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Cidade Ano MICHELA CARLA LOPES SANCHEZ CORRÊA PAPEL DO NUTRICIONISTA NAS ILPIS – INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA PARA IDOSOS: Uberlândia/MG 2022 PAPEL DO NUTRICIONISTA NAS ILPIS – INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA PARA IDOSOS: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras de Uberlândia/MG, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Nutrição. Orientador: Bruna Eduardo MICHELA CARLA LOPES SANCHEZ CORRÊA MICHELA CARLA LOPES SANCHEZ CORRÊA PAPEL DO NUTRICIONISTA NAS ILPIS – INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA PARA IDOSOS: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras de Uberlândia/MG, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Nutrição. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Uberlândia/MG, de Junho de 2022. Dedico este trabalho a Deus, Nossa Senhora Aparecida, Vó Tereza e Vô Genor, que sempre estiveram em meus pensamentos e eu os sinto em toda minha caminhada. A você, Maurício, Meu TUDO, amor e gratidão por enfrentar comigo os obstáculos e não medir esforços para eu seguir e concluir esse projeto. “Saber envelhecer é a obra prima da sabedoria e uma das mais difíceis tarefas na grande arte de viver” (Henri Amiel) CORRÊA, Michela Carla Lopes Sanchez. Papel do Nutricionista nas ILPIS – Instituição de longa permanência para idosos. 2022. 36. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Faculdade Pitágoras, Uberlândia/MG, 2022. RESUMO Com o crescente avanço da população idosa, foram cridas políticas públicas para garantir a proteção dos longevos, como a Política Nacional do Idoso, o Estatuto do Idoso, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, além de direitos já consagrados pela Constituição Federal em 1988 e das diretrizes e resoluções de órgãos como ANVISA e CFN, que se pautam em assegurar uma melhor qualidade de vida nessa fase, garantindo os direitos sociais, políticos e civis, especialmente, aos idosos sem estrutura familiar e que vivem em ILPIs. O envelhecimento traz consigo incertezas em relação às condições de saúde e aos cuidados com a pessoa idosa. Dessa forma, cada vez mais pessoas idosas se instalam nas Instituições de longa permanência para idosos (lLPIs). Este estudo apresenta uma revisão bibliográfica sobre o papel do nutricionista nas ILPIs, com foco nas atribuições e ações desse profissional. De acordo com os estudos publicados, os idosos institucionalizados apresentam ao menos uma doença crônica além de comprometimento cognitivo, mental e alimentar, o que requer das instituições profissionais preparados não apenas no que se refere à assistência social, mas também atenção à saúde e à alimentação, evidenciando que a participação do nutricionista na Instituição de Longa Permanência para Idoso assume um fator relevante para promoção da saúde dos idosos, ou seja, é imprescindível planejar e desenvolver ações relacionadas a uma alimentação saudável, que promovam segurança e bem-estar desta população. Palavras-chave: Idoso institucionalizado. Nutricionista. Envelhecimento. Alimentação. Nutrição. CORRÊA, Michela Carla Lopes Sanchez. Role of the Nutritionist in LSIFE – Long-stay institution for the elderly. 2022. 36. Course Completion Paper (Graduate in Nutrition) – Pitágoras University, Uberlândia, MG, 2022. ABSTRACT With the increasing advancement of the elderly population, public policies were created to guarantee the protection of their rights, such as the National Policy for the Elderly, the Elderly Statute, the National Health Policy for the Elderly, in addition to rights already acquired in the Federal Constitution of 1988 and the guidelines and resolutions of agencies such as ANVISA and CFN, which are based on ensuring a better quality of life at this stage, guaranteeing social, political and civil rights, especially for the elderly without family structure and living in LSIFEs. Aging brings uncertainties related to health condition and care for the elderly. As a result, more and more aged people are settling in long-stay institutions for the elderly (LSIFE). This study presents a literature review on the role of the nutritionist in LSIFE, focusing on the attributions and actions of this professional. According to published studies, institutionalized aged people have at least one chronic disease in addition to cognitive, mental and food impairment, which requires professional institutions to be prepared not only with regard to social assistance, but also attention to health and nutrition; showing that the participation of the nutritionist in the Long Stay Institution for the Elderly assumes a relevant factor for promoting the health of its residents, that is, it is essential to plan and develop actions related to healthy eating, which promotes the safety and well-being of this population. Keywords: Institutionalized elderly. Nutritionist. Aging. Food. Nutrition. LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Parâmetros mínimos de referência para atuação do nutricionista em ILPI ................................................................................................................................. 28 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CFN Conselho Federal de Nutricionistas IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ILPI Instituição de Longa Permanência de Idosos IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada MS Ministério da Saúde OMS Organização Mundial de Saúde PNI Política Nacional do Idoso PNSI Política Nacional de Saúde do Idoso 13 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 2. POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS PARA A POPULAÇÃO IDOSA ......... 16 3. O ENVELHECIMENTO E A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ............................... 21 4. CONDUTA ALIMENTAR PARA IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E O PAPEL DO NUTRICIONISTA ................................................................................... 25 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 30 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32 14 1. INTRODUÇÃO Com o envelhecimento da população brasileira, assim como a mundial, houve a necessidade de se criar políticas públicas eficientes para proteger os indivíduos que envelhecem nos país, visando uma melhor qualidade de vida nessa fase, garantindo os seus direitos sociais, políticos e civis, especialmente aos idosos sem estrutura familiar para que recebam os devidos cuidados. O envelhecimento é um processo natural a todo ser humano, acarretando diminuição da capacidade cognitiva, motora e alimentar. No que tange à capacidade alimentar, o seu padrão inadequado é um fator de risco para o agravamento das doenças crônicas, típicas da idade, justificando que ocorram intervenções nutricionais para promover a saúde dos idosos. Nesse cenário, a nutrição assume um fator relevante para promoção da saúde dos idosos, ou seja, é imprescindível planejar e desenvolver ações relacionadas a uma alimentação saudável, que promovam segurança e bem-estar a esta população, papel atribuído ao nutricionista. Desse modo, tornou-senecessária a atenção especial e cuidados à população idosa, dispensados tanto pela família quanto por uma equipe multiprofissional, pois cada vez mais pessoas idosas se instalam nas Instituições de longa permanência para idosos (lLPIs). Portanto, em se tratando de Instituição de Longa Permanência para Idosos, é fundamental que essa equipe, formada por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentre outros profissionais ligados às áreas de saúde e bem-estar das pessoas estejam em sintonia. No que se refere ao nutricionista, sua atuação na ILPIs não se restringe à prescrição de dietas especificas para cada patologia, pois o profissional precisa cuidar da segurança alimentar dos residentes, assegurar o cumprimento das normas existentes no manual de boas práticas na cozinha, como também promover a exploração dos sentidos dos idosos inseridos na referida instituição. Como se vê, a participação do nutricionista na Instituição de Longa Permanência para Idoso assume um fator relevante para promoção da saúde dos idosos, ou seja, é imprescindível planejar e desenvolver ações relacionadas a uma alimentação saudável, que promovam segurança e bem-estar a esta população. 15 Diante disso, surgiu o seguinte questionamento: quais as atribuições e ações de um nutricionista nas ILPIs? Enquadrando o problema de pesquisa numa perspectiva que descreva todos os processos, características e diretrizes desse setor, delineando as atribuições e ações do nutricionista, podendo o tema nortear a atuação de órgãos públicos e da sociedade civil ligando à atividade do nutricionista. O presente trabalho foi um estudo de revisão bibliográfica que teve como tema o papel do nutricionista nas ILPS, visando conhecer quais as atribuições e ações de um nutricionista nas ILPIs. Para a elaboração deste trabalho foram realizadas pesquisas através de livros e internet, nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), sendo que os critérios de seleção dos artigos foram: artigos em português e inglês publicados nos período de 2002 a 2019. Deste modo, o presente trabalho tem como principal objetivo apresentar a importância do nutricionista nas Instituições de longa permanência (ILPIs). Já os objetivos específicos se pautam em: descrever as políticas públicas referentes à população idosa no Brasil bem como perfil dos indivíduos que vivem nas ILPIS; apontar por meio das legislações, diretrizes e trabalhos científicos publicados o envelhecimento saudável com a nutrição; indicar a importância do nutricionista por meio de suas atribuições e ações nas instituições de longa permanência para idosos. 16 2. POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS PARA A POPULAÇÃO IDOSA As discussões acerca do envelhecimento populacional tem como marco inicial a Primeira Assembleia Mundial sobre Envelhecimento, ocorrida em Viena, Áustria, no ano de 1982, de onde resultaram as primeiras políticas públicas para idosos no mundo. O Brasil, após a constatação de que o envelhecimento populacional se tornará uma realidade, foi o primeiro país, em relação aos demais países da América do Sul, a instituir uma legislação voltada para o público da denominada “terceira idade”, aprovando a Lei Federal nº 8.842, em 4 de janeiro de 1994 (BRASIL,1994), que estabelece a Política Nacional do Idoso (PNI) a qual dispõe sobre garantir os direitos sociais e permitir aos idosos sua autonomia, integração e atuação efetiva na sociedade. Em menos de dez anos depois, aprovou a Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (BRASIL, 2003), que institui o Estatuto do Idoso, um código de direitos, que propõe medidas de proteção e controle social, o qual gera um sistema jurídico em defesa do idoso, com regras processuais bem como define uma serie de crimes contra o idoso e suas respectivas penas. O referido Estatuto prevê, no seu Artigo 2º, que o idoso, pessoas com idade igual superior a 60 (sessenta anos): Goza de todos os direitos fundamentais inerentes á pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para a preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social em condições de liberdade e dignidade. Artigo 3º. É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2010). A Lei Federal 8.842/94 foi resultado de discussões e consultas por todo o país e, naquela ocasião, definiu como idosa a pessoa maior de 60 anos de idade, sendo que em seu bojo buscou priorizar o convívio familiar em detrimento do atendimento em asilos. No ano de 1999, por meio da Portaria 1395/1999 do Ministério da Saúde (MS) foi criada a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI), onde se instituiu as diretrizes norteadoras das ações no setor de saúde, tendo o idoso como um sujeito de direitos, preconizando a esta população um atendimento de maneira diferenciada em suas necessidades físicas, sociais, econômicas e políticas (BRASIL, 1994). No que tange o propósito da PNSI, assim ficou estabelecido: Promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a 17 recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir- lhes permanência no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funções na sociedade (BRASIL, 1999). Com a finalidade de tornar as legislações relacionadas aos cuidados da população idosa mais eficiente, em 19 de outubro de 2006, por meio da portaria 2528/2006 adequou-se a politica nacional de saúde da pessoa idosa PNSI visando recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, SUS. Quanto ao local de moradia, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa considera que os idosos podem estar no ambiente familiar ou em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), (BRASIL, 2006). Para a execução das diretrizes desta Política, no que se refere às da assistência e reabilitação da saúde do idoso, o Sistema Único de Saúde conta com as Equipes de Saúde da Família para a Assistência Básica de Saúde, Hospitais Gerais e Centros de Referência à Saúde do Idoso (SILVESTRE; COSTA-NETO, 2003). Deste modo, a Política Nacional do Idoso (BRASIL, 1994); o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003); a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (BRASIL, 2006), além dos direitos conquistados pela Constituição Federal em 1988, destacam-se entre as iniciativas que buscam garantir os direitos da população idosa e seu acesso a diversas políticas públicas, as quais visam proteger os indivíduos que envelhecem no país e, principalmente garantir os seus direitos sociais, políticos e civis, alcançando a plena cidadania. Ou seja, essas legislações criam condições para que a sociedade envelheça com qualidade de vida, devendo colocar em prática ações direcionadas não só para a população idosa, mas também para aqueles que irão envelhecer (BRAGA, 2001). O envelhecimento da população é um fenômeno mundialmente atual, sendo natural e uma grande conquista da humanidade (FELIX, 2007). O Brasil caminha para tornar-se um país envelhecido, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019,o número de idosos no Brasil chegou a 32,9 milhões, sendo que esses dados mostram a tendência de envelhecimento da 18 população e que vem se mantendo e o número de pessoas com mais de 60 anos no país, o qual já supera o número de crianças com até 9 anos de idade. (IBGE, 2019). O número de habitantes no país chegou a 213,3 milhões em 2021, segundo as Estimativas da População divulgadas pelo IBGE (27/08/2021). Com esse cenário, espera-se que o número de pessoas com 65 anos ou mais, praticamente triplique, chegando a 58,2 milhões em 2060, o equivalente a 25,5% da população. (IBGE, 2021). Esse envelhecimento causa mudanças diretas em diferentes âmbitos: individual, familiar e social (PEIXOTO et al., 2017). A elevação demográfica da população brasileira, compatível com o fenômeno mundial, traz para esta faixa etária, doenças e agravos crônicos não transmissíveis, que pode gerar sequelas limitantes, ou seja, condições de dependências bem como a necessidade de maiores cuidados, associado às mudanças estruturais e socioeconômicas das famílias, como redução da fecundidade, alteração da nupcialidade e ascensão feminina no mercado, comprometeu a capacidade de cuidado das famílias para com seus idosos, demandado outro modelo para sanar essa atenção e cuidado. Assim, surge a Instituição de Longa Permanência para Idosos como uma opção eficiente e humanitária de residência para os idosos que a desejam ou dela necessitam (CAMARANO, 2010). De acordo com Sousa et al. (2014) “ o processo do envelhecer traz em si muitas incertezas, principalmente no que se refere às condições de saúde, e os cuidados com a pessoa idosa. Com isso, muitas famílias tendem cada vez mais a dividirem as responsabilidades do cuidado desses indivíduos com as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs)”. 2.1 AS INTITUIÇÕES DE LONGA PERMANENCIA DOS IDOSOS (ILPIS) E O PERFIL DOS INSTITUCIONALIZADOS A origem das ILPIs está associada aos “asilos”, vinculados à caridade cristã, em virtude da ausência de abrigos e de políticas públicas para dar atendimento às pessoas idosas. Atualmente, as ILPIs devem ser regulamentadas conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vinculada à Política de Saúde. Entretanto, a institucionalização dos idosos permanece, em sua maioria, em entidades de longa permanência privadas e filantrópicas (CAMARANO, 2010). 19 Na contemporaneidade define-se ILPIs como estabelecimentos para atendimento integral a idosos, dependentes ou não, sem condições familiares ou domiciliares para a sua permanência na comunidade de origem (Silva et al., 2017). A Resolução RDC n° 283/2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), definiu as ILPIs como: Instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinada a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. A resolução determina normas mínimas de funcionamento das ILPI, mas somente o Estatuto do Idoso produziu mudanças em relação à efetivação dos direitos dos idosos inseridos nesses locais, fornecendo instrumentos concretos para sua proteção. As ILPIS estão sujeitas à fiscalização por parte do Ministério Público, dos Conselhos do Idoso e da Vigilância Sanitária, entre outros, ficando sujeitas, em caso de descumprimento de suas obrigações, a penalidades e à responsabilização civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos, observado o devido processo legal (BRASIL, 2005). Assim, as ILPIS vêm ao auxílio dos idosos com mais de 60 anos, para garantir-lhe a atenção integral, defendendo a sua dignidade. Porém, mais do que a simples oferta de moradia, as ILPIS são uma proposta de uniformização das instituições que prestam assistência aos idosos, garantindo condições de bem estar físico, emocional e social, em conformidade com o arcabouço legal de proteção ao idoso e com as políticas públicas relacionadas a essa população (CAMARANO & KANSO, 2011). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) realizou, em 2008, um levantamento nacional sobre a população de idosos residentes em ILPI e identificou 3.548 instituições no território nacional. Estão incluídas aí as Instituições em funcionamento, públicas, privadas com ou sem fins lucrativos, regulamentadas, com alvará ou não. Elas estão concentradas nas capitais e nos grandes centros urbanos. Foi constatado também que a maioria das instituições brasileiras é privada filantrópica. Das 3.294 instituições que responderam à pesquisa, 65,2% são privadas filantrópicas; 28,2% são privadas com fins lucrativos. (CAMARANO et al., 2010.) Ao analisar os estudos existentes, constatou-se que a média de idade entre os idosos institucionalizados foi acima de 75 anos, com predomínio do sexo feminino e baixo nível de escolaridade, analfabetismo ou apenas escolaridade informal. Em relação à presença de doenças e à autonomia dos idosos, as pesquisas certificam que os institucionalizados apresentam ao menos uma patologia crônica, além do comprometimento cognitivo e dificuldade de realizar atividades cotidianas, 20 agravantes para o ingresso destes em ILPIs. A grande parte dos idosos institucionalizados não possui filhos, porém, recebem visitas frequentemente. Em relação ao estado nutricional, o IMC médio dos idosos foi de 28,2kg/m2, ou seja, sobrepeso, porém, o que se observa é que com o avanço da idade, o risco de desnutrição aumenta. Entretanto, nas ILPIS, os idosos apresentaram alimentação mais adequada, pois realizam mais refeições ao dia e possuem uma maior variedade de alimentos. (CAMARANO & KANSO, 2011; DEL DUCCA et al., 2012; LINI et al.,2016). Em outubro de 2020, a ANVISA, divulgou um relatório baseado em pesquisa realizada pela ANVISA entre junho/2020 e setembro/2020, os resultados foram baseados a partir da auto declaração das Instituições de Longa Permanência para Idosos, o qual aponta um total de 1762 ILPIS respondentes na Unidade da Federação (UF). Neste mesmo relatório, levantou-se que a maioria das instituições brasileiras é de natureza privada, 55,7%, 39,4% são filantrópicas e, o restante, pública. Não existe no Brasil um cadastro de quantas instituições de longa permanência para idosos existem. Isso dificulta bastante à coleta de dados e, até mesmo, o planejamento e realização de ações, pois não se conhece a realidade completa desses estabelecimentos. (ANVISA, 2020). É importante mencionar que a institucionalização dos idosos é uma forte tendência de atenção à saúde desses indivíduos, já que o envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental requerem que as instituições estejam preparadas não apenas no que diz respeito à assistência social, como também a assistência à saúde (FERREIRA, BANSI, & PASCHOALl, 2014). 21 3. O ENVELHECIMENTO E A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL O envelhecimento é um processo natural, é o ciclo biológico da vida e constitui um conjunto de modificações morfofuncionais que levam todos os indivíduos, indistintamente, a um processo dinâmico, contínuo e irreversível de desarranjo orgânico. Assim, não se define o envelhecimento por cronologia, e sim por processos que variam de acordo com cada indivíduo, envolvendo fatores hereditários, o meio ambiente, a idade, a dieta, tipo de ocupação e estilo de vida (CLAUDINO, 2010). Estudos apontam que o processo de envelhecimento influencia o estado nutricional, seja em relação às patologias próprias da idade avançada ou mesmo pelas alterações fisiológicas, o que pode comprometer a alimentação, como perda dentária, diminuição da secreção salivar e gástrica, contribuindo para prejuízos na digestão e absorção (SPOSITO et al., 2013). Com o envelhecimento, podem ocorrer perdas sensoriais como limitação do paladar, olfato, visão,odor, tato e audição, influenciando diretamente no apetite e no prazer de alimentar-se. A disfagia, por exemplo, pode prejudicar o estado nutricional do idoso, já que está diretamente ligada na forma de se alimentar, alterações que muitas vezes equivocadamente são consideradas normais nesta fase, porém, podem afetar as necessidades energéticas e a saúde em geral (ALVES et al., 2007). Assim, o envelhecimento saudável, não está limitado à ausência de doenças, mas sim à preservação da autonomia e independência do idoso, ainda que tal condição esteja acompanhada de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), tão frequentes nessa fase da vida. (RAMOS, 2003). Segundo LIMA (2008), “o envelhecimento saudável, pauta-se na interação de múltiplos fatores, dentre eles: saúde física e mental, independência de vida diária, integração social, suporte familiar e independência econômica, entre outros”. Garantir a qualidade de vida dos idosos é um contemporâneo desafio mundial e uma das principais preocupações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a qual, em 2016 adotou a Estratégia Global e Plano de Ação sobre Envelhecimento e Saúde (2016-2020). A meta é garantir uma Década de Envelhecimento Saudável a partir de 2020 – 2030 e será alcançada com base em cinco estratégias: 1) estabelecer um compromisso com o envelhecimento saudável; 2) alinhar os 22 sistemas de saúde com as necessidades das populações mais velhas; 3) desenvolver sistemas para fornecer cuidados a longo prazo; 4) criar ambientes amigos dos idosos; 5) melhorar a medição, monitoramento e compreensão do envelhecimento (OMS, 2016). O envelhecimento é um fenômeno complexo, marcado por um período de transformações biológicas, psicológicas e sociais. Idosos institucionalizados geralmente são pessoas portadoras de doenças crônicas, em condição de polifarmácia, que necessitam de vigilância nutricional, pois a nutrição geriátrica tem um papel relevante para determinar complicações relacionadas ao estado nutricional como a desnutrição proteica calórica, alterações metabólicas, interações medicamentosas e até carências de micronutrientes, que relacionadas a fatores sociais, econômicos e psicológicos podem agregar para o declínio das funções orgânicas (SANTOS et al. 2004). O envelhecimento da população brasileira é compatível a um fenômeno mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde, esse aumento da longevidade é uma grande conquista, porém, é um grande desafio, especialmente, como cuidar da população idosa. De acordo com Sousa et al. (2014, p.3514): O processo do envelhecer traz em si muitas incertezas, principalmente no que se refere às condições de saúde, e os cuidados com a pessoa idosa. Com isso, muitas famílias tendem cada vez mais dividirem as responsabilidades do cuidado desses indivíduos com as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) (SOUSA et. al, 2014,p. 3514). Essas instituições abrigam idosos em diferentes condições de vida e saúde, por isso a função que essa instituição desempenha deve ir além de uma residência coletiva. A ILPI deve oferecer serviço de assistência multidimensional gerontológica (CREUTZBERG et al., 2007). Em relação à infraestrutura das ILPIs, toda construção, reforma ou adaptação na estrutura física das instituições, exigem aprovação arquitetônica junto à autoridade sanitária local e deve estar dentro normas da ABNT. Segundo a Lei Federal 10.098/00 (BRASIL, 2000), “as ILPIs devem oferecer instalações físicas em condições de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e garantir a acessibilidade a todas as pessoas com dificuldade de locomoção”. A Resolução de Diretoria Colegiada, RDC n. 502/2021, Art.22 no que tange a infraestrutura estabelece que: 23 Caso o terreno da instituição apresente desníveis, deve ser favorecido de rampas para facilitar o acesso e a movimentação dos residentes. As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate a incêndio, telefonia e outras existentes, deverão atender às exigências dos códigos de obras e posturas locais, assim como às normas técnicas brasileiras pertinentes a cada uma das instalações e ainda promova um ambiente acolhedor, que estimule atividades físicas, recreativas e culturais (ANVISA, 2021). Neste contexto de envelhecer saudável em um ambiente habitável e acolhedor, a nutrição tem um importante papel na promoção da qualidade de vida e também na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Hábitos alimentares saudáveis promovem não apenas o retardo do envelhecimento, mas também um envelhecimento sadio, tendo em vista que nessa fase da vida diversas alterações fisiológicas e corporais ocorrem aumentando a importância dos cuidados especializados voltados à pessoa idosa (OLIVEIRA, 2014). Dentre os problemas frequentemente desencadeados com o avanço da idade destaca-se a desnutrição, um importante distúrbio nesta fase da vida. A desnutrição pode contribuir para o aumento da mortalidade, aumento da vulnerabilidade às infecções e a redução da qualidade de vida dos idosos. Além do mais, tem como consequência a diminuição da força muscular, da capacidade de ação e da qualidade cardiorrespiratória, contribuindo para a incapacidade funcional. O baixo peso representa importante fator de risco para a dependência de idosos pelo fato de que para a realização de qualquer atividade física, é necessário que a massa corporal esteja preservada. (SOUSA et al.,2014). Alterações fisiológicas próprias da idade podem levar a uma atrofia e fraqueza muscular maior, a sarcopenia, que tem causas múltiplas, sendo as principais a disfunção mitocondrial, alterações endócrinas, distúrbios nutricionais, imobilidade, inatividade física e doenças neurodegenerativas (ESQUENAZI, 2012). Cabe ressaltar, que as alterações nutricionais podem contribuir e estimular doenças crônicas e agudas, comuns da idade. A desnutrição é resultado da falta de ingestão de nutrientes necessários ao desenvolvimento das funções corpóreas que em idosos, é comum, pois, com a idade avançada, o consumo alimentar diário diminui, pois muitas vezes, os alimentos consumidos são de baixas calorias, contribuindo para a deficiência nutricional e desnutrição (BUSNELLO, 2007). Um estudo com idosos institucionalizados na cidade de Uberlândia (MG) corroborou com outros estudos pontuais no Brasil, os quais aferiram que o estado 24 nutricional influencia a capacidade funcional, evidenciando a necessidade de prevenção e reabilitação do baixo peso, bem como ações que visem prevenir e retardar a dependência física pelo maior tempo possível (SOUSA KT et al., 2014). Sendo o envelhecimento um processo irreversível e diante da crescente demanda de idosos institucionalizados se faz necessária à prática do nutricionista dentro das ILPIs, implementando projetos alimentares adequados, mediando e promovendo melhor atendimento nas dimensões biológicas, sociais e psicológicas deste público (CREUTZBERG et al., 2007). O estado nutricional de idosos institucionalizados poderá ser melhorado por meio de ações que promovam a adequada ingestão de alimentos, Schuman (1998) em seu livro comenta que algumas modificações dietéticas na alimentação dos idosos podem ser necessárias devido a mudanças fisiológicas que podem afetar a habilidade para digerir e absorver alimentos, contudo, o alimento deverá ser nutritivo e saboroso. Existem evidências de que o consumo alimentar entre idosos institucionalizados é inadequado em diversos aspectos, fator que implica a necessidade de cuidado e atenção especial, seguidos de monitoramento da situação nutricional. Estudos indicam que a desnutrição é um problema que atinge de 20 a 80% os idosos em ILPI’s, sendo o distúrbio nutricional mais importante observado em pessoas acima de 60 anos (GALESI et al., 2008). Em vista disso, a Resolução de Diretoria Colegiada(RDC) n. 283 de setembro de 2005 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), recomenda que toda a Instituição de Longa Permanência para Idosos tenha no corpo de recursos humanos o profissional de nutrição, que deverá atuar na ILPI no mínimo 4 horas semanais, destacando que a presença do nutricionista tem dois princípios: oferta de refeição adequada e monitoramento do estado nutricional dos idosos institucionalizados (ANVISA, 2005). Destaca-se também a Resolução 600/2018 do Conselho Federal de Nutricionistas a qual sinaliza a necessidade de um nutricionista atuante nas ILPIs, garantindo aos idosos institucionalizados acesso e garantia à alimentação com qualidade. 25 4. CONDUTA ALIMENTAR PARA IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E O PAPEL DO NUTRICIONISTA O Guia Alimentar para a População Brasileira apresenta recomendações alimentares oficiais e dentre as orientações expostas no guia, o que se aplica para população idosa, são as recomendações para o consumo diário de cereais integrais, frutas, legumes e verduras, queijos, iogurte, carnes magras, aves ou peixes e feijões. O guia destaca a importância da redução do consumo de alimentos ricos em sódio, carboidratos simples, gorduras saturadas e trans. A seleção de alimentos nutritivos e o consumo dos mesmos na quantidade correta impacta positivamente sobre a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos. Então, considera-se uma alimentação saudável aquela que contenha todos os grupos alimentares em suas devidas proporções (BRASIL, 2014). A dieta alimentar na terceira idade difere das outras fases da vida, pois a alimentação dos idosos deve favorecer a manutenção do corpo e a prevenção de doenças e suas complicações. É importante destacar que todos os grupos de alimentos devem entrar no cardápio como: carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. Para combater a monotonia alimentar, o equilíbrio é a principal referencia. Ter um hábito alimentar balanceado e variado previne e ajuda tratar doenças já existentes, por isso à atuação do nutricionista é fundamental para avaliar individualmente cada idoso, compreendendo suas necessidades (TRELA, 2021). De acordo com o Ministério da Saúde em seu Manual de alimentação para a pessoa idosa, 2009, “na atenção à pessoa idosa, o nutricionista favorece o planejamento e a adoção de uma alimentação saudável, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional e para a qualidade de vida dessas pessoas” (BRASIL, 2009). Ainda sobre o Manual de alimentação para a pessoa idosa, pensando no envelhecimento populacional, o Ministério da Saúde desenvolveu nesse manual, de maneira simples e objetiva os “Dez passos para alimentação saudável para o Idoso", que são: 1º passo - Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições. 2º passo - Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais (arroz, milho e trigo pães e massas), tubérculos como a batata, raízes como mandioca/ macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais. 26 3º passo - Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. 4º passo - Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde. 5º passo - Consuma diariamente três porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis. 6º passo - Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. 7º passo - Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. Coma-os, no máximo, duas vezes por semana. 8º passo - Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. 9º passo - Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. 10º passo - Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo (BRASIL, 2009). É importante salientar que mesmo com esse guia, a presença do nutricionista para o diagnóstico nutricional bem como e elaboração de um cardápio individualizado é fundamental para adequar o correto valor nutritivo dos alimentos garantindo a manutenção e também a recuperação do estado nutricional nesta faixa etária (JESUS, 2017). Nesse contexto, constata-se que o nutricionista é um profissional que pode contribuir demasiadamente para que a população consiga melhorar seus hábitos alimentares e alcançar a velhice de forma saudável. A nutrição é um fenômeno, que envolve o corpo, os sentidos, o ritual, o intelecto, o afeto, a sociabilidade e as relações sociais. Através da assistência nutricional é possível que os indivíduos e a população em geral consigam melhorar sua alimentação podendo selecionar de maneira adequada os alimentos e programar condutas que melhorem sua saúde e sua qualidade de vida (FAZZIO, 2012). A importância e a amplificação da participação do nutricionista no mercado de trabalho têm avançado ultimamente, com apoio legitimo do Conselho Federal de Nutricionistas, conforme se verifica na Resolução CFN 600/2018, que atribui aos nutricionistas, dentre outras, a responsabilidade pelas atividades de alimentação e nutrição realizadas nos hospitais, clínicas e instituições de longa permanência para idosos. Esse posicionamento complementa a Lei nº 8.234/91, que reserva ao Nutricionista, no exercício de suas atribuições em Nutrição Clínica, à competência 27 por prestar assistência dietética e promover educação nutricional a indivíduos, sadios ou enfermos, em nível hospitalar, ambulatorial, domiciliar e em consultórios de nutrição e dietética, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde (CFN 600/2018). Conforme a Resolução 600/2018, a presença do nutricionista nas ILPIs abrange dois principais aspectos: a oferta de refeições adequadas e o monitoramento do estado nutricional do idoso ali instalado, e tem como atribuições no se diz respeito à nutrição clínica, assistência nutricional e dietoterápica: C.1. Para realizar as atribuições de Nutrição Clínica, subárea Assistência Nutricional e Dietoterápica em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), o nutricionista deverá desenvolver as seguintes atividades obrigatórias: C.1.1. Realizar triagem de risco nutricional quando da admissão do idoso. C.1.2. Elaborar o diagnóstico de nutrição. C.1.3. Elaborar a prescrição dietética, com base nas diretrizes do diagnóstico de nutrição e considerando as interações drogas/nutrientes e nutrientes/nutrientes. C.1.4. Estabelecer e executar protocolos técnicos do serviço por níveis de assistência nutricional. C.1.5. Registrar em prontuário do idoso a prescrição dietética e a evolução nutricional, de acordo com protocolos preestabelecidos pela Unidade de Nutrição e Dietética (UND). C.1.6. Orientar e supervisionar a distribuição de dietas orais e enterais, verificando o percentual de aceitação e tolerância alimentar. C.1.7. Promover, por meio da alimentação, os princípios da tecnologia assistiva para favorecer a autonomia e a independência do paciente. C.1.8. Promover ações de educação alimentar e nutricional para o idoso, cuidadores, familiares ou responsáveis. C.1.9. Elaborar relatórios técnicos de não conformidades e respectivas ações corretivas, impeditivas da boa prática profissional e que coloquem em risco a saúde humana, encaminhando-os ao superior hierárquico e às autoridades competentes, quando couber. C.2. Para realizar as atribuições de Nutrição Clínica,subárea Assistência Nutricional e Dietoterápica em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), ficam definidas como atividades complementares do nutricionista: C.2.1. Interagir com a equipe multiprofissional, definindo com esta, sempre que pertinente, os procedimentos complementares à prescrição dietética. C.2.2. Prescrever suplementos nutricionais, bem como alimentos para fins especiais e fitoterápicos, em conformidade com a legislação vigente, quando necessário. C.2.3. Participar do planejamento e supervisão de estágios para estudantes de graduação em nutrição e de curso técnico em nutrição e dietética e programas de aperfeiçoamento para profissionais de saúde, desde que sejam preservadas as atribuições privativas do nutricionista. C.2.4. Realizar e divulgar estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação, promovendo o intercâmbio técnico-científico. C.2.5. Solicitar exames laboratoriais necessários à avaliação nutricional, à prescrição dietética e à evolução nutricional dos clientes/pacientes/usuários (BRASIL, 2018). No que se refere aos parâmetros numéricos mínimos de referência para a atuação do nutricionista em ILPI, a Resolução do CFN 600/2018 indica: 28 Tabela 1 – Parâmetros mínimos de referência para atuação do nutricionista em ILPI Nº idosos atendidos Nº Nutricionista Carga horária técnica semanal Até 20 01 15h De 21 a 50 01 20h De 51 a 100 01 30h Acima de 100 01 + 1 a cada 50 residentes 30h Fonte: CFN 600/2018 Anexo III https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm Vale lembrar que na instituição onde o mesmo nutricionista assuma também as atribuições da produção de refeições, a carga horária técnica semanal será acrescida ao quantitativo da área de Nutrição em Alimentação Coletiva e cabe aos Conselhos Regionais de Nutricionistas, considerando suas características regionais, poderão, mediante estudo e avaliação prévios, adequar os parâmetros numéricos mínimos de referência, podendo ser em nível estadual ou municipal. (BRASIL, 2018). A função do nutricionista é de suma importância vista as inúmeras alterações fisiológicas, psicológicas e sociais que abrangem o ato da alimentação, as escolhas e hábitos alimentares dos idosos. Uma ação relevante do nutricionista em ILPi é investir na educação nutricional explorando os cinco sentidos das pessoas idosas, uma vez que essas medidas auxiliam em uma maior aceitação alimentar, desse modo, sua função não pode se limitar ao cálculo dos nutrientes e à organização do cardápio. Deverá instruir o pessoal da cozinha e da copa sobre o significado sentimental da refeição e da necessidade de velar também pelos seus aspectos estéticos. A organização das refeições com opinião e pedidos dos idosos, gera oportunidades ocasionais que permitem a escolha de alguns pratos, estabelecendo um exercício de autonomia muito importante para as pessoas que estão dependentes (PEREIRA; CERVATO, 2002). Isso posto, além da avaliação nutricional, o nutricionista em ILPIs deve calcular a adequação nutricional das preparações oferecidas, além de ser encarregado da preparação de cardápios e coordenar, ainda, todo o setor de produção das refeições, garantindo uma alimentação balanceada, tendo em vista as alterações fisiológicas e degenerativas de indivíduos nesse estágio da vida (CAMARGOS et. al.,2015). Assim, a presença do nutricionista nas ILPIs é elementar para a avaliação periódica do estado nutricional para evitar ou detectar a desnutrição 29 dessa população bem como garantir uma rotina alimentar segura e variada (SILVA, 2014). 30 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando as pesquisas realizadas, é possível constatar a importância do nutricionista nas ILPIS, pois a promoção de uma ingestão alimentar nutricionalmente adequada garante a manutenção e a recuperação da saúde dos idosos, especialmente os institucionalizados, os quais apresentam ao menos uma doença crônica, além de comprometimento cognitivo, mental e alimentar, exigindo das instituições profissionais preparados, não apenas no que se refere à assistência social, mas também atenção à saúde e à alimentação, sendo competência do nutricionista avaliar o estado nutricional desses idosos institucionalizados, bem como explorar os cinco sentidos dos mesmos, buscando despertar uma maior aceitação alimentar, que muitas vezes encontra-se diminuída pela falta de apetite e paladar. É possível ainda descrever que, com o avanço da população idosa, foram criadas políticas públicas para garantir a proteção dos longevos, como a Política Nacional do Idoso, o Estatuto do Idoso, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, além dos direitos consagrados pela Constituição Federal em 1988 e do estabelecimento de diretrizes e resoluções de órgãos como ANVISA e CFN, que se pautam em assegurar uma melhor qualidade de vida aos idosos, garantindo direitos sociais, políticos e civis, especialmente aqueles desprovidos de estrutura familiar, possibilitando o recebimento de cuidados necessários nas instituições de longa permanência. Diante deste contexto, pesquisas apontam que o processo de envelhecimento pode levar ao comprometimento alimentar, seja por meio das patologias próprias da idade ou por modificações fisiológicas como perda dentária, limitação do paladar, do olfato, da visão e às vezes a desnutrição. Assim, a nutrição se revela fundamental na promoção da qualidade de vida e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, sendo o nutricionista o profissional que pode contribuir para que os idosos consigam melhorar seus hábitos alimentares e, principalmente, viver essa fase da vida de forma saudável. Ressalta-se, ainda, o evidente propósito do trabalho do nutricionista nas ILPIs, uma vez que suas atribuições e ações se pautam em: selecionar alimentos nutritivos, em proporções adequadas, contemplando todos os grupos alimentares; explorar os cinco sentidos do idoso; e cumprir as normas estabelecidas no manual 31 de boas práticas na cozinha, favorecendo uma alimentação saudável, com garantia de segurança alimentar, nutricional e bem estar para essa população. Isso posto, o presente estudo busca estimular a reflexão sobre as afirmações apresentadas a cerca do papel do nutricionista nas ILPIs no que se refere à promoção e manutenção da saúde dos institucionalizados e abrir caminho para novas pesquisas, como, por exemplo, a presença diária de nutricionistas nas ILIPIs ou o levantamento de dados para identificar e diferenciar os lares de idosos que contam com esse profissional em seu quadro de funcionários. 32 REFERÊNCIAS ANVISA. Agencia Nacional de vigilância sanitária (2020). Relatório - Resultados a partir da autodeclaração das Instituições de Longa Permanência para Idosos no enfrentamento da COVID-19. Disponivel em: https://www.gov.br/anvisa/pt- br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/relatorio- autoavaliacao-da-estrutura-e-condicoes-sanitarias-para-a-prevencao-e-controle-da- covid-19-em-ilpi-2-002.pdf. Acesso em 25 de outubro de 2021. ALVES RP, GOMES MMBC, MARUCCI MFN. Nutrição na geriatria. In: Mura JDP, Silva SMCS. 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