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Aluna: Vitória Bianca Nhan Turma: 4000 - Vespertino Direito Tributário: Profª Aurora Tomazini ___________________________________________________________________ Questões - SUJEIÇÃO PASSIVA 1. Que é sujeição passiva? Definir os conceitos de (i) sujeito passivo; (ii) contribuinte. (iii) responsável tributário; (iv) substituto tributário - distinguindo: substituição tributária para trás, substituição (convencional) e substituição para frente. R = Quando se fala em sujeição passiva falamos de sujeito passivo de uma relação prestacional que está no consequente de uma norma tributária em sentido amplo, normas que institui tributo daquelas que veiculam deveres instrumentais, e normas sancionadoras pelo descumprimento da obrigação principal da obrigação acessória. Já o conceito de sujeito passivo é a pessoa física ou jurídica que de acordo com a legislação tributária, é obrigada a arcar com o pagamento do tributo, podendo o sujeito passivo ser o contribuinte direto do imposto ou pode ser o responsável por recolhê-lo em nome de outra pessoa ou entidade. O Contribuinte é a pessoa física ou jurídica que realiza a atividade que dá origem à obrigação tributária principal, ou seja, é quem pratica o fato gerador do tributo e, consequentemente, é o responsável pelo pagamento direto do tributo. O Responsável tributário é a pessoa física ou jurídica que, embora não seja o contribuinte direto do tributo, é legalmente designada para cumprir a obrigação tributária em lugar do contribuinte, os responsáveis tributários podem ser designados pela legislação para situações específicas, como em casos de retenção na fonte ou por substituição tributária. O Substituto tributário é uma pessoa física ou jurídica que, de acordo com a legislação tributária, é responsável pelo recolhimento do tributo em lugar do contribuinte direto. Existindo diferentes modalidades de substituição tributária sendo elas: ● substituição tributária para trás: que é quando a legislação atribui a responsabilidade pelo recolhimento do tributo a uma pessoa que realizou uma operação anterior àquela que gerou a obrigação tributária principal. Geralmente é aplicada em casos de venda de produtos sujeitos a tributação, onde o imposto é recolhido na fase anterior da cadeia produtiva. ● substituição tributária convencional: neste caso, a legislação prevê que uma pessoa ou empresa é responsável pelo pagamento do tributo em lugar do contribuinte direto, independentemente de uma relação anterior na cadeia produtiva, podendo ocorrer por determinação legal ou por acordo entre as partes. ● substituição para frente: quando uma pessoa ou empresa é responsável pelo recolhimento do tributo em nome de outra pessoa ou empresa que ainda não realizou a operação que geraria a obrigação tributária, e esse tipo de substituição é comum em operações de importação, onde um intermediário assume a responsabilidade pelo pagamento do tributo antes que o produto seja vendido. 2. A empresa “A” adquiriu estabelecimento industrial da empresa “B” e continuou sua atividade. Aproximadamente um ano depois da aquisição, a empresa “A” é demandada pelo Fisco em relação a fatos geradores realizados pela empresa “B”. No contrato de compra e venda, há disciplina a respeito das dívidas tributárias anteriores à aquisição. Pergunte-se: a. Pode o Fisco, após indigitada operação de compra e venda exigir os tributos cujos fatos geradores foram realizados por “B” antes de sua aquisição, diretamente de “A”? Há relevância se houver no contrato cláusula de responsabilidade de “B” quanto aos débitos anteriores à operação? R= Sim, pois o fisco poderá exigir os tributos decorrentes de fatos geradores ocorridos antes da operação, se os créditos já haviam sido constituídos até a data da operação, se os créditos já haviam sido constituídos até a data da operação ou que estivessem em processo de constituição do mesmo, existindo eventual cláusula de contrato que atribuir a responsabilidade por créditos tributários a ‘B’ seria relevante somente entre as partes, conforme o entendimento do CTN em seu artigo 23. b. A empresa “A” sujeita-se às sanções tributárias: (i) multa de mora, (ii) multa pelo não pagamento de tributo, (iii) juros e (iv) multa pelo descumprimento de deveres instrumentais? R= A responsabilidade do sucessor engloba não só o valor atualizado dos tributos devidos pelo sucedido, bem como as multas, todavia nem todas as multas são objetos de sucessão, mas apenas aquelas de natureza moratória, conforme a premissa estabelecidas nos itens “A” e “B”, da alienação do estabelecimento industrial “B” realizada por “A”, esta fica sujeito às sanções tributárias que já constituídas ou em um processo de constituição. 3. Quais os requisitos necessários para aplicação da responsabilidade tributária do 135 do CTN? R= Os requisitos necessários para a aplicação da responsabilidade tributária do artigo 135 do CTN, fica pessoalmente responsabilizada pelos atos praticados em excesso de poderes, infração à lei ou contrato social e estatuto, sendo as pessoas referidas no artigo 134 do CTN, os mandatários, prepostos e empregados, os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 4. João, Marcelo e Joaquim, eram sócios com poderes de gestão da empresa X (Ltda), que também tinha como sócios não gestores Luis e Fernando, estes por sua vez, sócios com poderes de gestão da empresa Y. Em 2019, por questões econômicas e de desentendimento entre os sócios a empresa X encerrou irregularmente suas atividades, sendo apurado pela Receita Federal o inadimplemento de obrigações tributárias desde o exercício de 2015. Diante deste contexto, pergunta-se (i)A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei apta a ensejar a responsabilidade do(s) sócio(s) pelas dívidas da pessoa jurídica? E o mero inadimplemento da obrigação de pagar tributo? R= Sim a dissolução irregular da sociedade, da sociedade caracteriza infração, visto que o artigo 15 co CTN traz que em casos onde os sócios com poderes de gestão da empresa podem ser responsabilizados pessoalmente pelas dívidas tributárias não pagas. O mero inadimplemento da obrigação de pagar o tributo também pode ensejar a responsabilidade dos sócios, especialmente se ficar demonstrado que houve dolo, fraude, ou abuso de poder por parte dos sócios com poderes de gestão, contudo é importante trazer que a simples inadimplência tributária não gera automaticamente a responsabilidade pessoal dos sócios, sendo necessário comprovar a ocorrência de condutas que configuram os requisitos previstos no artigo 135 do CTN.
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