Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Embriogênese do sistema nervoso Professora Débora Pedrolo Parisi Sistema Nervoso Sistema nervoso central (SNC): encéfalo e medula espinhal Encéfalo: cérebro , tronco encefálico e cerebelo Sistema nervoso periférico (SNP): sistema nervoso somático (nervos espinhais) e sistema nervoso visceral (sistema nervoso autônomo) Nervos cranianos: 12 pares originados no tronco encefálico (alguns são do SNC outros do SNP e do sistema nervoso visceral Formação do tubo neural: Embrião é um disco plano formado por 3 camadas celulares: endoderma, mesoderma e ectoderma Ectoderma: origina sistema nervoso e sitema tegumentar Formação do tubo neural (neurulação) – por volta de 22 dias pós fecundação 3 semanas de gestação: encéfalo é formado apenas por uma camada pavimentosa de células Forma-se um sulco na placa neural - sulco neural As paredes dos sulcos (pregas neurais) se aproximam – fundem-se dorsalmente formando o tubo neural Tubo neural: Com fechamento do tubo neural é saparada a região da crista neural Crista neural – forma SNP ( a crista neural desenvolve-se em íntima associação ao mesoderma adjacente Formam protuberâncias chamadas de somitos (desenvolvem as vértebral e músculos esqueléticos) Vesículas encefálicas primárias: processo de diferenciação Porção rostral do tubo neural: 3 dilatações chamadas de vesículas primárias: Prosencéfalo (encéfalo anterior) Mesencéfalo (encéfalo médio) Rombencéfalo (encéfalo posterior) Prosencéfalo: Duas vesículas telencefálicas e o diencéfalo Vesículas telencefálicas formam o telencéfalo: formam os hemisférios cerebrais Diencéfalo: forma o tálamo e o hipotálamo Mesencéfalo: Diferencia-se relativamente pouco Originará o mesencéfalo propriamente dito Rombencéfalo: Origina metencéfalo e mielencéfalo Metencéfalo formará ponte e cerebelo Mielencéfalo formará bulbo (medula oblonga) Distúrbios do fechamento do tubo neural Anencefalia: Encefalocele: Spina bifida Mielomeningocele: Spina bifida Ventrículos Formação líquor Circulação liquórica Meninges: “revestimento” Dura máter (“mãe dura”) – mais externa Aracnóide (“aranha”) – intermediária Pia máter (“mãe piedosa”) – mais interna e fina Espaço subaracnóideo Entre a aracnóide e a pia máter – líquido cefalorraquidiano (LCR) LCR – produzido pelo plexo corióideos Ventrículos Complexo Ventricular Ventrículos laterais direito e esquerdo; Comunicam-se com o terceiro ventrículo através do forame interventricular; Complexo ventricular O terceiro ventrículo comunica-se com o quarto ventrículo através do aqueduto cerebral Meninges SNC é envolto por 3 membranas: dura máter, aracnóide e pia máter; Dura máter mais espessa e resistente; Aracnoide é a intermediária, separa-se da dura máter pelo espaço subdural, e separa-se da pia máter pelo espaço subaracnoídeo (circulação do líquor); Pia máter é a mais interna (adere-se ao tecido nervoso) Meninges: Três membranas: Dura – máter (externa); Aracnóide (média); Pia – máter (interna); Protegem as estruturas neurais; Espaço subaracnóide contém o líquido cefalorraquidiano (LCR) Dura máter Circulação liquórica Líquor Líquido incolor que ocupa o espaço entre a aracnóide e a pia máter e as cavidades ventriculares, com a função principal de dar proteção mecânica ao SNC; Produzido plexos coróides dos ventrículos (principalmente ventrículos laterais) LCR e ventrículos: LCR secretado pelo plexo coróide principalmente nos ventrículos laterais; Aqueduto cerebral; Terceiro ventrículo; Quarto ventrículo. LCR e sistema ventricular: LCR: funções; Remove metabólitos, transporta nutrientes para o cérebro e proteção contra choques Circulação liquórica Através do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da dura-máter. Granulações Aracnoídeas LCR e ventrículos: Esquema de circulação do líquor Spina bífida Meningocele Mielomeningocele Spina bifida oculta Estima-se que 1 entre 700 ou 800 nascidos terão defeito de fechamento aberto da coluna vertebral Corpos vertebrais normais têm uma disposição triangular e o afastamento dos corpos vertebrais posteriores dão origem ao defeito congênito conhecido como espinha bífida. Spina bífida oculta ou fechada Geralmente a lesão envolve a coluna vertebral e a medula espinhal. Quando acomete somente os corpos vertebrais, sem envolvimento da medula, trata-se de espinha bífida fechada ou oculta Nestes casos o diagnóstico pré-natal é muito raro e ao nascimento pode se suspeitar deste defeito devido à presença de pigmentação na pele com sardas, pelos e até lipomas subcutâneos. Ao exame clínico também pode ser palpado um alargamento na coluna ao nível da lesão. Meningocele Quando a espinha bífida está associada a uma lesão cística, há um envolvimento da medula espinhal. Se houver apenas imagem cística sem envolver a medula ou raízes nervosas será denominada: meningocele Neste caso a medula está íntegra sem lesões. Estes fetos apresentam um excelente prognóstico praticamente sem comprometimento neurológico Mielomeningocele: Nos casos em que a medula ou raízes nervosas estão envolvidas, trata-se de Mielomeningocele Quanto mais alto o nível da lesão, maiores serão as sequelas neurológicas. O nível superior do comprometimento medular define o prognóstico motor, e quanto mais baixo este nível, menor o risco de déficits motores graves Mielomeningocele: É um tipo de defeito de fechamento do tubo neural Incidência nos EUA: vem caindo desde a década de 1980, quando se estimava 1-2 casos para cada 1000 nascidos vivos, para atuais 0,44/1000 nasc. Aplicação de medidas preventivas (ácido fólico), bem como aconselhamento genético. Ou ainda a terminação da gestação ante ao diagnóstico ainda pré-natal precoce (aborto) Diagnóstico pré natal: Alfa-feto proteína materna: dosada no sangue materno entre 16 e 18 semanas de gestação (podendo estender-se entre 14 e 21 semanas) É positivo em 75% dos casos de DTN e apenas 3% das gestações normais quando 2.5x maior que o valor basal Diagnóstico pré natal Ultrassonografia de alta resolução: a sensibilidade chega próxima a 100% dos casos tão precocemente quanto em 10 a 12 semanas de gestação Diagnóstico pré natal Amniocentese: realizada após alterações nos dois exames Podem ser dosadas a alfa-feto proteína e acetilcolinesterase A elevação de ambas as substâncias geram diagnóstico correto em 99% dos casos, e falso positivo em apenas 0,34% TRATAMENTO CLÍNICO Clínico deve observar: tamanho e área da lesão; áreas de úlceras e saída de líquido cefalorraquídeo – sinais de hidrocefalia Fechamento precoce da bolsa (1ªs 24 horas de vida) Derivação da hidrocefalia QUADRO CLÍNICO Perda de reflexos profundos e superficiais Anestesia Paralisia motora flácida parcial / completa Perda de controle da micção / defecação Níveis motores / sensitivos (observação clínica) INERVAÇÃO MUSCULAR NÍVEIS DE LESÃO: MÚSCULOS PRESERVADOS - Torácico: membro superior e tronco - Lombar alto:flexores de quadril; adutores do quadril; extensores do joelho - Lombar baixo:flexores do joelho; dorsiflexores; abdutores do quadril - Sacral: flexão plantar; flexão artelhos; extensão dos quadris INERVAÇÃO SENSITIVA Nível Torácico Nível Lombar Alto Nível Lombar Baixo Nível Sacral TRATAMENTO NEUROCIRÚRGICO Reparação imediata Controle da hidrocelalia (derivação) Conservar tecido nervoso Evitar traumatismos mecânicos Cuidados pós operatórios (riscos de infecções – meningites) Clique paraeditar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível COLUNA VERTEBRAL Hiperlordose Escoliose Hipercifose Obs: elevado risco de fraturas ESCOLIOSE X MIELO T12 - 100% L1 - 90% L2 - 80% L3 - 70% L4 - 60% L5 - 25% Sacral – componente lordótico na marcha COMPLICAÇÕES Obesidade Alterações urinárias / renais (bexigoma, infecções urinárias de repetição) Hidrocefalia (trocas da válvula de derivação) Diastematomielia Medula presa MANOBRAS DE ESVAZIAMENTO Valsalva Credê Supra Púbica TRATAMENTO REABILITATIVO Equipe multidisciplinar: Cirurgião plástico Neurocirurgião Urologista Ortopedista Neurologista Fisiatra TRATAMENTO REABILITATIVO Psicólogo Nutricionista Terapeuta ocupacional Fonoaudiólogo (*) Ortetista Fisioterapeuta / hidroterapeuta TRATAMENTO FISIOTERÁPICO Avaliação inicial minunciosa Intervenção precoce Comunicação com a equipe de reabilitação Planejamento dos objetivos à curto, médio e longo prazo OBJETIVOS DO TRATAMENTO Orientações familiares (posicionamentos / anestesia / alongamentos) Posicionamentos adequados Alongamentos musculares Fortalecimentos musculares Estimular etapas do desenvolvimento motor Estimulação sensório motora PROGNÓSTICO DE MARCHA Nível Torácico: 100% não deambuladores Nível Lombar Alto: 50% deambulam Nível Lombar Baixo: 80% deambulam Nível Sacral: 100% deambulam image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.png image13.jpeg image14.jpeg image15.jpeg image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg image20.png image21.jpeg image22.jpeg image23.jpeg image24.png image25.jpeg image26.jpeg image27.jpeg image28.jpeg image29.jpeg image30.png image31.jpeg image32.jpeg image33.jpeg image34.jpeg image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png oleObject1.bin image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.png image59.png
Compartilhar