca de 2% na população. 
Faixa etária 40-60 anos. 
Mais frequente entre mulheres (2:1). 
O lado + acometido é o não dominante, pode ser bilateral. 
Pctes c/ diabetes mellitus tem incidência de 10-20% e cerca 
de 40% são bilaterais.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Evolução clínica: 
Fase 1 - Inflamatória / Dolorosa: aparece de maneira 
insidiosa, gradual, mal localizada, c/ perda lenta e 
progressiva da mobilidade do ombro. Duração 2-6 meses. 
Fase 2 - Rigidez: limitação da ADM, pp// RE, elevação até 
100º, c/ dor leve e persistente. Duração 6-24 meses. 
Fase 3 - Remissão da doença / “Descongelamento”: ocorre o 
retorno gradual dos movi//s, de forma lenta e progressiva 
ao longo de meses. Duração 6-12 meses.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Etiologia e classificação 
a) primária ou idiopática; 
b) secundária – há uma causa (outras doenças): 
- Intrínseca - tendinites do manguito, tenossinovite da cab. longa 
do bíceps, bursite, artrose acromioclavicular; 
- Extrínseca – associada a alts de estruturas distantes do ombro, 
lesões do MS (fraturas do punho e mão, infecções), doenças do 
SNC ou SNP (AVC, epilepsia, lesão de nervos do MS), lesões da 
col. cervical, doenças do coração (isquemia do miocárdio) e do 
pulmão (doença pulmonar crônica, tumores do ápice do pulmão); 
- Sistêmica - diabetes, doenças da tireóide.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Quadro clínico: 
Dor intensa mesmo em repouso e 
predominante// noturna; 
Rápida restrição p/ todos os movi//s, 
principal// as RE e RI; 
Evolução lenta, não inferior a 4 ou 6 
meses.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Diagnóstico: 
Quadro clínico; 
RX: ↓ do espaço articular, osteoporoseou osteopenia por 
desuso; 
Artrografia: eficaz apesar de doloroso, pois avalia a 
integridade do manguito rotador e o volume articular q/ 
sempre estará ↓. 
RNM geral// estará normal, já q/ a anatomia encontra-se 
inalterada.
http://1.bp.blogspot.com/_7H9r_7bo6nc/SZcWbSU2wbI/AAAAAAAAAgE/mAh1zUZgqts/s1600-h/imagem+exame+f%C3%ADsico.JPG
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Tr a t a m e n t o : n o r m a l / / , o t t o 
conservador é bem sucedido. 
Tto medicamentoso: 
- Analgésicos potentes; 
- Antiinflamatórios ; 
- Corticóides; 
- Antidepressivos; 
Bloqueio do nervo supra-escapular c/ 
infiltração de 8ml de anestésico 
local.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Tratamento cirúrgico: 
Consiste na liberação cirúrgica pela via 
aberta ou preferencial// artroscópica. 
A cápsula e liga//s são seccionados visando 
o ganho da ADM e a reabilitação imediata 
deve ser iniciada após o procedi//.
Capsulite adesiva ou ombro congelado
Tratamento fisioterapêutico: 
Objetivos: ↓ dor e desconforto, restaurar ADM (artrocinemática e osteocinemática), 
recuperar o controle motor e devolver a função. 
Fase hiperálgica 
• Crioterapia; 
• Eletroterapia (TENS, ultra-som, ondas curtas); 
• Mobilização passiva do ombro. 
Fases de enrijecimento e descongelamento 
• Termoterapia; 
• Mobilização articular e mobilização neural; 
• Alongamentos; 
• Exercícios assistidos; 
• Exercícios pendulares; 
• Exercícios ativos livres. 
O paciente será instruído a realizar exercícios de casa.
Capsulite adesiva ou ombro 
congelado
Mobilização articular – artrocinemática 
Eletroterapia
Referências
• GODINHO GG, FREITAS JMA, VIEIRA AW, ANTUNES LC, 
CASTANHEIRA EW. Tratamento artroscópico da tendinite 
calcária do ombro. Rev Bras Ortop; 32(9), Set, 1997. 
• Marques AP, Kondo A. A fisioterapia na osteoartrose: uma 
revisão da literatura. Rev Bras Reumatol; 38(2), Mar/Abr, 
1998. 
• Silva NA, Montandon ACOS, Cabral MVSP. Doenças 
osteoarticulares degenerativas periféricas. Einstein. 2008; 6 
(Supl 1):S21-S8. 
• MALONE T; McPOIL T; NITZ AJ. Fisioterapia em Ortopedia 
e Medicina do Esporte, 3ª ed. Livraria e Editora Santos, 
2002.

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