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Saude Publica E Educacao Em Saude

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Saúde Púb�i�� e Edu��ção em Saúde
26/02
● O QUE É SAÚDE PÚBLICA?
Saúde Pública todo o conjunto de medidas
executadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da
população.
● contexto político-administrativo: a saúde pública também é o ramo da
ciência que busca prevenir e tratar doenças através da análise de indicadores de
saúde e sua aplicação nos campos da biologia, epidemiologia e outros campos
relacionados.
HISTÓRIA DO SUS
● 1986 – CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE;
● 1988 – CONSTITUIÇÃO NACIONAL – CRIAÇÃO DO SUS;
● 1994 – CRIAÇÃO DO PSF E MUDANÇA DO MODELO ATENÇÃO À SAUDE
● 2000 – CRIAÇÃO DAS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL - ESB;
● INSERÇÃO DAS ESB´S NAS ESF;
● 2004 – CRIAÇÃO DO BRASIL SORRIDENTE.
● REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE ;
São três os níveis de atenção à saúde pública no Brasil: primário, secundário e terciário. Eles foram adotados para
organizar os tratamentos oferecidos pelo SUS a partir de parâmetros determinados pela Organização Mundial da Saúde
(OMS).
Atenção Primária à Saúde (APS) é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e
coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação,
redução de danos,vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e
gestão qualificada
Atenção Secundária atua no atendimento ambulatorial especializado, como suporte à Atenção
Primária à Saúde, e em casos que não são de urgência e emergência (Atenção Especializada –
hospitais). É interpretada por muitos como nível de média complexidade.
Atenção terciário compreende os hospitais de grande porte, sendo privados ou públicos. Eles são
aptos para receberem casos de alta complexidade e que necessitam de atendimento
especializado, invasivo, rápido e de urgência.
Saúde Púb�i�� e Edu��ção em Saúde
04/03
LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 (LEI ORGÂNICA DO SUS.)
● Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES?
● PRINCÍPIOS: serve de base para o sistema, representando valores e preceitos.
● DOUTRINÁRIOS: correspondem aos valores e “filosofia” ou estrutura ética do SUS
● ORGANIZACIONAIS: explicam como o sistema deve funcionar
● DIRETRIZES : define caminhos e estabelece estratégia para o alcance dos objetivos do
SUS.
1.Descentralização: organização de ações e serviços de saúde em redes regionalizadas
e hierarquizadas, com o objetivo de integrar ações de promoção, prevenção,
assistência e reabilitação.
2.Atendimento Integral: Defende a prestação de assistência integral à saúde,
considerando as diferentes dimensões do cuidado, como prevenção, promoção,
tratamento e reabilitação.
3.Participação da Comunidade: Estabelece a participação da comunidade na gestão
do SUS, por meio de conselhos e conferências de saúde.
4.Intersetorialidade: Preconiza a articulação entre diferentes setores da sociedade
para enfrentar os determinantes sociais da saúde.
5.Hierarquização: Estabelece uma hierarquia de complexidade dos serviços de saúde,
com o objetivo de garantir o acesso universal e equitativo à assistência em todos os
níveis de atenção (primário, secundário e terciário).
DA GESTÃO
● CONSELHOS DE SAÚDE – São órgãos deliberativos,permanentes e de
composição paritária.
MUNICIPAL;
ESTADUAL;
FEDERAL.
● COMISSÕES - São espaços de planejamento e negociação para.
implementação das políticas de saúde nos respectivos territórios.
BIPARTITE;
TRIPARTITE.
FINANCIAMENTO DO SUS
Os valores e percentuais mínimos foram definidos pela Emenda Constitucional 29/2000 e pela
Lei Complementar 141 de 13 de janeiro de 2012 (que definiu o que são gastos em saúde) e,
posteriormente pela Emenda Constitucional 86/2015 (associada pela lei da responsabilidade
fiscal) e pela Emenda Constitucional 95/2016 (teto dos gastos públicos).
SUBSISTEMAS DO SUS
● SUBSISTEMA DA ATENÇÃO INDÍGENA – Lei Federal nº 9.836/99;
● SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR – Lei
Federal nº 10.424/02;
● SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE
PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO – Lei Federal nº 11.108/05;
● SUBSISTEMA DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO
DE TECNOLOGIA EM SAÚDE – Lei Federal nº 12.401/11
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
● Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa
própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na
promoção, proteção e recuperação da saúde.
● Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada
● Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios
éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às
condições para seu funcionamento.
DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR
● Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial
à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços
ofertados pela iniciativa privada.
● Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante
contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.
● Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão
preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).
● Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura
assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no
Conselho Nacional de Saúde.
TELESSAÚDE
PRINCIPAIS DESAFIOS AO SUS E LEI 8080/90.
● SUBFINANCIAMENTO;
● DESIGUALDADES REGIONAIS;
● FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE ATENÇÃO;
● QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE;
● GESTÃO E GOVERNANÇA;
● ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO;
● EPIDEMIAS E EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA.
Saúde Púb�i�� e Edu��ção em Saúde
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COMO ERA A SAÚDE BUCAL
● De difícil acesso.
● O principal tratamento oferecido pela rede pública era a extração dentária.
● Perpetuava-se a visão da odontologia mutiladora edo cirurgião-dentista com atuação
apenas clínica.
Política Nacional de Saúde Bucal – BRASIL SORRIDENTE
● Em 2004 o Ministério da Saúde lançou as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil
Sorridente
● Em 2003 foi concluído o levantamento epidemiológico de saúde bucal.
● Divulgado o Relatório Descritivo do Projeto SB Brasil 2003.
● Constitui -se de uma série de medidas que têm como objetivo garantir as ações de promoção,
prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, entendendo que esta é fundamental
para a saúde geral e qualidade de vida da população.
● Sua principal meta é a reorganização da prática e a qualificação das ações e serviços
oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada para os cidadãos de todas as
idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros, por
meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL.
1- PRINCÍPIOS NORTEADORES DAS AÇÕES
1.1- Gestão Participativa
1.2- Ética
1.3- Acesso
1.4- Acolhimento
1.5- Vínculo
1.6 -Responsabilidade Profissional
2- PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE BUCAL.
2.1 Interdisciplinaridade e Multiprofissionalismo
2.2 Integralidade da Atenção
2.3 Intersetorialidade
2.4 Ampliação e Qualificação da Assistência
3- Ações
3.1 Ações de promoção e proteção
3.1.1 Fluoretação das águas
3.1.2 Educação em Saúde
3.1.3 Higiene Bucal Supervisionada
3.1.4 Aplicação Tópica de Flúor
3.2 Ações de Recuperação
3.3 Ações de Reabilitação
4- AMPLIAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA.
4.1 Prevenção e controle do câncer bucal
4.2 Implantação e aumento da resolutividade do pronto atendimento
4.3 Inclusão de procedimentos mais complexos na atenção básica
4.4 Inclusão da reabilitação protética na atenção básica4.5 Ampliação do acesso
INDICADORES
● INDICADORES ESTRATÉGICOS
Cobertura de primeira consulta odontológica programada;
Razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programadas;
Proporção de exodontias em relação ao total de procedimentos preventivos e curativos
realizados;
Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado na APS em relação ao total
de gestantes;
Proporção de pessoas beneficiadas em ação coletiva de escovação dental supervisionada em
relação ao total de pessoas cadastradas na eSB;
Proporção de crianças beneficiárias do Bolsa Família com atendimento odontológico realizado
na APS em relação ao total de crianças beneficiárias do Bolsa Família;
Proporção de atendimentos individuais pela eSB em relação ao total de atendimentos
odontológicos.
● INDICADORES AMPLIADOS
1. Proporção de procedimentos odontológicos individuais preventivos
2. em relação ao total de procedimentos odontológicos individuais;
3. Proporção de tratamentos restauradores atraumáticos - ART em relação ao total de
tratamentos restauradores;
4. Proporção de atendimentos domiciliares realizados pela eSB em relação ao total de
atendimentos odontológicos individuais;
5. Proporção de agendamentos pela eSB em até 72 (setenta e duas) horas;
6. Satisfação da pessoa atendida pela eSB.
Saúde Púb�i�� e Edu��ção em Saúde
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Lei 8142 de 28 de dezembro de 1990.
● Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS)
e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e
dá outras providências
Sobre a importância da participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde
(SUS);
● A lei estabelece que a comunidade tem o direito e o dever de participar ativamente na formulação,
avaliação, controle e fiscalização das políticas de saúde;
● A participação da comunidade é fundamental para garantir que as políticas de saúde atendam às
necessidades e demandas da população;
● A Lei 8142 prevê a criação de instâncias colegiadas, como as conferências de saúde e os conselhos de
saúde, onde a participação da comunidade é assegurada;
● Os cidadãos podem fiscalizar a aplicação dos recursos públicos na área da saúde, acompanhar a qualidade
dos serviços oferecidos e exigir transparência e prestação de contas por parte dos gestores.
As instancias colegiadas da lei 8142
● Conferência de saúde;
● Ocorre nos níveis municipais, estaduais e federal;
● A Conferência de Saúde é uma instância de participação social que reúne representantes dos diversos
segmentos da sociedade para discutir e avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da
política de saúde;
● ela ocorre a cada quatro anos e é um espaço importante para a participação democrática e o debate sobre
as políticas de saúde;
● reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais;
● podem participar das conferências, usuários, trabalhadores e gestores/prestadores, bem como todos os
demais movimentos e instituições da sociedade, desde que atendam o que dispõe o Regimento da
Conferência de Saúde;
● é convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde
á aconteceram 17 Conferências Nacionais de Saúde;
● A última Conferência Nacional de Saúde ocorreu de 2 a 5 de julho de 2023 com o tema “Garantir Direitos,
defender o SUS, a Vida e a Democracia - Amanhã vai ser outro dia!”;
● Com 5.816 participantes de todos os 26 estados brasileiros e Distrito Federal;
● A última Conferência Estadual de Saúde do Pará ocorreu de 22 a 25 de maio de 2023 e foi a 14ª a ser
realizada;
● A última Conferência Municipal de Saúde de Altamira ocorreu entre 28 e 29 de março de 2022 e foi a 17
Conselho de saúde.
É um órgão colegiado permanente e deliberativo, composto por representantes do governo, prestadores de
serviços, profissionais de saúde e usuários do SUS; atua na formulação de estratégias e no controle da
execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros;
Entendendo as transferências intergovernamentais de recursos na área da saúde;
● Antes da lei 8142, havia mais de 100 formas de repasses de recursos financeiros, o que trazia algumas
dificuldades para sua aplicação;
● as transferências financeiras são realizadas nas seguintes modalidades: Fundo a Fundo, Convênios,
Contratos de Repasses e Termos de Cooperação;
● o Fundo Nacional de Saúde (FNS) é o gestor financeiro dos recursos destinados a financiar as despesas
correntes e de capital do Ministério da Saúde, bem como dos órgãos e entidades da administração direta e
indireta, integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS);
● os recursos alocados junto ao FNS são transferidos para os estados, municípios e o Distrito Federal para
que esses entes realizem de forma descentralizada ações e serviços de saúde;
● os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde, remanejando,
entre si parcelas de recursos previstos. Para receberem os recursos os Municípios, os Estados e o Distrito
Federal deverão contar com: ● I - Fundo de Saúde;
● II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de
1990;
● III - plano de saúde;
● IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
● V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
● VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos
para sua implantação.
Saúde Púb�i�� e Edu��ção em Saúde
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A Rede de Atenção à Saúde é definida como arranjos organizativos de ações e
serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do
cuidado
Justificativa para a organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS:
1- Necessidade de superar a fragmentação das ações e serviços de saúde;
2- Dificuldade em qualificar a gestão do cuidado devido ao modelo vigente (ANTIGO) centrado em ações
curativas.
A concepção de hierarquia é substituída pela de poliarquia;
O sistema organiza-se sob a forma de uma rede horizontal de atenção à saúde; Todos os pontos de atenção
à saúde são igualmente As Redes de Atenção à Saúde constituem-se de três elementos básicos: uma
população, uma estrutura operacional e um modelo de atenção à saúde.
1- A população
Vive em territórios sanitários;
organiza-se socialmente em famílias;
é cadastrada e registrada em subpopulações por riscos
sociossanitários;
cabe à Atenção Básica/ESF a responsabilidade de articular-se
intimamente com a população e importantes para que se cumpram os objetivos das Redes de Atenção
à Saúde;
Cabe destacar que, embora não haja ordem nem grau de importância entre os diferentes pontos da
rede, a Atenção Básica (AB) tem o papel fundamental de ordenador das RA
2- Estrutura operacional
Centro de comunicação, a Atenção Básica. Pontos de atenção à saúde secundários e terciários;
Sistemas de apoio (sistema de apoio diagnóstico e terapêutico, sistema de assistência farmacêutica
e sistema de informação em saúde);
Sistemas logísticos (cartão de identificação das pessoas usuárias, prontuário clínico, sistemas de
acesso regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde);
Sistema de governança , deve ser feita pelas Comissões Intergestores
3- Modelo de atenção à saúde
É um sistema lógico que organiza o funcionamento das RAS, articulando, de forma singular, as relações
entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos, os focos das intervenções do sistema de
atenção à saúde e os diferentes tipos de intervenções sanitárias

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