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SANIDADE DE AVES E SUINOS

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SANIDADESANIDADE
de aves e suinos
Introdução à Sanidade de Suínos e AvesIntrodução à Sanidade de Suínos e Aves
A saúde dos suínos e aves desempenha um
papel crucial na produção animal, influenciando
diretamente o desempenho, a produtividade e a
segurança alimentar. Nesse contexto, é
essencial compreender os diversos aspectos
relacionados à sanidade desses animais,
incluindo genética, nutrição, manejo e bem-
estar.
Sanidade e Criação
O cuidado com a saúde dos animais é
fundamental para garantir uma criação bem-
sucedida. Isso envolve atenção especial aos
tratadores, às condições do ambiente da granja
e às instalações onde os animais são alojados.
Manter as instalações limpas, com boa
circulação de ar e temperatura adequada é
essencial para prevenir doenças e garantir o
bem-estar dos animais.
Desafios para a Sanidade no Brasil
No Brasil, assim como em outros países,
existem diversos desafios relacionados à
sanidade na produção animal. O processo de
globalização e a modernização da indústria
agropecuária aumentam o risco de introdução
de doenças exóticas, representando uma
ameaça à saúde pública e à economia do país.
Doenças Importantes em Suínos e Aves
Algumas doenças têm um impacto significativo
na produção de suínos e aves, afetando o
desempenho dos animais e a segurança
alimentar. Entre elas, destacam-se a Peste Suína
Clássica, a Doença de Aujeszky, a Salmonelose,
a Colibacilose e as doenças respiratórias, como a
Rinite Atrófica e a Bronquite Infecciosa.
Medidas de Prevenção e Controle
Para prevenir a disseminação de doenças e
manter a sanidade do rebanho, são necessárias
medidas de prevenção e controle adequadas.
Isso inclui vigilância sanitária, vacinação,
manejo adequado dos animais e das instalações,
além de boas práticas de higiene e
biosseguridade.
Classificação de Doenças e Notificaçãoe de
Suínos e Aves
Classificação de Doenças e Notificaçãoe de
Suínos e Aves
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)
desempenha um papel fundamental na
melhoria da saúde animal em todo o mundo.
Uma das maneiras pelas quais isso é alcançado é
por meio da classificação e notificação de
doenças que afetam a produção animal. Essas
doenças são classificadas com base em sua
gravidade, capacidade de disseminação e
impacto na economia, saúde pública e meio
ambiente.
Classificação das Doenças:
As doenças são classificadas em diferentes
categorias com base na ameaça que
representam:
Doenças Erradicadas ou Nunca Registradas:
Estas são doenças que nunca foram
detectadas no país ou foram completamente
erradicadas. Qualquer suspeita ou caso
confirmado dessas doenças requer
notificação imediata.
1.
Doenças que Requerem Notificação
Imediata de Suspeita: Este grupo inclui
doenças que, se suspeitadas, devem ser
notificadas imediatamente para evitar sua
disseminação. Isso inclui doenças como
Peste Suína Clássica, Febre Aftosa e Raiva.
2.
Doenças que Requerem Notificação
Imediata de Confirmação: São doenças que,
uma vez confirmadas, devem ser
notificadas imediatamente. Exemplos
incluem Brucelose e Tuberculose.
3.
Doenças que Requerem Notificação Mensal
de Confirmação: Este grupo abrange
doenças que, uma vez confirmadas, devem
ser notificadas mensalmente. Exemplos
incluem Parvovirose Suína e Rinite Atrófica.
4.
Importância da Notificação:
A notificação imediata de casos suspeitos ou
confirmados é essencial para o controle eficaz
de doenças na produção animal. Isso permite:
Controle de trânsito de animais, produtos e
pessoas.
Implementação de critérios para
diagnóstico e vigilância sanitária.
Vigilância em saúde animal e pública.
Emissão de relatórios anuais sobre a
situação zoosanitária de cada país.
Adoção de medidas profiláticas em casos de
surtos.
Doenças de Notificação Obrigatória:
Existem diversas doenças de notificação
obrigatória, como Peste Suína Africana, Febre
Aftosa, Influenza Aviária, entre outras. Essas
doenças podem ter impactos significativos na
produção animal e, portanto, sua notificação é
essencial para evitar sua disseminação.
Monitoramento e Controle:
Os países devem monitorar e controlar
ativamente a presença de doenças notificáveis
em suas populações animais. Isso inclui a
implementação de programas de vigilância,
medidas de biossegurança rigorosas e vacinação
quando apropriado.
Programas de Biosseguridade e Manejo
Sanitário na Produção Animal
Programas de Biosseguridade e Manejo
Sanitário na Produção Animal
Os programas de biosseguridade e manejo
sanitário desempenham um papel crucial na
proteção da saúde e bem-estar dos animais
na produção animal. Eles envolvem uma
série de medidas preventivas e de controle
para garantir a saúde do rebanho e a
segurança dos produtos de origem animal.
Abaixo estão detalhadas algumas das
principais informações sobre esses
programas, com base nos dados fornecidos:
Introdução: A biosseguridade e o manejo
sanitário são fundamentais na produção animal
para garantir a saúde do rebanho e a segurança
alimentar. Esses programas visam prevenir a
entrada e disseminação de agentes patogênicos
nas instalações e controlar possíveis doenças.
Instalações:
As instalações devem ser projetadas e
mantidas de forma a garantir um ambiente
adequado para os animais, incluindo
condições de higiene, ventilação e espaço
suficiente para prevenir o estresse e a 
disseminação de doenças. Além disso, é
essencial garantir a limpeza e desinfecção
regular das instalações para reduzir o risco de
contaminação.
Doenças:
Doenças Epizoóticas:
Agentes infecciosos específicos
Alto contágio e altas taxas de morbidade
e mortalidade
Doenças Multifatoriais:
Um ou mais agentes infecciosos
Animais ou rebanhos submetidos a
situações de risco
Baixa taxa de mortalidade, impacto
econômico
Medicina Veterinária de Produção:
Saúde coletiva
Prevenção
Formas de Transmissão de Doenças:
Transmissão por Aerossóis:
Doenças respiratórias
Facilitada no inverno mais úmido
Transmissão pela Água:
Doenças entéricas
Protozoários, cistos/ovos, bactérias
podem se multiplicar na água
Contaminação de caixa d'água e canos
Transmissão por Alimento Contaminado:
Salmonela, Clostridium, E. coli
Umidade favorece crescimento
bacteriano e fúngico
Outras Formas de Transmissão:
Animais contaminados (aves, suínos)
Insetos (baratas, moscas, mosquitos)
Roedores (ratazana, rato de telhado,
camundongo)
Bouba Aviária
Agente Causador: Gênero Avipoxvirus
Transmissão:
Por picada de inseto
Pelo contato entre aves infectadas
Manifestações:
Cutânea: Lesões avermelhadas evoluindo
para pústulas e crostas em regiões sem
penas
Diftérica: Lesões em forma de placas no
trato digestivo
Prevenção e Controle:
Vacinação
Medidas de biosseguridade
Formas de Transmissão de Doenças:
Fômites:
Objetos ou substâncias capazes de
absorver, reter e transportar
organismos contagiantes ou infecciosos
Funcionários e Visitantes:
Roupas e calçados
Carcaças de Animais:
Atraem baratas, moscas, mosquitos
AviculturaAvicultura
Procedimentos para o registro, a fiscalização e o
controle sanitário dos Estabelecimentos
Avícolas
de Reprodução, Comerciais e de Ensino ou
Pesquisa, com exceção à criação de ratitas.
Memorial Descritivo das Medidas Higiênico-
Sanitárias e de Biossegurança:
a) Manejo Adotado
b) Localização e Isolamento das Instalações
c) Barreiras Naturais
d) Barreiras Físicas
e) Controle do Acesso e Fluxo de Trânsito
f) Cuidados com a Ração e Água
g) Programa de Saúde Avícola
h) Plano de Contingência
i) Plano de Capacitação de Pessoal
j) Plano Descritivo da Rastreabilidade de Ovos
Incubados e Destinação de Ovos não Incubáveis
SuinoculturaSuinocultura
O comportamento e a saúde dos animais devem
ser monitorados pelo menos duas vezes ao ano,
seguindo os indicadores e orientações
estabelecidos nas recomendações da
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em
seu capítulo de bem-estar nos sistemas de
produção de suínos.
A Instrução Normativa 113 de 2020 estabelece
diretrizes e normas para o monitoramento do
comportamento e saúde dos animais na
suinocultura. De acordo com essa normativa, é
requerido que o monitoramento seja realizado
pelo menosduas vezes ao ano. Este
monitoramento deve seguir os indicadores e
orientações determinados pelas recomendações
da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
especificamente em seu capítulo dedicado ao
bem-estar nos sistemas de produção de suínos.
Essas diretrizes visam garantir o cuidado
adequado e o bem-estar dos animais suínos,
promovendo práticas sustentáveis e éticas na
produção animal.
Manejo / Instalações e Doenças
Distância entre Galpões:
Localização: Distância mínima exigida
de 500m de outras criações ou
abatedouros de suínos e 100m de
estradas por onde transitam caminhões
com suínos.
Distância entre Granjas de Suínos:
Distância mínima de 3 km de
estabelecimentos de reprodução avícola
e abatedouros.
Limites Internos - Estabelecimentos de
Avicultura:
200m entre os núcleos e os limites
periféricos da propriedade.
Entrada Única:
Cerca de isolamento com altura mínima
de 1m em volta do galpão, afastamento
mínimo de 10m (reprodução) e 5m
(comercial).
Circulação de Ar:
Temperatura adequada para cada fase:
Porcas (Gestação: 16-19°C, Lactação: 12-
16°C, Vazias: 17/21°C), Leitões (Recém-
nascidos: 32-34°C, Lactação: 29-31°C,
Desmamados: 22-26°C)
Densidade e Espaço de Cocho:
Estabelece áreas mínimas por animal de
acordo com a fase e categoria.
Limpeza e Desinfecção:
Importância da limpeza e desinfecção
para prevenir doenças como a
pneumonia enzoótica dos suínos.
A pneumonia enzoótica dos suínos é uma
doença respiratória causada pela bactéria
Mycoplasma hyopneumoniae. Aqui está um
resumo das principais características dessa
doença:
Agente Causador: Mycoplasma
hyopneumoniae.
Características Epidemiológicas:
Alto contágio, alta morbidade (número
elevado de animais afetados) e baixa
mortalidade (baixo número de óbitos).
Sintomas:
Tosse seca crônica.
Apatia.
Queda de produtividade.
Baixa imunidade.
Transmissão:
Contato direto com secreções
respiratórias infectadas.
Aerossóis contaminados.
Transmissão vertical da porca para a
leitegada logo após o nascimento.
Transmissão entre leitões quando
misturados.
Medidas de Prevenção:
Adoção de práticas de manejo como o
"todos dentro, todos fora", onde toda a
baia é esvaziada e higienizada entre
lotes de suínos.
Manutenção de boa ventilação nas
instalações.
Implementação de medidas de higiene
adequadas, incluindo limpeza e desinfecção
das instalações.
Redução da lotação de animais por baia para
evitar superlotação e estresse, que podem
aumentar a susceptibilidade à doença.
Limpeza e Desinfecção em Frangos de Corte:
Limpeza:
Remoção de 90 a 95% do material
contaminante.
Retirada dos restos de ração.
Lavagem, desinfecção e secagem dos
equipamentos.
Remoção da cama e aplicação de inseticidas,
se necessário.
Varrição e raspagem de tetos, telas, paredes
e pisos.
Lavagem com água sob pressão dos tetos,
paredes, equipamentos fixos e pisos.
Desinfecção:
Realização de procedimentos de
desinfecção após a limpeza.
Uso de produtos desinfetantes adequados
para eliminar agentes patogênicos.
Vazio Sanitário:
Período de 10 a 15 dias sem a presença de
animais nas instalações para permitir a
desinfecção completa e reduzir a carga
microbiológica.
Fluxo de Animais:
Manejo de animais por idade entre os
diferentes galpões, incluindo gestação,
maternidade, creche e engorda.
Programa de Biosseguridade:
Prevenção e proteção do rebanho contra
doenças.
Controle de entrada e saída de agentes
patogênicos.
Identificação precoce de doenças.
Implementação de medidas profiláticas
para eliminação de doenças.
Promoção de medidas defensivas em áreas
endêmicas.
Bioseguridade:
Conjunto de medidas e procedimentos
operacionais para prevenir, controlar e
limitar a exposição dos animais a agentes
causadores de doenças.
Saúde Humana e Animal:
Importância da biosseguridade tanto para a
saúde humana quanto animal, visando
prevenir a transmissão de doenças
zoonóticas e proteger a produção.
Principais Medidas de Biosseguridade na
Avicultura Comercial:
Detalhes sobre as principais medidas de
biosseguridade utilizadas na avicultura
comercial, com referências a manuais e
vídeos explicativos.
Necessário conhecer os agentes infecciosos:
Compreensão dos agentes infecciosos
relevantes para implementar medidas
eficazes de controle e prevenção de
doenças.
Registro, Fiscalização e Controle dos
Estabelecimentos:
Diversos aspectos abrangidos, incluindo
localização, transporte, controle de entrada
de pessoas, circulação de funcionários,
destino correto de animais mortos, controle
de alimentação e equipamentos, controle de
pragas, entre outros.
Programa de Biosseguridade:
Medidas de controle e monitoramento para
evitar a entrada e disseminação de agentes
patogênicos nas instalações.
Medidas Específicas de Controle e Registro:
Controle do trânsito de veículos e acesso de
pessoas.
Cercas de segurança.
Fluxo operacional e medidas higiênico-
sanitárias.
Desinfecção de veículos na entrada e saída.
Requisitos específicos para o destino
adequado de resíduos e subprodutos.
Programas de limpeza, desinfecção e
controle de pragas.
Manejo Sanitário:
Vacinação, vermifugação e
antibioticoterapia como medidas
preventivas e curativas.
Vacinas contra diferentes doenças,
incluindo circovirose suína, pneumonia
enzoótica, doença de Glasser, rotavírus,
doenças respiratórias, rinite atrófica,
enterotoxicose, parvovirose e leptospirose.
 Vacina contra a Doenca de Aujeszky necessita
de autorização.
Vacinas e Principais Doenças:
Doença de Marek: Vacinação obrigatória (IN
56/07).
Doença de Gumboro: Não mencionada na
legislação específica.
Varíola Aviária: Não mencionada na
legislação específica.
Bronquite Infecciosa das Galinhas: Não
mencionada na legislação específica.
Doença de Newcastle: Vacinação obrigatória
para reprodutores, aves de postura e aves
para aglomeração/venda (IN 56/07).
Coccidiose: Não mencionada na legislação
específica.
Vias de Administração de Vacinas:
Oral: Administração via água ou alimento.
Nebulização (Aspersão): Utilizada para
doenças respiratórias.
Massal Individual: Administração ocular,
nasal ou na membrana da asa.
Injetável: Administração subcutânea ou
intramuscular.
Legislação sobre Vacinas:
Diversas vacinas são mencionadas na
legislação, com requisitos específicos de
vacinação em determinadas situações, como
obrigatoriedade ou proibição, dependendo
da doença e do tipo de estabelecimento.
Exemplos incluem a obrigatoriedade da
vacinação contra a Doença de Marek e a
Doença de Newcastle em determinadas
categorias de aves, e proibições de vacinas
contra Micoplasma em estabelecimentos de
reprodução, entre outras.
Capacitação dos Responsáveis pelos Animais:
Todos os responsáveis pelos animais devem
ser capacitados em diversos aspectos,
incluindo comportamento animal, nutrição,
manejo reprodutivo, biossegurança,
impactos ambientais, sinais de doença e
indicadores de bem-estar animal.
PNSS - Programa nacional de sanidade
suídea
PNSS - Programa nacional de sanidade
suídea
O Programa Nacional de Sanidade Suídea
(PNSS) é uma iniciativa do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
do Brasil com o objetivo de prevenir doenças,
reconhecer, manter e ampliar zonas livres de
enfermidades suínas, além de certificar e
monitorar granjas de reprodutores suínos. O
programa visa impedir a introdução de doenças
exóticas e controlar ou erradicar as doenças
existentes.
Componentes do PNSS:
Prevenção de Doenças: Ações destinadas a
evitar a introdução de enfermidades suínas
no território nacional.
1.
Reconhecimento, Manutenção e Ampliação
de Zonas Livres de Doenças: Identificação e
manutenção de áreas livres de
determinadas doenças suínas.
2.
Certificação e Monitoramento de Granjas de
Reprodutores Suídeos (GRSC):
Estabelecimento de critérios para certificar
e monitorar granjas de reprodutores suínos.
3.
Controle de Trânsito:
Produtores de suínos cadastrados no
Sistema de Vigilância Agropecuária (SVA)
são monitorados.
Controle de trânsito por meio da emissão da
Guia de Trânsito Animal (GTA) e
cadastramento de veículos e
transportadores
Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas(GRSC):
Comercializam, distribuem ou mantêm
reprodutores suínos para reprodução.
Devem atender integralmente às
disposições estabelecidas para a
certificação.
Certificação das Granjas:
Baseada em monitoramento sorológico e
classificação sanitária.
Obrigatoriedade de certificação para
algumas doenças e opcional para outras.
Requisitos incluem registro no MAPA,
cadastro no Serviço Veterinário Oficial
(SVO), práticas de bioseguridade, assistência 
veterinária, monitoria sanitária, entre outros.
Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína
Clássica:
Objetivo de erradicar a peste suína clássica
em áreas não livres da doença.
Fortalecimento do sistema de vigilância e
vacinação regionalizada.
Compartimento Livre de PSC e Febre Aftosa:
Reconhecimento da situação sanitária em
subpopulações.
Certificação voluntária de compartimento
livre de febre aftosa e peste suína clássica.
Sistema Integrado de Vigilância para PSC, PSA e
PRSS:
Fortalecimento da capacidade de detecção
precoce e demonstração da ausência de
infecção.
Procedimentos Laboratoriais:
Colheita e acondicionamento de amostras
para testes sorológicos e de RT-PCR.
Tipos de Caso da PSC:
Caso Suspeito, Provável e Confirmado, com
critérios específicos de identificação e
confirmação da doença.
Doenças EntéricasDoenças Entéricas
As doenças entéricas são aquelas que afetam o
trato gastrointestinal dos animais, incluindo
aves e suínos. Elas podem causar grandes
perdas econômicas devido a diversos fatores,
como gastos com antibióticos, aumento da
mortalidade, necessidade de manejo e cuidados
com os animais doentes, e aumento da
conversão alimentar.
Partes do Intestino Delgado:
O intestino delgado é dividido em três partes
principais:
Duodeno: Local onde ocorre a digestão e
absorção dos alimentos. É a primeira porção
do intestino delgado e recebe sucos
pancreáticos e biliares.
Jejuno: É responsável principalmente pela
absorção de nutrientes, como carboidratos,
proteínas, lipídios, vitaminas e minerais.
Íleo: Realiza a absorção e reabsorção de
nutrientes e água. Também tem um papel
importante na regulação do trânsito
intestinal.
No intestino delgado, ocorre a absorção de
diversos nutrientes essenciais, incluindo água,
eletrólitos, vitaminas, minerais, carboidratos,
proteínas e lipídios.
Intestino Grosso:
O intestino grosso também desempenha um
papel importante na absorção de água e na
formação das fezes. Suas principais partes são o
ceco, o colo e o reto. No intestino grosso, ocorre
a reabsorção de água, a secreção de alguns
minerais e a fermentação, que é responsável
pela digestão de fibras, proteínas microbianas e
produção de algumas vitaminas, como a
vitamina K e B.
Diarreia:
A diarreia é caracterizada pelo excesso de água
nas fezes em relação à matéria seca. Pode ser
classificada em diferentes graus, desde fezes
normais até fezes líquidas. A diarreia pode levar
à perda de solutos e água, resultando em
desequilíbrio ácido-básico e desidratação.
Enterites Pré-Desmama:
Essas são doenças entéricas que afetam os
leitões antes do desmame. Elas podem ser
causadas por diferentes agentes patogênicos,
incluindo bactérias como Escherichia coli e
Clostridium perfringens, e vírus como o
rotavírus. Os sinais clínicos e as lesões
associadas variam de acordo com o agente
causador.
Colibacilose:
A colibacilose é uma doença causada pela
bactéria Escherichia coli (E. coli), comumente
afetando suínos em diferentes estágios de vida,
incluindo leitões neonatos. A E. coli é um
comensal do intestino, mas certas cepas podem
se tornar patogênicas e causar infecções
intestinais, levando a sintomas como diarreia
aquosa, desidratação e, em casos graves, morte.
A transmissão ocorre principalmente pelo
contato direto com fezes contaminadas ou
ambientes sujos, e fatores como más condições
de higiene, falta de colostro e temperaturas
baixas aumentam o risco de infecção. O
diagnóstico é baseado nos sinais clínicos,
isolamento da bactéria e identificação de
toxinas específicas.
Clostridiose:
A clostridiose é uma doença entérica causada
por bactérias do gênero Clostridium,
principalmente Clostridium perfringens.
Existem diferentes tipos de clostridioses que
afetam os suínos, incluindo as causadas pelo
tipo A e tipo C de Clostridium perfringens.
Clostridiose Tipo A:
Esta forma da doença é caracterizada por
diarréia pastosa e mucosa de cor amarelada.
Pode resultar em baixa mortalidade e é
associada à produção de toxina alfa e
enterotoxina, causando necrose no intestino
delgado. Os sinais clínicos incluem perda de
peso e desidratação. O controle envolve
medidas de higiene, manejo, vacinação e o uso
de antibióticos.
Clostridiose Tipo C:
A clostridiose tipo C é mais agressiva e resulta
em diarréia sanguinolenta, edema no cólon e
alta mortalidade. É causada pela produção de
toxina beta-proteolítica pelo Clostridium
perfringens tipo C. Os leitões afetados podem
apresentar sintomas graves e morrer
rapidamente de toxemia. O controle envolve
medidas semelhantes à clostridiose tipo A,
incluindo vacinação e uso de antibióticos
específicos.
Diagnóstico e Controle:
O diagnóstico da clostridiose envolve a
observação dos sinais clínicos, exames
histopatológicos e culturas bacterianas. O
controle eficaz da doença requer boas práticas
de manejo, higiene e vacinação adequada dos
animais. O uso de antibióticos pode ser
necessário em casos graves para tratar
infecções secundárias e reduzir a mortalidade.
Rotavirose:
A rotavirose é uma doença viral causada pelo
rotavírus suíno, afetando principalmente
leitões jovens. O vírus é altamente contagioso e
pode causar diarreia, vômitos, desidratação e
perda de peso. A transmissão ocorre
principalmente pelo contato direto com fezes
contaminadas ou ambiente infectado. Os sinais
clínicos incluem diarreia aquosa ou cremosa,
vômitos e depressão. O diagnóstico é baseado
na história clínica, sinais clínicos e testes
laboratoriais para detecção do vírus.
Coccidiose:
A coccidiose é uma doença causada pelo
protozoário Isospora suis, afetando
principalmente leitões jovens. O parasita
infecta o intestino delgado e pode causar
diarreia, desidratação, perda de peso e, em
casos graves, morte. Os oocistos esporulados
são a forma infectante e são resistentes ao
ambiente. A transmissão ocorre principalmente
pelo contato direto com fezes contaminadas. O
diagnóstico é baseado na presença de oocistos
nas fezes e sinais clínicos característicos. O
controle envolve medidas de manejo, higiene e,
às vezes, o uso de medicamentos
antiprotozoários.
Epidermite Exsudativa:
A epidermite exsudativa, também conhecida
como eczema úmido ou dermatite seborréica
bacteriana, é uma doença cutânea comumente
observada em leitões nas primeiras semanas de
vida, especialmente em condições deficientes
de higiene. É causada pela bactéria
Staphylococcus hyicus subsp hyicus, que
normalmente não é invasiva e pode ser isolada
de suínos sadios. A infecção geralmente ocorre
através do umbigo ou de animais portadores.
Sinais Clínicos:
Forma Localizada (Crônica): Lesões
cutâneas circunscritas atrás da orelha,
região dorsal e lateral do pescoço.
Forma Generalizada (Aguda): Apatia, febre,
diarréia, modificação da cor da pele,
abatimento, anorexia, desidratação e perda
de peso. Comprometimento dos cascos
também pode ser observado.
Lesões:
Macroscópicas: Lesões nos olhos, focinho,
orelhas, região ventral e escapular.
Aumento dos linfonodos e rins, com
ureteres dilatados.
Microscópicas: Acantose, paraqueratose,
formação de vesículas que evoluem para
pústulas. Ureterite severa, com oclusão,
hidronefrose e pielonefrite.
Doenças de peleDoenças de pele
Diagnóstico:
Clínico: Baseado nas características da
doença.
Laboratorial: Bacteriológico de suabes de
pele ou renal.
Diagnóstico Diferencial: Sarna, Febre
Aftosa, Pitiríase rósea, Paraqueratose.
Tratamento e Controle:
Antibióticos: Penicilinas, macrolídeos.
Medidas de higiene e práticas cirúrgicas
para evitar novas infecções.
Vacinas autógenas para prevenir a
recorrência da doença.
Diagnóstico Diferencial:
Sarna: Lesões características causadaspor
ácaros.
Pitiríase Rosea: Lesões circulares e
coalescentes de causa desconhecida.
Paraqueratose: Erupção cutânea associada a
alterações metabólicas.
Pneumonia Enzoótica:
A pneumonia enzoótica em suínos é uma
doença respiratória causada pelo Mycoplasma
hyopneumoniae, uma bactéria sem parede
celular que afeta exclusivamente o sistema
respiratório dos suínos. É amplamente
distribuída em todo o mundo e é caracterizada
por ser de difícil isolamento e tratamento.
Epidemiologia:
Transmissão: Principalmente por secreções
e aerossóis, com alcance de até 3,5 km. A
porca é a principal fonte de infecção, e o
período de incubação varia de 6 semanas a
16 meses. A disseminação é comum no
desmame, sendo lenta e de longo período de
incubação.
Complexo de Doenças Respiratórias dos Suínos
(CDRS):
Além do Mycoplasma hyopneumoniae, o
CDRS envolve uma série de fatores
multifatoriais, incluindo vírus como o
Influenza A, Síndrome Reprodutiva e 
Doenças respiratóriasDoenças respiratórias
Respiratória Suína (PRRSV) e Circovírus Suíno
Tipo 2 (PCV2), além de componentes não
infecciosos como ambiente, manejo, idade,
genética e nutrição.
Fatores de Risco:
Densidade populacional, vazio sanitário,
condições do comedouro, ventilação,
temperatura e umidade, presença de
moscas e sarna, além da imunidade dos
animais.
Sinais Clínicos:
Tosse seca, não produtiva e crônica,
corrimento nasal, retardamento no ganho
de peso, desuniformidade dos lotes e alta
morbidade, o que pode levar a infecções
subclínicas.
Lesões:
Consolidação pulmonar (hepatização),
broncopneumonia catarral e hiperplasia de
tecido linfóide.
Diagnóstico:
Baseado em sinais clínicos e lesões, mas o
isolamento da bactéria é difícil. Métodos
laboratoriais como PCR, imunoistoquímica,
histopatológico e sorologia por ELISA são
comumente utilizados, além da monitoria
ao abate.
Tratamento e Controle:
Antibióticos como macrolídeos, quinolonas
e tetraciclinas são utilizados no tratamento,
assim como a vacinação. Reduzir os fatores
de risco e implementar programas de
erradicação são fundamentais para o
controle da doença.
Pleuropneumonia Suína:
A pleuropneumonia suína é uma doença
respiratória causada pelo Actinobacillus
pleuropneumoniae, que possui 12 sorotipos e
distintos fatores de virulência.
Epidemiologia:
A transmissão ocorre principalmente por
animais portadores, contato direto (via
aerógena até 4 metros) e raramente por
fômites. Apresenta formas crônicas em
suínos com mais de 60 kg, e a morbidade e
mortalidade são variáveis. Portadores
assintomáticos podem apresentar nódulos
pulmonares e tonsilas. A imunidade
materna tem duração de cerca de 1 semana.
Patogenia:
O processo inflamatório nas áreas menores
das vias respiratórias difunde-se pelo tecido
conjuntivo peribronquiolar, afetando os
vasos e propagando-se pelos canais
linfáticos aos septos interlobulares e pleura.
Sinais Clínicos:
Pode se apresentar de forma superaguda,
com morte súbita e sangue nas narinas,
aguda, com anorexia, alta mortalidade,
dificuldade respiratória, cianose, rinorreia e
posição de "cão sentado", ou crônica, com
refugagem, tosse esporádica e aderência.
Lesões:
As lesões incluem áreas de consolidação
pulmonar com aspecto hemorrágico e
recobertas por fibrina, necrose não
purulenta, nódulos pulmonares
encapsulados, pleurisia, pericardite,
aderências e pleuropneumonia exudativa
fibrino-hemorrágica, com trombose de
vasos e grandes áreas de necrose.
Diagnóstico:
O diagnóstico baseia-se em achados
anatomopatológicos, isolamento do agente,
PCR, sorotipagem, imunofluorescência,
sorologia e monitoramento de lesões.
Tratamento e Controle:
O tratamento envolve o uso de quinolonas,
sulfa-trimetoprim e macrolídeos, sendo
estes últimos a escolha preferencial. A
vacinação de leitões e/ou porcas,
juntamente com medidas de manejo
adequadas, são fundamentais para o
controle da doença.
Rinite Atrófica Não Progressiva:
A rinite atrófica não progressiva é uma doença
respiratória causada pela Bordetella
bronchiseptica toxigênica, que leva à hipotrofia
transitória dos cornetos nasais.
Etiologia:
A doença é causada pela Bordetella
bronchiseptica toxigênica, que é um
habitante das vias respiratórias. A infecção
maciça resulta na doença. A transmissão
ocorre por contato direto e indireto,
principalmente via aerógena.
Patogenia:
A infecção respiratória ocorre com a
colonização da cavidade nasal e aderência
em células ciliadas, seguida pela
multiplicação na superfície da mucosa e
produção de toxinas. Isso leva a lesões
ósseas, inflamação proliferativa e
degenerativa, perda de cílios e regeneração.
Sinais Clínicos:
Os sinais clínicos incluem espirros,
principalmente em maternidades e creches,
rinite catarral, corrimento ocular e
alterações leves nas conchas nasais.
Também pode haver infiltração de células
inflamatórias.
Diagnóstico:
O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos
observados, no isolamento do agente e na
realização de PCR.
Tratamento e Controle:
O tratamento envolve o uso de penicilinas,
tetraciclinas, quinolonas, sulfa-
trimetoprim, conforme determinado pelo
antibiograma. Além disso, medidas de
manejo adequadas são necessárias para
controlar a disseminação da doença.
Rinite Atrófica Progressiva:
A rinite atrófica progressiva é uma doença
respiratória causada principalmente pela
Bordetella bronchiseptica, Pasteurella
multocida tipo D toxigênica, e eventualmente
tipo A produtoras de toxinas. Essa condição
resulta em lesões severas e deformação do
focinho, hipotrofia ou atrofia dos cornetos
nasais, desvio de septo nasal e deformidade do
focinho.
Epidemiologia:
A transmissão ocorre principalmente por
contato direto e via aerógena, com animais
portadores sendo as principais fontes de
infecção. Fêmeas para os leitões e leitão
para leitão são as vias de transmissão mais
comuns. Ratos, gatos, coelhos e aves
também podem atuar como transmissores.
A doença geralmente assume uma forma
crônica, com mortalidade baixa, mas com
redução no crescimento e ganho de peso.
Fatores de Risco:
Os fatores de risco incluem condições de
manejo e ambiente que favorecem a
disseminação da doença.
Patogenia:
A infecção respiratória ocorre com a
colonização da cavidade nasal e aderência
em células ciliadas, seguida pela
multiplicação na superfície da mucosa e
produção de toxinas. Isso leva a lesões
ósseas, inflamação proliferativa e
degenerativa, perda de cílios, reabsorção do
osso e atrofia dos cornetos nasais,
distúrbios na osteogênese, e lesões no
fígado e rim.
Sinais Clínicos:
Os sinais clínicos incluem espirros,
sangramento nasal, corrimento nasal
mucoso, formação de placas escuras nos
ângulos internos dos olhos, desvio e/ou
encurtamento do focinho, rinite catarral e
atraso no crescimento.
Lesões:
As lesões incluem destruição dos cornetos
nasais, desvio de septo nasal, exsudato
mucopurulento, rinite catarral, infiltração
de células inflamatórias, descamação do
epitélio dos cornetos, hiperplasia de
osteoblastos, e redução da síntese de matriz
óssea.
Diagnóstico:
O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos e
lesões observados, no isolamento do agente,
na caracterização da toxina e do sorotipo
por PCR e ELISA, e em sorologia
(ELISA/soroneutralização). O
monitoramento ao abate também pode ser
útil.
Tratamento e Controle:
O tratamento envolve o uso de penicilinas,
tetraciclinas, quinolonas, sulfa-
trimetoprima e macrolídeos, conforme
determinado pelo antibiograma. A vacinação de
porcas com bacterinas + toxoide é
recomendada, juntamente com medidas de
manejo adequadas.
Doença de Glasser:
A doença de Glasser é causada pela bactéria
Glaesserella (anteriormente Haemophilus)
parasuis, que possui 15 sorotipos diferentes.
Essa doença é caracterizada por inflamação das
serosas e pode afetar suínos entre 2 semanas e 4
meses de idade, sendo muitas vezes associada
ao estresse. A transmissão ocorre
principalmente por aerossóis, e a morbidade e
mortalidade podem variar.
Patogenia:
A infecção respiratória ocorre com tropismo
por membranas serosas, sinoviais,
meníngeas e parênquima pulmonar,
levando a uma resposta inflamatóriasevera.
Isso pode resultar em artrites, aderências e
outros sinais clínicos.
Sinais Clínicos:
Os sinais clínicos incluem tosse, dispneia,
inflamação e dor nas articulações, além de
sinais nervosos. Existem três formas
principais da doença:
Primeira forma: caracterizada por
exudação serofibrinosa e purulenta nas
serosas, principalmente em suínos
jovens.
a.
Segunda forma: septicemia e morte
súbita.
b.
Terceira forma: pneumonia.c.
Lesões:
As lesões da doença de Glasser incluem
pleurite, pericardite, peritonite, poliartrite,
meningite com exsudação serofibrinosa ou
pneumonia hemorrágica. Além disso,
podem ocorrer aumento do fígado e baço,
hemorragias nos rins devido à septicemia e
aderências nas serosas.
Diagnóstico:
O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos e
lesões observados, no isolamento (que pode
ser difícil) e na detecção da bactéria por
PCR.
Controle:
O tratamento envolve o uso de penicilinas,
quinolonas, sulfa-trimetoprim e florfenicol.
A vacinação é recomendada aos 3 e 6
semanas de idade, juntamente com medidas
de manejo adequadas para reduzir o
estresse e a disseminação da doença.
Pasteurelose:
A pasteurelose suína é causada principalmente
pela bactéria Pasteurella multocida, que atua
como agente primário, e pode ocorrer como
uma infecção secundária na pneumonia
enzoótica. A bactéria é comumente isolada da
cavidade nasal e tonsilas de suínos, e a
transmissão ocorre principalmente por via
aerógena e contato direto. Muitos suínos podem
ser portadores assintomáticos da doença, e a
morbidade e mortalidade podem variar.
Patogenia:
A infecção respiratória ocorre com a
colonização da superfície mucosa da
traqueia e cavidade nasal pela bactéria,
seguida pela liberação de toxinas. Isso
desencadeia uma reação supurativa
caracterizada pelo infiltrado de neutrófilos
e a liberação de citocinas inflamatórias,
levando ao choque endotóxico e falha
respiratória.
Sinais Clínicos:
Os sinais clínicos da pasteurelose podem
variar de acordo com a forma da doença:
Forma aguda: alta mortalidade, choque
endotóxico.
a.
Subaguda: tosse, respiração abdominal.b.
Crônica: tosse e pneumonia.c.
Lesões:
As lesões da pasteurelose incluem
consolidação da área pulmonar,
microabscessos, pleurisia, pericardite,
septicemia, congestão da carcaça e espuma
na traqueia, além de broncopneumonia
mucopurulenta.
Diagnóstico:
O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos e
lesões observados, no isolamento da
bactéria, na caracterização do sorotipo, na
detecção por PCR e no monitoramento de
abate.
Controle:
O tratamento envolve o uso de antibióticos
como cefalosporinas, penicilinas,
tetraciclinas, quinolonas, sulfa-
trimetoprima e macrolídeos, conforme
determinado pelo antibiograma. A
vacinação também é uma opção,
juntamente com medidas de manejo para
reduzir os fatores de risco de transmissão
da doença.
Doenças lista OIEDoenças lista OIE
Doenças de Notificação Obrigatória:
Erradicadas ou nunca registradas
1.
Notificação imediata de caso suspeito ou
diagnóstico laboratorial:
Encefalomielite por vírus Nipah
Doença vesicular suína
Gastroenterite transmissível
Peste suína africana
Síndrome reprodutiva e respiratória suína
(PRRS)
Triquinelose
2. Doenças de Notificação Obrigatória:
Notificação imediata de qualquer caso suspeito
Peste suína clássica
Antraz (carbúnculo hemático)
Doença de Aujeszky
Estomatite vesicular
Febre aftosa
Raiva
3. Doenças de Notificação Obrigatória:
Notificação imediata de qualquer caso
confirmado
Brucelose (Brucella suis)
Paratuberculose
Encefalite pelo vírus Nipah
Doença vesicular dos suínos
Síndrome reprodutiva e respiratória dos
suínos (PRRS)
Gastroenterite transmissível dos suínos
(TGE)
Encefalite Japonesa
Triquinelose
Coronavírus suíno
Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos
Suínos (SRRS)
Falhas reprodutivas em gestantes,
pneumonia e aumento da mortalidade
perinatal.
Vírus envelopado, gênero Arterivirus,
genoma RNA fita única, altamente
infeccioso.
Transmissão: Contato direto ou indireto
(secreções e excreções), difusão aérea (menos de
5 Km), sêmen, fecal-oral (fezes, urina, saliva).
Disseminação do vírus por 8 horas.
SRRS - Patogenia
Forma subclínica a severa: Período de
incubação de 10 a 37 dias.
PRRS aguda ou atípica pode resultar em
infecções assintomáticas.
Forma subclínica a severa:1.
Período de incubação de 10 a 37 dias.a.
Infecções assintomáticas.b.
Fase inicial (4 a 10 dias):2.
Anorexia, febre, apatia, hipotermia.a.
Porcas com orelhas, vulva e abdômen de
coloração azulada.
b.
Fase aguda (4 a 6 semanas):3.
Sinais reprodutivos e respiratórios
(creche, recria e terminação).
a.
Fase três (2 a 4 meses):4.
Retorno ao cio, natimorto, leitões
mumificados e morte de leitões, parto
com todos leitões mortos.
a.
SRRS – Lesões
Abortos e fetos de vários tamanhos, cordão
umbilical com manchas hemorrágicas,
acúmulo de líquido abdominal.
Pulmões não colabados e manchados.
Gastroenterite Transmissível dos Suínos
Doença viral entérica aguda causada por
Alphacoronavírus (coronavírus).
Características:
Alta transmissibilidade e alta
mortalidade (até 100%).
Sintomas incluem vômitos e diarreia
severa, ocasionalmente vômitos.
Geralmente afeta leitões menores de 2
semanas em áreas endêmicas e todas as
idades em áreas não endêmicas.
Vírus relativamente termoestável,
resistente a pH baixo, muitos
desinfetantes, mas sensível à luz.
Epidemiologia
Fontes de infecção:
Portadores em incubação, doentes e
portadores convalescentes.
Vias de eliminação:
Saliva, secreção nasal e fezes.
Transmissão:
Contágio indireto via aerossóis, rações,
fômites e vetores biológicos (moscas).
Patogenia
Infecção fecal-oral.
Multiplicação principalmente nas células do
trato gastrointestinal, resultando em atrofia
das vilosidades e diarréia osmótica.
O vírus se multiplica em órgãos extra-
intestinais, como pulmões, tecido mamário
e linfonodos.
A IgA do colostro protege os leitões por
algumas semanas.
Anticorpos ativos aparecem uma semana
após a infecção e podem persistir por até 6
meses em animais de engorda e até dois
anos em fêmeas reprodutoras.
Sintomas Clínicos
Matrizes:
Surtos agudos, com vômitos, diarreia,
perda de apetite, com recuperação em 5
a 7 dias.
Leitões em lactação:
Diarreia aquosa aguda, com mortalidade
quase 100% em 2 a 3 dias, devido à
desidratação grave.
Creche e engorda:
Surtos com vômitos e diarreia afetando
quase todos os animais, geralmente de
forma leve, com recuperação
espontânea em poucos dias, mas com
menor ganho de peso.
Fatores de Risco
Grandes quantidades de vírus excretadas
nas fezes.
Baias sujas e má higiene.
Presença de cães e aves.
Movimentação contínua de animais e uso
contínuo das instalações.
Diagnóstico
Baseado no quadro clínico da doença aguda
e em testes laboratoriais como teste de
anticorpos fluorescentes, PCR nas fezes e
sorologia.
Controle
Depopulação da granja, saneamento e vazio
sanitário.
Introdução de animais de rebanhos livres
ou quarentena para reposição do plantel.
Vacinas inativadas e vivas modificadas para
fêmeas prenhes e leitões neonatos.
Melhoria do ambiente e biossegurança.
Suporte com eletrólitos, água e,
ocasionalmente, antibióticos.
Encefalite pelo Vírus Nipah
Causada pelo vírus Nipah, pertencente à
família Paramyxoviridae.
Zoonose com alta taxa de letalidade em
humanos.
Hospedeiro inicial natural são morcegos
frugívoros.
Características:
Não há vacina nem tratamento eficaz em
suínos, o que representa problemas de
saúde pública.
Nos humanos, os sintomas podem variar de
leves a graves, incluindo febre, dor de
cabeça, encefalite, sonolência, confusão,
resultando em coma e insuficiência
respiratória, com alta taxa de mortalidade.
Sinais Clínicos:
Febre alta.
Morbidade alta, mas mortalidade baixa.
Respiração rápida e difícil.
Tosse grave e explosiva.
Possíveis convulsões seguidas de morte.
Diagnóstico:
Exame post mortem evidenciando
consolidação dos pulmões.
Análise sorológica, isolamento e
identificação do vírus.
Controle/Prevenção:
Eutanásia de animais infectados.
Despovoamento de granjas infectadas.
Cisticercose Suína
Etiologia:
Causadapelas larvas da Taenia solium, que
podem se alojar nos tecidos musculares e
em diversos órgãos, como pulmões e
coração.
A Taenia solium é um helminto achatado
em forma de fita, comumente medindo de 2
a 3 metros de comprimento, mas podendo
atingir até 9 metros.
Apresenta coloração geralmente branca, por
vezes amarelada ou rosada, devido às
substâncias diversas absorvidas pelo verme.
Patogenia:
No homem, geralmente apenas um parasita
adulto está presente no intestino, liberando
proglotes nas fezes, que são ingeridas pelos
hospedeiros intermediários, como os
suínos.
Os ovos ingeridos pelos suínos se
desenvolvem na mucosa gástrica, formando
o Cysticercus cellulosae, uma larva
constituída de cabeça e colo envaginados
dentro de uma vesícula clara e semi-
transparente.
Após aproximadamente 3 meses de
infecção, cada proglote pode liberar de 1 a 5
anéis por dia, contendo cerca de 40 mil
ovos, que são excretados nas fezes.
Os ovos embrionados são altamente
resistentes às condições ambientais
adversas e podem ser dispersos pelo vento
quando as fezes secam ao sol.
Transmissão:
Pode ocorrer por ingestão direta de ovos,
auto-infecção ou contaminação indireta por
meio de alimentos ou água contaminada.
Nos suínos, os músculos, língua, pescoço,
quartos anteriores e posteriores são
comumente afetados, assim como órgãos
internos como cérebro, rins, coração, fígado
e pulmões.
Sinais:
Geralmente assintomática.
Pode ocorrer nos suínos, manifestando-se
como lesões nos músculos e órgãos
internos.
Controle:
Tratamento de pessoas contaminadas.
Medidas de saneamento básico.
Inspeção da carne consumida para detecção
de cisticercos.
Normas específicas para inspeção de
carcaças com infecção intensa por
Cysticercus cellulosae, determinando a
destinação das mesmas para
aproveitamento condicional ou condenação,
conforme o número e localização dos cistos
encontrados.
Triquinelose Suína
Etiologia:
Causada pelo parasita nematoide do gênero
Trichinella, que inclui diversas espécies
como Trichinella spiralis, T. nativa, T.
britovi, T. murrelli, T. nelsoni, T.
pseudospiralis, T. papuae, T. zimbabwensis
e T. patagoniensis.
Zoonose transmitida pela ingestão de carne
crua ou mal cozida contaminada com larvas
infectantes encistadas.
Patogenia:
Após a ingestão da carne contaminada, as
larvas liberadas no intestino delgado
penetram na mucosa e se desenvolvem em
formas adultas em 6 a 8 dias.
As fêmeas maduras liberam larvas vivas
durante 4 a 6 semanas, que migram pela
circulação sanguínea e sistema linfático até
se alojarem nas células do músculo
esquelético estriado.
As larvas se encistam nos músculos em 1 a 2
meses e permanecem viáveis durante vários
anos como parasitas intracelulares.
O ciclo completo do parasita ocorre em um
único hospedeiro, seja humano ou animal.
Sintomas:
Alvos preferenciais são os músculos
esqueléticos de maior atividade, como
diafragma, músculos intercostais e
abdominais, língua, masseteres e músculos
oculares.
Os cistos musculares não são visíveis a olho
nu, a menos que estejam calcificados.
Diagnóstico:
Testes sorológicos.
Inspeção dos músculos no frigorífico para
procurar cistos, realizando exame
triquinoscópico ou digestão artificial sob o
microscópio.
Controle:
Práticas adequadas de manejo na produção
e criação de suínos.
Pesquisa de Trichinella nos músculos antes
do consumo da carne.
Conservação e processamento adequado da
carne suína.

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