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CAPÍTULO 2 UMA VISÃO DO SISTEMA “JUST-IN-TIME” Atualmente, cada um de nós tem uma definição diferente do “Just-in- Time”. O conceito é difícil de ser entendido uma vez que, em muitos as pectos, os sistemas são complexos e sua verdadeira característica não é percebida de imediato. As impressões iniciais tendem a se concentrar em reduções de inventário - visualizando-se prontamente frotas de caminhões dos fornecedores chegando no portão da fábrica de hora em hora. Esta idéia, sem dúvida, existe, porque ela é um elemento do sistema “Just-in- Time”, mais visível e mais facilmente ilustrável. Entretanto, entregas frequentes e consequentes reduções de inventário são meramente o sub-produto de um plano muito mais sofisticado - talvez o último passo no processo de sua implementação. Tal conceito de sistema ideal de produção é comumente denominado produção “Just-in-Time”, um nome que enfatiza a produção fornecendo o que é necessário, transportando para o lugar necessário e no momento ne cessário. As vezes, tem-se a impressão errada de que a produção “Just-in- Time” e as idéias associadas aplicam-se apenas à produção automobilística ou à fabricação em alto volume, a qual é similar a isso; mas isto não é ver dade. O ideal de uma filosofia de administração de materiais “Just-in-Ti- me” deve ser atrativa a qualquer negócio de manufatura e de distribuição, pois tal filosofia é dirigida à eliminação do estoque desnecessário. O esto que desnecessário é uma fonte de custos extras. A redução dos nossos es toques a zero não pode ser uma realidade prática. Pode ser uma meta que devemos buscar. Pela ação da luta, podemos encontrar caminhos para eli minar o desperdício e melhorar a produtividade. A adoção desta filosofia remove muitas barreiras na reflexão e que, por sua vez, leva a algumas téc nicas novas de produção. Mas a produção “Just-in-Time” é mais do que um conjunto de técnicas estabelecidas a serem instaladas. É um caminho de pensamento fundamental para transformar toda a manufatura no caminho mais simples possível e gerar técnicas novas e originais para a sua efetivação. “Just-in-Time” - A Nova Revolução “Just-in-Time” é um novo e revolucionário sistema de produção, de senvolvido nos últimos 30 anos por Taiichi Ohno, ex-vice-presidente da Toyota. Ele estudou e desafiou os conhecidos princípios de manufatura e 11 desenvolveu um sistema disciplinado que colocou a Toyota um passo à frente de seus concorrentes no Ocidente. Este sistema, agora conhecido como “Sistema Toyota de Produção” estabeleceu um novo padrão para a manufatura mundial. Para compreender este sistema, é necessário observar a integração de três aspectos e encarar o JIT como um sistema de produção total, que afeta todos as características de um negócio de manufatura. Os Três Aspectos Principais do JIT • Uma guerra contra as perdas, usando técnicas revolucionárias de manu- fatura.: • Compromisso de fabricar produtos de qualidade perfeita. • Um nível sem precedente de envolvimento de todas as pessoas em todos os níveis nas decisões. O “Just-in-Time”oferece oportunidades de aumentar a flexibilidade e diminuir os custos de manufatura, reduzindo os lotes das operações de pro dução e eliminando os desperdícios. Mas todas as técnicas devem ser in cluídas num plano bem detalhado e não independentemente. JIT é muito mais do que um programa de redução do estoque. JIT é uma ampla estratégia de produção com o objetivo de reduzir os custos to tais é melhorar a qualidade do produto nas operações dê fabricação. ■ Taiichi Ohno introduziu uma idéia simples: a total eliminação da perda. Perda é tudo aquilo que não acrescenta nenhum valor ao pro duto. Por esta definição: • Filas de materiais são perdas. Ocupam espaço, aumentam o tempo do ci clo de manufatura e as peças podem ser danificadas. • Estoque é perda. Requer estocagém, registros e movimentação de mate rial extra. “Amarra” o capital e alguns materiais tendem tomar-se obso letos. • Produzir além do programado é perda. Não é necessário e pode usar até o material necessário para outras peças. • O tempo de espera de um operador enquanto uma máquina trabalha é perda. • A movimentação de material, as longas preparações de máquina e a pro dução de peças com defeito são perdas. O assunto é facilmente expressado: “Eliminar as perdas”. Nenhum material deve estar presente na fábrica, a não ser que esteja sendo consu mido. Embora não se chegue a um ideal, aproxima-se muito mais do que os outros e é um excelente guia para o que devemos fazer. As perdas são uma das principais causais da baixa produtividade. O desperdício causado por grande inventário, qualidade deficiente, altos custos e tempos de espera é muito grande. 12 Com a alta variabilidade de produtos, a qualidade sempre é afetada. O investimento necessário no inventário para armazenar todas as opções é uma substancial carga financeira. Desta , forma, os resultados dos estudos publicados sobre a produtividade japonesa não são surpreendentes. As despesas financeiras hoje existentes, acrescidas dos riscos da ob solescência, decorrentes de úm mercado altamente dinâmico, obrigam as empresas a operar com estoques extremamente reduzidos em todos os ní veis. Prazos de fabricação excessivamente longos são prejudiciais tanto pa ra o marketing como para a produção. Prazos longos não permitem o dina mismo necessário nos mercados àtuais, além de gerar excesso de estoque em processo. Estoque, do ponto de vista japonês, é um desperdício. Desperdício de dinheiro e espaço. Como resultado, eles têm uma obsessão de eliminar todo o estoque não necessário. Ele é combatido com a mesma intensidade usada na campanha para melhorar a qualidade e eliminar as causas dos defeitos. Em sua ansiedade para alcançar a eliminação das perdas, eles aplicam o sistema “Just-in-Timc”, para ter todas as peças - da manufatura ou com pradas - disponíveis na hora certa e na quantidade certa. É uma meta váli da. “A peça certa, nó momento certo, na quantidade certa e no local certo” é, sem dúvida, o que todos os sistemas de planejamento da produção e ge rência de estoque lutam para ter. Definição do “Just-in-Time” O “Just-in-Time” é uma abordagem disciplinada para melhorar a pro dutividade e a qualidade total, através do respeito pelas pessoas e da elimi nação das perdas. Na fabricação e/ou montagem de um produto, o “Just-in- Time” proporciona a produção no custo efetivo e a entrega apenas das pe ças necessárias com qualidade, na quantidade certa, no tempo e lugar cer tos, enquanto usa o mínimo de instalações, equipamento, materiais e recur sos humanos. “Just-in-Time”, envolve: Fluxo de Produção de uma Peça A principal meta da produção JIT é abastecer cada processo exata mente com os itens necessários, exatamente na quantidade necessária, exa tamente no momento necessário. Existem duas condições necessárias para chegar a esta situação. Primeiro, flexibilidade da produção, e segundo, “lead times” bem pequenos. Um dos segredos para se chegar a isto é o flu xo de produção de uma peça. Várias máquinas de processamento estão agrupadas umas próximas das outras, na sèqüência necessária para produzir a peça. As peças são processadas neste arranjo de máquinas, uma de cada vez do começo ao fim. Os benefícios são: “lead-times” menores, pouco in ventário e material, nenhum transporte entre os processos e flexibilidade da produção. 13 Departamentos Orientados para o Processo vs. Células de Produção Orientada para o Produto A diferença básica entre o sistema antigo e o novo é que, no novo, os departamentos de processo são eliminados. Não existem mais prensas na estamparia. Estes departamentos são substituídos por um mix de máquinas de processamento, colocadas em um layout, na sequência necessária para fabricar a peça ou grupos de peças. As peças com dimensão, forma, mate rial e sequência de processamento similares são distribuídas entre as linhas por um sistema conhecido como “Tecnologiade Grupo”. As peças são processadas nessas linhas uma de cada vez ou em lotes muito pequenos. Isto é conhecido como Fluxo de Produção de uma Peça, Produção Sincro nizada, Células de Manufatura, ou Produção em Lotes de Um. “Set-Up” Rápido: O Segredo para a Flexibilidade da Produção A capacidade de trocar rapidamente o ferramental e passar de um ser viço para outro em menos de 10 minutos é uma técnica fundamental para atingir a meta do JIT. Um sistema conhecido como SMED (Single-Minute Exchange of Die) é utilizado. Ele permite que as quantidades do lote eco nômico sejam reduzidas a 1/6 do tamanho exigido pelo sistema tradicional. As atividades do “set-up” rápido são divididas em duas funções. Primeira: as funções externas ou todas aquelas atividades que podem ser executadas enquanto a máquina ainda está trabalhando e segunda: as atividades inter nas ou todas aquelas atividades (atuais) que apenas podem ser executadas após a máquina estar parada. A descentralização do controle de ferramental para o nível do operário é vital para se chegar a esta troca rápida de ferra mentas. A tendência do futuro é o OTED (One-Touch Exchange of Die), o qual já foi conseguido nas máquinas com CNC e nos trocadores automáti cos de ferramentas. Programação da Produção e Controle do Inventário A produção e o controle do inventário no piso da fábrica de uma em presa JIT usam um sistema chamado ‘Kanban’’, palavra japonesa para re gistro visível’. Os cartões Kanbân são como dinheiro no caixa de uma loja. As mer cadorias a serem vendidas são as peças produzidas. No lugar de produzir peças até o lote estar completo e empurrá-las para a próxima operação, o próximo operário vai até a operação precedente e ‘compra’ apenas o que precisa. Seu fornecedor produz apenas o suficiente para repor o que acabou de, ser vendido para a operação posterior. Com este sistema, o inventário flui apenas de acordo com a necessidade, em contraste com o sistema tradi 14 cional, onde o inventário flui de acordo com o programa. No sistema tradi cional, o inventário geralmente se forma onde não é necessário e freqüen- temente não existe onde é necessário. Sistema de Puxar - Não Empurrar O primeiro ponto é definir que “Just-in-Time” e Kanban não são si nônimos. “Just-in-Time” é uma filosofia completa, enquanto que Kanban é uma técnica de “puxar”, sendo um dos elementos do JIT; o segundo ponto estabelece que o Kanban é uma das ações a ser implementada. O JIT considera o inventário como o pior mal dentro de uma fábrica de manufatura. O inventário é usado como uma proteção, pu estoque inter mediário, contra problemas conhecidos e mudanças de programa. Ele cobre muitas inadequações e custos do sistema, associados à formação do inven tário, que nem sempre são aparentes. As fábricas tradicionais se referem ao inventário como estando dentro de três categorias possíveis: • Matéria-prima ou peças adquiridas; • Material em processo; • Produtos acabados que podem ser classificados em: - Inventário Vivo - inventário que está atualmente passando por um processamento de acréscimo de valor; - Inventário Adormecido - inventário que está aguardando processa mento; - Inventário Morto - inventário que está obsoleto e nunca será necessá rio novamente. O inventário morto representa o mais oneroso dos inventários - ape nas será vendido para sucata, se possível. A meta do JIT de produzir ape nas o que é exatamente necessário para o processamento reduz drastica mente os custos de gerenciamento de estocagem do material. O objetivo do JIT é ter apenas inventário vivo. 15 Fornecedores é Relação com Fornecedores Como regra geral, muitos fabricantes compram de fornecedores exter nos 50% ou mais dos componentes de seus produtos. Portanto, o controle de qualidade e o controle do inventário destes fornecedores toma-se uma parte crítica do Sistema JIT. Na verdade, o termo “Just-in-Time” foi criado na Toyota para descí ever a entrega de componentes diretamente na linha de montagem. Esta relação é necessária com os fornecedores externos, para atingir os níveis necessários de qualidade e frequência de entrega. A situa ção ideal é fazer os fornecedores adotarem o Sistema “Just-in-Time”, para que possam responder da maneira desejada. Com a relação de parceria en tre gerência e mão-de-obra numa fábrica JIT, é necessário estabelecer uma amizade similar ou uma relação de companheirismo com os fornecedores que atendem os novos padrões da empresa. Controle Total da Qualidade em uma Fábrica JIT As fábricas tradicionais definem o controle de qualidade como apenas o controle dos processos de manufatura, para garantir que o produto atenda suas especificações. O ponto de vista do JIT de Controle Total da Qualida de é muito mais amplo. Todos os departamentos, não apenas os departa mentos de manufatura, concentram seus esforços para contribuir com a sa tisfação do consumidor, que é a sua principal avaliação do sucesso. Eles acreditam que apenas quando o consumidor está 100% satisfeito com um produto é que ele voltará para comprar outro e aconselhará seus amigos a fazerem o mesmo. O Controle Total da Qualidàde pesquisa o consumidor, mesmo após este ter o produto, colhendo informações sobre o produto. Eles medem a qualidade contatando o consumidor para determinar o nível de satisfação ou de insatisfação com o produto, em cada aspecto. Os dados são coloca dos numa tabela e rapidamente comunicados, para que os projetos ou pro cessos de produção sejam modificados para incorporar as exigências do consumidor. Esta modificação deve ser vista do lado do consumidor o mais rápido possível, para demonstrar o atendimento das necessidades do con sumidor. Uma característica importante ná capacidade de responder rápida e precisamente é a flexibilidade ganha na produção, aplicando as técnicas JIT. 16 O Elemento Humano do JIT Dos três aspectos principais (guerra contra as perdas, qualidade per feita e envolvimento do operário), o elemento humano, ou envolvimento do operário, é Ò mais importante. A gerência e a mão-de-obra devem formar uma amizade onde cada parte está comprometida com o sucesso mútuo. Este é o ponto inicial que pode continuar ou interromper a transição da manufatura tradicional para a manufatura JIT. j A gerência deve assumir a responsabilidade de explicar exatamente para onde a empresa está caminhando e como ela chegará lá. Desta forma, os operários podem participar totalmente da empresa e entender claramente que eles estão investindo neles mesmos. Dentro de uma amizade, cada parte deve estar disposta a juntar a outra parte como gostaria que fosse tratada, inteligentemente e com dignidade. A amizade vai exigir ajustes tanto da parte da gerência quanto da mão-de-obra, mas as recompensas de fazer outros ajustes fará mais do que compensar as doses do crescimento temporário de passar por elas. Contudo, é a gerência que tem autoridade e energia para controlar a maneira como as pessoas são tratadas dentro da empresa, portanto, a gerência deve tomar as medidas necessárias para oferecer um clima onde apareça este tipo de coo peração. Controles Visuais e Andon Uma condição da manufatura JIT é que o programa de produção em cada processo e montagem seja atendido diariamente, turno por turno. Com os inventários intermediários reduzidos a um mínimo e o compromisso de parar a produção se a qualidade não estiver certa, é vitahnente necessário reiniciar a produção o mais rápido possível, quando ocorrer algum proble ma. Para tratar desta situação de maneira simples e em tempo real, o JIT utiliza uma série de lâmpadas de informação, ou sinais visuais conhecidos como “Lâmpadas Andon”. Como o Kanban é um sistema visual para con trole da produção do piso da fábrica, as lâmpadas Andon são um sistema visual para parar a produção no piso da fábrica e identificar os problemas. A gerência deve delegar autoridade ao operário para parar a produção e, em alguns casos, toda a linha de produção, sea qualidade não estiver certa. Este é um teste de uma empresa que aplica o novo padrão. Ele tam bém demonstra o quanto é forte a amizade entre os operários e a gerência e o quanto é forte o compromisso da gerência com a qualidade perfeita. Esta amizade é a base vital e necessária para eliminar com sucesso as perdas. 17 A principal meta da Produção “Just-in-Time” é eliminar as perdas. Nada deverá ser feito na produção, que não adicione valor ao produto di retamente associado com a transformação do material na sua forma deseja da. A meta requer concentração no processo físico da própria produção. Concluindo, “Just-in-Time” não é apenas uma espécie,de sistema a ser instalado. É uma mudança no modo de vida. A despeito de ser, à primeira vista, uma metodologia complexa, ele é, na realidade, uma campa nha para a simplicidade. 18 CAPÍTULO 3 SISTEMAS DE CONTROLE DA PRODUÇÃO Empurrar Versus Puxar Os processos de produção com vários estágios podem ser classificados em dois tipos: sistemas de empurrar e sistemas de puxar. A maioria dos tra dicionais sistemas de produção emprega os sistemas de empurrar, en quanto que o sistema Kanban emprega os sistemas de puxar. A diferença básica entre os dois sistemas é que, no sistema Kanban de puxar, o estágio seguinte pede e retira as unidades em processo do estágio anterior apenas de acordo com o índice e no momento em que o estágio seguinte consome os itens. ' O primeiro é o método convencional, no qual as peças estocadas em cada estágio são previstas, considerando o tempo e o fluxo total para a fi nalização do processo no estágio final. O controle de produção e estoque é baseado no valor previsto. O segundo é um sistema no qual uma certa quantidade de estoque é mantida em cada fase e cuja reposição é ordenada pelo processo posterior, na proporção em que é consumida. 19 1. Os sistemas de “empurrar”: Estes prevêem a demanda de pe ças estocadas ou material em processo em cada estágio, con siderando o tempo de fluxo até o estágio final. Baseados neste valor previsto, eles controlam todos os múltiplos está gios, justificando os estoques de produtos finais e peças em cada processo. 2. Os sistemas de “puxar”: Existe uma certa quantidade de es toque em cada estágio. Um processo posterior pede e retira peças do processo anterior apenas na proporção e na hora em que tenha consumido os itens. A maioria dos sistemas de controle de produção convencio nais pertence à primeira espécie. Quanto maior se toma o sistema, mais aparecem os seguintes problemas: a) Quando acontecem mudanças drásticas de demanda ou di ficuldades de produção, é virtualmente impossível renovar os planos para cada processo. Portanto, é provável que tais dificuldades causem estoque em excesso ou mesmo inventário morto. b) É praticamente impossível, para o pessoal de controle de produção, examinar todas as situações relativas ao índice de produção e ao nível de estoque. Assim, um plano de produção deve ter um estoque com excesso de segurança. c) Melhoramentos quanto ao tamanho de lote e tempo de processamento podem não progredir, porque é muito in cômodo computar em detalhes os planos ótimos de produ ção. . . ' O sistema de “püxar” tem sido idealizado como um meio de resolver tais problemas. Devemos obter melhoramentos constantes, de uma maneira simples e confiável, e repor os itens à medida em que a área posterior os consome. Quadro 3.1. Empurrar vs Puxar 20 Muitas empresas operam seus sistemas de produção com o tipo de flu xo interdepartamental, com base em lotes. São as empresas que “fabricam para estoques”. Os japoneses denominam este sistema de “SEIBAN”. Este sistema provoca uma série de problemas. O sistema não identifica a necessidade de reprogramar. Todas as em presas estão de prontidão para reposição e mudanças. Se as previsões esti verem erradas, as listas de materiais são revisadas, as peças são fabricadas erradas, os fornecedores atrasam, o maquinário quebra e assim por diante. Entretanto, se os tempos de atendimento forem curtos, a reprogramação não é crítica. Com tempos de atendimento longos, se os programas não forem modificados para refletir a atualização necessária, haverá substituição dos programas. A fábrica e o pessoal de compras estarão correndo atrás das listas de atrasos para responder a pergunta: O que realmente estamos neces sitando? Na verdade, “empurrar” é simplesmente um sistema baseado em pro gramas. Isto é, é preparado um programa mestre de produção das futuras demandas dos produtos da empresa e o computador divide o programa eni partes detalhadas para a fabricação ou compra de componentes. É um sis tema de “empurrar”, onde o programa impulsiona as pessoas da produção na fabricação das peças necessárias, “impulsionando-as” e avançando-as. O nome dado a este sistema de “empurrar” é Planejamento das Necessida des de Materiais (MRP). Antes da implantação do computador para fazer todo esse planeja mento è programação, era usado um sistema de “puxar” por acaso (e ainda existe em algumas empresas). Ele funciona da seguinte forma: os clientes fazem os pedidos e a empresa verifica se existem peças no estoque. Os itens que não estão disponíveis são “puxados” do planejamento e controle da produção., Em termos de manufatura, “empurrar” significa processar antes de um pedido, isto é, cm antecipação a uma necessidade. “Puxar” significa não processar até a solicitação, isto é, sob pedido. Com relação ao movimento físico na fábrica, se os materiais forem transportados para os postos de trabalho subsequentes após concluídos, ele é denominado “sistema de empurrar”. Contudo, se os materiais forem transportados sob pedido do posto subsequente, ele é denominado ‘ ‘sistema de puxar”. O material não é transportado de um posto para outro até o posto da frente informar sua necessidade via cartões kanban. i KANBAN é um sistema de reabastecimento oposto aos sistemas ba seados na programação. O sistema Kanban emprega um cartão que identifica a necessidade de requisição de peças e um cartão idêntico ou semelhante que informa a ne cessidade de produzir mais peças. 21 Se o sistema Kanban for interpretado como um sistema que utiliza um cartão,’ muitas empresas poderão achar que já o tentaram. Há muito tempo, as normas de procedimento na indústria usam um cartão de qualquer espé cie que acompanha o material em processo; “um viajante”. E uma infinida de de cartões e formas - ordens de serviço, folhas de rota, tickets de servi ço etc. - são comumente usados no pedido de mais peças. Estes não cons tituem um sistema Kanban, pois são parte de um sistema de “empurrar” os pedidos e de controle das peças. Uma característica distinta do sistema Kanban é que ele é um sistema de “puxar”. Sistema de Puxar Õ material é retirado pelo usuário conforme necessário. A linha final de montagem sabe quantas peças serão necessárias e quando, por isso, ela vai até o processo anterior para obter as peças necessárias, na quantidade necessária e no tempo necessário. O processo anterior produz, então, as pe ças retiradas pelo processo subsequente. Cada processo de produção retira as peças ou os materiais necessários dos processos anteriores ao longo da linha. Finalidades do Sistema de “Puxar” Os objetivos básicos do sistema de puxar são: 1. ' minimizar o inventário em processo; • 2. minimizar a flutuação de estoque em processo, de modo a simplificar o seu controle; 3. reduzir o “lead time” de produção; 4. evitar a transmissão de flutuações ampliadas de demanda ou do volume de produção de um processo posterior a um processo anterior; 5. elevar o nível de controle da fábrica através de descentralização: dar aos operadores e supervisores de área um papel de controle de produção e de estoque; 6. reagir mais rapidamente à mudança da demanda e 7. reduzir os defeitos. No sistema ideal de puxar, o inventário entre cada estágio de uma li nha perfeitamente equilibrada deve ser zero e o inventário máximo dequalquer sistema de puxar não deve ultrapassar a uma unidade em cada estágio. Com uma condição estável, quando a demanda é gerada do estágio seguinte para o anterior, a unidade de inventário do estágio anterior é trans ferida para o estágio seguinte, para o processamento, subseqüènte. A remo ção da unidade de inventário do estágio anterior aciona a manufatura de outra unidade nesse estágio, para repor a que acabou de ser retirada. Como 22 resultado, cada estágio produz “just-in-time”, quando houver demanda do estágio seguinte. Assim, estas informações de “feed back” através do kan ban são passadas para o último estágio da linha. Diferente do sistema de empurrar, as informações de “feed back” do sistema de puxar são passadas para trás, enquanto que os produtos fluem para a frente em ambos os siste mas. : ' < No verdadeiro sistema de puxar, de acordo com a filosofia, quando o aviso do kanban não é dado, os processos seguintes não devem continuar a ser abastecidos, porque não há demanda, ou por causa de um problema. A filosofia de puxar diz: “Pare de fornecer até que haja demanda na operação seguinte, ou até que o problema da operação seguinte esteja resolvido, in dicado pelo aviso do kanban.” A parada da atividade de produção da ope ração anterior destaca o problema e faz grande pressão sobre os'encarrega dos da resolução do problema; ela tende a reduzir boa parte do tempo de fila, até a identificação e a resolução do problema. A EVOLUÇÃO DO JIT COM CÉLULAS 1) Layout Departamental e Kanbans Kanban (Puxar) Kanban (Disparo) rrn Painel HB Porta .... Kanbans 23 A EVOLUÇÃO DO JIT COM CÉLULAS 2) Células : não Focalizadas com a Montagem ; 3) Células Focalizadas com a Montagem Células de 1 só Peça Células de 2 ou mais Peças (S/ Kanban) (C/Kanban) Montagem Final 24 CAPÍTULO 4 O SISTEMA KANBAN Kanban é uma técnica de gestão de materiais e de produção no mo mento exato (“Just-in-Time”), que é controlado através do movimento do cartão (kanban). O sistema Kanban é um método de “puxar” as necessida des de produtos acabados e, portanto, é oposto aos sistemas de produção tradicionais. É um sistema simples de auto-controle a nível de fábrica, in dependente de gestões paralelas e controles computacionais. Origens do Kanban A indústria de manufatura já há tempo usa cartões de uma forma ou outra, anexados ao material em processo - pedidos, cartões, folhas dè rotei ro, etiquetas de atividade etc. No entanto, estes cartões são usados em sis temas de empurrar, onde o produto é “empurrado” para o centro de tra balho seguinte assim que o centro de trabalho anterior tenha concluído as operações. O Kanban usa o sistema de puxar, onde o produto é mantido no centro de trabalho anterior até que o seguinte fique disponível. A empresa creditada pelo pioneirismo da idéia do Kanban é a Toyota Motor Company do Japão; ele foi desenvolvido pelo ex-vice-presidente Taiichi Ohno. As idéias de Ohno sobre o Kanban foram inspiradas no su permercado americano, onde as prateleiras eram reabastecidas quando es vaziadas. Como o espaço de cada item era limitado, somente se traziam mais itens quando havia necessidade. Taiichi Ohno observou que o sistema de produção em massa implan tado por Henry Ford e usado nos E.U.A. era eficiente na redução do custo unitário dos produtos manufaturados durante períodos de alto crescimento da economia. Mas o sistema estava mal equipado para os períodos de baixo crescimento (como o embargo do petróleo árabe nos anos 70). Ao seu ver, o sistema dé produção em massa criòu um “desperdício”, baseado nos ex cessos de produção inerentes ao próprio sistema. Sua teoria diz que tudo o que existir além da quantidade mínima de materiais, peças, equipamentos e operários (horas de trabalho), necessária para fazer um dado produto,' é “perda” e portanto, só aumenta Ôs custos em todo o sistema. ' 25 Elimine os excessos de estoque na fábrica. Quando os problemas ocorrerem, identifique a causa e corrija-a. O processo de correção deter minará a necessidade de encontrar a causa e não de encobri-la. O Kanban começou na Toyota como um programa para controlar o fluxo da produção em todo o sistema de produção. O objetivo era me lhorar a produtividade e envolver a mão-de-obra. O sistema de cartão e os métodos de controle do fluxo surgiram a partir do objetivo original. É importante que se compreenda que são denominados tipos diferentes de atividade pelo termo Kanban: 1. Um sistema de controle do fluxo de material ao nível da fábrica (Kanban Interno) e que pode-se estender, em alguns casos, ao controle do mate rial distribuído ou recebido de fornecedores (Kanban Externo). 2. Um sistema para melhorar a produtividade, mudando-se o equipamen to, os métodos de trabalho e as práticas de movimentação de material, que usa o sistema de controle de material por cartões (kanbans) para identificar as áreas com problema e avaliar os resultados das mudanças. Kanban, sua Definição O kanban é um dos instrumentos essenciais para a implantação do sistema de produção “just-in-time”. Ele é um cartão ou etiqueta de pedi do de trabalho, sujeito à circulação repetitiva na área. Diferente das or dens convencionais de trabalho, o kanban sempre acompanha as peças ou materiais, facilitando, desta forma, o controle de estoque no local. Os conceitos básicos do kanban são simples, mas existe uma dis cussão sobre os diferentes meios pelo qual a palavra kanban é usada: “Kanban” significa cartão - literalmente, um registro ou placa visível, usados como meio de comunicação, de transmissão de dados e informações. “Kanban” significa cartão. Os cartões são usados para autorizar o mo vimento de material ou sua produção neste sistema de controle. “Kanban” significa sistema de controle de fluxo de materiais, usando os cartões. “Kanban”, no próprio contexto, refere-se às melhorias nos métodos de produção, indicados pelo uso dos cartões kanban para o controle do material, os quais também são necessários para permitir que o sistema de controle de material com kanban funcione. A palavra “Kanban” é pronunciada com dois sons de “a” muito curtos. A tradução literal de Kanban é “registro visível” ou “placa visível”. De maneira mais geral, kanban passou a significar “cartão”. Definição Restrita: Kanban é um procedimento que utiliza cartões para operar um “sistema de puxar” de controle de material, o qual interliga todas as operações de suprimento a uma. linha de montagem final. 26 Definição Geral: KANBAN é um método que reduz o tempo de es pera, diminuindo o estoque, melhorando a produtividade e interligando to das as operações em um fluxo uniforme ininterrupto. Q principal objetivo: Conversão de matéria-prima em produtos acabados, com tempos de espera iguais aos témpos de processamento, eliminando todo o tempo em fila do material e todo o estoque ocioso. Kanban é uma técnica de programação em curto intervalo de tempo que usa cartões ou contenedores para acionar o puxar de materiais de um processo para outro. Kanban é um método de organização industrial, voltado basicamente para a contenção e a redução de todo o tipo de desperdício nas áreas de produção e de materiais das empresas. Kanban é, basicamente, um sistema de informação, desenvolvido para coordenar os vários departamentos de processo, interligados dentro de uma fábrica. . . Nós iremos capitalizar “Kanban” ou usar o termo “Sistema Kanban” para nos referirmos aos sistemas de administração da produção, que utili zam sucessivamente estes cartões nos seus sistemas de controle. Observa-se que o sistema Kanban é um sistema manual. Ele admite a mesma relação para o controle de estoque que o sistema de duas gavetas admite para o “controle de estoque”. No sistema Kanban, tanto a “requisi ção” como a “expedição” são delegadas à fabricação. Isto é visto como a principal vantagem, porque substitui o controle imposto pelo escritório central aos seus próprios serviços pela fábrica. Controlar visualmente tudoo que está ocorrendo na produção é uma das chaves do sistema Kanban. Esse controle pode ser feito através dos cartões kanban propriamente ditos. O sistema Kanban é simplesmente um método de controle da produ ção; ele meramente assegura a existência de peças suficientes disponíveis, para a formação do produto numa base horária ou diária. O sistema Kanban é, basicamente, um método manual de administra ção de materiais e controle da produção. O sistema assegura que a linha de produção fabricará apenas as peças ou componentes que devem ser usados pela próxima etapa da produção. A produção só opera quando o processo seguinte usar todo o seu suprimento de peças disponíveis. O kanban é uma ferramenta prática da manufatura JIT e representa um sistema logístico de puxar para o controle da produção e a movimentação do material em processo. Entende-se que o kanban, por si só, é apenas uma parte de um sistema JIT total. O ambiente criado pela atenção ao kanban é creditado por estimular os aperfeiçoamentos contínuos na manufatura e a redução do inventário de material em processo. 27 O Kanban não é um substituto para a boa administração nem, por si só, reduzirá os custos. O controle através do Kanban, em conjunto com os esforços da fábrica para o controle do custo e o compromisso da gerência para efetuar as modificações, resultará em grandes aperfeiçoamentos na re dução'do inventário e no aperfeiçoamento da mão-de-obra. A programação da produção é baseada na produção sob encomenda e não na produção para estoque. As unidades são produzidas apenas para sa tisfazer as necessidades, as quais seguem a filosofia JIT. A principal vantagem dos kanbans no processo da fábrica é que os operários não precisam pensar nem adivinhar qual é o programa de produ ção? Simplesmente seguem os pontos de partida e a seqüência de cartões. É considerado aceitável um pequeno estoque no supermercado, para que seja possível alguma flexibilidade quando se troca a sequência de operações ou o mix de produtos. Isto também permite que a fábrica respeite o programa sem sacrificar o suprimento e interromper a linha. Nas operações de galvanoplastia, pintura, tratamento térmico, a natu reza da manufatura exige um certo volume por operação. Neste caso, o nú mero de kanbans é acumulado antes dos kanbans acionarem a produção da operação anterior. Funções do Kanban Pela sua característica de puxar a produção, o kanban tem algumas funções especiais: - aciona o processo de fabricação, apenas quando necessário; - não permite a produção para estoque com previsões futuras; - paralisa a linha quando surgem problemas não solucionados; - permite o controle visual do andamento do processo; - é acionado pelo próprio operador; - uma ferramenta para garantir a distribuição programada das ordens de serviço; - uma ferramenta para evitar o excesso ou a falta de produção/entrega de . 'peças; - uma ferramenta para controlar o inventário; - uma ferramenta para descobrir e amplificar as fraquezas dos processos; - produção de peças com base em lotes pequenos; - entrega de peças de acordo com o consumo; - identificação de peças. > A função do kanban pode ser resumida nos seguintes seis pontos: > 1. 0 kanban estimula a iniciativa por parte dos empregados da área. Por exemplo, ele é um meio efetivo de delegar autoridade aos chefes de 28 seção. Os chefes de seção, com a autoridade de expedir o kanban, po dem, por sua vez, promover a participação do grupo ao discutir a emis são e o retomo do kanban com seus subordinados. Os chefes de seção podem tentar reduzir o número de kanbans através de treinamento e melhoramento do trabalho. Espera-se que os chefes de seção e seus as sistentes desempenhem uma função catalisadora, ao promoverem o me lhoramento no trabalho. 2. O kanban é um meio de controle de informações. Ele separa as informa ções necessárias das desnecessárias, alcançando, desta forma, resultados máximos com um mínimo de informações. 3. O kanban controla o estoque. É possível fazer um controle direto do estoque na área, visto que o kanban sempre acompanha às peças ou os materiais. O estoque total é controlado em termos do número de kan bans em circulação. : 4. O kanban ressalta o senso de propriedade entre os empregados. E esta belecida uma meta visível de desempenho no trabalho para uma estação de trabalho e os empregados que fazem parte dela se empenham para atingir a meta através de meios inovadores. Este tipo de motivação do grupo garante a implantação bem-sucedida do sistema de produção “Just-in-Time”. ? j : 5. O kanban simplifica os mecanismos de administração do trabalho, atra vés do controle de informações e estoque, renovando a organização da empresa. • ■ ■ . ■ 6. O controle de informações e estoque também permite a administração visual do trabalho na área. Os empregados podem confirmar visual mente o estoque de vez em quando, ao observarem o número de conte- nedores com peças. Isto estimula sugestões para reduzir mais o estoque. Analogias do Kanban - Bujão de gás Caixa d’água - Talão de cheque - Mc Donald’s - Prateleira de um supermercado - Sistema de estoques de 2 gavetas Programação da Produção e Controle do Inventário por Kanbans O sistema de produção “Just-in-Time” é, muitas vezes, chamado erro neamente de sistema Kanban. O sistema de produção “Just-in-Time” é uma 29 maneira totalmente nova de fabricar produtos e ele afeta todos os aspectos de uma empresa de manufatura. O sistema Kanban, que faz parte do siste ma “Just-in-Time’, é um método de controle da produção e do inventário no piso de fábrica. Ele é um sistema de informações, para controlar harmo niosamente a produção em todos os processos. Ele controla a produção no piso de fábrica e regula o fluxo dos componentes de fornecedores externos. Ele é um sistema para descentralizar a responsabilidade pelo controle da produção no piso de uma fábrica que foi convertida à produção JIT e opera com quase zero inventários de material em processo. Ele coloca a respon sabilidade total pelo controle diário da produção e do inventário nas mãos dos supervisores da fábrica e dos operários da linha de produção. Ele lhes dá a autoridade e os métodos para parar e iniciar a produção e para movi mentar as peças apenas quando necessário. Ele coloca o controle nas mãos das pessoas que sempre sabem exatamente o que é necessário. Na verdadei ra fábrica JIT, que está usando o Kanban, as funções de programação da produção e de controle da produção são divididas entre o departamento de programação da produção e a supervisão da fábrica. O departamento de planejamento da produção fica responsável pelo planejamento da produção, até a emissão do programa mestre, e pelos pedi dos para os fornecedores externos. Cerca de 90% das suas atividades ha bituais permanecem inalteradas. O Kanban assume todas as funções de controle da produção abaixo do programa mestre mensal, que são cerca de 10% da atividade. Toda a produção da fábrica, o fluxo de peças dos forne cedores externos e o controle do inventário da fábrica se tomam responsa bilidade da supervisão da fábrica. O sistema Kanban é operado pelos em pregados da linha de produção, que possuem a visibilidade e o conheci mento profundo das necessidades imediatas, dentro da fábrica, para atender as necessidades do programa mestre. Essas pessoas da linha de produção recebem responsabilidade e autoridade nunca antes delegadas a este nível. Em um sistema tradicional de controle da produção, os programas de produção são emitidos para todos os processos, os processos que fabricam peças, bem como para a linha de montagem final. À medida que as peças são processadas de acordo com os seus programas, elas são empurradas pa ra o processo seguinte, independente de serem necessárias no momento ou não. Isto é conhecido como “sistema de empurrar”. O sistema é inflexível e dificulta a adaptação às mudanças causadas pelos problemas ou atrasos inevitáveis que sempre ocorrem em algunsprocessos, ou pelas mudanças do mix em uma linha de produção. Por causa da complexidade do sistema antigo, é difícil mudar os programas depois de emitidos para a fábrica. Co mo resultado, devem ser mantidos inventários em todos os processos, para se proteger contra os problemas, os atrasos e as mudanças na demanda. 30 O sistema Kanban, em contraste, é revolucionário no sentido de que o processo subsequente retira, ou puxa, as peças do processo anterior, quan do elas são necessárias, um método conhecido como “sistema dé puxar”. Apenas a montagem final sabe com precisão a quantidade necessária de pe ças em um determinado momento. Eles vão até o processo anterior para obter as peças necessárias, na quantidade necessária e no momento neces sário, para a montagem final. Depois, o processo anterior produz as peças retiradas pelo processo subsequente. E mais, cada processo de produção de peças retira, ou puxa, as peças ou materiais necessários do processo ante rior ao longo da linha. Os cartões kanban são como dinheiro, com o qual os operários da li nha de produção compram as peças do processamento anterior. Ele é um sistema de “pague e leve”. Nenhuma peça é entregue ao comprador até que seja pago com o kanban. Por exemplo, os operários da linha de montagem recebem vários cartões kanban, suficientes para a compra de peças para fa zer o programa de produção. Com esses cartões, eles compram as peças ne cessárias, tanto das linhas internas de produção quanto dos fornecedores externos. Os operários da linha de produção compram as peças com os cartões kanban, apenas quando elas são necessárias. A compra é disparada quando as peças atingem um ponto predeterminado de novo pedido. Ne nhuma peça é entregue à linha de montagem até que seja paga com o cartão kanban. Como resultado, as peças chegam no local necessário, exatamente nas quantidades necessárias e exatamente no momento necessário. Como a produção com fluxo de uma peça, existem numerosas variações de kanbans. As próprias pessoas da manufatura, usando a engenhosidade e a inovação, fazem os kanbans para se ajustarem a uma variedade infinita de situações e condições diferentes. Os princípios básicos de puxar as peças de uma linha de produção são sempre usados. As muitas variações do sistema atingem o mesmo resultado, elas fornecem apenas o necessário, exatamente no mo mento necessário. Os operários da linha de produção, da linha de monta gem e de cada estação de processamento possuem a responsabilidade e a autoridade de retirada de peças e materiais através deste método, nas quan tidades necessárias e no tempo necessário. Eles regulam o fluxo de peças e a produção, para se ajustarem às condições reais da fábrica em qualquer momento. Eles têm a vantagem de ter a visibilidade e o conhecimento ínti mo da condição da fábrica a qualquer momento. Eles estão muito melhor equipados para tomar essas decisões em tempo real sobre a manufatura do que qualquer outra pessoa da organização. Isto contrasta com o programa dor da produção, em um local central, usando o sistema antigo. Ele não po de estar informado sempre sobre todos os pequenos problemas na fábrica, que impedem o fluxo da produção. E totalmente impossível nessa posição 31 instalada. A responsabilidade pela tomada de decisões, que geralmente fica nas mãos do programador de produção, em um local distante, é delegada a numerosos operários da linha de produção, exatamente no local da ação. Na fábrica “just-in-time” que usa o kanban no piso, a produção geralmente flui de acordo com o programa. No entanto, às vezes são necessárias varia ções do programa para compensar uma quebra inesperada, ou para atender as necessidades de um consumidor especial. Quando isto ocorre, o sistema Kanban pode acomodá-las facilmente, sem formação de inventário em ne nhum ponto. Na verdade, as variações de até 10% no programa podem ser resolvidas com relativa facilidade. Enquanto o Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP) usa o estoque como um meio de uniformizar as flutuações entre oferta e procura, o sistema “Just-in-Time”, que aplica o kanban, vê o estoque como uma fonte de problemas, que pode criar um desequilíbrio entre os trabalhadores e os processos, aumentar o tempo ocioso e resultar em capacidade excessi va de equipamento - uma máquina operatriz ociosa não é uma coisa péssi ma no Japão. 32 Figura 4.1. Sistema de Planejamento e o Sistema Kanban 33 Quando um kanban funciona como instrumento de processamento de informações, ele flui fisicamente em direção oposta à do fluxo do material. Portanto, em um sistema Kanban, o tempo total de processamento de in formações é contado a partir do momento em que um kanban é retirado de um contenedor até a hora em que ele é apresentado a um estágio anterior para a ação necessária, retirada ou produção. No caso de um kanban de retirada, o tempo de processamento de in formações depende da frequência e do método da retirada do kanban, bem como da distância geográfica entre os dois lugares. Quanto maior o tempo de processamento de informações, pior o desempenho do fluxo do material. Quanto maior o “lead-time” do kanban, que resulta em um número maior de kanbans, maior será a quantia de estoque em processo e mais lenta a resposta à dinâmica do fluxo de material. É um objetivo do sistema Kanban atingir um sistema total de trans portador invisível do fluxo de uma peça, o que significa ter um tempo zero de processamento de informações. Entretanto, já que o sistema Kanban é manual e não computadorizado, pode ser muito difícil reduzir o tempo de processamento de informações, já que os kanbans circulam fisicamente en tre dois lugares que são geograficamente distantes. A formação de células adjacentes aos processos subsequentes facilita o processamento rápido da informação, já que o processo seguinte (o operário da montagem) vai bus car no processo anterior as peças necessárias. Movimentação de Materiais e Controle da Produção com o Kanban No sistema Kanban, as operações internas (kanban interno), na fábrica ou mesmo as externas (kanban externo) com os fornecedores, seguem mais ou menos o mesmo mecanismo: na fábrica, quem determina o ritmo e as quantidades que devem ser produzidas por todas as demais seções é a montagem final. É a montagem que recebe a programação diária de produ tos a serem executados, fazendo, por sua vez, requisições à usinagem, que se abastece na foijaria, que, finalmente, busca as matérias-primas no almo- xarifado. Neste ponto, surge o kanban para sinalizar a necessidade de mais pe ças. Quando são necessárias mais peças, o usuário envia o cartão através de um contenedor ao ponto de suprimento ou manufatura, que envia mais al gumas peças. Deve existir pelo menos um contenedor completo de todas as peças cobertas pelo kanban nos “supermercados”. “Produção no tempo exato” requer a sincronização de cada processo de fabricação com a montagem final em ordem, para produzir apenas a peça necessária, na quantidade necessária no tempo necessário! 34 Para se conseguir este conceito, é necessário inverter nossa atitude convencional em relação à produção onde as peças são fornecidas para a próxima operação mediante um programa. O sistema Kanban significa usar um método totalmente oposto. O res pectivo posto de trabalho suga do anterior quando necessário. Isto é, suc ção por necessidade ao invés de planejamento por pressão. As ordens de fabricação são entregues apenas ao último posto de trabalho que “busca” do anterior, que, por sua vez, busca do anterior etc. O posto anterior fabri- ca/repõe a quantidade que foi retirada pelo posto posterior. Através da li gação de todos os postos de trabalho, a partir da montagem final até o for necedor externo, toma-se possível ter a fabricação “Just-in-Time”, sem emitir ordens de fabricação para cada posto de trabalho. A Figura 4.2 ilus tra a diferença entre o planejamento com Kanban e o convencional. “No Kanban, devemospensar da frente para trás, invertendo a cor rente do sistema tradicional de produção”. Como num supermercado - no supermercado, o cliente compra aquilo que necessita, na ocasião exata e na quantidade que ele mesmo determina. O dono do supermercado repõe somente aquilo que vende e procura expor os produtos que realmente tenham saída. O Kanban exige que o usuário vá buscar material na operação ante rior. Todos os processos anteriores devem produzir rigorosamente confor me a seqüência do método Kanban e na quantidade estabelecida. a) Planejamento convenciona) emite ordens de fabricação para cada posto de fabricação. b) Planejamento com kanban. A ordem é entregar apenas ao último posto de fabricação, que busca material do posto anterior, que, por sua vez, busca do anterior e assim por diante. Figura 4.2. Planejamento Convencional vs. Planejamento com Kanban 35 Todo controle da produção está ligado à linha de montagem final: 1. O departamento de Planejamento e Controle da Produção fornece um programa de montagem à linha de montagem final. 2. A linha de montagem final requisita (puxa) a quantidade de peças ne cessárias, nos tempos necessários, das estações de trabalho ou das li nhas que alimentam a montagem final. As peças são movidas e contro ladas em contenedores padronizados e de tamanho pequeno. 3. As estações de trabalho alimentam a linha de montagem final e, então, fabricam as peças para substituírem as requisitadas. 4. Para se fazer isso, estas estações de trabalho, por sua vez, requisitam as quantidades de peças necessárias para as estações de trabalho que as alimentam. i 5. Continuando desta forma, cada estação de trabalho (ou linha de sub- montagem) repõe as peças no momento certo e em quantidades certas, conforme a necessidade das estações de trabalho que ela alimenta. Desta forma, o sistema Kanban é um sistema de “puxar”, o qual inicia com o consumo das peças na linha de montagem final. LEGENDA SUPERMERCADO DA ESTAÇÃO ANTERIOR US CONTENEDORES COM PEÇAS EM USO NA W ESTAÇÃO POSTERIOR £ PAINEL DE KANBANS DE PRODUÇÃO KANBAN DE "PUXAR” TO KANBAN DE “DISPARO” estaçAo de trabalho de fabricação e I—’J SUB-MONTAGEM EM CÉLULAS; Figura 4.3. Estrutura do Planejamento, Programação e Controle da Produção, Usando o Kanban 36 A operação do sistema é ilustrada ao se mostrar como uma Estação de Trabalho alimenta duas outras Estações de Trabalho. Cada uma tem sua própria área de estocagem (Supermercado) de matéria-prima e de produtos acabados. Podemos ver que a mesma peça, quando passa de um estágio da produção para o seguinte, muda de “produtos acabados’.’ em um determina do estágio para “matéria-prima” do estágio seguinte. São usados cartões para controlar a movimentação dos materiais. No contenedor de produtos acabados, o cartão se chama Kanban de Produção (comparável com uma ordem de trabalho) e, no contenedor de matéria-pri ma, ele se chama Kanban de Movimentação (comparável com uma etiqueta de movimentação de materiais). A montagem age como gatilho para as Estações de Trabalho, ao retirar um contenedor de produtos acabados de uma Estação de Trabalho. O Kan ban de Produção (cartão) é deixado na Estação de Trabalho e sé toma uma autorização para que ela faça um contenedor dê peças. Para fazer isto, ela retira um contenedor de matéria-prima, processa as peças, coloca o Kanban de produção no contenedor e o envia para sua área de produtos acabados, substituindo, assim, o que foi retirado pela montagem. Uma- transferência semelhante é repetida. com o uso do Kanban de Movimentação pára transportar um contenedor de produtos acabados de uma Estação de Trabalho e substituir o contenedor de matéria-prima que foi usado.' ;• i.. .. O nível de inventário do material em processo pode ser controlado pelo número de cartões emitidos para cada peça. Reduzindo-se o número de cartões existentes para uma peça, o inventário do material em processo para a peça também é reduzido. O Kanban é um sistema de “puxar”. Todos os materiais são atraídos às linhas de montagem final e todas as operações são interligadas nas linhas de montagem final, usando um sistema de cartão. Das linhas de montagem e de cada centro de produção, os operários se dirigem aos centros de rea bastecimento de peças, para a aquisição de contenedores completos com peças, quando eles as necessitam. Desta forma, os centros de produção são interligados numa corrente, pela qual a montagem final coordena a intensi dade na qual o material é produzido no sistema, ampliando todos os cami- — Fluxo de Material B Painel Porta-Kanbans Figura 4.4. Kanban em Todos os Processos 37 Assim como uma corrente, os dois Kanbans têm que existir continua mente em muitos dos processos precedentes. Como resultado, todo proces so receberá os tipos necessários de unidades na hora necessária e nas quantidades necessárias; desta forma, o tempo exato ideal é realizado em todos os processos. A corrente de Kanbans ajudará o balanceamento de li nha para cada processo, que produzirá de acordo com o tempo do ciclo. Unindo todas as estações de trabalho qué alimentam a linha de monta gem final em uma corrente, toda a fábrica sincroniza a produção para a montagem final. O sistema Kanban é um sistema baseado no uso de 2 car tões: um de movimentação e outro para ordem de produção. O propósito do sistema é mostrar um fluxo reduzido na fábrica via car tões e, através do acréscimo ou da retirada de cartões, ajustar ou solu cionar um problema básico. ftContenedores Pa-' Jdrão com cartões1 i de movimentação,' 'aguardando con-, i sumo ___t CAIXA OU PAINEL DE COLETA DOS CARTÕES RETIRADOS ■■ CARTÃO DE MOVIMENTAÇÃO □ CARTÃO DE PRODUÇÃO ......... • FLUXO DO CARTÃO DE MOVIMENTAÇÃO ---- FLUXO DO CARTÃO DE PRODUÇÃO Fluxo do Cartão de Movimentação. Quando um contenedor de peças é selecionado para uso num ponto de entrada, o cartão de mo vimentação é retirado do contenedor e levado ao supermercado (ponto de saída) do centro de produção precedente, como uma autorização para apanhar outro contenedor de peças. Fluxo do Cartão de Produção. Quando um contenedor de pe ças é retirado de um ponto de saída (supermercado), o cartão de pro dução é retirado e afixado num painel, como uma autorização para produzir um contenedor padrão de peças, substituindo o requisitado. Quadro 4.1. O Mecanismo de Funcionamento 38 Cada centro de produção definido possui um ponto de entrada e outro de saída de estoque. São usados dois tipos de cartão: 1.0 kanban (cartão) de movimentação, que autoriza o movimento das pe ças das estações de alimentação ao ponto de uso. Eles são uma espécie de passaporte, uma requisição de materiais. ; 2. O kanban (cartão) de produção, o qual autoriza a produção de peças pa ra repor as requisitadas para uso em estações subseqüentes. Os primeiros são cartões circulantes, usados apenas para um número específico de peças, circulando apenas entre dois centros de produção. O cartão de produção é usado apenas no centro de produção que produz ã peça. KANBAN DE MOVIMENTAÇÃO \ PROCESSO POSTERIOR \ K123 PEÇA N2 33311-3501 \ LOCAÇÃO NO \ ESTOQUE: A-12 CAPACIDADE DO )------------:------------------- CONTENEDOR = 50 unidades / LOCAÇÃO NO / ESTOQUE: B-12 N2DO KANBAN 1/5 / / PROCESSO ANTERIOR: / Y321 Ambos os tipos de cartões kanban são fixados nos contenedores pa dronizados usados para o transporte das peças. O tamanho e o tipo do con- tenedor são especificados para cada item em cada estação de trabalho. Se o procedimento for seguido à risca, então: 1. Um cartão = um contenedor padrão de peças. 2. O número de cartões emitidos para a peça = a quantidade de material em processo autorizado para uma peça. KANBAN DE PRODUÇÃO ESTAÇAO DE TRABALHO Y321 N2 DA PEÇA A SER PRODUZIDA 33311-3501 CAPACIDADE DO CONTENEDOR: 50 unidades LOCAÇÃO NO ESTOQUE: B-12 OPERAÇÕES NECESSÁRIAS OU VIDE FOLHA DE OPERAÇÕES N2 33311-3501 MATERIAIS NECESSÁRIOS MATERIAL N2 33311-3504 LOCAÇÃO NO ESTOQUE:C-08 PEÇA N2 33825-2474 LOCAÇÃO NO ESTOQUE: B-03 39 As peças são mantidas apenas em contenedores padrão e apenas um cartão acompanha cada contenedor. Os contenedores com peças seguem até o supermercado, com os cartões de movimentação afixados. Quando um desses contenedores é selecionado para uso, o cartão de movimentação é retirado e enviado ao centro de suprimento para autorizar a reposição. Cada cartão de movimentação é usado para apenas um tipo de peça e circula en tre um único par de centros de produção. Em cada supermercado, os contenedores padrão com peças deverão ter os cartões de produção afixados. Quando um contenedor for selecionado, o cartão de produção é retirado e o cartão de movimentação é afixado no pai nel. O cartão de produção permanece no mesmo centro de produção, onde autoriza a produção de outro contenedor padrão de peças, para substituir o que foi retirado. O cartão de produção é afixado ao contenedor fesposto, o qual é colocado no supermercado, pronto para seleção. O tamanho do lote deve ser igual ao tamanho do contenedor. A Figura 4.5 ilustra o fluxo dos dos tipos de Kanbans. A estação de trabalho K123'usa peças do supermercado A-12 vizinho. Esta locação de estoque deve ter peças selecionadas da estação de trabalho anterior, mas a ilustração mostra apenas o fluxo da peça n5 33311-3501. CENTRO DE PRODUÇÃO POSTERIOR , (Estação de Trabalho K123) CENTRO DE PRODUÇÃO ANTERIOR (Estação de Trabalho Y321) -------Cartões de Movimentação. Estes circulam entre os centros de produção, para sinalizar a “puxada” de contenedores de peças. ____ Cartões de Produção. Estes circulam no centro de produção, para sinalizar a necessidade de reposição dos contenedores de peças retiradas no supermercado." Figura 4.5. Fluxo Detalhado de Cartões Kanban . em 2 Estações de Trabalho (Ambiente hão Celular) 40 1. Quando um contenedor padrão de 50 peças de n2 33311-3501é selecio nado por um operário da estação de trabalho K123, na locação do su permercado A-12, o cartão kanban de movimentação é retirado daquele contenedor e colocado num contenedor vazio (A-12). 2. Um operário da estação de trabalho Kl 23 leva o mesmo kanban de mo vimentação do contenedor (A-12) vazio de volta ao ponto de estocagem B-12, na estação de trabalho precedente, Y321. 3. O operário pega um contenedor padrão cheio de peças n2 33311-3501 e retira o kanban de produção. Este kanban de produção é colocado no painel e é o sinal de que um contenedor padrão dé peças n2 33311-3501 foi recolhido pela estação de trabalho seguinte (K123) e, portanto, auto riza a produção de 50 peças n2 33311-3501, que, após produzidas, de verão ser colocadas no local. 4. Qs contcnedores usados sempre deverão conter o mesmo número padrão de peças. Não use contenedores que não sejam padronizados ou os complete com quantidades irregulares de peças. 5. A quantidade total produzida não deverá exceder o número de cartões kanban de produção no sistema e a quantidade de peças coletadas pela , estação de trabalho subsequente nunca deverá exceder o número de cartões kanban de movimentação no sistema. Desta forma, a quantidade total de inventário daquela peça nunca poderá exceder a quantidade au torizada pelo número de cartões kanban no sistema e a quantidade de inventário em uso poderá ser controlada e reduzida. Circulação dos Kanbans no Ambiente Celular Aqui estão alguns passos para a circulação dos kanbans. Uma linha de submontagem faz os produtos A, B, C e D. As peças para esses produtos são chamadas de a, b, c, e d. A linha de submontagem e as linhas de processamento que fabricam estas peças estão separadas. Existem três células de processamento, das quais uma produz peças a e b. A Figura 4.6 ilustra isso. KANBAN DE PRODUÇÃO Figura 4.6. Circulação dos Kanbans no Ambiente Celular 41 Pouca quantidade das peças a e b, fabricadas pela célula 1, é estocada no supermercado com o kanban de produção fixado em cada contenedor de peça. A linha de montagem, quando faz A e o contenedor se esvazia, vai à célula 1 requisitar a peça a e, para tanto, deve pegar o Kanban de monta gem (denominado Kanban de movimentação). Ao ir ao supermercado a, requisita caixas na quantidade necessária e retira o kanban (denominado kanban de processo ou kanban de ordem de produção), que está fixado nas caixas. Transfere, então, o kanban de mo vimentação, com o qual veio para receber as peças. Assim, no estoque a da célula 1, existem tantos kanbans de processo soltos quanto o número de caixas requisitadas pela linha de submontagem, seu processo subsequente. O que a célula 1 tem a fazer é contar o número de kanbans de produção, produzir a quantidade exata e substituir as peças no supermercado a. Dessa forma, todos os processos são ligados pelo kanban, como se fossem uma grande corrente. Agora, suponha que ocorram problemas e que a peça a não esteja dis ponível no supermercado a. Nesse caso, q processo subsequente simplesmente segura seu kanban de movimentação (nesse caso, o kanban de montagem) para a célula 1. Nessa conexão, a célula 1 interrompe todo seu trabalho e se dedica total mente à manufatura da peça a, cuja falta foi notada. Assim que essas peças forem produzidas, elas são despachadas para o processo subsequente (nesse caso, a linha de montagem). O Que Faz o Kanban Funcionar? O sistema de produção Kanban não funcionará se as pessoas da pro dução não seguirem as regras. Portanto, o posto de trabalho deverá ser or ganizado para tomar a adesão fácil. Um caminho seria implantar controles visuais e, assim, as pessoas podem dizer de imediato se está ocorrendo al gum problema. Para entender como o Kanban opera, é preciso conhecer os seus com ponentes básicos. O sistema Kanban consiste em: 1. Kanban, os cartões de autorização (kanbans de movimentação e de pro dução) 2. Contenedóres padronizados 3. Centros de trabalho ou células 4. Painéis porta-kanbans de produção 5. Áreas de entrada 6. Áreas de saída (supermercado) 42 Kanban: Os Cartões de Autorização Um sistema hão pode ser chamado de Kanban a menos que use algum tipo de marcador. No Sistema “Just-in-Time” de Produção, o Kanban utili za dois cartões: p Kanban de Movimentação, ou retirada e o Kanban de Produção. Este cartão de movimentação autoriza a movimentação de um contenedor padrão, com um certo número de peças, de um centro de traba lho para o seguinte. Outros nomes usados são: kanban de recebimento, kanban de transporte, kanban de retirada e etiqueta de movimentação. Cartões de Movimentação Informam o tipo e a quantidade da peça que o processo subseqüente deverá retirar do processo anterior. Eles autorizam a transferência de um lote mínimo de peças (deposita das em um contenedor. Usaremos a expressão contenedor para identificar os recipientes de estocagem de materiais em processo) do mini-estoque (su permercado) de uma Estação de Trabalho (de alimentação) para a Estação de Trabalho seguinte (de consumo). Os cartões de requisição ou de movimentação podem ser entendidos como uma requisição de materiais ou como uma autorização para apanhar peças. O kanban de movimentação é essencialmente um sistema de proces samento de informações. Foi desenvolvido para que o processo em um sis tema de manufatura use um kanban de movimentação para informar os pro cessos precedentes a razão na qual ele está consumindo as peças por eles produzidas. Essa transferência de informação é realizada através, das se guintes características de um kanban de movimentação. Um processo não pode liberar um contenedor de seus processos precedentes sem um cartão kanban e tal retirada só ocorrería no momento certo dos processos subse quentes usarem as peças. Parecería que as peças acabadas em processos precedentes seriam transportadas, assim que fosse conveniente para os pro cessos subsequentes, já que a peça acabada deveria ser estocada no local onde seria subseqüentemente usada. Contudo, se as peças acabadas em processos precedentes fossemtransportadas para os processos subsequentes sem algumas regras definidas, os processos precedentes ficariam em má si tuação quanto à verdadeira razão de consumo de peças por eles produzidas, pelo processo subseqüente. O kanban de movimentação propicia tais re gras. O' kanbàn de movimentação detalha a quantidade que o processo de montagem subseqüente deve retirar do processo anterior e avisa que o contenedor precisa ser transferido de uma área à outra, dentro da fábrica. 43 Uma determinada célula de manufatura pode alimentar mais de um processo subseqüente ou área de montagem. Os contenedores circulam entre os vá rios pontos de estoque. O típico kanban de movimentação contém, no mínimo, cinco informa ções. A descrição da peça fornece informações sobre a peça que está sen do transportada (p.ex.: número da peça, nome da peça, número da monta gem final etc.). 0 tamanho do contenedor especifica quantas peças estão dentro do contenedor. O número de liberação do kanban indica o conte nedor em que o kanban foi anexado e também indica o total de contenedo res em uso no centro específico de trabalho. O centro anterior, de traba lho descreve o processo precedente e outras informações sobre esse proces so (p.ex.: número do centro de trabalho, informações sobre o local de esto- cagem). O centro seguinte de trabalho descreve o estágio seguinte e ou tras informações sobre esse processo. Cartões de Produção Especificam o tipo e a quantidade do produto que a Estação de Tra balho precedente terá que produzir, ou seja, autorizam a fabricação de um novo lote de peças ou componentes, que será colocado no contenedor va zio, vindo da Estação de Trabalho seguinte. O outro cartão, chamado kanban de produção, autoriza o centro de trabalho a produzir um contenedor de peças, para repor o que foi retirado. Outro nome do kanbàn de produção é Kanban de Ordem de Produção. Enquanto o kanban de movimentação executa um serviço de proces samento de informações, o kanban de produção é um dispositivo de con trole da produção. Um sistema de manufatura usa um kanban de produção para controlar os processos precedentes contra a produção em ritmos mais rápidos, que podem ser consumidos pelos processos subseqücntes. Isso é feito através da seguinte característica do kanban dé produção. Cada vez que um contenedor é transportado para p processo subseqüente, ele pode começar a produzir um novo item tal como um kanban de produção inde pendente. 44 O fluxo desses dois tipos de cartões está representado na Figura 4/7. SUPERMERCADO DE SAÍDA (PEÇA JÃ PROCESSADA) SUPERMERCADO DE ENTRADA (PEÇA A SER PROCESSADA) . CARTÕES DE MOVIMENTAÇÃO CARTÕES DE PRODUÇÃO PAINEL DE KANBANS DE PRO DUÇÃO BI B2 B3 B4 FLUXO DE CARTÕES DE MOVIMENTAÇÃO FLUXO DE CARTÕES DE PRODUÇÃO Figura 4.7. Fluxo de Cartões Kanban. Os cartões de movimentação circulam apenas entre duas estações de trabalho, , enquanto que os cartões de produção são utilizados apenas no centro de produção que fabrica a peça. ; _ O kanban de,produção tipicamente contém seis informações. A des crição da peça fornece as informações necessárias sobre a peça, como no kanban de movimentação, e o tamanho do contenedor indica quantas pe ças devem ser produzidas para este contenedor específico. A descrição do centro de trabalho/processo se refere a informações sobre o centro de trabalho e a uma descrição do processo que produz a peça. O local de es tocagem indica onde o contenedor deve ser estocado depois que o número solicitado de peças foi produzido. As necessidades de materiais especifi cam o material ou os números de peças dos componentes necessários para fazer uma peça específica. As necessidades de materiais também indicam de onde esses materiais devem vir (p.ex.: código do local de estocagem). ; Os kanbans de movimentação e produção podem conter muito mais in formações do que as descritas acima, , como horário de chegada e saída, có digo de barras, esquemas de cores, designações de operadores, informações sobre eles e autorizações. : 45 Componentes da Área de Produção A área de produção do sistema Kanban funciona como o local onde o centro de trabalho produz peças. Ela consiste em vários componentes além dos cartões de produção. O ponto central da área de produção é o centro de trabalho, onde são realizadas tarefas específicas no produto, através de máquinas, trabalho manual, equipamento automatizado, robôs etc. . O painel de kanbans de produção é um painel coletor, que autoriza o processamento do kanban de produção. O contenedor padrão, usado no sistema Kanban, pode ser qualquer recipiente que possa conter o número autorizado de peças. Ele deve ser pa dronizado, para que todos os centros de trabalho possam usar os mesmos contenedores. A área de entrada é o local de estocagem que fornece ao centro de trabalho o material necessário para produzir a peça seguinte. O contenedor e o cartão anexo são mantidos aqui até que todo o conteúdo tenha sido es gotado pelo centro de trabalho. A área de saída é o local de estocagem dos produtos completados (supermercado). Os produtos acabados do centro de trabalho são colocados em um contenedor, que é mantido nesta área até ser requisitado pelo pro cesso que o necessita. Componentes da Área de Retirada Depois de esgotar as peças do contenedor, necessárias para processar o produto, o centro de trabalho envia o contenedor vazio e o cartão de mo vimentação para a área de retirada. Isto mostra que o centro de trabalho de ve ser reabastecido, pois contém um cartão de movimentação dentro do contenedor vazio. Assim, o contenedor vazio é enviado para a área de saída do centro anterior de trabalho. A área de contenedores de kanbans de retirada é igual à área de entra da do centro seguinte de trabalho. Área de Kanbans de Retirada Supermercado. Os itens acabados de um posto de trabalho são colo cados num supermercado, dentro do posto de trabalho, para servir ao con sumidor - o processo subseqüente. O supermercado é preparado para que o consumidor possa selecionar peças facilmente: 1. São instaladas prateleiras para uso mais eficiente do espaço. 2. Todo item tem um espaço específico. 46 3. Os endereços de locação das peças são exibidos, para que todos possam Figura 4.8. Supermercado Contenedores. No sistema de controle do processo, os contenedores funcionam como um tipo de acessório. Devido ao fato de todos contenedo res serem padronizados para um volume fixo de itens, eles são uma ferra menta indispensável para manter o controle visual sobre o nível de material em processo. É assim que funciona o ciclo de operações do kanban de movimenta ção: 1. O centro de trabalho, que realiza uma determinada tarefa na peça (p.ex.: usinagem, montagem), esgota o seu suprimento de materiais necessários para executar essa operação. Como o contenedor agora está vazio, isto autoriza o operador deste centro de trabalho a ressuprir um novo conte nedor de peças. 2. Depois de anexar o Kanban de movimentação ao contenedor vazio, o operador transporta o contenedor até a área de saída (supermercado) do centro anterior de trabalho. 47 3. Na área de saída, o operador retira o cartão de movimentação do conte nedor vazio e o coloca em um contenedor cheio (preenchido pelo kan ban de produção do centro anterior de trabalho). O operador também retira o cartão de produção do contenedor cheio e o coloca no painel porta-kanbans. ’ 4. Depois, o operador movimenta o contenedor cheio desde a área de saída até a área de entrada do centro seguinte de trabalho. 5. O centro de trabalho é reabastecido com um suprimento novo de mate riais necessários para processar o produto. Depois que o centro de tra balho esgotar completamente o suprimento do contenedor, o ciclo come ça novamente. A Figura 4.9 ilustra a movimentação dos contenedores e do kanban de movimentação, na área de kanbans de movimentação. Consumo do Material Centro de Trabalho Kanban de Movimentaçãom Figura 4.9.Área de Kanbans de Movimentação 48 Área de Kanbans de Produção O ciclo de operações do kanban de produção funciona da seguinte maneira: 1. 0 contenedor cheio espera na área de saída (supermercado). Quando chega um contenedor vazio com o kanban de movimentação, o con tenedor cheio recebe este cartão de movimentação e é enviado para a área de kanbans de retirada. 2. O operador transporta o contenedor vazio e o cartão de produção até o centro de trabalho. 3. O centro de trabalho carrega o contenedor vazio com peças processadas (usando os materiais da área de entrada), até que o contenedor tenha si do preenchido com a quantidade especificada. 4. O contenedor cheio é transportado até a área de saída e o kanban de produção volta para o quadro de kanbans de produção. A Figura 4.10 mostra a movimentação dos contenedores e do kanban de produção entre o centro de trabalho e a área de saída. Contenedor Vazio P Kanban de Produção J Área de Estoque (supermercado) Figura 4.10. Área de Kanbans de Produção 52 Reunindo Tudo Na estrutura de piso de fábrica do kanban, as áreas de retirada e pro dução são reunidas, formando uma única área de trabalho com kanban. As áreas trabalham apenas em resposta às atividades uma da outra e ambas compartilham de um só centro de trabalho, que, dessa forma, é o ponto central da área de trabalho com kanban. No processo de produção que en volve vários centros de trabalho, a ligação entre as áreas do centro de tra balho seriam as áreas de saída. , A estrutura do kanban foi discutida até agora com respeito ao nível do piso de produção; a empresa pode utilizar o kanban em uma escala muito maior. A Figura 4.11 ilustra os fluxos totais de um sistema pequeno e com pleto de kanban com um fornecedor, dois centros de trabalho e a montagem final.' . ( Operações de I . J Montagem Final Figura 4.11. Sistema Kanban Simples e Completo Em uma situação mais complexa, poderíam haver vários fornecedores, que reabasteceríam não apenas a área de entrada do primeiro centro de tra balho, como também as dos outros, inclusive a montagem final. s 53 Os Sistemas Clássicos de Kanbans , Existem, essencialmente, dois tipos de kanbans em um típico sistema Kanban: um kanban de movimentação e um kanban de produção. A Figura 4.12 mostra o layout da configuração física desses 2 tipos de kanbans. O sistema Kanban emprega um cartão para sinalizar a necessidade de movimentar mais peças e um cartão idêntico ou semelhante para sinalizar a necessidade de produzir mais peças. Na maioria dos sistemas Kanban, todos os componentes ou peças possuem seu próprio contenedor especial, projetado para manter quantidades precisas da peça, de preferência uma quantidade muito pequena. Existem dois cartões para cada contenedor: um deles, denominado kanban de produção, acompanha os contenedores en quanto eles estão sendo produzidos. Quando a produção de um contenedor é concluída e ocorre demanda do estágio seguinte, o kanban de produção é retirado do contenedor e devolvido ao quadro porta-kanban de ordem de produção do mesmo estágio. O kanban de movimentação do estágio se guinte substitui de fato o kanban de produção no contenedor e acompanha o contenedor até esse estágio. O kanban de produção e o contenedor de peças necessárias, acompa nhado de um kanban de movimentação, devem estar presentes no estágio, para que a atividade de produção ocorra nele. Subseqüentemente, o kanban de produção substitui o kanban de movimentação e o kanban de movimen tação é enviado de volta ao estágio anterior, onde ele autoriza o estágio a produzir outro contenedor, necessário agora no estágio de onde o kanban de movimentação foi enviado. Cada contenedor circula entre o centro pro dutor e o centro usuário e apenas um kanban é trocado pelo outro ao longo do caminho. Assim, ele cria um ciclo contínuo de movimentação do conte nedor entre os estágios. O kanban “puxa” os contenedores, através do sistema, no momento exato de atender a demanda em cada estágio da produção, minimizando, as sim, os inventários de estoque em processo. Neste processo, são feitas duas trocas de kanban - uma imediatamente antes da atividade de produção e outra imediatamente após a atividade de produção de cada estágio. Nesta situação, o kanban de produção nunca sai da sua “casa”, enquanto que o kanban de retirada se movimenta entre os estágios. O kanban de produção é um mecanismo de controle dentro do processo e o kanban de movimentação é um mecanismo de controle entre os processos. Kanban com Dois Cartões Kanban de Movimentação e de Ordem de Produção Dois tipos de kanbans são usados: o kanban de movimentação e o kanban de ordem de produção. O primeiro detalha a quantidade que o processo seguinte deve retirar, enquanto que o segundo mostra a quantida de que o processo anterior deve produzir. 54 O sistema Kanban mais comumente conhecido é o sistema com dois cartões. Outras empresas japonesas, além da Toyota, também usam o siste ma Kanban com dois cartões. A Nissan Motor, por exemplo, utiliza uma estrutura semelhante, porém com a denominação de Método de Placa de Ação, ou MPA. Uma Versão do Sistema Kanban de Duplo Cartão entre Duas Estações de Trabalho Uma estação de trabalho de fresamento fornece peças usinadas para a estação de furação, que faz furos nas mesmas peças. O supermercado L serve a fresadora (e outras estações na redondeza); o supermercado M serve a fu- radeira (e outras estações na redondeza). Os fluxos de contenedores de peças e kanbans entre a fresadora e a furadeira estão mostrados na Figura 4.12. O ponto de início no sistema de “puxar” é o centro de produção de consumo, neste exemplo, a furadeira. As peças a serem furadas são obtidas da seguinte forma: í 1. “Comece aqui”, selecionando um contenedor cheio (c) de peças a serem j transportadas para a furadeira. O kanban de movimentação é retirado e colocado em um contenedor vazio (v). ' 2. O contenedor vazio, com o kanban de movimentação, é levado aos uper- mercado L (em outra parte), onde o kanban de movimentação é retirado e fixado em um contenedor cheio, o qual é devolvido ao supermercado M. Nesta última ação, ocorrem as atividades da produção com o uso do kanban de produção, conforme segue: 3. Os contenedores mencionados têm um kanban de produção acoplado. Antes dele deixar o supermercado L, o Kanban de produção é retirado e colocado no painel. 4. Os kanbans de produção (aplicados ao fresamento) são levados para a i fresadora a toda hora, onde seguem para um painel porta-kanbans e se j tomam uma relação de serviços a serem feitos a seguir. Eles são feitos í na ordem de recebimento do painel do supermercado L. Contenedorea/Kanbans Contenedores/Kanbana - Contenedor Padrão - Kanban de Movimentação o - Kanban de Produção □ Fluxo 1 » Painel de umn ' ' ’ Coleta de y/i/jl V - Vazio Kanbans Fluxo C — Cheio Fluxo -.-—a Centro de Produção Figura 4.12. Sistema Kanban de Duplo Cartão e o Fluxo dos Conte nedores entre Duas Estações de Trabalho (em um ambiente não celularj 1) Kanban Ordem de Produção (Supermercado Painel) 2) Kanban de Movimentação (Processo Posterior ao Anterior) 3) Kanban de Disparo (“Pula” Processos) 4) Kanban Expresso (Falta de Peças, Erros etc.) 5) Kanban Extra (Picos de Demanda) 6) Kanban Descartável (Peça não Repetitiva) 7) Kanban “2 Quadrados” (Sobre Bancadas / Esteiras ou no Piso) Só flui material quando há um quadrado vazio 8) Kanban de Gravidade (bola, pregador etc.) Calha ou fio para deslizar 9) Kanban Rótulo (etiquetas ou embalagens) Caixa Coletora ou (Embalagem Vazia) 10) Kanban Contenedor (2 botijões) 11) Kanban Fone, Telex, FAX (entre fábricas ou com fornecedor) 12) Kanban Eletrônico (interruptor, código de barras etc.) Figura 4.13. Diversos Tipos de Kanbans 56 Kanban de um Único Cartão • O kanban de um cartão controla os despachos rigorosamente, para que um centro de produção nunca tenha mais do que um ou dois contenedores de peças, sendo eliminado o
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