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Aplicação de Herbicidas

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19/02/2021
CONTROLE DE PLANTAS 
DANINHAS
Aula Prática 4:
Aplicação de herbicida 
por pulverizador costal
Prof. Dra. Cristina Célia Krawulski
• Unidade de Ensino: 4, Seção 4.3
• Competência da Unidade: Aprender sobre formulações de herbicidas e 
adjuvantes, e critérios de aplicação de herbicidas.
• Resumo: Nesta aula serão estudados os princípios ativos dos herbicidas, os 
critérios para uso dos mesmos e a aplicação prática com um pulverizador costal.
• Palavras-chave: Volume de calda; pulverização; bulas de herbicidas.
• Título da aula prática: Aplicação de herbicida por pulverizador
costal.
• Aula Prática nº: 4
• Conhecer os critérios utilizados na 
aplicação de herbicidas
• Compreender sobre formulações 
e adjuvantes.
• Aplicar o conhecimento adquirido 
em aplicação de herbicidas por 
pulverizador costal.
Controle químico de plantas daninhas
• Estratégias que buscam a otimização do uso de herbicidas;
• Herbicidas no Brasil: 60% dos defensivos agrícolas;
• Glifosato e seus sais: mais vendidos no país, 173.150,75 t (2017);
• Até 70% dos produtos pulverizados nas lavouras podem ser 
desperdiçados: escorrimento; deriva descontrolada; práticas de 
aplicação inadequadas;
• Uso correto, seguro, mão de obra especializada.
• Tecnologia de aplicação.
• Volume de calda;
• Tamanho de gotas;
• Condições ambientais adequadas;
• Equipamentos;
• Acertar o alvo  plantas daninhas;
• Diminuir impactos ao ambiente.
Fonte JACTO. https://s3.amazonaws.com/1-
jacto.com.br/files/product_file_file_pt_BR_1612358357572_Guia_de_bic
os-jan2021-lay2.pdf. Acesso em: 13 fev. 2021.
• Equipamentos e métodos de aplicação de 
herbicidas
• Formulações de herbicidas e adjuvantes;
• Calibração de pulverizadores e condições para 
aplicação;
• Aspectos que contribuem com a deriva;
• Diagnose de injúrias causadas pelos herbicidas.
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Tecnologia de aplicação
• Tecnologia: aplicação dos conhecimentos científicos a um 
determinado processo produtivo.
• Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas:
Utilização de todos os conhecimentos científicos que proporcionem 
a correta colocação do produto biologicamente ativo
no alvo, em quantidade necessária, de forma
econômica, com o mínimo de contaminação de
outras áreas (Matuo, 1998).
Eficácia de aplicação
• Fatores climáticos: UR mínima de 55%; velocidade do vento 3 a 
10 km/h; temperatura < 30 °C;
• Características do solo;
• Aspectos referentes ao hospedeiro e princípio ativo;
• Estádio fenológico da planta daninha;
• Volume, modo de aplicação e equipamentos.
• Sistêmicos: não necessitam de cobertura total das
folhas  alta capacidade de translocação.
Conceitos básicos
• Pulverização: processo físico-mecânico de 
transformação de uma substância líquida em 
partículas ou gotas;
• Aplicação: deposição de gotas sobre um 
alvo desejado, com tamanho e densidade 
adequados ao objetivo proposto.
• Regular: ajustar os componentes da máquina 
às características da cultura e produtos a serem 
utilizados (velocidade, tipos de pontas, 
espaçamento entre bicos, altura da barra, etc);
• Calibrar: verificar a vazão das pontas, 
determinar o volume de aplicação e a 
quantidade de produto a ser colocada no 
tanque.
• Veículo: material inerte no qual foi inserido ou formulado o 
princípio ativo do herbicida;
• Calda: mistura do herbicida (princípio ativo + veículo) com um 
diluente (água, óleos ou fertilizantes líquidos).
• Características intrínsecas dos herbicidas e suas respectivas 
caldas: tensão superficial, viscosidade, coesão.
• Adjuvantes: modificam as características físicas do
herbicida, facilitam sua aplicação e intensificam a
atividade do seu IA.
1. Surfactantes: capacidade de modificar as propriedades de superfície 
dos líquidos; ajustamento mais íntimo de suas substâncias; otimizam a 
penetração do herbicida na planta (cutícula)  aumento de área e 
retardo da evaporação da água.
Espalhantes, umectantes, detergentes, dispersantes, aderentes.
2. Aditivos: aumentam a absorção, pela ação direta
sobre a cutícula.
Óleo mineral ou vegetal, sulfato de amônio, ureia.
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Formulação ou preparado comercial
• Concentrado emulsionável
• Grânulos; grânulos dispersíveis em água
• Pó: seco; molhável; solúvel
• Solução aquosa concentrada
• Suspensão concentrada
• Ultrabaixo volume
• Outras formulações (comprimido, tablete, pastilha,
pasta, fibras plásticas)
Aditivos
• Herbicidas foliares: dissolvidos em água para aplicação (custo de 
aquisição da água, facilidade de obtenção na propriedade, ampla 
opção de formulações compatíveis);
• Água - dois problemas: tensão superficial; facilidade de 
evaporação  a superfície do líquido é aumentada quando 
fragmentada em gotas, perdendo sua porção volátil
• Folhas hidrófobas (pelos, cerosidade, cutículas
espessas) melhorar.
Tensão superficial da água
Alta tensão superficial Baixa tensão superficial
Fonte: Matthews (1992).
Equipamento de aplicação
• De qualidade e adequado às condições da cultura;
• Que ofereça/garanta máximo rendimento ao menor custo;
• Denominados por três aspectos:
Função da máquina (o que aplica)
Forma de deslocamento
Modo de acionamento.
Exemplo: pulverizador costal motorizado
• Matraca: material granulado (inseticida sistêmico);
• Injetores: aplicam filete de um líquido, sem fragmentação em 
gota;
• Nebulizadores: aplicam neblinas (gotas inferiores a 50 mm;
• Pulverizadores: aplicam gotas (superfície do solo ou das plantas).
Classificados pela forma de levar a gota até o alvo:
Jato lançado (energia cinética)
Jato arrastado (corrente de ar).
• Pulverizador costal manual
• Pulverizador costal motorizado
• Pulverizador tratorizado com mangueira e pistola de pulverização
• Pulverizador tratorizado de barras (400 a 4.500 litros)
• Turbopulverizador
• Aeronave
Tipos de pulverizador
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• Tanque ou reservatório;
• Bomba;
• Agitador;
• Filtros;
• Manômetro;
• Regulador de pressão;
• Mangueiras;
• Conjunto de acionamento;
• Dispositivo de aplicação (barra ou pistola);
• Bicos de pulverização.
Partes de um 
pulverizador
Fonte: https://blog.agrointeli.com.br/blog/wp-content/uploads/2020/08/pulverizador-agri%CC%81cola-
500x244.png. Acesso em: 15 fev. 2021.
Fonte: https://mickmaquinas.com.br/imgs_dicas/e4e1c-07a12-1.png. 
Acesso em: 15 fev. 2021.
Fonte: http://lastroagronegocios.com.br/pulverizadores-agricolas/. Acesso em: 15 fev. 2021.
Fonte: 
https://www.canalagricola.com.br/media/catalog/product/optimized/2/f/2fc92b5
657b1d77f3667a36a36d8236f/atomizador-cafe.jpg. Acesso em: 15 fev. 2021.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/62/Atomizador_agr%C3%ADcola.jpg/. 
Acesso em: 15 fev. 2021.
Fonte: KRAWULSKI (2014).
Deriva
Fonte: https://www.embrapa.br/image/journal/article?img_id=36409727&t=1533840805741. Acesso em: 15 fev. 2021.
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• Tudo aquilo que não atinge o alvo, durante ou logo após a aplicação;
• Carregamento das gotas – escorrimento - evaporação;
• Contaminação ao meio ambiente;
• Endoderiva (solo): altos volumes e gotas grandes;
• Exoderiva: contaminação ambiental, prejuízo às
culturas vizinhas e sensíveis.
Deriva
Fotos: KRAWULSKI (2013).
Fotos: https://rehagro.com.br/blog/zinco-na-cultura-do-cafe/. Acesso em: 15 fev. 2021 
• Pressões excessivas na pulverização;
• Aplicação em condições climáticas desfavoráveis;
• Elevada altura das barras.
• Como evitar:
- Bico: as gotras podem ser maiores, de acordo com a necessidade 
de cobertura do alvo.
Fatores associados à deriva
• Escolha do bico: gotas maiores, conforme necessidade de cobertura 
do alvo: > potencial de deriva com gotas < 100-150 μm
• Pontas com indução de ar tem maiores efeitos de redução da deriva 
do que pontas de pré-orifício;
• Menor altura da barra: 50-60 cm do alvo;
• Pressão entre 40 e 60 lb/pol2;
• Não pulverizar com vento >10 km/h;
• Utilizar adjuvantes nas pulverizações;
• Faixas de segurança (*).
Como evitar a deriva
Fonte:https://s3.amazonaws.com/1-
jacto.com.br/files/product_file_file_pt_BR_1612358357
572_Guia_de_bicos-jan2021-lay2.pdf. Acesso em: 13 
fev. 2021.
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• Evitar aplicação próximo a áreas protegidas;
• Aeronaves não devem sobrevoar locais habitacionais e áreas de rios 
e lagos;
• EPIs;
• Tríplice lavagem e devolução das embalagens vazias;
• Injúrias em plantas não alvos (fitotoxidade);
• Sub e super dosagem: calibração do pulverizador;
• Revisão e calibração do pulverizador: antes.
Cuidados
Simular a aplicação de herbicida 
via pulverizador costal
• Demarcar uma área de 10 m x 10 m (100 m2);
• Abastecer o pulverizador somente com água, marcando o nível 
no tanque;
• Pulverizar a área marcada a uma velocidade confortável e 
constante;
• Medir quantidade de água necessária para reabastecer o 
tanque, até a marca anterior;
• Repetir a operação por mais duas vezes;
• Calcular a quantidade média de água utilizada;
• Determinar o volume a ser aplicado em 1,0 hectare:
a) 10 x 10 m = 100 m2
1,8 L + 1,6 L + 2,0 L = 5,4 L : 3 = 1,8 L (média)
100 m2 ---------> 1,8 L
10.000 m2 ---------> x
x = 10.000 x 1,8 = 180 L/ha
100
b) multiplicar por 100 o volume aplicado 100 m2
1,8 x 100 = 180 L/ha
• Calcular o número de tanques que serão gastos em 1,0 hectare:
180 L : 10 L = 18 tanques
180 L : 20 L = 9 tanques
• Ler a bula de um herbicida;
• O volume está dentro dos limites recomendados pelo 
fabricante do produto?
Fonte: 
http://www.adapar.pr.gov.br/sites/ada
par/arquivos_restritos/files/document
o/2020-10/zappqi6200420.pdf
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Fonte: 
http://www.adapar.pr.gov.br/sites/adapar/arquivos_restritos/files/documento/202
0-10/zappqi6200420.pdf
Fonte: 
http://www.adapar.pr.gov.br/sites/ada
par/arquivos_restritos/files/document
o/2020-10/zappqi6200420.pdf
Fonte: 
http://www.adapar.pr.gov.br/sites/ada
par/arquivos_restritos/files/document
o/2020-10/zappqi6200420.pdf
Fonte: 
http://www.adapar.pr.gov.br/sites/adapar/arquivos_r
estritos/files/documento/2021-01/aurora400ec.pdf
Simulação da aplicação de herbicida 
via pulverizador costal
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