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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE AULA 5 Profª Mariana Andreotti Dias 2 CONVERSA INICIAL Após discutirmos a respeito de impactos, riscos e vulnerabilidades, faz-se necessário pensar em estratégias que visem sanar ou reduzir tais problemas. Nesta quinta aula, conversaremos sobre Planejamento ambiental e qualidade de vida. Faremos isso por meio da discussão dos planejamentos social, ambiental e econômico permeados pela degradação da natureza e das sociedades que visam à qualidade de vida e do ambiente. Almejamos como objetivo geral: discutir a perspectiva do planejamento ambiental atrelado às sociedades dinâmicas. Especificamente, evidenciaremos e discutiremos sobre: • a prioridade dos interesses econômicos em detrimento das necessidades sociais; • como o planejamento ambiental operacionaliza medidas que amenizam o cenário de degradação da natureza e dos recursos naturais; • definições, instrumentos e metodologias para o planejamento ambiental; • as metodologias utilizadas por planejadores e gestores para o desenvolvimento econômico do meio ambiente; • a qualidade do meio ambiente atrelada à qualidade de vida da população. TEMA 1 – PLANEJAMENTO ECONÔMICO VERSUS PLANEJAMENTO SOCIAL A ideia de planejamento lança o olhar humano à realidade futura. Planejar é: antecipar atividades e prever situações visando à construção de uma dada realidade em consonância com os objetivos de uma sociedade ou organização social. Santos (2004, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 169) coloca que planejamento é: “um meio sistemático de determinar o estágio em que você está, deseja chegar, e qual o melhor caminho para chegar lá”, visando estabelecer a decisão para ações futuras. Contudo, as prioridades e a essência das atividades é que ditarão a característica do planejamento. No âmbito econômico, a prioridade é o desenvolvimento com vistas ao sucesso comercial, financeiro e lucrativo. O sucesso de uma economia planejada pode atender a objetivos individuais ou coletivos; em uma economia capitalista e no seio de uma sociedade 3 concentradora de benefícios, o sucesso econômico se reflete muito pouco em avanços sociais plenos (Mendonça; Dias, 2019, p. 169). Todavia, a associação entre o planejamento econômico e o planejamento social, com equidade e justiça social, reverte o sucesso do planejamento econômico em sucesso social, estando ambos intricadamente associados um ao outro. A dimensão espacial opera o desenvolvimento dessas atividades, e a distribuição delas destina-se a ordenar os elementos e fatores de dados espaço e sociedade visando ao seu sucesso. Exemplo disso é dado por Santos (2004), ao evidenciar as especializações no campo do planejamento. Em um primeiro momento, essas especializações se direcionaram às bacias hidrográficas e aos recursos hídricos. Já Mendonça e Dias (2019) colocam que foi no pós-Segunda Guerra que se consolidaram, de fato, as práticas do planejamento econômico; nesse período, sobressaiu-se a visão desenvolvimentista proveniente da Europa e dos Estados Unidos. Com isso, conseguimos ver a dimensão espacial (bacias hidrográficas e recursos hídricos) e a dimensão temporal (pós-Segunda Guerra); ora, é esse espaço-tempo que compreende os conceitos de espaço, paisagem e lugar. Mas as ideias de planejamento continuaram e, em meados do século XIX, na Europa, a atividade de planejamento ganhou o status de campo técnico e científico. A necessidade de organizar a produção industrial e sua circulação fez com que as administrações municipais, especialmente na Inglaterra e na França, investissem em profissionais com capacidades de elaborar o ordenamento das áreas urbanas (Mendonça; Dias, 2019). Com o nascimento do urbanismo acadêmico, pôde-se observar a estruturação do planejamento urbano moderno, inicialmente de caráter estético (embelezamento) e higienista (combate às doenças) para, posteriormente, atingir o estágio funcionalista (moderno) que predomina como modelo até os dias atuais (Mendonça; Dias 2019). Já em âmbito nacional, o planejamento econômico atendeu, sobretudo, aos interesses dos centros hegemônicos do capital internacional. O privilégio do planejamento econômico em detrimento do planejamento social no país resultou diretamente no êxodo rural. Primeiramente, da população mais carente da região 4 nordestina e, posteriormente, em todo território nacional (Mendonça; Dias, 2019). A economia foi regulada quase que como um todo por ciclos econômicos embasados nas riquezas naturais do país, caracterizando-o ainda como uma colônia econômica de exploração, supridora de mercados internacionais com minérios e grãos produzidos em espaços altamente devastados nos processos produtivos (Mendonça; Dias, 2019). Com isso, podemos compreender que as questões econômicas estão congregadas às questões ambientais e sociais, existindo um tripé indissociável em qualquer que seja a qualidade do planejamento. Na história é possível averiguar que as grandes transformações geradas por processos de reforma política, democratização, cidadania e atuação de movimentos sociais possibilitou uma nova configuração para as lideranças de cidades que se viam como motoras para um desenvolvimento econômico global (Delgado, 2008, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 172). Mas o que é desenvolvimento? Quais são os tipos de desenvolvimento? Mendonça e Dias (2019) indicam que tal formulação se firma em três visões paradigmáticas: “desenvolvimento como crescimento econômico, desenvolvimento como satisfação das necessidades básicas e desenvolvimento como elemento de sustentabilidade socioambiental”. Assim, à ideia de desenvolvimento como uma perspectiva econômica se associará rapidamente aquela do planejamento, chegando à máxima de planejar para desenvolver. Santos (2004) concebe a existência de quatro principais tipos de planejamento separados em quatro áreas, como se pode observar na Figura 1. Figura 1 – Tipos de planejamento Fonte: Santos, 2004, adaptado por Mendonça e Dias, 2019, p. 174. Essas ramificações do planejamento podem ser alvo de mais especificações ou subplanos, tais como: planos diretores municipais, por meio 5 de um planejamento físico-territorial, ou um planejamento ecológico ou ambiental, detalhado em planos para destinação de resíduos sólidos, planos de recuperação da mata ciliar, planos de saneamento ambiental etc. Essa expertise, conquistada sobretudo pela prática, possibilita que o planejamento não corra o risco de ser confundido com gerenciamento. O primeiro opera por fases e o segundo se encontra intrínseco a uma dessas fases, sendo assim um momento (parte) do processo inteiro (planejamento) (Mendonça; Dias, 2019). Ainda que o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental parecem incompatíveis, associá-los e insistir em sua interação constitui-se em um dos mais importantes desafios do momento (Mendonça; Dias, 2019). TEMA 2 – A DEGRADAÇÃO DA NATUREZA, DOS RECURSOS NATURAIS E A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL A degradação da natureza é: “a alteração adversa das características do meio ambiente”, e dentro dessa concepção nota-se a existência de mais de um sentido, entretanto não é dúbio o sentido acerca da existência de uma adversidade (comprometimento, distúrbio, impacto) (Lei n. 6.938/1981 citada por Mendonça; Dias, 2019, p.175). Em relação às áreas degradadas: são todas as áreas que por ação natural ou antrópica tiveram suas características originais alteradas além do limite de recuperação natural, exigindo, assim, a intervenção do homem para sua recuperação (Noffs, 2000, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 175). Nesse sentido, o ser humano é, ao mesmo tempo, o causador do impacto e o responsável pela recuperação do ambiente. O conceito de perturbações ambientais pode ser resumido como:“processos resultantes de danos ao meio ambiente, pelos quais se reduzem algumas de suas propriedades, tais como a qualidade produtiva dos recursos naturais” (Decreto n. 97.632/1989, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 176). A degradação e/ou perturbação (Mendonça; Dias, 2019, p. 176) pode se dar pela: • Contaminação por substâncias nocivas e substâncias de baixa biodegradabilidade de várias origens, tais como os resíduos urbanos, agrícolas ou industriais, agrotóxicos e deposição ácida; 6 • Degradação da estrutura física ou química. Isto inclui a erosão, a compactação por meio do uso de máquinas pesadas, bem como degradação devido aos riscos naturais; • Uso indevido e resíduos, como resultado de atividades que ocupam espaço como, por exemplo urbanismo, a expansão da infraestrutura de transporte ou a projetos estruturais na agricultura. Mas uma questão importante decorre dessas concepções e nos faz questionar: quem é o(a) autor(a) dessas adversidades? Machado (1997) nos ajuda a compreender a responsabilidade, pois acredita que toda atividade econômica sempre se inicia com a utilização de algum bem natural. Tanto isso é verdade que somente após a averiguação da finitude dos recursos naturais as potências mundiais se mobilizaram a tecer discussões sobre o tema (Machado, 1997, p.137, citado por Mendonça; Dias, 2019). Venturi (2006, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 176) concebe recursos naturais (Figura 2) como sendo “qualquer elemento da natureza que possa ser explorado pelo ser humano”, podendo ser classificados como não renováveis e renováveis. Figura 2 – Classificações para recursos naturais Fonte: Saraiva, 2010, adaptado por Mendonça e Dias, 2019, p.177. É nesse cenário que os estudos e as atividades associadas ao planejamento ambiental tomam impulso e de maneira bastante direta associam o ambiente ao desenvolvimento. Assim, o planejamento adjetivado ambiental pode ser concebido como um caminho para os desenvolvimentos social, cultural, ambiental e tecnológico adequados de um dado processo produtivo e da sociedade como um todo. O planejamento ambiental constitui-se, então, em um instrumento de proteção à natureza e de fomento à qualidade de vida das populações (Santos, 2004, p. 63, citado por Mendonça; Dias, 2019). 7 Freitas e Gomez (1996) comentam que a crescente mobilização social em torno dos riscos tecnológicos e a sua propagação no âmbito judicial fez com que o Estado se posicionasse de modo a ampliar sua averiguação perante os problemas ambientais. Assim, “o desenvolvimento da legislação no campo da saúde, segurança e do meio ambiente, tendo como consequência o crescimento das agências públicas encarregadas do problema” foi o que fortaleceu o planejamento ambiental e social, mesmo que este último não seja priorizado em nossas sociedades (Mendonça; Dias, 2019). TEMA 3 – OS INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL A legislação brasileira para o meio ambiente é recente quando comparada à de outros países, de maneira que a consciência para essas questões também se apresenta bastante imatura. A metodologia para o planejamento ambiental dispõe de uma estrutura organizacional distribuída por fases e procedimentos que ditam o método a ser seguido. Santos (2004, p. 32, citado por Mendonça; Dias, 2019, p.180) acredita que o planejamento ambiental se estrutura em três fases: pesquisa, análise e síntese: Figura 3 – Organização e etapas do planejamento ambiental Fonte: Santos, 2004, p. 24, adaptado por Mendonça e Dias, 2019, p. 180. A pesquisa tem o objetivo principal de fornecer a melhor interpretação do que se almeja. A análise será o resultado da interpretação da fase anterior, de maneira que acertos e conflitos sejam evidenciados e resolvidos. A última etapa, 8 A síntese, é a aplicação dos conhecimentos para a tomada de decisão. Compreende-se que o diagnóstico da situação é a primeira etapa do processo, e que somente com a reflexão dos elementos constituintes da realidade e das dinâmicas que a caracterizam é que o planejamento pode ser iniciado (Mendonça; Dias, 2019). Após a elaboração do diagnóstico devem ser estabelecidas prioridades, com vistas a não deixar exclusas as reais necessidades da sociedade envolvida no processo. Com esse cenário já definido, abre-se espaço para a verificação de recursos e alternativas que consigam contemplar todas as prioridades pré- estabelecidas. Traça-se um cenário de possíveis conflitos, riscos e probabilidades de ocorrência. Na última fase, programam-se as etapas para a execução do plano, momento no qual se devem dimensionar cuidadosamente os tempos necessários para a sua efetivação (Mendonça; Dias, 2019). É nesse momento que se pode decidir por um ou vários tipos/prioridades nas etapas do planejamento: • Zoneamentos ambientais É um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e tem por objetivo regular o uso e a ocupação do solo, estabelecendo a divisão do território em parcelas, nas quais poderá ser autorizada ou vetada, total ou parcialmente, a realização de determinadas atividades. É da competência do Poder Público a indicação dos critérios básicos para a ocupação do solo, por meio de leis e regulamentos, sendo indispensável a participação do cidadão na elaboração do zoneamento da sua cidade, já que a ordenação do espaço em que ele vive lhe diz respeito diretamente (Lei n. 10.257/2001, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 181-182). Nesta dimensão do planejamento tomam destaque e importância o conjunto de elementos da natureza e a relação estabelecida pela sociedade com a mesma, sobressaindo assim a dimensão ambiental do planejamento no qual são analisados os processos de apropriação e reprodução socioambiental do espaço; é nela que também são analisados os riscos aos desastres naturais que ameaçam as diferentes coletividades humanas (Mendonça; Dias, 2019). • Estudo de impacto ambiental O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) são documentos técnicos multidisciplinares com objetivo de realizar avaliação ampla e completa dos danos ambientais das atividades humanas, e indicar as medidas mitigadoras correspondentes. O artigo 225, § 1º, IV, da Constituição Federal do Brasil de 1988 assegura a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado incumbindo ao Poder Público: “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”. O EIA/RIMA é exigido na fase de Licença Prévia de empreendimentos ou atividades 9 que possam causam significativa degradação ambiental (Ministério do Meio Ambiente, 2004, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 181). • Planos diretores de desenvolvimento municipal É o instrumento que promove a ligação entre o território municipal e o governo. Tem a finalidade de gestionar dois aspectos da política urbana nacional (o uso da propriedade e o equilíbrio ambiental). Ele é o norteador do desenvolvimento e da expansão urbana. Está inserido dentro planejamento municipal junto a planos orçamentários e programas específicos do município. Quando elaborado de maneira participativa garante o envolvimento da população na sua formulação, sendo construído através de audiências públicas e conselhos deliberativos (Mendonça; Dias, 2019, p. 182). Especificamente para a dimensão ambiental os Planos Diretores devem estabelecer diretrizes específicas, tais como: critérios de localização, de qualidade ambiental dos usos, de adequação da ocupação urbana ao meio físico, etc. A observação de critérios em relação às áreas contaminadas e, fundamentalmente, o controle de intervenções e atividades que usam recursos ambientais ou que tenham potencial poluidor aparecem como aspectos fundamentais na elaboração de tais planos (Ribeiro etal., 1989, citados por Mendonça; Dias, 2019, p. 182). • Planos de manejo É um documento consistente, elaborado a partir de diversos estudos, incluindo diagnósticos do meio físico, biológico e social. Ele estabelece normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo dos recursos naturais da UC (Unidade de Conservação), seu entorno e, quando for o caso, os corredores ecológicos a ela associados; podem também incluir a implantação de estruturas físicas dentro da UC, visando minimizar os impactos negativos, garantir a manutenção dos processos ecológicos e prevenir a simplificação dos sistemas naturais (Ministério do Meio Ambiente, 2004, citado por Mendonça; Dias, 2019). • Planos de bacias hidrográficas É um dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos. O planejamento dos recursos hídricos, elaborado por bacia ou conjunto de bacias hidrográficas, consubstanciar-se-á, formalmente, em plano que visa a fundamentar e orientar a implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos e o seu respectivo gerenciamento (Governo do Paraná; CF/1988, art. 21, inciso XIX, 1997). Trata-se de planos que envolvem, de maneira direta, os elementos e fatores naturais (relevo, clima, vegetação, água, solos, etc.) e sociais (população, política, economia, cultura, etc.) no âmbito das bacias hidrográficas, sendo elaborados no sentido de garantir a quantidade e a qualidade da água na localidade estudada (Mendonça; Dias, 2019, p. 183). • Áreas de proteção ambiental 10 São unidades de conservação previstas pela Lei Federal n° 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e tem como objetivo conciliar o desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente (COMEC, S.d., citada por Mendonça; Dias, 2019, p. 183). Alicerçados em políticas especificas, os planejamentos ambientais, provenientes de diversos ramos do conhecimento, seguem metodologias apropriadas à gestão ambiental e possibilitam a atuação menos danosa da natureza e do ambiente (Mendonça; Dias, 2019). TEMA 4 – POLÍTICAS AMBIENTAIS Machado (1997, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 178) salienta que “[...] após a Conferência de Estocolmo (1972), os países começaram a criar órgãos e legislações ambientais, visando o controle da poluição ambiental”. Grande parte das legislações entrou em vigor apenas a partir do final da década de 1970, momento a partir do qual foram criados documentos com o intuito de monitorar, fiscalizar e punir práticas degradantes a natureza. Após a Conferência de Estocolmo de 1972 também foi criada no Brasil a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), órgão especializado no trato de assuntos ambientais. Tal secretaria se dedicava ao avanço da legislação e aos assuntos que demandavam negociação em nível nacional, tais como a produção de detergentes biodegradáveis, a poluição por veículos, a demarcação de áreas críticas de poluição e a criação de unidades nacionais de conservação, dentre outros (Mendonça; Dias, 2019). Os órgãos que têm a função de elaborar normas, aprovar e/ou negar atividades, e fiscalizar a gestão ambiental são aqueles vinculados ao Ministério do Meio Ambiente e às secretarias de meio ambiente, nos planos federal, estadual e municipal. O principal órgão de fiscalização e controle ambiental no Brasil é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). As leis, as normas e os decretos (Quadro 1) refletem o momento histórico- econômico do Brasil no âmbito em que são promulgadas. Muitas delas registram alterações ao longo do tempo, ora facilitando as intenções do sistema econômico vigente, ora sendo rigorosas com a proteção da natureza (Mendonça; Dias, 2019). 11 Quadro 1 – Relação de normas, decretos, leis para planejamento e gestão ambiental TIPO DE NORMA DATA ASSUNTO Decreto nº 24.643 10/07/1934 Institui o Código de Águas. Lei nº 4.771 15/09/1965 Institui o Código Florestal. Lei nº 5.197 03/01/1967 Dispõe sobre a proteção à fauna. Decreto Lei nº 221 28/02/1967 Dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca e dá outras providências. Lei nº 6.513 20/12/1977 Dispõe sobre a criação de Áreas Especiais e de Locais de Interesse Turístico; sobre o inventário com finalidades turísticas dos bens de valor cultural e natural. Lei nº 6.938 31/08/1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus afins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras providências. Res. CONAMA nº 001 23/01/1986 Estabelece as diretrizes para a avaliação de impacto ambiental. Lei nº 7.511 07/07/1986 Altera dispositivos da Lei 4.771, de setembro de 1965 e institui o novo Código Florestal. CF do Brasil 05/10/1988 Capítulo VI - Do Meio Ambiente: Artigo 225. Lei nº 7.804 18/07/1989 Altera a Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a política funcional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Decreto nº 99274 06/06/1990 Regulamenta a Lei nº 6938, agosto de 1981 e Lei nº 6902, de abril de 1981, que dispõe sobre Estações Ecológicas. Decreto nº 1.354 29/12/1994 Institui, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, o Programa Nacional da Diversidade Biológica e dá outras providências. Lei nº 9.433 08/01/1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. 12 Lei nº 9.605 12/02/1998 Lei de Crimes Ambientais - dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Lei nº 9.985 18/06/2000 Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e dá outras providências. Regulamenta o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal. Res. CONAMA nº 302 20/03/2002 Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. Res. CONAMA nº 303 20/03/2002 Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação permanente. Decreto nº 4.281 25/06/2002 Regulamenta a Lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Res. CONAMA nº 371 05/04/2006 Estabelece diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de compensação ambiental. Lei nº 11.284 02/06/2006 Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável e dá outras providências. Res. CONAMA nº 369 28/06/2006 Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APP. Res. CONAMA nº 378 19/10/2006 Define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou regional. Res. CONAMA nº 379 19/10/2006 Cria e regulamenta sistema de dados e informações sobre a gestão florestal no âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. 13 Decreto nº 6.040 07/02/2007 Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Decreto nº 6.101 06/04/2007 O CONAMA passa a ser um órgão colegiado consultivo e deliberativo de políticas do meio ambiente, subordinado ao MMA. Decreto nº 6.063 20/06/2007 Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, e dá outras providências. Lei nº 12.334 20/09/2010 Criação do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos (SINGREH). Lei nº 12.651 25/05/2012 Estabelecimento do novo código florestal. Lei nº 12.727 17/10/2012 Altera a Lei nº 12.651 que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Fonte: Santos, 2004, p. 22, adaptado por Mendonça e Dias, 2019, p. 185-187. Nesse contexto, o licenciamentoambiental e o estudo prévio de impacto ambiental constituem: [...] o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental [...]” (Lei n. 6.938/1981 e Resolução CONAMA n.237/1997 citadas por Mendonça; Dias, 2019, p. 189). Os relatórios técnicos produzidos em tais contextos são, geralmente, superficiais por conta do conhecimento raso e inexperiente, como também motivados por lucro e prazos exíguos para sua consecução. É importante também abordar que um ambiente recomeçar a funcionar dependerá das medidas de manejo ali aplicadas, assim como do grau de impacto causado. Não adianta um excelente diagnóstico acerca do problema se os recursos ambientais não existem em virtude do dano causado pelo impacto. Muitas vezes, a pressão ambiental é tão severa que inviabiliza um refuncionamento. 14 TEMA 5 – QUALIDADE DE VIDA E QUALIDADE AMBIENTAL Para entendermos a qualidade de vida, temos que compreender qualidade ambiental. Camargo (1999), Oliveira (2012) e Machado (1997) salientam: [...] a qualidade ambiental está intimamente ligada à qualidade de vida, pois vida e meio ambiente são inseparáveis, o que não significa que o meio ambiente determine as várias formas e atividades de vida ou que a vida determine o meio ambiente. Na verdade, o que ocorre é uma interação e um equilíbrio entre ambos, que mudam de escala, em tempo e lugar” (citados por Mendonça; Dias, 2019, p. 191). Pereira, Teixeira e Santos (2012, citados por Mendonça; Dias, 2019, p. 191-192) colocam que o conceito de qualidade de vida “vem de um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida”. A ideia de qualidade de vida remete à subjetividade, pois tal definição não depende apenas das conceituações definidas pelos estudiosos, mas também pelos sujeitos que não a possuem. A percepção do indivíduo está diretamente atrelada à sua cultura, ao sentimento, contexto social, gênero etc. O uso incorreto do tema resultará em uma distorção da realidade, causando a falsa impressão de que sociedades prejudicadas pelo processo econômico desigual possuem qualidade de vida. Qualidade essa mensurada por dados estatísticos e indicadores também criados para um determinado fim, boa parte das vezes para controle e monitoramento (Mendonça; Dias, 2019). Pereira, Teixeira e Santos (2012, citados por Mendonça; Dias, 2019, p. 193-194) apresentam algumas metodologias para aferir a qualidade de vida das populações, entre elas: a socioeconômica, a psicológica, a médica e a geral e/ou holística: Qualidade de vida na perspectiva socioeconômica: Pode ser contextualizada nos anos 1960 quando políticos norte-americanos trouxeram tal viés em seus discursos, com o intuito de promover um “sucesso administrativo”, auferindo que tal compreensão qualitativa propiciaria a real felicidade e o bem-estar (Pereira et al., 2012, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 193). Qualidade de vida na perspectiva psicológica: Trata-se da busca de reações subjetivas de um indivíduo às suas experiências e perspectivas. Nessa abordagem o contexto ambiental também não é considerado (Pereira et al., 2012, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 193). 15 Qualidade de vida nas perspectivas médicas: Tem como objetivo final aquele de fornecer melhorias nas condições de vida de indivíduos enfermos. São avaliações auferidas para os pacientes com base em sua capacidade de sobrevivência e cura de enfermidades, já que certas intervenções cirúrgicas causam reações adversas e também resultam em óbitos. (Mendonça; Dias, 2019, p. 194). Qualidade de vida na perspectiva geral ou holística: Baseia-se na dinâmica e diferenças entre indivíduos “de acordo com o ambiente1 e contexto e, mesmo entre duas pessoas inseridas em um contexto similar”. Consideram características como inteligência, valores e interesses, aproximando a lógica de uma representação social munida de emoções e liberdade de escolha. (Mendonça; Dias, 2019, p. 194). Assim, acredita-se que metodologias consigam auferir a qualidade de vida das populações em conjunto com a qualidade ambiental, entendendo ambos dentro de um mesmo quadro, onde a delimitação é de grande complexidade, vista a interação entre os diversos atributos do sistema natural e do sistema social (Amorim; Oliveira, 2008). E dessa forma é possível a identificação de elementos que moldam a paisagem (Mendonça; Dias, 2019). NA PRÁTICA Agora, discutiremos a perspectiva da qualidade de vida e da qualidade ambiental assistindo ao documentário: O veneno está na mesa (disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8RVAgD44AGg>). O documentário evidencia, por meio de denúncia, o uso de agrotóxicos na produção de alimentos. Contudo, a exposição vai além, com a apresentação de todo o sistema produtivo que compõe as produções extensivas, as monoculturas, o uso dos solos, das águas e, por fim, a chegada na mesa das pessoas. A intenção que temos com o documentário permeia a consolidação da aprendizagem sobre a qualidade de vida, o que comemos, o que bebemos e os rastros de veneno deixados para a natureza, além do uso dos recursos naturais atrelado à produção de alimentos para a exportação, ou seja, em grande escala. Isso compõe a relação economia versus sociedade. FINALIZANDO Ao concluirmos esta aula, podemos nos voltar para os significados e as perspectivas que concebem a ideia de planejamento ambiental, que se constitui como uma ferramenta de proteção à natureza e de desenvolvimento social. 16 A compreensão das estratégias em que estão embutidas questões como definição de metas, diagnósticos, seleção de alternativas e cenários, estabelecimento de prioridades, avaliação de conflitos entre outros, demonstrou que existe uma prioridade dos interesses econômicos em detrimento das necessidades sociais. Descobrimos isso, pois o uso de recursos naturais é operacionalizado por meio de ferramentas e instrumentos que fazem parte do planejamento ambiental. Atrelado a isso, temos os gestores e planejadores que precisam pensar em qualidade ambiental e, dessa forma, entende-se que o meio ambiente e, portanto, uma devida qualidade ambiental, surge como um aspecto intrinsecamente ligado à qualidade de vida das populações e que, por tal fato, tem no planejamento ambiental as ferramentas necessárias para orientar de maneira benéfica a relação entre homem e natureza. 17 REFERÊNCIAS AMORIM, R. R.; OLIVEIRA, R. C. As unidades de paisagem como uma categoria de análise geográfica: o exemplo do município de São Vicente-SP. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 20, n. 2, p. 117-198, dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sn/v20n2/a11v20n2>. Acesso em: 16 dez. 2019. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. 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