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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
FACULDADE DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
DANIELLY WISKUTZKI ALVARENGA 
DARLA DE OLIVEIRA PIRES 
 
 
 
 
O EFEITO DA CRIOTERAPIA NA SINOVITE DE PESSOAS COM 
OSTEOARTRITE DE JOELHOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA 
2019 
 
DANIELLY WISKUTZKI ALVARENGA 
DARLA DE OLIVEIRA PIRES 
 
 
 
 
 
 
O EFEITO DA CRIOTERAPIA NA SINOVITE DE PESSOAS COM 
OSTEOARTRITE DE JOELHOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso 
apresentado à Faculdade de Fisioterapia 
da Universidade Federal de Juiz de Fora 
como requisito para aprovação na 
disciplina Trabalho de Conclusão de 
Curso II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Professora Dra. Jennifer Granja Peixoto - UFJF 
Coorientador: Professor Dr. Diogo Carvalho Felicio - UFJF 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Introdução: Osteoartrite (OA) é a doença crônico-degenerativa mais frequente no 
mundo na qual acredita-se que a presença de sinovite tenha um papel patogênico. O 
aumento da temperatura intra-articular gera destruição da cartilagem e de outros 
tecidos. Crioterapia consiste na diminuição da temperatura do tecido, com efeito 
analgésico, redução de edema e do processo inflamatório. Objetivo: Buscar e 
avaliar o nível de evidência, por intermédio da análise da qualidade metodológica de 
estudos, do efeito da crioterapia na sinovite de pessoas com OA de joelhos. 
Materiais e métodos: É uma revisão sistemática, baseada nas recomendações 
PRISMA, onde foram selecionados artigos nas bases de dados Physioterapy 
Evidence Database (PEDro), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências 
da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature 
Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE - via PubMed), Web of Science, 
Cochrane Library, Cochrane Central, PubMed e Scopus. Dois revisores 
selecionaram e avaliaram os estudos considerados pertinentes e as discordâncias 
foram solucionadas por consenso e por meio de um terceiro revisor. Resultados: A 
estratégia de busca elaborada retornou um total de 131 estudos e, pela análise dos 
títulos, 05 foram selecionados e tiveram seus resumos avaliados. Ademais, 3 artigos 
foram selecionados por busca manual e tiveram seus resumos avaliados. Por fim, 
quatro artigos foram selecionados, mas não puderam ser analisados na íntegra. 
Conclusão: Até o presente momento, não há evidências que comprovem a eficácia 
da crioterapia no tratamento da sinovite de pessoas com OA de joelhos. 
 
 
Palavras-chave: Crioterapia. Osteoartrite. Sinovite. Joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.org/
 
ABSTRACT 
 
 
 
Introduction: Osteoarthritis (OA) is the most common chronic-degenerative disease 
in the world in which the presence of synovitis is believed to play a pathogenic role. 
Increased intra-articular temperature causes destruction of cartilage and other 
tissues. Cryotherapy involves the reduction of tissue temperature, with analgesic 
effect, reduction of edema and the inflammatory process. Objective: To search for 
and evaluate the level of evidence, through the methodological quality of studies, of 
the effect of cryotherapy on synovitis in people with knee OA. Materials and 
methods: It is a systematic review, based on the PRISMA recommendations, where 
articles were selected in databases Physioterapy Evidence Database (PEDro), Latin 
American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Scientific Electronic 
Library Online (SciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online 
(MEDLINE - via PubMed), Web of Science, Cochrane Library, Cochrane Central, 
PubMed and Scopus. Two reviewers selected and evaluated the studies considered 
relevant and the disagreements were resolved by consensus and through a third 
reviewer. Results: The elaborated search strategy returned a total of 131 studies, 
and, through the analysis of the titles, 05 were selected and had their summaries 
evaluated. In addition, 3 articles were selected by manual search and had their 
abstracts evaluated. Finally, four articles were selected, but could not be analyzed in 
their entirety. Conclusion: To date, there is no evidence to prove the efficacy of 
cryotherapy in treating synovitis in people with knee OA. 
 
 
Keywords: Cryotherapy. Osteoarthritis. Synovitis. Knee. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ADM Amplitude de movimento 
 AINEs Anti-inflamatórios não esteroides 
ATJ Artroplastia total de joelho 
CCI Coeficiente de correlação intraclasse 
COMUT Comutação bibliográfica do Centro de Difusão de 
Conhecimento da UFJF 
DeCS Descritores em Ciência da Saúde 
ECA Ensaio Clínico Aleatorizado 
EVA Escala Visual Analógica 
LILACS Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da 
Saúde 
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online 
MeSH Medical Subject Headings 
OA Osteoartrite 
OC Ondas curtas 
PEDro Physiotherapy Evidence Database 
SciELO Scientific Eletronic Library Online 
UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora 
UFSCar Universidade Federal de São Carlos 
WOMAC Western Ontario and McMaster Universities Index 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8 
2 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 10 
3 HIPÓTESE ...................................................................................................................... 10 
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 11 
5 RESULTADOS ............................................................................................................... 14 
6 DISCUSSÃO .................................................................................................................. 18 
7 LIMITAÇÕES .................................................................................................................. 23 
8 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 24 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 25 
ANEXO A – PRISMA: Principais Itens para Relatar Revisões sistemática e 
Meta-análises .................................................................................................................... 30 
ANEXO B – Escala PeDro .............................................................................................. 31 
ANEXO C – Recomendações CONSORT .................................................................... 32 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Osteoartrite (OA) é a doença crônico-degenerativa mais frequentes em 
todo mundo (HINMAN et al., 2002), na qual há degradação da cartilagem articular, 
espessamento do osso subcondral, formação de osteófitos, variados graus de 
sinovite, degeneração de ligamentos, hipertrofia de meniscos e cápsula articular, 
além de alterações nos músculos periarticulares, nervos, bursas e placas de 
gorduras (LOESER et al., 2012). 
Estima-se que 16,2% da população brasileira apresentem OA, sendo 
mais comum em mulheres, nas quais a articulação do joelho é uma das mais 
acometidas (PAULA, SOARES E LIMA, 2009). Cerca de 50% dos pacientes com OA 
sintomática nos joelhos, mesmo nos quadros da doença precoce, apresenta sinovite 
de variado grau (AYRAL et al., 2005; BENITO et al., 2005). Esta está fortemente 
ligada a presença e progressão da dor nos joelhos (odds ratio [OR] de 1,5, IC 95% 
0,9 a 2,7 e OR de 2,8, IC 95% 1,3 a 6,2 para pouca e extensa sinovite 
respectivamente) (BAKER et al., 2010) e possivelmente perda de cartilagem(OR 
ajustado 2,7, IC 95% 1,4 a 5,1; p = 0,002) (ROEMER et al., 2011), embora a relação 
com a mudança estrutural seja menos consistente. 
Anteriormente, acreditava-se que a sinovite, que está associada com dor, 
gravidade da doença e progressão da OA no joelho, era uma conseqüência do dano 
articular subjacente. Mais recentemente, no entanto, acredita-se que é provável que 
a sinovite tenha um papel patogênico na OA e, desta forma, pode ser um precursor 
e não apenas uma conseqüência de falha articular (ATTUR et al., 2010; WENHAM, 
CONAGHAM, 2010). Dessa maneira, a sinovite parece ser um alvo racional para a 
intervenção, pois esta já não é percebida como um espectador inocente em OA 
(GLYN-JONES et al., 2015; ATTUR et al., 2010). 
Adicionalmente, a sinovite induzida no joelho gera uma diminuição na 
função do quadríceps, o que pode ser explicado pela inibição de impulsos aferentes 
gerados pela distensão da capsula articular (MCNAIR, MARSHALL, MAGUIRE, 
1996). Consequentemente, parece adequado supor que essa alteração também 
ocorra em pessoas com OA de joelhos com sinovite, havendo, assim, um atraso no 
processo de reabilitação e retorno desses indivíduos às suas atividades funcionais 
(TORRY et al., 2000). 
9 
 
Apesar da repercussão adversa da sinovite na estabilidade articular 
(RUTHERFORD, 2014) e da limitação imposta por ela na cinesioterapia, este é um 
achado que, usualmente, costuma ser negligenciado na OA de joelhos. Em 
contrapartida, tratamentos específicos para esta alteração poderiam ser benéficos 
tanto para os sintomas como para as mudanças estruturais que ocorrem nesta 
doença (GOLDRING, GOLDRING, 2007). Isto porque, na OA, enzimas destrutivas 
são produzidas e se tornam mais ativas com o aumento da temperatura, resultando 
na destruição da cartilagem e dos outros tecidos (HARRIS, MCCROSKERY, 1974). 
Tal destruição aumenta rapidamente com temperaturas entre 35-36°C, quando a 
região está em processo de sinovite ativa (HARRIS, MCCROSKERY, 1974). Porém, 
em torno de 30°C a atividade dessas enzimas se torna praticamente desprezível 
(HARRIS, MCCROSKERY, 1974). Desta forma, o conhecimento da redução 
mensurável da sinovite é necessário para servir como prova das mudanças de 
volume sinovial em resposta às intervenções propostas (O'NEILL et al., 2016). 
Atualmente existem controvérsias na literatura em relação ao uso de 
crioterapia no manejo de OA de joelhos. As recomendações das diretrizes clínicas 
Rheumatology International (2018), American College of Rheumatology (2012), do 
The Royal Australian College of General Practitioners (2009) e da Osteoarthritis 
Research Society International – OARSI (2008) indicam o uso desse agente físico, 
pois a crioterapia provoca uma diminuição da temperatura intra-articular, gerando 
melhora do quadro clínico. Outrossim, segundo a revisão de literatura (SOUZA e 
UEDA, 2014) os efeitos da crioterapia em processos inflamatórios agudos estão bem 
esclarecidos e, caracterizados os seus efeitos sobre a diminuição do edema e da 
dor. 
Contudo, diretrizes clínicas mais recentes da The Royal Australian 
College of General Practitioners (2018), OARSI (2014) e da American Academy of 
Orthopaedic Surgeons (2013) já não trazem, como recomendação, o uso deste 
agente físico para pacientes com OA de joelhos, sem que haja, entretanto, qualquer 
justificativa para esta exclusão, embora a quantidade reduzida e de baixa qualidade 
metodológica de ensaios clínicos sobre o efeito da crioterapia na OA de joelho seja 
sempre mencionada. 
A crioterapia, recurso de baixo custo e de fácil aplicação, consiste na 
diminuição da temperatura do tecido mediante a retirada de calor do corpo para 
conseguir um efeito analgésico (KNIGHT, 1995) pela vasoconstrição e diminuição da 
10 
 
permeabilidade local de vasos sanguíneos, o que reduz o edema e aumenta o limiar 
doloroso (KARUNAKARA, LEPHART, PINCIVERO, 1999). Além disso, em uma 
articulação inflamada, a crioterapia local gera analgesia e efeitos anti-inflamatórios 
que podem ser diretamente relacionados com a hipotermia intra-articular induzida 
(OOSTERVELD, 1994), que pode inibir o processo enzimático chave envolvido na 
inflamação articular (HARRIS, MCCROSKERY, 1974). Desta forma, a diminuição da 
temperatura do tecido pode diminuir a dor, o edema, a condução nervosa, o 
metabolismo e o espasmo muscular. Pode minimizar, ainda, o processo inflamatório, 
a lesão por hipóxia e a liberação de mediadores inflamatórios e, consequentemente, 
ajudar na recuperação do tecido após trauma e, por conseguinte, reduzir o consumo 
de medicamentos (LOPES et al., 2013; SILVA, IMOTO, CROCI, 2007; WARREN et 
al.,2004). 
Embora frequentemente utilizada em programas de fisioterapia, os efeitos 
da crioterapia no tratamento da sinovite não estão totalmente elucidados (MOREIRA 
et al., 2011). Apesar do uso clínico e do impacto já comprovado da crioterapia na 
redução do edema periarticular, da dor e do período de recuperação pós-trauma 
(FREIRE, 2016; GUIRRO, ABIB, MAXIMO, 1999), o conhecimento sobre a resposta 
da crioterapia no tratamento de OA de joelho é limitado (CETIN et al., 2008; 
PORCHERET et al., 2007). Neste sentido, embora tenha sido observado em cobaios 
Wistar um impacto positivo na redução da sinovite (MOREIRA et al., 2011), não se 
sabe se a crioterapia gera o mesmo efeito em pessoas com OA de joelhos. 
Consequentemente, apesar de ser um recurso com grande potencial teórico e de ser 
largamente utilizado na prática clínica, seria relevante que novos estudos 
avaliassem o efeito da crioterapia na sinovite de pessoas com OA de joelhos. 
 
2 OBJETIVO GERAL 
 
 
Buscar e avaliar o nível de evidência, por intermédio da análise da 
qualidade metodológica de estudos, do efeito da crioterapia na sinovite de pessoas 
com OA de joelhos. 
 
3 HIPÓTESE 
 
 
H01 – Não há, na literatura, estudos com boa qualidade metodológica que 
11 
 
evidenciem efeito da crioterapia na sinovite de pessoas com OA de joelhos. 
 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
a. ESTRATÉGIA DE BUSCA 
 
 
Trata-se de uma revisão sistemática, realizada com base nas 
recomendações PRISMA, Principais Itens para Relatar Revisões sistemática e Meta-
análises, que consiste em um checklist de 27 itens (ANEXO A). Para a realização 
deste estudo foram selecionados artigos nas bases de dados Physioterapy Evidence 
Database (PEDro), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
(LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analysis 
and Retrieval System Online (MEDLINE - via PubMed), Web of Science, Cochrane 
Library, Cochrane Central, PubMed e Scopus. 
As buscas foram realizadas, com delimitação do local onde as palavras-
chave deveriam estar (título, abstract ou key words), em todas as bases de dados 
supracitadas, usando as variações previstas nos dicionários de sinônimos MeSH 
(Medical Subject Headings) e DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) para o 
termo Synovitis e, assim, também foram utilizados os termos Synovitides, Synovial 
Hypertrophy ou Synovial Thickening. Para o termo Cryotherapy, foi usado, ainda, o 
termo Cold Therapy e Thermotherapy, sendo este último elencado por intermédio de 
busca manual. Por fim, para o termo Osteoarthritis foi usado, também, o termo 
Osteoarthrosis. 
Assim, foram feitas buscas para Synovitis AND Cryotherapy AND 
Osteoarthritis; Synovitis AND Cryotherapy AND Osteoarthrosis; Synovitis AND Cold 
Therapy AND Osteoarthritis; Synovitis AND Cold Therapy AND Osteoarthrosis; 
Synovitides AND Cryotherapy AND Osteoarthritis; Synovitides AND Cryotherapy 
AND Osteoarthrosis; Synovitides AND Cold Therapy AND Osteoarthritis; Synovitides 
AND Cold Therapy AND Osteoarthrosis; Synovial Hypertrophy AND Cryotherapy 
AND Osteoarthritis; Synovial Hypertrophy AND Cryotherapy AND Osteoarthrosis; 
Synovial Hypertrophy AND Cold Therapy AND Osteoarthritis; Synovial Hypertrophy 
AND Cold Therapy ANDOsteoarthrosis; Synovial Thickening AND Cryotherapy AND 
Osteoarthritis; Synovial Thickening AND Cryotherapy AND Osteoarthrosis; Synovial 
Thickening AND Cold Therapy AND Osteoarthritis; Synovial Thickening AND Cold 
http://www.scielo.org/
12 
 
Therapy AND Osteoarthrosis; Synovitis AND Thermotherapy AND Osteoarthritis; 
Synovitis AND Thermotherapy AND Osteoarthrosis; Synovitides AND Thermotherapy 
AND Osteoarthritis; Synovitides AND Thermotherapy AND Osteoarthrosis; Synovial 
Hypertrophy AND Thermotherapy AND Osteoarthritis; Synovial Hypertrophy AND 
Thermotherapy AND Osteoarthrosis; Synovial Thickening AND Thermotherapy AND 
Osteoarthritis; Synovial Thickening AND Thermotherapy AND Osteoarthrosis. Nas 
bases de dados LILACS e SciELO utilizamos, também, os termos equivalentes em 
português. 
 A última busca foi realizada no dia 14 de junho de 2019 e também não 
foi delimitada por data de publicação. 
 
b. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
 
 
Para o desenvolvimento do presente trabalho consideramos como 
critérios de inclusão artigos cuja metodologia fossem a de Ensaios Clínicos 
Aleatorizados (ECAs), publicados em qualquer idioma, desenvolvidos com seres-
humanos com OA de joelhos e envolvessem a utilização da crioterapia isolada como 
técnica de tratamento, comparando-a ou não com outras técnicas. Obrigatoriamente 
a sinovite deveria ser um dos desfechos avaliados e precisaria conter, pelo menos, 
um grupo de pessoas com OA de joelhos, sem restrição de idade e/ou do sexo dos 
participantes. 
 
c. MÉTODOS 
 
 
Inicialmente, dois pesquisadores independentes selecionaram os estudos, 
com base nos títulos, nas bases de dados pré-definidas para identificar os que 
atenderiam aos critérios de inclusão desta revisão sistemática. Assim, os estudos 
selecionados pelo título tiveram os resumos analisados de forma independente, por 
ambos os pesquisadores para identificar aqueles que deveriam ser excluídos. Em 
ambas as etapas acima descritas foram realizadas reuniões entre os revisores para 
avaliar os estudos selecionados e para que possíveis discordâncias, que possam 
ocorreram durante o processo, fossem solucionadas por meio de um consenso. Se 
houvesse um impasse em relação aos artigos que deveriam ser selecionados em 
uma ou mais etapas do processo, um terceiro pesquisador seria chamado para 
13 
 
analisar a pendência e dirimir dúvidas. 
 
d. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE METODOLÓGICA DOS ESTUDOS 
 
 
Após a análise dos resumos, com o objetivo de avaliar a qualidade 
metodológica dos estudos selecionados, estes deveriam ser avaliados com a escala 
PEDro (ANEXO B) por dois revisores independentes. A escala PEDro tem os 
seguintes itens: 1) especificação dos critérios de inclusão (item não pontuado); 2) 
alocação aleatória; 3) sigilo na alocação; 4) similaridade dos grupos na fase inicial 
ou basal; 5) mascaramento dos sujeitos; 6) mascaramento do terapeuta; 7) 
mascaramento do avaliador; 8) medida de, pelo menos, um desfecho primário em 
85% dos sujeitos alocados; 9) análise da intenção de tratar; 10) comparação entre 
grupos de, pelo menos, um desfecho primário e 11) relato de medidas de 
variabilidade e estimativa dos parâmetros de, pelo menos, uma variável primária. 
Considera-se que, se um estudo não apresentar e, portanto, não pontuar nos 
primeiros quatro itens, bem como o sétimo; que diz respeito ao mascaramento do 
avaliador; possui uma qualidade metodológica questionável para avaliar o efeito de 
uma determinada intervenção. Portanto, seriam excluídos da análise da estimativa 
do efeito de intervenção, os estudos com pontuação igual ou inferior a três pontos na 
escala PEDro. De acordo com COURY et al., 2009, um estudo deve apresentar 
pontuação igual ou superior a cinco pontos na escala PEDro para ser considerado 
de alta qualidade metodológica. Entretanto, para a presente revisão sistemática, foi 
definido um ponto de corte menor para diminuir a possibilidade de que nenhum 
artigo fosse selecionado para a análise. 
 
e. ANÁLISE DOS DADOS 
 
 
Caso houvessem artigos selecionados, o índice de concordância da 
pontuação total entre os revisores seria analisado pelo coeficiente de correlação 
intraclasse (CCI). Uma vez que a escala PEDro apresenta níveis moderados de 
confiabilidade entre avaliadores (CCI= 0,68; IC 95% = 0,57-0,76) (SAMPAIO, 
MANCINI, 2007), em caso de ocorrência de discordâncias inferiores à 0,70, os 
revisores poderiam, por discussão e posterior consenso, resolver as discordâncias. 
14 
 
 
f. REGISTRO 
 
O presente estudo, será registrado na base de dados internacional de 
protocolos de revisão sistemática com desfechos em saúde denominada 
PROSPERO, após a apresentação do mesmo a banca examinadora como requisito 
para a conclusão de curso. Esta decisão foi tomada, afim de preservar a 
originalidade da pergunta do estudo. 
 
5 RESULTADOS 
 
 
 A estratégia de busca elaborada retornou um total de 131 estudos, dos 
quais 114 eram duplicados. Sendo assim, foram analisados os títulos de 17 artigos, 
dos quais 05 foram selecionados e tiveram seus resumos avaliados pelos dois 
revisores, de forma independente. Ademais, foi realizada busca manual ativa na lista 
de referências onde foram selecionados mais 03 artigos para serem avaliados. A 
Figura 1 mostra o processo de inclusão dos estudos para esta revisão. Após análise 
dos resumos, 04 estudos foram considerados relevantes (TABELA 1). 
Contudo, os artigos considerados relevantes não puderam ser acessados 
na íntegra, apesar das tentativas de acesso, sendo essas pela base de dados 
PubMed, repositório online Sci-Hub, rede social ResearchGate, acesso a revista 
onde os estudos estão publicados via Periódico Capes e, ainda, via serviço de 
comutação bibliográfica do Centro de Difusão do Conhecimento da Universidade 
Federal de Juiz de Fora / MG (COMUT – UFJF) por busca monitorada simples, 
nacional e internacional. Além disso, pela análise dos resumos, não é possível 
afirmar que estes quatro trabalhos selecionados são, de fato, ECAs, pois não é 
possível identificar explicitamente nos títulos o desenho do estudo, da mesma 
maneira que também falta esta informação nos resumos, além de dados sobre 
cálculo amostral, aleatorização dos indivíduos, critérios de inclusão e exclusão dos 
participantes conforme recomendado pela diretriz dos padrões consolidados para 
relatar ensaios - CONSORT 2010 - (ANEXO C). 
 
 
 
15 
 
Figura 1: Fluxograma do processo de inclusão dos artigos para esta 
revisão sistemática 
16 
 
 
 Tabela 1: Resumos dos estudos considerados relevantes para esta revisão sistemática (n = 4) 
 
 RESUMOS RELEVANTES NA ÍNTEGRA 
TÍTULO – AUTOR – PUBLICAÇÃO 
 
Cryoelectrotherapy in the treatment 
of osteoarthrosis patients 
Grigor'eva VD, , Suzdal'nitskiĭ DV, 
Dashina TA, Kapinos EN. 1992 Jan-
Feb;(1):16-20. 
 
Os pacientes com coxartrite e gonartrite (n = 105) foram divididos em 3 grupos. Os 
pacientes do grupo I receberam crioterapia (CT), os pacientes do grupo II foram expostos a 
correntes moduladas sinusoidais (SMC), e os pacientes do grupo III foram submetidos ao 
tratamento multimodal (crioeletroterapia). A resposta mais significativa para CT foi alcançada 
na gonartrite com sinovite reativa. No geral, o efeito foi melhor com a crioeletroterapia. Isto 
pode ser devido ao efeito potencializador da combinação do frio e com as correntes de baixa 
frequência. 
 
 
The combined use of cryogenic 
exposure and ultrasound in patients with 
arthrosis of the joints of the legs 
Grigor'eva VD, Fedorova NE, Kiselev VI. 
1996 Jan-Feb;(1):18-21 
 
Os autores propõem programas especiais de reabilitação para pacientes com 
articulações afetadas pela artrite no joelho e no tornozelo agravadas com sinovite. O 
programa inclui o uso combinado de crioterapia, ultrassom e exercício terapêutico. Estas 
terapias provaram ser analgésicas, eficazes contra inflamação local nas articulações, 
provaramrelaxar a tensão muscular e contraturas dolorosas e aumentar a atividade 
funcional das articulações afetadas. Estes programas podem ser introduzidos em quaisquer 
centros e departamentos de reabilitação. A crioterapia associada a exercício pode ser 
praticada em ambiente externo sob o controle do médico fisiatra. 
 
Low-temperature peloids in 
rehabilitating osteoarthritis patients. 
Um ensaio comparativo para avaliar o efeito terapêutico de aplicações de lama 
de baixa temperatura (10-24 graus C) e alta temperatura (37 graus C) em pacientes com 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Grigor%27eva%20VD%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=1574856
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Fedorova%20NE%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=1574856
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Suzdal%27nitski%C4%AD%20DV%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=1574856
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Suzdal%27nitski%C4%AD%20DV%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=1574856
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Dashina%20TA%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=1574856
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Dashina%20TA%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=1574856
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kapinos%20EN%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=1574856
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Grigor%27eva%20VD%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=8686217
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Fedorova%20NE%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=8686217
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kiselev%20VI%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=8686217
17 
 
 
Grigor'eva VD, Fedorova NE, Orus-ool 
VK. 2001 Set-Out;(5):8-11 
 
osteoartrose (OA). Aplicações quentes são altamente eficazes na OA, mas são 
contraindicadas para pacientes com sinovite devido ao risco de exacerbações. Os “peloids” 
de baixa temperatura têm vantagens sobre os “peloids” quentes no tratamento padrão da 
sinovite, na insuficiência linfovenosa concomitante, nas doenças cardiovasculares. 
 
New methodological aspects in the 
use of cryotherapy, ultrasound, 
magnetotherapy and therapeutic physical 
exercise in the rehabilitation of 
gonarthrosis patients. 
Grigor'eva VD, Fedorova NE. 1996 
Mar-Apr;(2):26-8. 
 
A gonartrite complicada por sinovite foi tratada por crio-ultrassom ou crio-
magnetoterapia em combinação com exercícios terapêuticos. A comparação da resposta 
mostrou que ambos são altamente eficazes. Na ausência de doenças concomitantes e 
contraindicações para o ultrassom, é melhor utilizar crio-ultrassom e exercício, caso 
contrário, utilizar crio-magnetoterapia e exercício é preferencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Grigor%27eva%20VD%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=8686217
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Fedorova%20NE%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=8686217
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kiselev%20VI%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=8686217
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kiselev%20VI%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=8686217
18 
 
 
6 DISCUSSÃO 
 
 
Existe na literatura um conflito sobre a classificação da OA como uma 
artrite inflamatória ou degenerativa. A classificação da OA como artrite não 
inflamatória é uma consequência infeliz das primeiras observações, onde notaram 
menos leucócitos no líquido sinovial em comparação com a artrite reumatoide, artrite 
reativa e até artrite séptica (SOKOLOVE, LEPUS, 2013). No entanto, tal dicotomia 
está se tornando menos clara com o reconhecimento de uma infinidade de 
processos imunológicos em andamento dentro de uma articulação e a presença de 
sinovite na OA. Nota-se ainda, que há presença de inflamação nas articulações com 
OA muito antes do desenvolvimento de alterações radiográficas significativas 
(SOKOLOVE, LEPUS, 2013). Contudo, o papel da sinovite de modo algum exclui o 
envolvimento da cartilagem e dos condrócitos na patogênese da OA precoce ou 
tardia (SOKOLOVE, LEPUS, 2013). 
Sabe-se que a sinovite é um marco de inflamação intra-articular e um 
achado comum em todos os estágios da OA (ROEMER F.M. et al., 2015). Esta, além 
de estar associada a dor e progressão da doença, é também um fator de risco para 
artroplastia total de joelhos (ATJ) (ROEMER F.M. et al., 2015). Apesar da 
complexidade da etiopatogenia da OA, em uma articulação com sinovite estão 
presentes células inflamatórias e citocinas pro-inflamatórias resultando em uma 
inflamação local intra-articular, causando desgaste articular que, por sua vez, gera 
produtos de degradação que podem amplificar a reação inflamatória que produz 
ainda mais sinovite, resultando assim em um ciclo vicioso (RIIS R.G., 2018). 
Não obstante, OA tem caráter progressivo e crônico, nos levando a 
pensar nos custos em saúde pública que os sintomas e as consequências podem 
gerar. Desta maneira, intervenções que reduzam a sinovite, em longo prazo, podem 
ter implicações clínicas importantes para o tratamento de pessoas com ou em risco 
de OA (RIIS R.G. et al., 2017). 
Parece-nos extremamente preocupante, portanto, que a busca por 
informação científica, neste estudo, não tenha logrado resultados favoráveis. Na 
prática clínica o uso da crioterapia como terapêutica para sinovite costuma ser a 
primeira escolha dos profissionais e, no entanto, faltam estudos que corroborem esta 
ação dos fisioterapeutas. Inclusive, as diretrizes de prática clínica da The Royal 
19 
 
 
Australian College of General Practtioners (2009) e OARSI (2008), que traziam o uso 
desse agente como terapêutica na OA, em suas atualizações de 2018 e 2014 
respectivamente, não o trazem mais. 
Já em cobaios, um estudo analisou o efeito da crioterapia na dor e na 
sinovite induzida no joelho de ratos Wistar e demonstrou que, após 2 horas da 
aplicação da crioterapia por imersão em água a 5ºC por 20 minutos, há redução da 
sinovite quando comparada ao período pré-lesão (MOREIRA et al., 2011). Este 
estudo não foi incluído em nossa revisão sistemática, pois se trata de um estudo 
com intervenções em animais o que vai de encontro ao objetivo deste estudo que foi 
o de analisar estudos realizados em humanos. Além disso, este estudo não 
apareceu no resultado das buscas realizadas nas bases de dados selecionadas com 
as palavras-chave utilizadas. Por fim, é possível que o método de avaliação de 
sinovite utilizado neste estudo, realizado por intermédio de um paquímetro metálico, 
não expresse adequadamente um derrame exclusivamente intra-articular. 
Há, ainda, um ensaio clínico publicado no idioma turco, de Metin e 
Hakgüder (2007), que também não apareceu nas buscas, e que investigou em 28 
voluntários divididos em dois grupos com 14, a eficácia da crioterapia intermitente e 
contínua na OA aguda de joelhos. Tais pacientes com diagnóstico de OA aguda de 
joelhos foram incluídos e distribuídos aleatoriamente em dois grupos, onde, no 
primeiro grupo, era realizado tratamento intermitente com bolsa fria aplicada durante 
2 minutos, com intervalo de 2 minutos, por quinze vezes consecutivas, no período de 
uma hora. Já no segundo grupo, o tratamento era com bolsa fria colocada 
continuamente por 10 minutos, três vezes ao dia. Todos os grupos, antes e no quarto 
dia do tratamento, foram avaliados pela Escala Visual Analógica (EVA) de repouso, 
dor de movimento e noturna, Índice de Lequesne, questionário Western Ontario and 
McMaster Universities Index (WOMAC) e medidas da área ao redor do joelho. Na 
avaliação após o tratamento, todos os parâmetros, exceto subir escadas, mostraram 
melhorias da perspectiva estatística, em ambos os grupos. Quando comparados os 
grupos, não houve diferença entre eles para a eficácia do tratamento (p> 0,05), 
inclusive em relação ao perímetro do joelho, embora tenha havido melhora, nos dois 
grupos em relação ao baseline.Não obstante à dificuldade de leitura no idioma no 
qual foi publicado, ressaltamos, ainda, que o tamanho da amostra é pequeno, não 
há informação acerca de cálculo amostral, a estatística é não paramétrica e não há 
20 
 
 
menção em relação ao poder do estudo. Além disso, apesar de haver informação 
sobre a aleatorização, mesmo não havendo especificação do tipo, não foi 
mencionado nenhum tipo de cegamento. De fato, não há informação suficiente neste 
estudo para podermos avaliar positivamente sua qualidade metodológica. 
Em nossa busca encontramos quatro artigos, dos quais não conseguimos 
acesso na íntegra a nenhum deles. Dessa maneira, cabe salientar que nos quatro 
estudos cujos resumos foram considerados relevantes para esta revisão sistemática, 
em três destes a crioterapia foi utilizada de forma associada, seja com crio-ultrassom 
ou crio-magnetoterapia em combinação com exercícios terapêuticos (GRIGOR'EVA, 
FEDOROVA, 1996), crioterapia associada a ultrassom e exercício terapêutico 
(GRIGOR'EVA, FEDOROVA, KISELEV, 1996), ou crioeletroterapia (GRIGOR'EVA et 
al., 1992), sendo que apenas este último parece apresentar um grupo com 
crioterapia isolada. Além disso, os autores deste reportam no resumo uma melhora 
na sinovite reativa da OA de joelho. Por último, um estudo comparativo de 
crioterapia e aplicações de calor na sinovite, onde segundos os autores, de acordo 
com o relatado no resumo, a crioterapia teria vantagens (GRIGOR’EVA, 
FEDOROVA, ORUS-OOL, 2001). Porém, devido à impossibilidade da leitura dos 
artigos supracitados na íntegra e da qualidade questionável dos resumos, não há 
como abstrairmos informações acerca do tipo de estudo, das técnicas de 
mensuração utilizadas e da estatística empregada, bem como dos resultados 
obtidos. Sendo assim, não foi possível avaliar a eficácia deste tratamento, bem 
como a relevância destes quatro estudos para a prática clínica do fisioterapeuta. 
No entanto, foi observado que aplicar bolsas de gelo por 30 minutos em 
pessoas com artrite de joelho (OA, artrite reumatóide e espondilite anquilosante) 
reduz a temperatura intra-articular em 6°C imediatamente após a suspensão da 
crioterapia (OOSTERVELD, RASKER, 1994). Uma vez que a diminuição da 
temperatura intra-articular diminui a condução nervosa, o metabolismo, a lesão por 
hipóxia e a liberação de mediadores inflamatórios e, consequentemente, diminui a 
dor, o edema e ajuda na recuperação do tecido após trauma (SILVA, IMOTO, 
CROCI, 2007; WARREN et al., 2004) parece-nos adequada a suposição de que a 
crioterapia talvez possa retardar o avanço da degeneração gerada pela OA nos 
tecidos. 
Entretanto, no ensaio clínico de Mei-Hwa Jan et al. (2006), buscou-se 
21 
 
 
avaliar em trinta indivíduos com 44 joelhos osteoartríticos as mudanças causadas 
pela terapia por diatermia de ondas curtas repetitiva (OC) na espessura do saco 
sinovial, medida pela ultrassonografia e a dor no joelho, avaliada pela EVA. Esses 
foram divididos em três grupos onde, onze indivíduos receberam OC, dez indivíduos 
receberam OC e drogas anti-inflamatórias não esteroides (AINEs) e nove sujeitos 
não receberam nenhum tratamento e serviram como controle. Os indivíduos dos 
grupos de tratamento foram submetidos ao exame ultrassonográfico antes e após 
10ª, 20ª e 30ª sessão de tratamento, enquanto os indivíduos controle foram 
submetidos ao exame ultrassonográfico antes do experimento e, em seguida, a cada 
2 ou 3 semanas para um total de 3 medidas de acompanhamento. Em oito semanas, 
totalizaram 30 sessões de tratamento com duração de vinte minutos cada, divididas 
em três a cinco vezes por semana. Ao analisarmos os resultados apresentados, 
constatamos que após 10 sessões de tratamento com OC, a espessura total do saco 
sinovial em ambos os grupos foi significativamente menor do que a espessura inicial 
(p < 0,0001), e o saco sinovial continuou a ficar significativamente mais fino com 20 
e 30 sessões (todas p < 0,0001). Contudo, nos sujeitos controle a espessura não 
variou quando comparada a inicial. Ademais, não houve diferença entre os grupos 
de tratamento, de tal forma que, podemos inferir que OC diminui a espessura do 
saco sinovial independente do uso de AINEs. Em relação ao desfecho dor, ambos os 
grupos de tratamento apresentaram maior redução no índice de dor do que o grupo 
controle (p <0,005), mas não houve diferença significativa na redução da dor entre 
os grupos de tratamento em cada exame de acompanhamento (p > 0,05). O índice 
de dor em ambos os grupos de tratamento diminuiu significativamente após 10, 20 e 
30 sessões de tratamento (todos p <0,005). Contudo, apesar de aparecer em nossas 
buscas, tal estudo não foi elencado para nossa revisão sistemática, porque apesar 
do estudo abordar sinovite, o tratamento foi pelo uso da terapia por diatermia por 
ondas curtas e não crioterapia. Ainda que, o resultado pareça ser positivo, devemos 
nos atentar ao fato que não houve uma avaliação imediata e nem um follow-up para 
verificar a degeneração articular e seu respectivo grau, ou seja, as consequências 
que terapias geradoras de calor podem causar em uma articulação com sinovite, se 
opondo à literatura que recomenda a não utilização de calor intra-articular em 
doença inflamatória e degenerativa crônica, como na OA de joelho (HARRIS, 
MCCROSKERY, 1974). Ademais, é um estudo com uma amostra muito pequena, 
22 
 
 
sem cálculo amostral, não aleatorizado, não cegado e sem menção do poder do 
estudo. Dessa forma, não há informações suficientes neste estudo para podermos 
avaliar sua qualidade metodológica de forma favorável e, portanto, não podemos 
recomendar o uso de OC para a população baseados apenas neste único estudo. 
Atualmente, existem na literatura estudos finalizados e outros em 
andamento, como por exemplo, no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da 
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde busca-se avaliar o efeito da 
crioterapia isolada ou associada a outras terapêuticas, como o exercício físico e 
eletroterapia, na dor, estado funcional, amplitude de movimento (ADM) e qualidade 
de vida de pacientes com OA de joelhos e que, no entanto, não usaram sinovite 
como um dos seus desfechos. No estudo de Kulinski e Chudzik (2017) realizado na 
Polônia, buscou-se avaliar os efeitos de dez sessões de crioterapia com nitrogênio 
líquido, aplicada durante três minutos, em 25 pacientes com OA de joelhos sobre a 
dor (avaliada através da escala EVA), ADM dos joelhos (medida com o goniômetro) 
e estado funcional, além de medidas da circunferência do joelho. Após os 
procedimentos, no que diz respeito a dor, a ADM de flexão e a circunferência de 
joelhos houve melhora estatisticamente significativa em ambos os joelhos (p < 
0,001) para todas as variáveis acima citadas. Contudo, a população do estudo é 
pequena e não há informação acerca de cálculo amostral, limitando assim a 
extrapolação dos resultados. 
Já Radziminiska et al. (2016), também um estudo polonês, buscaram 
comparar o efeito de laser de baixa potência (λ = 810 nm, P = 400mW, ED s = 6-12 J 
/ cm² , método de ponto, o contato - 4 pontos na interlinha articular do joelho), 
crioterapia (utilizando azoto líquido por até 3 minutos), eletroterapia (pulso de forma 
triangular / retangular, B = 10 - 15 mT; f = 15-20 Hz, o tempo de tratamento - 15 
minutos) e magnetoterapia (corrente inferencial - interferência de 4 polos, espectro 
de 50 - 100 Hz, o tempo de tratamento - 15 minutos) nos sintomas da OA de joelhos 
de 80 pacientes. Estes foram divididos em quatro grupos de vinte pessoas e em 
todos foram realizadas avaliações imediatamente antes e após o tratamento 
referente à dor utilizando a EVA, medições das ADM de flexão com teste de sentar e 
medida da circunferência dos joelhos. Todos foram submetidos a 10 sessões por 5 
vezes na semana. Foi utilizada estatística descritiva e, após os procedimentos, foi 
observado quetodas as terapêuticas são eficazes para tratar os sintomas da OA, 
23 
 
 
contudo não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. No 
entanto, tais estudos não foram elencados para nossa revisão sistemática, pois, 
primeiramente, estes não apareceram nas buscas realizadas e, também, porque 
embora o processo inflamatório possa apresentar dor e rigidez como características, 
isso não implica dizer, necessariamente, que há sinovite e/ou que houve melhoria 
neste construto, especificamente. 
 Adicionalmente, temos ainda, baixa acurácia e concordância entre 
examinadores para detecção de sinovite através de testes clínicos (DELGADO, 
PASSOS, 2016). Desta forma, tendo em vista a necessidade de terapêuticas viáveis 
na prática clínica que reduzam a sinovite, como a crioterapia, é necessário mensurar 
adequadamente sua presença e, consequentemente, essa redução. Na vigência de 
uma avaliação clínica insuficiente mesmo com a seleção adequada dos testes e seu 
treino exaustivo (DELGADO, PASSOS, 2016), deve-se avaliar a possibilidade de o 
fisioterapeuta utilizar o exame de ultrassonografia, que se trata de um exame padrão 
ouro para a confirmação do resultado do teste clínico, para detecção deste sinal 
clínico, embasando, assim, a aplicação e/ou evolução do tratamento cinesioterápico. 
Tais dados são importantes para servir como evidência de que as alterações do 
volume sinovial são em resposta à intervenção e seria um marco fundamental na 
consideração do volume sinovial como medida de desfecho em ensaios clínicos de 
OA de joelhos. 
Pelo acima exposto seria relevante que futuros estudos avaliassem o 
efeito da crioterapia na sinovite de pessoas com OA de joelhos para que se 
comprove a eficácia deste tratamento, dada sua importância na prática clínica do 
fisioterapeuta e o impacto negativo que esta doença gera nos pacientes. 
 
7 LIMITAÇÕES 
 
 
Em nosso ponto de vista, apesar de todas as tentativas possíveis, não 
conseguir acesso aos artigos considerados relevantes na íntegra é uma importante 
limitação, pois dessa maneira tivemos que realizar nossa revisão sistemática 
baseadas nos resumos, os quais, como já dito anteriormente, eram de baixa 
qualidade e não continham todas as informações que são consideradas importantes. 
Sendo assim, é possível que, se tivéssemos acesso integral ao texto, pudéssemos 
24 
 
 
não só avaliar metodologicamente os estudos, como chegar a conclusões 
clinicamente relevantes quanto ao uso da crioterapia. 
 
8 CONCLUSÃO 
 
 
Até o presente momento, não há evidências que comprovem a eficácia da 
crioterapia na sinovite de pessoas com OA de joelhos. Dada a importância da prática 
baseada em evidência científica, concluímos que a utilização deste recurso para o 
controle de sinovite em pessoas com OA de joelhos é, atualmente, uma prática 
baseada em empirismo e em suposições meramente teóricas advindas de um 
estudo em cobaios. 
 
25 
 
 
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30 
 
 
ANEXO A – PRISMA: Principais Itens para Relatar Revisões sistemática e Meta-
análises 
 
 
31 
 
 
 
 
ANEXO B – Escala PeDro 
 
 
 
32 
 
 
ANEXO C – Recomendações CONSORT

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