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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ANDERSON RIBEIRO LIMA A VISÃO DE LONGO PRAZO DOS JOVENS PERANTE A APOSENTADORIA NITERÓI 2022 UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ANDERSON RIBEIRO LIMA A VISÃO DE LONGO PRAZO DOS JOVENS PERANTE A APOSENTADORIA NITERÓI 2022 Ficha catalográfica automática - SDC/BAC Gerada com informações fornecidas pelo autor Bibliotecário responsável: Debora do Nascimento - CRB7/6368 L732v Lima, Anderson Ribeiro A visão de longo prazo dos jovens perante a aposentadoria / Anderson Ribeiro Lima ; Ivando Silva de Faria, orientador. Niterói, 2022. 49 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração)-Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Niterói, 2022. 1. Educação Financeira. 2. Aposentadoria. 3. Produção intelectual. I. Faria, Ivando Silva de, orientador. II. Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Administração e Ciências Contábeis. III. Título. CDD - ANDERSON RIBEIRO LIMA A VISÃO DE LONGO PRAZO DOS JOVENS PERANTE A APOSENTADORIA Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado à Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Professor Ivando Silva de Faria NITERÓI 2022 ANDERSON RIBEIRO LIMA A VISÃO DE LONGO PRAZO DOS JOVENS PERANTE A APOSENTADORIA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Administração da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Ivando Silva de Faria – Orientador Universidade Federal Fluminense Prof. Dr. Fábio Roberto Bárbolo Alonso Universidade Federal Fluminense Prof. Dr. Luis Pérez Zotes Universidade Federal Fluminense NITERÓI 2022 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que é o responsável por tudo de bom que acontece na minha vida. A minha família, que sempre me guiou e me orientou a seguir o caminho do conhecimento e meritocracia, em especial a minha mãe, uma grande mulher, que sempre lutou para me proporcionar a melhor educação possível. A minha filha, que é o grande amor da minha vida e a minha maior motivação em me tornar uma pessoa melhor a cada dia que passa. E por fim, ao meu orientador, por ter acreditado em mim, e pela contribuição essencial na construção do meu trabalho de conclusão de curso. Alguém está sentado na sombra hoje porque alguém plantou uma árvore há muito tempo atrás. Warren Buffett RESUMO Este trabalho tem por objetivo apresentar o posicionamento dos jovens perante a aposentadoria. Para isso, utilizou-se o método bibliográfico a fim de compreender o conceito de educação financeira e o seu grau de maturidade quanto ao ensino nas esolas brasileiras, e entender sua influência sobre o comportamento financeiro da população. Logo após, foi aplicado um questionário de perguntas fechadas com vistas a levantar dados sobre o perfil das pessoas, o comportamento do jovem perante ao consumo e a poupança e assim, analisar se os jovens estão com um pensamento a longo prazo, visando a garantir um futuro sem sustos e capaz de sustentar seu estilo de vida após se aposentar. A amostra foi elaborada com 14 perguntas que somadas tentavam entender o posicionamento dos 107 respondentes. Os resultados mostraram que apesar das pessoas possuírem o hábito de poupar uma parte da renda no fim do mês, concluiu-se que essa quantia poupada é pequena, e consequentemente, insuficiente para arcar com seu padrão de vida. Em relação ao consumo, os jovens mostraram ser pessoas imediatistas, independente do valor do produto/serviço, eles antecipam o consumo e em contrapartida arcam com o altos valores de juros em decorrência do parclamento de suas compras. E apesar dessa atitude, são indivíduos que não conseguem arcar com mais de um ano de despesas, caso percam sua fonte de renda, e consequentemente, não conseguirão arcar com seus longos parcelamentos. Além disso, se mostraram ser pessoas que não confiam na aposentadoria, mas mesmo assim se preparam mal, ou até mesmo não se preparam, para chegada de sua velhice, e por isso acabam arcando com as consequências da falta de planejamento, como por exemplo, a extensão de sua vida profissional. Palavras-chave: Educação financeira. Aposentadoria. Poupança. ABSTRACT This work aims to present the position of young people towards retirement. For this, the bibliographic method was used in order to understand the concept of financial education and its degree of maturity regarding teaching in Brazilian schools, and to understand its influence on the financial behavior of the population. Soon after, a questionnaire with closed questions was applied in order to collect data on the profile of people, the behavior of young people in relation to consumption and savings and, thus, to analyze whether young people are thinking about the long term, aiming to guarantee a future without scares and able to sustain their lifestyle after retiring. The sample was prepared with 14 questions that together tried to understand the positioning of the 107 respondents. The results showed that despite people having the habit of saving part of their income at the end of the month, it was concluded that this amount saved is small, and consequently, insufficient to cover their standard of living. In relation to consumption, young people proved to be immediate people, regardless of the value of the product/service, they anticipate consumption and, on the other hand, pay the high interest rates due to the payment of their purchases. And despite this attitude, they are individuals who cannot afford more than a year of expenses, if they lose their source of income, and consequently, will not be able to afford their long installments. In addition, they proved to be people who do not trust retirement, but even so, they prepare poorly, or even do not prepare, for the arrival of their old age, and therefore end up bearing the consequences of the lack of planning, such as, for example, the extension of your professional life. Keywords: Financial education. Retirement. Savings. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Manutenção do custo de vida ................................................................................. 39 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Planejamento para aposentadoria .......................................................................... 22 Gráfico 2 - Planejamento para aposentadoria, por faixa etária ................................................ 23 Gráfico 3 - Gêneros dos respondentes ..................................................................................... 32 Gráfico 4 - Renda mensal dos respondentes ............................................................................ 33 Gráfico 5 - Escolaridade dos respondentes .............................................................................. 33 Gráfico 6 - Faixa etária dos respondentes................................................................................ 34 Gráfico 7 - Hábito de poupança dos respondentes .................................................................. 35 Gráfico 8 - Comportamento de consumo- Até R$ 4.999,99 ................................................... 37 Gráfico 9 - Comportamento de consumo - Entre R$ 5.000,00 - R$ 99.999,99 ....................... 38 Gráfico 10 - Comportamento de consumo - A partir R$ 100.000,00 ...................................... 38 Gráfico 11 - Capacidade de manutenção do custo de vida ...................................................... 39 Gráfico 12 - Confiança perante a aposentadoria...................................................................... 40 Gráfico 13 - Cenário perante a aposentadoria ......................................................................... 41 Gráfico 14 - Fator responsável pela não contribuição ao INSS .............................................. 42 Gráfico 15 - Possuirá condições de trabalhar após se aposentar? ........................................... 43 LISTA DE SIGLAS B3 Banco, Bolsa, Balcão EF Educação Financeira ENEM Exame Nacional do Ensino Médio HSBC Hong Kong and Shanghai Banking Corporation IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INSS Instituto Nacional do Seguro Social MBA Master of Business Administration MEC Ministério da Educação OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento PEIC Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor RGPS Regime Geral de Previdência Social SPC Serviço de Proteção ao Crédito SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12 CAPÍTULO 1: EDUCAÇÃO FINANCEIRA E APOSENTADORIA ...................... 15 1.1 EDUCAÇÃO FINANCEIRA ............................................................................ 15 1.2 AUSÊNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS ........................... 17 1.3 CONSUMISMO NO BRASIL ........................................................................... 19 1.4 APOSENTADORIA ......................................................................................... 21 1.2 PLANEJAMENTO PARA A APOSENTADORIA .............................................. 22 CAPÍTULO 2 : PESQUISA DE CAMPO .............................................................. 25 1.3 METODOLOGIA ............................................................................................ 25 1.4 COLETA DE DADOS ...................................................................................... 25 1.5 POPULAÇÃO DA AMOSTRA ......................................................................... 25 1.6 QUESTIONÁRIO ............................................................................................ 26 CAPÍTULO 3: RESULTADOS DA PESQUISA..................................................... 32 3.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS ..................................................................... 32 3.2 HÁBITO DE POUPANÇA................................................................................ 35 3.3 CONSUMO ..................................................................................................... 36 3.4 CUSTO DE VIDA ............................................................................................ 39 3.5 CONFIANÇA PERANTE A APOSENTADORIA ............................................... 40 3.6 CENÁRIO PERANTE A APOSENTADORIA .................................................... 41 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 46 12 INTRODUÇÃO Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o conceito de educação financeira é o processo que permite melhorar a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, se tornando capaz de fazer escolhas de forma bem informada. A educação financeira também abrange a parte prática: gestão de dívidas, estratégias de investimento eficientes e valor do dinheiro-tempo. O analfabetismo financeiro pode levar a más escolhas financeiras que podem ter efeitos negativos no bem-estar financeiro de um indivíduo. Levando em conta sua importância, nada mais justo do que levar esse conhecimento para dentro das escolas. As aulas de educação financeira ensinam aos alunos os conceitos básicos de gerenciamento de dinheiro: orçamento, poupança, dívida, juros, investimento, impostos e muito mais, estabelecendo uma base para que os alunos construam bons hábitos com o uso de dinheiro e evitam muitos dos erros que podem percorrer toda a vida. Um dos erros que pode ser evitado com o ensino da educação financeira é falta de planejamento para a aposentadoria. De acordo com o IBGE, apenas 1% dos aposentados são financeiramente independentes, ou seja, conseguem arcar com o seu estilo de vida. Embora existam visões polêmicas sobre a aposentadoria no Brasil, fica claro que a combinação de população crescendo em alta velocidade, brasileiros vivendo mais e maior número de aposentados é explosiva. E com o passar dos anos, essa situação ficará cada vez mais preocupante. Dessa forma, planejar a aposentadoria ainda na juventude pode ser a garantia de um futuro digno e com a possibilidade de garantir capacidade de consumo e tranquilidade em uma das fases mais complicadas e exigentes da vida, a terceira idade. Considerando o exposto, apresentamos a seguir aspectos relacionados `´a questão que buscamos responder nesta pesquisa, a partir da exposição de seus objetivos geral e específicos. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA • Questão Problema Qual o posicionamento dos jovens perante a aposentadoria? 13 • Objetivos • Objetivo Geral O presente estudo apresenta como objetivo geral mostrar a importância da educação financeira e do planejamento prévio dos jovens visando a sua aposentadoria. • Objetivos Específicos (i) Identificar a importância da educação financeira; (ii) Investigar o comportamento de poupança dos jovens; (iii)Identificar a relação das pessoas com o consumo; (iv) Conhecer o grau de relevância que os jovens dão a aposentadoria METODOLOGIA O estudo foi realizado em uma abordagem qualitativa, de cunho bibliográfico e investigativo, onde se coletaram informações por meio de leituras de obras acerca desta área científica necessárias à resposta ao problema proposto. Depois de realizado o levantamento bibliográfico, foi realizado o compartilhamento de um questionário composto por 14 perguntas, com a finalidade de levantar informações capazes de responderem a questão problema do estudo. Como resultado, obteve-se um total de 107 respostas. A pesquisa feita de maneira online, através da ferramenta Google Forms, durante o perído de 24 de junho de 2022 a 04 de julho de 2022. Por fim, realizou-se o tratamento e validação das respostas dos participante a fim de se obter uma pesquisa assertiva e relevante. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO O estudo traz um interesse muito grande ao pesquisador, já que a falta de uma educação financeira pode acarretar em um futuro conturbado, mesmo após anos de trabalho. É por isso que pensar na aposentadoria desde cedo é tão importante. Principalmente pelo retorno e conforto que ela é capaz de proporcionar na hora que a velhice chegar. Quanto antes a pessoa começar a investir, maior será o retorno que virá depois. Por outro lado, quanto mais se adia 14 esse planejamento, mais chance a pessoa terá de ter que lidar com situações difíceis. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO O texto está organizado em três capítulos. No primeiro é apontado uma introdução sobre o que será abordado neste trabalho, como uma contextualização sobre educação financeira; o impacto da ausência dessa habilidade nas escolas. Além disso, tentou-se decifrar o perfil consumidor dos jovens, dividindo os gastos em três níveis. E por fim, abordou-se a questãoda aposentadoria e do seu planejamento. O segundo capítulo aborda a metodologia que foi utilizada para a obtenção do diagnóstico. No terceiro capítulo os resultados são apontados. Por fim, apresentamos a conclusão, baseada no resultado do questionário que identificou a visão de longo prazo que os jovens possuem perante a aposentadoria. 15 CAPÍTULO 1: EDUCAÇÃO FINANCEIRA E APOSENTADORIA 1.1 EDUCAÇÃO FINANCEIRA A inteligência financeira é uma habilidade fundamental que deve ser desenvolvida por todas as pessoas, independente da profissão ou da classe social, afinal, todos nós dependemos do dinheiro para sobreviver. O dinheiro é uma peça fundamental da nossa sociedade e para saber administra-lo precisamos ter a educação financeira como base para tomada de decisões, seja de cunho familiar ou pessoal, se você é jovem ou adulto, não importa, entender sobre finanças deve ser um pilar essencial para todos. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a educação financeira pode ser definida como o processo pelo qual consumidores e investidores melhoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros, e obtêm informação e instrução, desenvolvem habilidades e confiança, de modo a ficarem mais cientes sobre os riscos e oportunidades financeiras, para fazerem escolhas mais conscientes e, assim, adotarem ações para melhorar seu bem-estar. A independência financeira é um conceito que poucos conhecem, é poder viver dos frutos de investimentos e patrimônio próprio. Para alguns, significa poder deixar de trabalhar ou se aposentar, mas a independência financeira é muito mais do que isso, significa liberdade. Liberdade de fazer o que você gosta, talvez até ganhando com isso, com a segurança de não perder a tranquilidade no futuro (DROP #14, 2017). Segundo Peretti (2007), os hábitos culturais tornaram a educação financeira um tabu, algo a ser desmistificado. O objetivo da educação financeira deve ser o de criar uma mentalidade adequada e saudável em relação ao dinheiro, na qual exige uma perspectiva de longo prazo, muito treino e persistência (D’AQUINO, 2008). Entende-se que a educação financeira conduz a um planejamento eficaz, do qual o controle financeiro favorece a qualidade de vida pelo uso consciente do dinheiro. Até meados de 1990, o brasileiro estava acostumado com as elevadas taxas de inflação, em que os preços subiam quase que diariamente, e, com isso, o brasileiro não criou hábitos de planejamento financeiro. Com a implantação do Plano Real no Brasil, em 1994, iniciou-se um processo de estabilização econômica, possibilitando, assim, que as pessoas passassem a consumir mais. Porém, devido à falta de hábito de planejar as finanças pessoais, a população brasileira se endividou (LEAL e NASCIMENTO, 2011). As pessoas endividadas, sem dinheiro para cumprir com os seus compromissos, 16 passaram a ter problemas de relacionamento pessoal e familiar. (LEAL e NASCIMENTO, 2011). Segundo os dados apresentados pela Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC, 2019), em relação ao número total de famílias do Brasil, no período de janeiro de 2016, havia um total de 61,6% de endividados; no período de janeiro de 2017, o total era de 58,7% de endividados; em janeiro de 2018, o total estava em 61,3%; e em abril de 2019, o total de endividados era de 62,7%; sendo possível perceber que a educação financeira ainda não faz parte do dia a dia da população, devido à falta de planejamento do orçamento e do consumo consciente (MORAES, 2019). A falta de educação financeira se torna um problema, o mais tardar, na idade da aposentadoria. Investir em educação é o caminho e a base para mudar qualquer realidade. Com a educação financeira, não seria diferente. De acordo com o Serasa, cerca de 25% da população endividada tem entre 18 e 30 anos, dado que reforça a importância de a educação financeira no Brasil ser pauta na vida de jovens desde muito cedo. Tanto nas escolas quanto dentro de casa, desenvolver nas crianças e adolescentes a consciência da construção de um bom relacionamento com o dinheiro é o primeiro passo dessa jornada – e, não por acaso, o mais importante deles (VEXTER, 2021). 17 1.2 AUSÊNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS Na escola é ensinado a seguir um padrão, onde se vai à escola, tira boas notas, passa de ano, sobe de ano, tira boas notas, e assim sucessivamente até você se formar, realizar o ENEM e entrar para faculdade, onde você vai realizar um curso para exercer uma profissão, que você foi incentivado a escolher, e nos seus próximos 45 anos de vida você deverá exerce-la em uma boa empresa para poder ter estabilidade na vida e, consequentemente, ter um futuro garantido. Esse é o modelo tradicional que a sociedade enxerga como o modelo certo (PERRUCHO, 2021). Entretanto, a escola, famílias e sociedade devem exercer a responsabilidade de formar crianças e adolescentes para a vida financeira, de maneira saudável, atuando de forma crítica e consciente, onde todos consigam realizar corretamente seu papel na sociedade organizada (REBELLO e ROCHA FILHO, 2015). Todo mundo lida com dinheiro, independentemente de sua profissão, e para isso é necessário que as pessoas saibam como investir seu dinheiro que recebe no mês, saibam como diversificar sua renda para cumprir determinados objetivos que tem em sua vida, saibam que não precisam depender do INSS aos 65 anos de idade. (PERRUCHO, 2021). No Brasil, o tema ainda não ganhou as mesmas proporções. O que existe são algumas iniciativas independentes ou por parte de algumas instituições públicas e privadas, que contribuem para a informação do consumidor, mas ainda está aquém da transferência de conhecimentos financeiros necessários a decisões de mercado e de negócios por parte da população (VIEIRA, BATAGLIA e SEREIA, 2011, p. 3). Não há obrigatoriedade da educação financeira no sistema de ensino. O MEC preconiza a contextualização do ensino, que pressupõe um processo de aprendizagem apoiado no desenvolvimento de competências para inserção dos estudantes na vida adulta, mediante a multidisciplinaridade, o incentivo do raciocínio e da capacidade de aprender (SAVOIA, SAITO e SANTANNA, 2007, p. 15). No ensino de matemática, recomenda-se estimular: a capacidade de leitura e interpretação de textos com conteúdo econômico; a habilidade de análise e julgamento dos cálculos de juros nas vendas a prazo; a compreensão do relacionamento entre a matemática e os demais campos de conhecimento, como a economia; a utilização desta para promover ações de defesa dos direitos do consumidor (MEC, 2000a, 2000b). Tais orientações são oriundas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (no 9.384/96), mas não demonstram uma preocupação explícita do MEC com a inserção da 18 educação financeira no ensino. No entanto, é preciso trabalhar a EF de modo amplo, pois, via de regra, tem sido relacionada somente aos conteúdos de Matemática Financeira, como exemplo: juros simples e compostos, descontos, porcentagens, amortizações. Mas esses são assuntos correspondentes apenas a uma parcela da disciplina, que envolve tantos outros, como consumo planejado e consciente; orçamento; planejamento financeiro; utilização do crédito e gerenciamento de dívidas; juros; poupança; administração das dívidas; empreendedorismo, aplicações e investimentos; responsabilidade socioambiental; plano de previdência (CAMPOS, 2012). Se não se tem educação formal na escola e nenhum adulto de hoje teve educação financeira na escola, o aprendizado vem das gerações anteriores, e as gerações anteriores tem vícios muito fortes, crenças que são muito limitadoras no sentido do sucesso financeiro (DROP #291, 2021). 19 1.3 CONSUMISMO NO BRASIL Você já sentiu como se estivesse prejudicando seu patrimônio e a suavida por fazer escolhas sem pensar direito. Isso acontece porque nossas escolhas são influenciadas por regras não escritas, os vícios sociais, comportamentos que nós repetimos sem questionar (DROP #291, 2021). Para se entender essa situação, vamos analisar o exemplo abaixo: A criança nasce com uma condição financeira fornecida pela família. Enquanto cresce, existe um aumento no padrão de consumo em casa, relacionado com o aumento do PIB do país. Quando chega aos 30, a pessoa se casa e começa a absorver os gastos que eram bancados antes pelos pais, e com menos dinheiro sobrando, o padrão de consumo cai. Porém, para ser bem visto perante a sociedade, o casal se esforça para manter o mesmo padrão, assumindo dívidas com casa e carros, e com muito esforço, o padrão do casal se eleva e pode até superar o dos pais. Mas quando esse brasileiro está próximo dos 60 anos, ele percebe que alcançou o ápice da sua renda e a partir daí começa a queda. Para corroborar com a situação, o custo de vida não diminui com a aposentadoria, ele só aumenta. Os gastos com saúde aumentam com o passar dos anos, o próprio avanço da idade nos induz a gastar mais tanto com terapias preventivas, como corretivas já que é natural o surgimento de novos problemas ao longo do tempo. E os planos de saúde, dos quais mais de 30% dos brasileiros são clientes segundo dados do IBGE podem ter suas mensalidades mais do que triplicadas em duas ou três décadas (DROP #77, 2018). Soma a isso, a abundância de tempo livre que é um convite ao lazer, e lazer não custa pouco; o aumento da família que significa que você receberá mais convites para comemorações e festividades, e consequentemente seus custos com presentes e roupas para cumprir com seu papel social aumentam, e com isso o aposentado não consegue manter o mesmo estilo de vida e começa a se desfazer dos imóveis e procurar lugares mais baratos e próximo dos filhos. Logo, chega o momento que o brasileiro idoso não consegue mais se sustentar sozinho e começa a depender dos seus filhos (DROP #77, 2018). Antigamente, quando a expectativa de vida era menor, isso não era problema, pois o patrimônio vendido pelo idoso o sustentava pelo resto da vida. Hoje com uma expectativa de vida maior é necessário planejamento diferente (DROP #77, 2018). De acordo com a “Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil 2020” divulgada pelo IBGE em novembro de 2021, a expectativa de vida ao nascer seria de 76,8 anos no Brasil, desconsiderando a crise de mortalidade causada pela pandemia no ano de 2020. 20 O que é boa notícia para a medicina não se traduz em comemoração para a economia. Mais gente para desfrutar, menos gente para contribuir. São mais pessoas esperando depender de um sistema previdenciário que não funciona bem já para os aposentados de hoje. (CERBASI, 2014, p. 17). 21 1.4 APOSENTADORIA A aposentadoria surgiu em 1889 na Alemanha com o intuito de auxiliar os trabalhadores alemães da agricultura, comércio e indústria que atingissem 70 anos ou mais. Nessa época, as pessoas tinham uma expectativa de vida bem mais baixa do que a hoje, então uma minoria conseguia exercer esse direito, e quando conseguia, usufruía por pouco tempo. Além disso, pode-se destacar nesse período, o alto número de filhos que nasciam, fazendo com que cada vez mais gente entrasse no mercado de trabalho, e consequentemente, gerando impostos e permitindo que o Governo pagasse o valor para essa pequena parcela de pessoas da sociedade (PERINI, 2016). Voltando ao Brasil do século XXI, observa-se um cenário de uma alta massa de aposentados, com uma expectativa de vida cada vez maior e uma taxa de natalidade baixa. Além disso, a idade de aposentadoria ficou mais baixa comparada a Alemanha do século XIX. Então, Temos cada vez mais aposentados, e cada vez menos gente entrando no mercado de trabalho, tornando cada vez mais a previdência social insustentável (PERINI, 2016). Pode-se considerar dois motivos essenciais para a compreensão das preocupações do governo brasileiro: o primeiro deles aborda o envelhecimento da população, considerando um significativo incremento dos gastos com a saúde; o segundo considera a redução da taxa de natalidade, fator que, no futuro, implicaria menor número de trabalhadores e maior camada da população aposentada, elementos que, nesse caso, são vistos como desafios para a previdência social. Para minimizar esse impacto, o Governo terá que reduzir cada vez mais os benefícios, podendo até dar aumentos, porém inferiores a inflação, fazendo com que o aposentado ganhe cada vez menos (PERINI, 2016). E foi isso que aconteceu no ano de 2019, com o intuito de torna-la mais sustentável, foi promulgada pelo Congresso Nacional, a nova previdência que trouxe uma série de modificações ao sistema previdenciário brasileiro. São novas idades de aposentadoria, novo tempo mínimo de contribuição e regras de transição para O esforço feito pela maioria das pessoas para sua aposentadoria já seria insuficiente mesmo se o cenário não fosse tão ruim (CERBASI, 2014, p. 23). Soma-se a isso, a falta de planejamento para a aposentadoria, afinal uma pesquisa feita em todo mundo pelo banco HSBC apontou que os brasileiros gostariam de se aposentar aos 46 anos, porém 25% dos entrevistados brasileiros não sabem qual será sua principal fonte de renda na aposentadoria (CERBASI, 2014, p. 24). 22 1.2 PLANEJAMENTO PARA A APOSENTADORIA “Segundo indicador Serasa Experian de Educação Financeira, em 2013, 48% dos brasileiros não faziam nenhum tipo de investimento para sua aposentadoria” (CERBASI, 2014, p. 23). “De acordo com o mesmo estudo, para 42% dos brasileiros, a contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o único tipo de investimento feito para a aposentadoria, 5% investem em um plano de previdência privada para complementar a renda futura do INSS, e 2% dos entrevistados contribuem somente para a previdência privada e não para o INSS” (CERBASI, 2014, p. 23). “Mais de 50% das pessoas afirmam ter um plano de aposentadoria, porém, grande parte desse grupo contribui apenas com o INSS (48,9%), (CERBASI, 2014, p. 24). Gráfico 1 - Planejamento para aposentadoria Fonte: Série Cidadania Financeira Nº 5 (2017) “A partir de 25 anos a taxa de contribuição apenas para o INSS se torna mais relevante, provavelmente devido à inserção e permanência no mercado de trabalho. O padrão para as respostas é similar entre as faixas etárias para as demais alternativas” (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2017, p. 53). 23 Gráfico 2 - Planejamento para aposentadoria, por faixa etária Fonte: Série Cidadania Financeira Nº 5 (2017) A maioria das pessoas não planeja sua aposentadoria, sua vida pós-carreira, apenas conta com o Governo ou ajuda da família e de filhos (DROP #14, 2017). “Todos convivemos com avós, pais ou tios que sofrem algum tipo de privação, somos alertados diariamente pela mídia sobre o rombo do INSS, temos consciência de que aposentar- se está cada vez mais sofrido e, mesmo assim, pouco fazemos para mudar a situação” (CERBASI, 2014, p. 23). De acordo com o IBGE, apenas 1% dos aposentados de todo o país são completamente independentes financeiramente, então para entendermos melhor esse cenário, vamos analisar a seguinte situação: Uma pessoa recebe R$ 3.000,00 por mês, contribui com 12% do seu salário com o INSS (alíquota correspondente a sua média salarial) e o empregador com mais 20%. Então, vamos supor que esse funcionário pega esse dinheiro e, ao invés de usá-lo na Previdência Social, ele investe em um ativo que possui uma rentabilidade de 0,5% ao mês. Após 45 anos, quando chegasse aos 65 anos de idade, ele receberia de renda passiva R$ 13.228,76 por mês, pois teria acumulado um patrimônio de R$ 2.645.752,91. E caso, esse recurso fosse utilizado com o INSS? O funcionário se aposentaria ganhandobem menos que R$ 5.839,45, pois é o teto do 24 RGPS, e alguém que ganha R$ 3.000,00 mensais nunca vai se aposentar com o teto do INSS. Então isso mostra o direito que todos deveriam ter de ser dado educação financeira de base, não é algo que se deve ver na faculdade, deveria ser dado no ensino básico, auxiliando na construção de adultos mais conscientes, que constroem um futuro de maneira sólida (PERRUCHO, 2021). Porém, se engana quem pensa que a solidez está atrelada ao descanso. Existe um fenômeno ainda pouco estudado que mostra que mesmo as pessoas que se planejam bem no futuro abastado, estarão ativas no mercado de trabalho no período que planejavam estar aposentadas. São as pessoas que continuarão trabalhando por causa da liberdade de escolha resultante da independência financeira, da liberdade adquirida que transforma o trabalho em uma atividade prazerosa que poucas pessoas podem usufruir (DROP #14, 2017). Aqui, o objetivo de trabalhar não é apenas ganhar dinheiro, mas se manter inspirado, e é por isso que ao invés de só usufruir da fortuna acumulada, tantos empresários e profissionais de sucesso optam por se manter tão ativos quanto na juventude até chegar a idade típica da aposentadoria (DROP #14, 2017). O que muitas pessoas não sabem é que, na realidade, eles não querem se aposentar, mas sim possuir a liberdade de fazer o que lhes agrada sem terem de se preocupar com a obtenção de renda (CERBASI, 2014, p. 82). “Aposentadoria, no sentido que o senso comum dá a essa palavra, é um conceito ultrapassado se considerarmos o estilo de vida que todos nós queremos e buscamos ter” (CERBASI, 2014, p. 07). 25 CAPÍTULO 2 : PESQUISA DE CAMPO 1.3 METODOLOGIA Neste capítulo abordaremos a metodologia utilizada na pesquisa que teve como objetivo identificar a importância que as pessoas dão ao seu futuro, planejando a sua aposentadoria de maneira prévia. Para identificar o perfil do entrevistado foram feitas 4 perguntas com o objetivo de se obter o gênero, faixa etária, nível de escolaridade e sua faixa de renda mensal. Com o estudo realizado, buscamos entender com qual constância pessoas tendem a poupar parte de sua renda; por quanto tempo conseguiria viver sem sua principal fonte de renda, caso fosse adepto a prática da poupança mensal recorrente. Além disso, tentamos compreender o modo como agem perante ao consumo, sendo expostos a situações de compras com valores diferentes umas das outras. E por fim, entender seu nível de confiança e visão futura sobre a sua aposentadoria. Foram feitas 14 perguntas abordando os pilares: Perfil do entrevistado, Relação com Consumo e Planejamento da Aposentadoria. Vale ressaltar que, o participante deveria responder as últimas três perguntas levando em consideração a sua resposta da questão 11. 1.4 COLETA DE DADOS Na primeira etapa de coleta de dados, optei por realizar entrevistas através de um formulário que foi compartilhado em diversos grupos do WhatsApp, utilizando a ferramenta do Google (Google Forms)1. Essa ferramenta está disponível gratuitamente e permite aos usuários: criar formulários, coletar dados de forma simples e exportar para o Microsoft Excel. Sendo assim, cada pessoa respondeu um questionário contendo 14 perguntas. Depois disso, os dados foram coletados e exportados para Microsoft Excel. Após a exportação, os dados foram tratados por meio do programa Microsoft Excel, e por fim usados na construção do trabalho. 1.5 POPULAÇÃO DA AMOSTRA A pesquisa foi respondida por 107 pessoas e o público respondente possui idade entre 1 O formulário está disponível no link: https://forms.gle/J5bYeppSboTp1Gqo6 . https://forms.gle/J5bYeppSboTp1Gqo6 26 18 e 60 anos. Foram observados respondentes de todas as classes socias e, praticamente, todos possuíam, no mínimo, o ensino superior completo. Mulheres corresponderam a 60,7% dos respondentes frente a 39,3% dos entrevistados de sexo masculino. 1.6 QUESTIONÁRIO Pergunta 1 Pergunta Qual o seu sexo? Justificativa Será importante usar esse dado para segmentar o público. Opções a) Masculino b) Feminino c) Prefiro não informar Pergunta 2 Pergunta Qual a sua faixa etária? Justificativa Será importante usar esse dado para segmentar o público. Opções a) Menor de 18 anos b) 18 - 30 anos c) 31 - 45 anos d) 46 - 60 anos e) Acima de 60 anos Pergunta 3 Pergunta Qual sua escolaridade? Justificativa Será importante usar esse dado para segmentar o público. Opções a) Ensino Fundamental Incompleto b) Ensino Fundamental Completo c) Ensino Médio Incompleto d) Ensino Médio Completo e) Ensino Superior Incompleto f) Ensino Superior Completo g) Pós-graduação/MBA Incompleto h) Pós-graduação/MBA Completo 27 Pergunta 4 Pergunta Qual sua faixa de renda mensal? Justificativa Será importante usar esse dado para segmentar o público. Opções a) Desempregado b) Até 1 salário Mínimo c) 1 - 3 Salários Mínimos d) 3 - 5 Salários Mínimos e) 5 - 10 Salários Mínimos f) Acima de 10 Salários Mínimos Pergunta 5 Pergunta Você é uma pessoa que poupa regularmente? Justificativa Pergunta importante para saber se o entrevistado controla seus débitos e pensa a longo prazo. Opções a) Sim b) Não Pergunta 6 Pergunta Com relação a produtos/serviços no valor de até R$ 4.999,99; marque a alternativa que mais se enquadra ao seu perfil: Justificativa Pergunta importante para entender a relação entre o entrevistado e seu grau de consumo. Opções a) Compro, parcelo, antecipo o consumo e aumento os custos financeiros. b) Poupo, compro à vista, retardo o consumo e diminuo os custos financeiros. 28 Pergunta 7 Pergunta Com relação a produtos/serviços no valor de R$ 5.000,00 até R$ 100.000,00; marque a alternativa que mais se enquadra ao seu perfil: Justificativa Pergunta importante para entender a relação entre o entrevistado e seu grau de consumo. Opções a) Compro, parcelo, antecipo o consumo e aumento os custos financeiros. b) Poupo, compro à vista, retardo o consumo e diminuo os custos financeiros. Pergunta 8 Pergunta Com relação a produtos/serviços no valor acima de R$ 100.000,00; marque a alternativa que mais se enquadra ao seu perfil: Justificativa Pergunta importante para entender a relação entre o entrevistado e seu grau de consumo. Opções a) Compro, parcelo, antecipo o consumo e aumento os custos financeiros. b) Poupo, compro à vista, retardo o consumo e diminuo os custos financeiros. Pergunta 9 Pergunta Se você perdesse sua principal fonte de renda hoje, por quanto tempo você conseguiria cobrir o seu custo de vida sem pegar um empréstimo? Justificativa Pergunta importante para compreender se poupar é uma atividade recorrente do entrevistado. Opções a) 1 - 3 meses b) 3 - 6 meses c) 6 - 12 meses d) 12 - 24 meses e) Acima de 24 meses 29 Pergunta10 Pergunta Ao pensar sobre sua aposentadoria, você se sente confiante e não desconfortável? Justificativa Pergunta importante para compreender o nível de confiança que o entrevistado tem em se aposentar. Opções a) Sim b) Não b) Não sei Pergunta 11 Pergunta Em relação à sua aposentadoria, qual das alternativas abaixo melhor representa sua situação? Justificativa Pergunta importante para compreender a visão que o entrevistado tem sobre sua situação de poupança. Opções a) Não faço nenhuma contribuição pra minha aposentadoria b) Contribuo apenas com o INSS c) Faço um plano de previdência/poupança complementar para aposentadoria d) Contribuo com fundo de pensão da minha empresa onde trabalho e) Faço investimentos financeiros visando a aposentadoria f) Não vejo necessidade de poupar para minha aposentadoria complementar. 30Pergunta 12 Pergunta Caso você não faça nenhuma contribuição para sua aposentadoria, qual é o fator responsável por essa decisão? Justificativa Pergunta importante para compreender o motivo do entrevistado não poupar visando sua aposentadoria. Opções a) Meu salário não me permite aproveitar o agora, imagina pensar no futuro b) Ainda sou novo para pensar nisso c) A aposentadoria do governo será suficiente para meu estilo de vida d) Dependo do meu cônjuge/companheiro e) Dependo dos meus filhos ou outros membros da família f) Não se aplica Pergunta13 Pergunta Caso o INSS seja sua única forma de planejamento para aposentadoria, se necessário, você se sente em condições de trabalhar após complementar seu prazo de aposentadoria? Justificativa Pergunta para compreender se o entrevistado tem a ciência de que se a sua aposentadoria governamental for insuficiente para seu padrão de vida, ele terá que trabalhar para poder complementar sua renda e arcar com seus custos. Opções a) Sim b) Não c) Não sei d) Não se aplica 31 Pergunta14 Pergunta Caso você não veja necessidade de realizar um planejamento para sua aposentadoria, qual o fator responsável por essa decisão? Justificativa Pergunta importante para compreender o motivo do entrevistado não achar importante a poupança visando sua aposentadoria. Opções a) Serei sucessor da empresa da minha família b) Possuo a expectativa de receber uma herança c) Dependo do meu cônjuge/companheiro d) Dependo dos meus filhos ou outros membros da família e) Não se aplica 32 CAPÍTULO 3: RESULTADOS DA PESQUISA 3.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS Após o compartilhamento do questionário, obteve-se um total de 107 respostas, e todas foram consideradas válidas. A pesquisa feita de maneira online, sendo ela realizada dentro de um período de 13 dias, começando no dia 24 de junho de 2022 e indo até o dia 04 de julho de 2022. Do grupo, 65 eram mulheres e 42, homens; equivalente a 61% e 39% da amostra, respectivamente. Gráfico 3 - Gêneros dos respondentes Fonte: Elaboração própria 33 Gráfico 4 - Renda mensal dos respondentes Fonte: Elaboração própria A faixa de renda predominante foi entre 1 e 3 salários mínimos, equivalente a 29% das respostas. Seguida da faixa entre 3 e 5 salários mínimos, e entre 5 e 10 salários mínimos, correspondendo a 20% e 19%, respectivamente, conforme o gráfico abaixo. Em relação ao nível de escolaridade da amostra, 36% declarou ter ensino superior incompleto, 29% pós-graduados/MBA, 22% ensino superior completo, 8% ensino médio completo e ainda, 7% foi composto por pós-graduados/MBA incompletos. Gráfico 5 - Escolaridade dos respondentes Fonte: Elaboração própria 34 Ao buscar compreender o comportamento de poupança dos jovens, foi incluso a faixa etária para poder segregar as informações. Aqueles cuja a idade corresponde entre 18 e 30 anos compõem o grupo dos jovens, já aqueles que possuem a idade entre 31 e 45 anos são considerados os adultos. Enquanto aqueles que possuem entre 45 e 60 anos estão dentro de um grupo de pessoas que, caso não tenham planejado seu futuro, têm uma situação bem delicada pela frente. Não houve respondentes com mais de 60 anos e nem menores de 18. Gráfico 6 - Faixa etária dos respondentes Fonte: Elaboração própria 35 3.2 HÁBITO DE POUPANÇA Gráfico 7 - Hábito de poupança dos respondentes Fonte: Elaboração própria Se focarmos em realizar nossos sonhos no presente, podemos abrir mão da sua liberdade de escolha no futuro. Isso pode ser explicado matematicamente. A fórmula dos juros compostos tem o fator "tempo" como sendo a variável mais relevante. Ela é exponencial. O seu dinheiro é muito mais eficiente quando trabalhado para o futuro ao invés de ser gasto no presente. Por isso é imprescindível ter a disciplina de fazer aportes periódicos (OS 12 PRINCÍPIOS, 2021). A gerente de desenvolvimento em negócios do Sicredi, Adriana Zandoná, destaca uma das principais vantagens do ato de poupar regularmente: a construção de uma reserva de emergência. “Ter essa reserva faz toda a diferença para lidar com imprevistos. Isso ficou muito claro neste momento em que estamos passando por uma pandemia. Vimos na prática, como quem não estava preparado sofreu grandes consequências e ficou desestabilizado financeiramente”. A atitude de poupar também proporciona recursos para realizar sonhos e projetos no futuro. Levando em consideração nossa amostra, destacamos que das 48 pessoas possuem entre 18 e 30 anos, 56% poupam regularmente, mesmo percentual de poupadores que possuem entre 31 e 45 anos. Já com relação as pessoas com mais de 60 anos, destacamos que 89% possui o hábito desta prática. Com esse resultado, destaco que o percentual de jovens que poupam é o mesmo percentual que dos “adultos”, que na maioria das vezes, possuem mais responsabilidades, como 36 a criação de filhos, sustento da residência, entre outras. Com isso, podemos concluir que a mentalidade do pensamento a longo prazo está se firmando na mente dos jovens. Para corroborar tal informação, destaco o levantamento realizado pela B3 no primeiro trimestre de 2022 com relação ao número de investidores pessoa física na bolsa. De 2018 a 2022, percentual de investidores que possuíam entre 19 e 24 anos cresceu 8% no período, já o percentual de pessoas que possuíam em entre 40 e 59 anos caiu os mesmos 8%. 3.3 CONSUMO De acordo com os dados de 2021 do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 46% dos brasileiros com idade entre 25 e 29 anos têm dívidas em atraso e estão inadimplentes, entre os jovens de 18 e 24 anos, a proporção é de 19%. Juntos, esses grupos representam 12,5 milhões de jovens brasileiros que começam a vida adulta endividados. Em relação ao controle de gastos, apenas 25% dos jovens afirmam que procuram fazer o seu planejamento financeiro em comparação aos 75% dos jovens da chamada Geração Z, que tem entre 18 a 25 anos, que afirmam não realizarem o controle de seus gastos. Quando questionados acerca das prováveis causas para não realizarem o planejamento financeiro, temos: 19% justificam não saber realizar o controle, 18% afirmam ter preguiça para fazer, 18% apontam como causa a falta de hábito ou indisciplina e 16% justificam a falta de controle financeiro por não terem rendimentos. A psicóloga infanto-juvenil Susan Noce Perboni afirma que as crianças e adolescentes são alvos fáceis da mídia, sendo os que mais consomem produtos. Para ela, a necessidade de aceitação por determinado grupo e de estar dentro dos padrões da moda são exemplos que os levam a comprar mais, visto que esses jovens possuem baixa autoestima e não têm a maturidade necessária, sendo altamente influenciáveis (VERTEMATTI, 2009). Não só o jovem, mas o ser humano em si, tende a preferir as coisas agora, ao invés de depois, e isso pode explicar a existências dos juros, pois é muito melhor você ter uma casa agora para morar, por exemplo, do que ter uma casa somente daqui 30 anos. Um ponto interessante é que quanto mais jovens nós somos, mais imediatistas costumamos ser. Uma criança, por exemplo, ela tem níveis de preferencias temporais altíssimos, ela quer tudo na mesma hora. A medida que essa criança vai crescendo ela aprende que certas coisas levam tempo. Aqueles que prosperam geralmente adiam a gratificação, entendem que é necessário esperar para conquistas mais coisas. Então quando começam a poupar e entendem isso, eles deixam de ser uma criança e passa a ser um adulto, pois crianças querem tudo na mesma hora, adultos se preocupam com o futuro (PERINI, 2022). 37 Conforme os gráficos da pesquisa abaixo, chegamos a conclusão que apesar da faixa etária das pessoas, elas tendem a antecipar o consumo, mesmo que para isso tenha que arcar comos elevados juros que, geralmente, mais que duplicam o valor final do serviço/produto. Levando em consideração o consumo dos jovens frente aos bens que custam, no máximo, cinco mil reais, 71% deles optam pela decisão de realizar a compra de forma parcelada. Já os adultos que pertencem aos indivíduos que possuem idade entre 31 e 45 anos, 64% optam pela mesma opção. Mesmo caminho que 66% das pessoas que possuem entre 46 e 60 anos seguem na hora de realizar uma compra desse tipo. Gráfico 8 - Comportamento de consumo - Até R$ 4.999,99 Fonte: Elaboração própria Já com relação ao consumo de produtos/serviços que circulam entre os valores de cinco a cem mil, tivemos 60% dos jovens optando pela decisão de realizar a compra de forma parcelada. 70% dos adultos e 56% dos indivíduos que tem entre 46 e 60 seguiriam o mesmo caminho. 38 Gráfico 9 - Comportamento de consumo - Entre R$ 5.000,00 - R$ 99.999,99 Fonte: Elaboração própria Quando o assunto são bens avaliados acima de cem mil, temos 58% dos jovens, 74% dos adultos e 67% dos indivíduos que tem entre 46 e 60 preferem encaram um parcelamento que, provavelmente, está com um valor de juros altíssimo para poder realizar a compra. Gráfico 10 - Comportamento de consumo - A partir R$ 100.000,00 Fonte: Elaboração própria 39 3.4 CUSTO DE VIDA Gráfico 11 - Capacidade de manutenção do custo de vida Fonte: Elaboração própria Se analisarmos a capacidade dos entrevistados, separando-os por faixa etária, teremos a seguinte divisão: Tabela 1 - Manutenção do custo de vida Fonte: Elaboração própria Partindo da informação que as pessoas tendem a preferir o consumo imediato e para isso se endividam com as inúmeras parcelas por causa dessa decisão conforme vimos no estudo acima, vamos realizar a análise de uma situação hipotética: Três jovens são expostos a três situações diferentes. O primeiro jovem compra um vídeo game e decide dividi-lo em 12x (Valor 40 máximo de R$ 4.999,99). O segundo decide realizar o sonho do seu primeiro automóvel e para isso faz um parcelamento em 48x (Valor entre R$ 5.000,00 a R$ 100.000,00). Já o terceiro jovem vai se casar, e para isso, ele decide comprar uma casa para viver com sua futura esposa, e para isso, ele assume um parcelamento de 360x do restante do valor (Valor acima de R$ 100.000,00). Analisando a tabela 1 do estudo, chegamos ao número de 94% dos jovens com uma capacidade de manter seu custo de vida, no máximo, até um ano após perder sua principal fonte de renda. Mas mesmo com esse baixo poder de se sustentar, eles optam pelo imediatismo e, em contrapartida, assumem uma obrigação mensal com as parcelas carregadas de juros. Com isso, entende-se o alto número de jovens inadimplentes e endividados, de acordo com os números do SPC já expostos anteriormente. 3.5 CONFIANÇA PERANTE A APOSENTADORIA Gráfico 12 - Confiança perante a aposentadoria Fonte: Elaboração própria Quando realizamos segregação do estudo entre faixas etárias e analisamos os dados referentes a confiança das pessoas em se aposentar, temos que 56% dos jovens entre 18 e 30 anos não confiam em sua aposentadoria. Retirando do estudo as pessoas que não possuem uma opinião formada sobre a situação, esse valor sobe para 68%. Ou seja, apesar de 68% dos jovens não confiarem em sua aposentadoria, apenas 6% deles conseguem se sustentar durante um 41 período acima de 12 meses. Com isso, chegamos a conclusão de que mesmo com este cenário, os jovens não poupam para o seu futuro, e muito menos, investem pensando a longo prazo. 3.6 CENÁRIO PERANTE A APOSENTADORIA Gráfico 13 - Cenário perante a aposentadoria Fonte: Elaboração própria Ao realizar o levantamento dos dados, considerando apenas os indivíduos que possuem de 18 a 30 anos, destaco que 40% contribuem apenas com o INSS visando o seu futuro. O conceito normal de aposentadoria tenta convencer as pessoas que elas poderão viver por 20 ou 30 anos com a mesma renda (CERBASI, 2014). Para entender melhor essa afirmação, vamos exemplificar uma situação: Imagine que você tenha uma vida, ainda jovem, tem uma vida que possui uma rotina estabelecida, que traz muito conforto pra você e além disso, tira 30 dias de férias por ano. Devido a isso, você se sente realizado com sua vida e planeja a sua aposentadoria da mesma maneira que você vive hoje, ou seja, com 65 anos você quer continuar tendo essa mesma rotina. Então, para isso basta ter a renda atual lá na frente ou corrigida pela inflação para que você tenha o mesmo estilo de vida, correto? É aqui que muitas se enganam, e por uma razão muito simples, imagina um jovem de 25 anos tirando 30 dias de férias, esses dias podem ser muito interessantes, confortáveis dormindo em um albergue, com banheiro coletivo, dividindo quarto com os amigos, e mesmo assim serão férias memoráveis, divertidas. Já com 35 anos, se você for tirar férias, talvez sua preocupação esteja em encontrar um hotel que tenha monitores para cuidar dos seus filhos, que 42 tenham refeições que seus filhos podem comer, um grau de conforto um pouco maior. Com 45, o ideal é que esse hotel esteja próximo do ponto turístico. Com 60, que esse hotel seja no ponto turístico. Com 80 anos, talvez você tenha que ter um hotel que seja perto de alguma unidade hospitalar. Com isso, pode-se entender que o que era luxo para um jovem de 25 anos é o conforto básico que vai permitir que uma pessoa de 80 continue a viajar (PERINI, 2016). Além das pessoas que apenas contribuem com o INSS, temos 27% dos jovens que não fazem nenhum tipo de contribuição para o seu futuro. E de acordo com os entrevistados, o fator mais relevante para essa decisão é o baixo valor da renda mensal. Gráfico 14 - Fator responsável pela não contribuição ao INSS Fonte: Elaboração própria Partindo deste cenário, onde as pessoas não terão renda suficiente para custear seu estilo de vida ou até mesmo, no pior dos casos, não conseguir se aposentar, fizemos um levantamento para entender se essas pessoas acham que serão capazes de manter sua vida profissional após complementar seu prazo de aposentadoria. 43 Gráfico 15 - Possuirá condições de trabalhar após se aposentar? Fonte: Elaboração própria Desconsiderando as pessoas que se encaixavam na opção “Não se Aplica”, pois essa pergunta era apenas para as pessoas que só realizavam a contribuição para o INSS, 50% das pessoas acreditam que, mesmo estando aposentado, terão condições de trabalhar para complementar sua renda. Porém, por se tratar de algo fora do controle dos indivíduos, contar com esse cenário pode ser muito arriscado. Para finalizar a pesquisa, foi feita a seguinte pergunta: “Caso você não veja necessidade de realizar um planejamento para sua aposentadoria, qual o fator responsável por essa decisão?”. Na maioria dos casos, 60% para ser mais exato, as pessoas afirmaram que dependem do cônjuge e por isso não realizam esse planejamento prévio. O restante foi dividido entre pessoas que serão sucessores de empresas familiares, que possuem a expectativa de receber uma herança e até mesmo que dependem de seus parentes para sobreviver. 44 CONCLUSÃO Com o passar do tempo, o plano de se aposentar cedo se mostra uma tarefa bem difícil, os 65 anos aparecem como uma espécie de data-limite, até a qual devemos fazer os sacrifícios necessários para atingir a aposentadoria (CERBASI, 2014). É comum, acharmos que a aposentadoria pode fazer mal, que as pessoas se deprimem, porém não é a aposentadoria que deprime, mas as restrições impostas pela insuficiência financeira e pela dificuldade de se obter trabalho quando ele se mostra realmente necessário. Não é exagero dizer que a base da depressão que muitos sentem ao se aposentar é o arrependimento por não terem feito o necessáriomais cedo (CERBASI, 2014). Com isso, a educação financeira surge para auxiliar as pessoas a encontrar uma melhor maneira de gerenciar as próprias finanças. Com base nisso, buscou-se verificar neste estudo qual o comportamento geral dos jovens quanto ao planejamento da aposentadoria, buscando entender suas atitudes perante ao consumo e poupança. A partir dos resultados obtidos no questionário aplicado, conclui-se, portanto, que o comportamento dos jovens vem ganhando força perante a prática de poupar. Embora a maioria dos entrevistados tenha afirmado conseguir guardar alguma quantia em dinheiro, quando se observa o tempo que eles conseguiriam manter seu padrão de vida, caso perdesse sua fonte de renda, percebe-se que pouco recurso tem sido direcionado a ela. E ao se levar em consideração as possíveis finalidades desta poupança, o cenário torna-se mais preocupante, pois uma poupança pequena representa pouca capacidade de reação a imprevistos e ainda alta dependência do Estado ou de terceiros para o momento da aposentadoria. Acerca do consumo, nota-se que os jovens são muito afetados por esse fator, acabam pensando no curto prazo, querendo realizar o mais rápido possível o seu desejo, e por trás desse desejo pode haver inúmeras razões emocionais que afloram essa ânsia pelo ato da compra, ao invés de pensar, se de fato, esse produto/serviço tem algum valor para ela. Ainda com relação ao consumo, sugere-se que em pesquisas posteriores leve-se em conta o fato de que quanto maior o preço do bem de consumo, maior é o percentual de jovens que estão dispostos a esperar para realizar a compra de forma à vista. Há estudos que afirmam que os mais jovens estão menos preocupados com posse, não estão preocupados com financiamento de casa em ter um automóvel. Eles estão preocupados em mobilidade, mas uma mobilidade alternativa. (DROP #89, 2018). 45 Por fim, a respeito da execução perante ao planejamento da aposentadoria, nota-se que, os jovens, apesar de não confiarem em sua aposentadoria, protelam o seu planejamento, e acabam abrindo mão do fator mais relevante quando se trata de aposentadoria, o tempo. Quanto mais cedo a pessoa começa a poupar, menor é o grau de sacrifício que ela terá que despender para alcançar seus objetivos. E com isso, acabam colocando o seu esforço e dedicação de quase 40 anos de trabalho na mão do Governo em troca de um salário mensal, que na grande maioria das vezes, é insuficiente para manter o custo de vida habitual do cidadão beneficiário, que para amenizar essa situação, tem que continuar a trabalhar para conseguir arcar com seus compromissos. 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AFONSO, J.R.; ABREU, T.F.R. Alguns poupam muito, mas mal, no Brasil. Conjuntura Econômica, jun/2018, p. 26-27. ARAUJO, F.C.; CALIFE, F.E. A história não contada da Educação Financeira no Brasil. 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