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Diversidade de Syrphidae Diptera em cinco áreas com situações florísticas distintas no Parque Estadual Vila Velha em Ponta Grossa, Paraná

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Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 97(4):452-460, 30 de dezembro de 2007
JORGE et al.
Diversidade de Syrphidae (Diptera) em cinco áreas com
 situações florísticas distintas no Parque Estadual Vila Velha
em Ponta Grossa, Paraná1
Céuli M. Jorge2, Luciane Marinoni3 & Renato C. Marinoni3
1. Contribuição número 1.645 do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná.
2. Programa de Pós-graduação em Entomologia, Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná, Caixa Postal 19020,
81.531-980 Curitiba, Paraná. Bolsista da CAPES. (ceuli@pop.com.br)
3. Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná. Bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq. (lmarinoni@ufpr.br;
rcmari@ufpr.br)
ABSTRACT. Diversity of Syrphidae (Diptera) in five areas with distinct vegetational composition in Vila Velha State Park,
Ponta Grossa, Paraná, southern Brazil. The syrphids were surveyed in five floristically different areas within Vila Velha State Park
in east central Paraná, Ponta Grossa, southern Brazil. Areas were classified as edge, araucaria, early (phase 1), middle (phase 2) and late
(phase 3) vegetational succession, in which Malaise traps were used, with weekly collections (from September/1999 to August/2000).
Nearly 300,000 Diptera were collected, in order of abundance in Araucaria area (n=74,331 individuals, 25% of the total), early (73,782;
25%), late (59,339; 20%), middle (53,623; 18%) and edge (38,796; 13%). A total of 1,345 syrphids, including 97 species, were identified.
The greatest abundance and richness were both observed in the edge (n=684 specimens in 54 species), followed by early (n=250; 51),
Araucaria (n=162; 34), late (n=146; 31) and middle succession area (n=103; 27). Syrphidae abundance was uncorrelated with Diptera
abundance in the five areas. Syrphidae was greatest in the edge, while greatest abundance of Diptera was in the Araucaria and the least was
in the edge area. Syrphinae (82% of all Syrphidae collected), Microdontinae and Eristalinae were collected in the five areas. In the three
successional stages areas (early, middle and late), Syrphinae was greatest in early, and more or less equally low in middle and late. The
greatest abundance and richness occurred in most anthropogenically disturbed areas (edge and early), while the least occurred in the best
preserved areas (middle and late succession). Cluster analysis showed that the two later successional stages were most similar, and the edge
was the least similar to all the other areas.
KEYWORDS. Flower-flies, abundance, richness, Neotropical.
RESUMO. Um inventariamento dos sifídeos foi realizado em cinco áreas com situações florísticas diferentes dentro do Parque Estadual
Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, sul do Brasil. As áreas foram classificadas como Borda, Araucária, estágio inicial de sucessão (Fase 1),
estágio intermediário de sucessão (Fase 2) e estágio avançado de sucessão (Fase 3). As coletas foram semanais durante o período de
Setembro/1999 a Agosto/2000 utilizando-se armadilha Malaise. Aproximadamente 300.000 dípteros foram capturados nas áreas
(apresentadas em ordem de abundância): Araucária (n=74.331 indivíduos, 25% do total), Fase 1 (73.782; 25%), Fase 3 (59.339; 20%),
Fase 2 (53.623; 18%) e borda (38.796; 13%). Um total de 1.345 indivíduos de Syrphidae, de 97 espécies, foram identificados. As maiores
abundância e riqueza de espécies foram encontradas na Borda (n=684 espécimes em 54 espécies), seguida pela Fase 1 (250; 51), Araucária
(162; 34), Fase 3 (146; 31) e Fase 2 (103; 27). A abundância de Syrphidae não se correlacionou à de Diptera em nenhuma área. Syrphidae
foi mais abundante na Borda e Diptera na área de Araucária. Syrphinae (82% de todos os sirfídeos coletados), Microdontinae e Eristalinae
foram registrados nas cinco áreas. Dos três estágios de sucessão vegetal, a subfamília Syrphinae foi mais representativa na Fase 1,
ocorrendo de forma similar nas outras duas áreas. As maiores abundância e riqueza de espécies ocorreram nas áreas mais perturbadas
antropicamente (Borda e Fase 1), enquanto que as menos perturbadas apresentaram menores abundância e riqueza (Fase 2 e Fase 3). A
análise de agrupamento mostrou que as áreas em sucessão vegetal avançadas são mais similares e a de borda a mais diferenciada.
PALAVRAS-CHAVE. Moscas-das-flores, abundância, riqueza de espécies, Neotropical.
Muitos trabalhos têm sido realizados utilizando os
insetos como subsídios para estudos de avaliação de
condições ambientais (SOUTHWOOD et al., 1979; LAWTON,
1983; HUMPHREY et al., 1998; GANHO & MARINONI, 2003;
MARINONI & GANHO, 2003). Isso se deve ao fato dos
insetos serem facilmente atraídos e capturados, ocuparem
os mais diversos habitats, possuírem uma grande
biomassa e atuarem em vários níveis tróficos.
Por conseguinte, partindo do reconhecimento da
importância dos insetos como potenciais indicadores
ambientais, dois grandes inventariamentos foram
realizados no Estado do Paraná: o Projeto de Levantamento
da Fauna Entomológica do Paraná – PROFAUPAR e o
Projeto Vila Velha – PROVIVE. O PROFAUPAR foi realizado
no período de agosto de 1986 a setembro de 1988, em oito
regiões fitogeográficas diferentes no Paraná, dando início a
um processo de inventariamentos de Insecta no Estado
(MARINONI & DUTRA, 1993). O PROVIVE foi realizado, por
três anos consecutivos, no período de 1999 a 2002, em
Vila Velha, Ponta Grossa. Esse projeto teve como objetivo
caracterizar a fauna entomológica em cinco áreas com
diferentes condições de preservação e alteração
antrópica, utilizando-se armadilhas Malaise e de solo
(GANHO & MARINONI, 2003; MARINONI & GANHO, 2003).
MARINONI et al. (2004) analisaram a abundância e a riqueza
de espécies de Syrphidae em duas das áreas amostradas
durante o primeiro ano do projeto: a área de Borda e a
área do interior da floresta (Fase 2) nesta última realizaram-
se coletas durante o PROFAUPAR, dezessete anos antes.
No presente trabalho, a fauna de Syrphidae é avaliada nas
cinco áreas amostradas durante o primeiro ano do PROVIVE
(1999/2000), buscando contribuir para o conhecimento da
família no Estado do Paraná (e conseqüentemente, na região
Neotropical).
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Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 97(4):452-460, 30 de dezembro de 2007
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MATERIAL E MÉTODOS
Foram selecionadas cinco áreas com diferentes
estágios de sucessão vegetal ou em diferentes condições
ambientais por manejo no Parque Estadual Vila Velha,
localizado no município de Ponta Grossa, junto à Rodovia
do Café, BR 376, km 83. O Parque está situado entre as
coordenadas 25°12' 34'’ e 25°15’35'’ de latitude Sul e 49°58'
04'’ e 50°03’37'’ de longitude Oeste, a 880 metros de altitude
e possui área de 5.032.384 m2.
As cinco áreas foram denominadas: Borda, área de
Araucária, Fase 1, Fase 2 e Fase 3 de sucessão. A Borda
caracteriza-se como área de transição entre vegetação
arbórea em estágio intermediário de sucessão e área de
campo. A área de Araucária é um plantio de Araucaria
angustifolia (Araucariaceae), cujo manejo de limpeza
deixou de ser feito há mais de 20 anos. As três áreas
restantes representam, segundo os pesquisadores F.
Galvão e Y.S. Kuniyoshi que realizaram a caracterização
das áreas (GANHO & MARINONI, 2003), uma seqüência no
processo de sucessão da Floresta Ombrófila Mista. A
Fase 1, em estágio inicial de sucessão vegetal, foi
anteriormente utilizada para culturas agrícolas sazonais,
(milho, feijão) e encontra-se em estágio de recuperação
há 20 anos. A Fase 2, em estágio intermediário de
sucessão, é caracterizada como floresta primária alterada
pela retirada de várias essências vegetais. A Fase 3, mais
conservada, (estado avançado de sucessão), ainda
apresentando traços de floresta primária, foi alterada por
cortes seletivos.
Em cada área foi instalada uma armadilha Malaise
com as modificações descritas em MARINONI & DUTRA
(1993). O material foi recolhido semanalmente, no período
de 06 de setembro de 1999 a 28 de agostode 2000,
totalizando 52 amostras/área.
Mais detalhes sobre os locais e a metodologia de
coleta podem ser encontrados em GANHO & MARINONI
(2003), MARINONI & GANHO (2003) e MARINONI et al. (2004).
A identificação dos sirfídeos foi realizada com
bibliografia pertinente à família (HARBACH, 1984; HIPPA &
THOMPSON, 1983; THOMPSON, 1969, 1981a, 1981b, 1991,
1997a, 1997b, 1999), por comparação com material já
identificado na Coleção Entomológica Pe. Jesus Santiago
Moure (DZUP) do Departamento de Zoologia da
Universidade Federal do Paraná e com o auxílio de F.
Christian Thompson, do National Museum of Natural
History, Smithsonian Institution, Washington, D.C., E.U.A.
O material está depositado na Coleção Entomológica
Pe. Jesus S. Moure e todos os dados referentes aos
espécimes coletados estão registrados no programa
gerenciador de biodiversidade, BONABio, sob a
plataforma MS Access, tendo sido a interface e a elaboração
da base de dados realizadas por Sionei Ricardo Bonatto.
A informação dos espécimes pode ser acessada via
internet por meio do projeto Taxon line – Rede Paranaense
de Coleções Biológicas (www.taxonline.ufpr.br).
A abundância e a riqueza de espécies de Syrphidae
foram descritas e comparadas entre as cinco áreas
inventariadas, bem como a abundância de Diptera. Para
análise de riqueza e confecção de curva de acumulação
de espécies foram utilizados os dados semanais de cada
coleta.
A comparação das áreas com base em presença de
espécies capturadas foi realizada através de análise de
agrupamento utilizando-se o programa NTSYS-pc 1.80
(ROHLF, 1989). Para construção do fenograma foi utilizado
o coeficiente de semelhança de Jaccard e agrupamento
por UPGMA (SNEATH & SOKAL, 1973).
Para se estabelecer a guilda trófica dos sirfídeos
tem-se como base o hábito alimentar dos imaturos, uma
vez que na fase adulta todos se alimentam de néctar e/ou
pólen. Para avaliação das guildas tróficas de Syrphidae,
utilizou-se a classificação proposta por GILBERT (1985).
Os estimadores de riqueza de espécies foram
calculados com o programa Richness EstimateS 6.0b 1
(COWELL, 2000) pelos métodos Chao 1, Chao 2, Jack-Knife
1, Jack-Knife 2, Bootstrap e Michaelis-Menten.
RESULTADOS
Abundância de Diptera. Foram capturados 299.871
dípteros nas cinco áreas amostradas. A área com maior
abundância foi a de Araucária, com 74.331 exemplares
(25%); seguida da Fase 1, com 73.782 exemplares (24%);
Fase 3, com 59.339 (20%); Fase 2, com 53.623 (18%) e da
Borda, com 38.796 dípteros (13%).
Abundância e riqueza de espécies de Syrphidae.
Foram coletados 1.345 exemplares de Syrphidae nas cinco
áreas, sendo reconhecidas 97 espécies em 26 gêneros
(Tabs. I-III). A área com maior abundância e riqueza foi a
de Borda, com 684 exemplares capturados (51%) de 54
espécies; seguida pela Fase 1, com 250 (19%) de 51;
Araucária, com 162 (12%) de 34; Fase 3, com 146 (10%)
de 31 e Fase 2, com 103 (8%) de 27.
A abundância de exemplares de Syrphidae nas
cinco áreas foi inversamente proporcional à de exemplares
de Diptera, sendo isso mais evidente na Borda, onde
ocorreu a maior captura de Syrphidae e a menor de
Diptera.
A ordem de riqueza de espécies acompanhou a
ordem de abundância nas cinco áreas. As maiores riqueza
e abundância foram encontradas na Borda. As áreas com
estágio de sucessão vegetal menos avançado (Fase 1) e
área de Araucária apresentaram maiores riqueza e
abundância do que as áreas mais preservadas (Fase 2 e
Fase 3).
As três subfamílias de Syrphidae (Syrphinae,
Microdontinae e Eristalinae) foram registradas nas cinco
áreas, sendo que a maioria dos exemplares (82%) foi de
Syrphinae (Tab. IV).
A seguir são apresentados os resultados em cada
uma das áreas por ordem decrescente de abundância.
Área de Borda. Na Borda foram coletados 684
indivíduos (14 exemplares/coleta), os quais foram
identificados em 54 espécies. Vinte e oito espécies foram
exclusivas (Tabs. I-III). A espécie em maior abundância
foi Allograpta neotropica Curran, 1936 (150 exemplares);
a segunda mais abundante foi Syrphus phaeostigma
Wiedemann, 1830 (134) e a terceira Toxomerus
procrastinatus Metz, 2001 (59). A soma dos totais
capturados dessas três espécies representa o equivalente
a 50% da captura de Syrphinae nessa área. Foram
reconhecidos 17 gêneros (Tab. V). Os gêneros com maior
riqueza foram Ocyptamus Macquart, 1834 (17 espécies) e
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Toxomerus Macquart, 1855 (14), sendo que os demais
apresentaram de uma a cinco espécies. A maior
abundância foi apresentada por Toxomerus e a segunda
maior por Allograpta Osten Sacken, 1875.
A maioria dos exemplares capturados nesta área
foi da subfamília Syrphinae (97%), seguida por Eristalinae
(2%) e Microdontinae (1%) (Tab. IV).
Quando comparada às demais áreas, a Borda foi a
que apresentou maior abundância e riqueza de espécies,
tendo praticamente a metade do número total de
exemplares capturados no conjunto das cinco áreas.
Até a 49ª coleta, novas espécies ainda estavam
sendo acrescentadas, não havendo estabilização da curva
de acumulação de espécies. Isso indica que,
possivelmente, outras espécies podem ocorrer nesse local,
o que poderá ser demonstrado com a análise do material
do segundo e terceiro anos do projeto.
Área Fase 1. Nesta área, foram capturados 250
indivíduos (cinco exemplares/coleta), os quais foram
identificados em 51 espécies. Dentre as espécies, 11
foram registradas exclusivamente neste local (Tabs. I-III).
A espécie mais abundante foi Syrphus phaeostigma (61
exemplares); seguida de T. procrastinatus (30) e
Ocyptamus sativus (Curran, 1941) (13).
Foram identificados 20 gêneros, sendo esta,
portanto, a área com maior número de gêneros entre as
Syrphinae Borda Araucária Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total
M F M F M F M F M F
Allograpta exotica (Wiedemann, 1830) 14 18 0 1 2 1 0 0 1 1 38
Allograpta neotropica Curran, 1936 73 77 1 0 4 5 1 1 0 0 162
Allograpta similis Curran, 1925* 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Allograpta sp. 1* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Allograpta sp. 2* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Argentinomyia pollinosa (Hull, 1942)* 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Argentinomyia sp. 1* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Argentinomyia sp. 2* 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Leucopodella balboa (Hull, 1947)* 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Leucopodella gracilis (Williston, 1891) 1 6 0 6 0 3 0 2 0 10 28
Ocyptamus alicia (Curran, 1941)* 1 3 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Ocyptamus antiphates (Walker, 1849)* 1 8 0 0 0 0 0 0 0 0 9
Ocyptamus aster (Curran, 1941)* 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Ocyptamus bonariensis (Brethes, 1905) 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 4
Ocyptamus clarapex (Wiedemann, 1830)* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Ocyptamus erebus (Hull, 1943) 1 2 0 2 0 3 0 0 0 0 8
Ocyptamus funebris Macquart, 1834 2 21 1 9 0 10 0 1 0 4 48
Ocyptamus gastrostactus (Wiedemann, 1830) 0 13 0 0 0 1 0 0 0 0 14
Ocyptamus hyalipennis (Curran, 1930) 1 0 0 1 0 2 0 0 0 0 4
Ocyptamus lividus (Schiner, 1868)* 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Ocyptamus rugosifrons (Schiner, 1868)* 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Ocyptamus sativus (Curran, 1941) 0 0 1 7 2 11 2 12 0 11 46
Ocyptamus stenogaster (Williston, 1888)* 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Ocyptamus sp. 1 0 0 0 0 1 5 1 12 0 9 28
Ocyptamus sp. 2 0 0 0 3 0 0 0 2 0 1 6
Ocyptamus sp. 3* 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Ocyptamus sp. 4 0 0 0 0 0 8 0 0 0 2 10
Ocyptamus sp. 5* 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
Ocyptamus sp. 6 0 1 0 0 0 2 1 0 0 0 4
Ocyptamus sp. 7* 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2
Ocyptamus sp. 8* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Ocyptamus sp. 9* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Ocyptamus sp. 10* 2 12 0 0 0 0 0 0 0 0 14
Ocyptamus sp. 11 0 2 0 0 0 3 1 0 0 0 6
Pseudodoros clavatus (Fabricius, 1794) 8 12 0 0 0 1 0 0 0 0 21
Syrphus phaeostigma Wiedemann, 1830 72 62 18 35 22 39 0 1 2 6 257
Toxomerus confusus (Schiner, 1868) 2 4 2 4 5 7 0 0 0 0 2 4
Toxomerus croesus (Hull, 1940) 0 0 2 1 4 4 6 4 12 7 40
Toxomerus dispar (Fabricius, 1794)* 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Toxomerus musicus (Fabricius, 1805) 39 12 0 0 0 0 0 0 0 0 51
Toxomerus nitidiventris (Curran 1930) 0 3 0 0 3 0 0 0 0 0 6
Toxomerus pictus (Macquart, 1842)* 4 1 0 0 0 0 0 0 00 5
Toxomerus politus (Say, 1823) 27 23 0 1 0 2 0 0 0 0 53
Toxomerus procrastinatus Metz, 2001 32 27 6 1 19 11 2 0 18 1 117
Toxomerus tibicen (Wiedemann, 1830) 32 15 4 0 6 1 0 1 2 1 62
Toxomerus sp. 1* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Toxomerus sp. 2* 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Toxomerus sp. 3* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Toxomerus sp. 4* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Toxomerus sp. 5* 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Toxomerus sp. 6* 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3
Total de exemplares 319 344 3 5 7 4 6 9 122 1 5 3 6 3 6 5 4 1.104
Total de espécies (51) 40 16 24 13 12 
Tabela I. Abundância e riqueza de Syrphinae (Syrphidae) nas cinco áreas inventariadas do Parque Estadual Vila Velha, Ponta Grossa,
Paraná, no período de setembro de 1999 a agosto de 2000 (M, machos; F, fêmeas; * espécies exclusivas).
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cinco inventariadas (Tab. V). Os gêneros com maior
riqueza foram Ocyptamus (11 espécies); Microdon
Meigen, 1803 (7) e Toxomerus (6).
Da mesma forma que na Borda, a maioria dos
exemplares coletados pertence a Syrphinae (76%),
seguida por Microdontinae (14%) e Eristalinae (10%).
Na 27ª semana de coletas, 92% das espécies (51) já
haviam sido capturadas. A assíntota foi alcançada na 43ª
semana.
Área de Araucária. Nesta área foram coletados 162
indivíduos (três exemplares/coleta) de 34 espécies. Dentre
as espécies capturadas, somente quatro foram exclusivas
(Tabs. I-III). Da mesma forma que na Fase 1, a espécie
mais abundante foi S. phaeostigma, com 53 exemplares;
a segunda mais abundante foi Mixogaster polistes Hull,
1954 (11) e a terceira Ocyptamus funebris Macquart, 1834
(10). A captura de S. phaeostigma representou 33% do
total capturado na área.
Foram reconhecidos 12 gêneros (Tab. V). O mais
abundante foi Syrphus (53 espécimes) e os que
Tabela III. Abundância e riqueza de Eristalinae (Syrphidae) nas cinco áreas inventariadas do Parque Estadual Vila Velha, Ponta Grossa,
Paraná, no período de setembro de 1999 a agosto de 2000. (M, machos; F, fêmeas; * espécies exclusivas).
Eristalinae Borda Araucária Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total 
M F M F M F M F M F
Ceriogaster sp. 1* 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 3
Copestylum albifrons (Curran, 1939)* 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Copestylum circe (Curran, 1939)* 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Copestylum circumdatum (Walker 1857)* 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Copestylum flukei (Curran, 1936)* 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
Copestylum macquarti (Curran,1926) 0 0 0 2 0 3 0 9 0 1 15
Copestylum pictum (Wiedemann, 1830) 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 3
Copestylum sp. 1* 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Copestylum sp. 2 0 1 0 3 0 0 0 0 0 0 4
Copestylum sp. 3* 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Copestylum selectum (Curran, 1939) 0 1 0 2 0 2 1 6 0 1 13
Eumerus obliquus (Fabricius 1805)* 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Meromacrus nectarinoides (Lynch-Arribálzaga, 1892)* 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Myolepta sp. 1* 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Nausigaster tuberculata (Carrera, Lopes & Lane, 1947)* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Neplas armatipes (Curran, 1941) 0 0 1 2 5 4 0 4 2 1 19
Neplas sp. 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2
Palpada sp. 1* 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Ornidia obesa (Fabricius, 1775) 3 0 0 0 1 1 0 0 0 0 5
Polybiomya wulpii (Williston 1888)* 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Quichuana bezzi Ceresa, 1934* 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Spilomyia gratiosa Wulp, 1888* 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Sterphus sp. 1* 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Sphiximorpha acra (Curran 1941) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3
Sphiximorpha barbipes (Loew 1853)* 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2
Sphiximorpha sp. 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 2
Trichopsomya sp. 1* 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Total de exemplares 7 9 1 10 11 15 1 25 2 10 91
Total de espécies (27) 9 5 14 7 8 
Tabela II. Abundância e riqueza de Microdontinae (Syrphidae) nas cinco áreas inventariadas do Parque Estadual Vila Velha, Ponta Grossa,
Paraná, no período de setembro de 1999 a agosto de 2000 (M, machos; F, fêmeas; * espécies exclusivas).
Microdontinae Borda Araucária Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total 
M F M F M F M F M F
Aristosyrphus sp. 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 3
Aristosyrphus minutus Thompson, 2004 0 0 0 3 0 3 0 4 0 0 10
Aristosyrphus sp. 2 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 4
Microdon aureopilis Marinoni, 2004 0 0 5 3 0 2 0 3 0 1 14
Microdon aurifex Wiedemann, 1830 0 0 3 0 0 1 6 1 3 2 16
Microdon mitis Curran, 1940 0 1 0 0 0 0 0 0 7 3 11
Microdon mourei Thompson, 2004 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0 4
Microdon nero Curran, 1936 0 1 0 3 0 1 0 0 0 0 5
Microdon pilosops Marinoni, 2004 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2
Microdon sepulchrasilvus (Hull, 1937) 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2
Microdon tigrinus Curran, 1940 0 0 1 2 6 1 3 1 0 1 15
Microdon virgo Curran, 1940 0 0 1 1 0 0 1 1 1 9 14
Microdon sp. 1 * 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Microdon sp. 2 * 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Mixogaster polistes Hull, 1954 0 1 1 10 5 4 1 4 0 1 27
Mixogaster sartocryptus Hull, 1954 * 0 0 0 0 0 0 0 0 8 3 11
Paramicrodon flukei (Curran, 1936) 0 0 1 3 0 2 0 0 0 0 6
Paramicrodon sp. 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 2
Paramicrodon sp. 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 2
Total de exemplares 0 5 12 30 14 19 12 14 23 21 150
Total de espécies (19) 5 13 13 7 11
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JORGE et al.
apresentaram maior riqueza foram: Microdon (7);
Ocyptamus (6) e Toxomerus (5). Nessa área, a maioria
dos exemplares também foi de Syrphinae (67%), seguida
por Microdontinae (26%) e Eristalinae (7%).
Até a 22ª semana de coleta, ocorreu uma rápida
ascendência da curva de acumulação de espécies e 82%
das mesmas (28) haviam sido coletadas. A partir da 22ª
coleta, a curva começou a estabilizar, aumentando, em
média, uma espécie a cada quatro coletas até a 40ª coleta.
Área Fase 3. Foram capturados 146 indivíduos (três
exemplares/coleta) os quais foram identificados em 31
espécies (Tabs. I-III). Do total de espécies, quatro foram
registradas exclusivamente nessa área. As espécies mais
abundantes foram Toxomerus croesus (Hull, 1940) e T.
procrastinatus, com 19 espécimes cada; seguidas por O.
sativus e Mixogaster sartocryptus Hull, 1954, com 11;
Leucopodella gracilis (Williston, 1891), Microdon mitis
Curran, 1940 e Microdon virgo Curran, 1940, com 10.
Treze gêneros foram reconhecidos (Tab. V). Os mais
ricos foram Microdon, com sete espécies, e Ocyptamus,
com seis. A maioria dos exemplares foi de Syrphinae
(62%), seguida por Microdontinae (30%) e Eristalinae
(8%). Dentre as cinco áreas, esta foi a que apresentou
maior número de representantes de Microdontinae,
embora Syrphinae tenha sido a mais abundante.
Na 20ª semana de coletas, 94% das espécies (29) já
haviam sido capturadas, ocorrendo uma estabilização da
curva de acumulação de espécies.
Área Fase 2. Foram capturados 103 indivíduos
nessa área (dois exemplares/coleta), os quais foram
identificados em 27 espécies. Do total, somente três foram
exclusivas (Tabs. I-III). A espécie mais abundante foi O.
sativus, com 14 exemplares; seguida de Ocyptamus sp. 1
(13) e T. croesus (10).
Onze gêneros foram reconhecidos (Tab. V). Os com
maior riqueza foram Ocyptamus (7) e Microdon (5). A
maioria dos exemplares pertence a Syrphinae (50%),
seguida por Microdontinae (25%) e Eristalinae (25%).
Na 19ª semana de coletas, 89% das espécies (24) já
haviam sido registradas, ocorrendo uma estabilização da
curva de acumulação na 49ª semana.
Gêneros e espécies de Syrphidae capturados em
maior riqueza e abundância. A subfamília que apresentou
maior riqueza e abundância foi Syrphinae, com 51 espécies
identificadas em 1.104 exemplares coletados (Tabs. I, IV).
Os exemplares de Syrphinae representaram 82% do total
de Syrphidae capturado nas cinco áreas.
Do total, foram registradas 40 espécies em 663
indivíduos na Borda; 16 espécies em 109 indivíduos na
área de Araucária; 24 espécies em 191 indivíduos na Fase
Tabela V. Abundância (n° de indivíduos) e total de espécies dos gêneros de Syrphidae registrados nas cinco áreas inventariadas do Parque
Estadual Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, no período de setembro de 1999 a agosto de 2000.
Gênero Borda Araucária Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total Espécies
M F M F M F M F M F
Toxomerus Macquart, 1855138 95 14 7 37 25 8 5 32 9 370 15
Syrphus Fabricius,1775 7 2 6 2 1 8 3 5 2 2 3 9 0 1 2 6 257 1
Ocyptamus Macquart,1834 13 69 2 24 3 47 6 27 1 28 220 24
Allograpta Osten Sacken,1875 87 9 9 1 1 6 6 1 1 1 1 204 5
Microdon Meigen,1803 0 3 10 11 8 6 11 6 14 16 85 11
Copestylum Macquart,1846 2 4 0 7 1 7 1 18 0 5 45 10
Mixogaster Macquart,1842 0 1 1 10 5 4 1 4 8 4 38 2
Leucopodella Hull,1948 1 6 0 7 0 3 0 2 0 10 29 2
Neplas Porter, 1927 1 0 1 2 5 5 0 4 2 1 21 2
Pseudodoros Becker, 1903 8 12 0 0 0 1 0 0 0 0 21 1
Aristosyrphus Curran,1941 0 0 0 5 0 7 0 4 0 1 17 3
Paramicrodon Meijere, 1913 0 1 1 4 1 2 0 0 1 0 10 3
Sphiximorpha Rondani, 1850 0 0 0 0 1 0 0 3 0 3 7 3
Ornidia Lepeltier & Serville,1828 3 0 0 0 1 1 0 0 0 0 5 1
Ceriogaster Williston, 1888 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1
Argentinomyia L-A, 1891. 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 3 3
Eumerus Meigen, 1822 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1
Meromacrus Rondani, 1848 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1
Myolepta Newman, 1838 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1
Nausigaster Williston, 1883 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Palpada Macquart, 1834 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
Polybiomya Shannon, 1925 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1
Quichuana Knab, 1913 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Spilomyia Meigen 1803 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1
Sterphus Philippi, 1865 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1
Trichopsomya Williston,1888 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Total 326 358 48 114 94 156 28 75 61 85 1345 97
Tabela IV. Abundância e riqueza de Syrphinae, Microdontinae e Eristalinae (Syrphidae) nas cinco áreas inventariadas do Parque Estadual
Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, no período de setembro de 1999 a agosto de 2000 (M, machos; F, fêmeas).
Subfamílias Borda Araucária Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total
M F M F M F M F M F
Syrphinae 319 344 35 74 69 122 15 36 36 54 1104
Eristalinae 7 9 1 10 11 15 1 25 2 10 91
Microdontinae 0 5 12 30 14 19 12 14 23 21 150
Total de exemplares 326 358 48 114 94 156 28 75 61 85 1.345
Total de Espécies (97) 54 3 4 51 27 31
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Diversidade de Syrphidae (Diptera) em cinco áreas com situações florísticas...
1; 13 espécies em 51 indivíduos na Fase 2 e 12 espécies
em 90 indivíduos na Fase 3. A menor abundância de
Syrphinae foi encontrada na Fase 2, onde representou a
metade do total de Syrphidae capturado (50%).
Embora Syrphinae tenha sido a subfamília com
maior abundância, foram identificados somente sete
gêneros (Tabs. I, V). Os gêneros em ordem decrescente
de riqueza são: Ocyptamus, com 24 espécies em 220
exemplares; Toxomerus, com 15 espécies em 370,
Allograpta, com cinco espécies em 204, Argentinomyia,
com três espécies em três, Leucopodella, duas espécies
em 29; Syrphus, uma espécie em 257 e Pseudodoros, uma
espécie em 21.
Microdontinae representou 11% do total de
indivíduos coletados (Tabs. II, IV). Foram identificados
quatro gêneros desta subfamília: Microdon (o mais rico,
com 11 espécies em 85 exemplares); seguido por
Aristosyrphus, com três espécies em 17 exemplares;
Mixogaster, com duas espécies em 38 indivíduos; e
Paramicrodon, com três espécies em 10 (Tab. V).
De Eristalinae, foi coletado o menor número de
exemplares (7%) (Tabs. III, IV). Entretanto, foi a subfamília
que apresentou o maior número de gêneros (15):
Copestylum, com 10 espécies em 45 exemplares;
Sphiximorpha (3; 7); Neplas (2; 21); Ornidia (1; 5);
Ceriogaster (1; 3) e Eumerus, Meromacrus, Myolepta;
Nausigaster, Polybiomya, Quichuana, Spilomya,
Sterphus, Trichopsomya e Palpada, com uma espécie
em um indivíduo coletado.
As espécies mais abundantes foram S.
phaeostigma, com 257 espécimes capturados, A.
neotropica com 162 e T. procrastinatus com 117 (Tab. I).
As três espécies foram mais abundantes na Borda.
Syrphus phaeostigma foi dominante em três áreas: Borda
(20%), Araucária (33%) e Fase 1 (24%); T. procrastinatus
está entre as espécies dominantes da borda (9%), Fase 1
(12%) e Fase 3 (13%), enquanto que A. neotropica foi
dominante somente na Borda (22%).
Novos registros de Syrphidae. Das 97 espécies
reconhecidas, 61 foram identificadas e 36 foram
associadas a gêneros. Destas, acredita-se que grande
parte seja de espécies novas, porém, existe uma grande
dificuldade na identificação devido à carência de chaves
adequadas para as espécies neotropicais havendo a
necessidade de um estudo taxonômico mais aprofundado.
Até o momento, foram identificadas como novas
uma espécie de Microdon, uma de Paramicrodon e uma
de Aristosyrphus, sendo que esta última está em fase de
publicação e as outras duas serão descritas
oportunamente.
Análise faunística. Através da análise de
agrupamento das cinco áreas amostradas com dados de
presença das espécies pelo índice de Jaccard, observou-
se uma maior semelhança entre as Fase 2 e Fase 3, as
mais preservadas, e entre as áreas de Araucária e Fase 1.
A Borda ficou isolada das demais (Fig. 1).
Das 97 espécies identificadas, somente sete foram
comuns às cinco áreas: Copestylum selectum (Curran, 1939),
Leucopodella gracilis, Mixogaster polistes Hull, 1954,
Ocyptamus funebris Macquart, 1834, S. phaeostigma , T.
procrastinatus e T. tibicen (Wiedemann, 1830). A área
com maior número de espécies exclusivas foi a de Borda
(28), seguida pela Fase 1 (11), Araucária e Fase 3 (quatro) e
Fase 2 (três) (Fig. 2). O maior número de espécies comuns
ocorreu entre a área de Araucária e Fase 1 (25) e o menor
entre as áreas de Borda com as Fases 2 e 3 (10).
Tabela VI. Abundância e riqueza de Syrphidae por guildas tróficas nas cinco áreas inventariadas no Parque Estadual Vila Velha, Ponta
Grossa, Paraná, setembro de 1999 a agosto de 2000.
Guildas tróficas Áreas Total Espécies
Borda Araucária Fase 1 Fase 2 Fase 3
Saprófagos 10(1,5%) 8(5%) 12(4,8%) 19(18,4%) 6(4,1%) 55 18
Fitófagos 1(0,1%) 3(1,9%) 11(4,4%) 4(3,9%) 3(2,1%) 22 1
Mirmecófagos 5(0,7%) 42(26%) 33(13,2%) 26(25,2) 44(30,1%) 150 19
Predadores 663(97%) 109(67%) 191(76,4%) 51(49,5%) 90(61,6%) 1.104 51
Não identificadas 5(0,7%) 0 3(1,2%) 3(2,9%) 3(2,1%) 14 8
Total 684 162 250 103 146 1.345 97
Tabela VII. Número de espécies de sirfídeos capturados por armadilha Malaise nas cinco áreas e valores estimados de riqueza pelos métodos
de Chao 1, Chao 2, Jack-Knife 1 (Jack1), Jack-knife 2 (Jack2), Bootstrap e Michaelis-Menten (MM).
Áreas Espécies Estimadores 
Singletons Doubletons Chao 1 Chao 2 Jack1 Jack2 Bootstrap MM
Borda 54 25(46%) 6(11%) 106 ± 31 106 ± 31 79 ± 6 97 64 65
Araucária 34 11(32%) 4(12%) 49 ± 12 55 ± 16 47 ± 4 56 40 59
Fase 1 51 23(45%) 8(16%) 84 ± 19 90 ± 22 76 ± 5 92 61 78
Fase 2 27 9(33%) 7(26%) 33 ± 5 35 ± 7 37 ± 3 41 32 36
Fase 3 31 12(39%) 6(19%) 43 ± 9 43 ± 9 43 ± 4 49 36 45
Tabela VIII. Proporção sexual das três espécies mais abundantes do total de sirfídeos coletados no período de setembro de 1999 a agosto
de 2000, nas cinco áreas inventariadas do Parque Estadual Vila Velha, Ponta Grossa, PR.
Espécies Borda Araucária Fase 1 Fase 2 Fase 3
 F/M F/M F/M F/M F/M
Syrphus phaeostigma 0,9: 1 1,9: 1 1,8: 1 1: 0 3: 1
Allograpta neotropica 1: 1 0: 1 1,3: 1 1: 1 0
Toxomerus procrastinatus 0,8: 1 0,2: 1 0,6: 1 0: 2 0,1: 1
Total 0,9: 1 1,4: 1 1,2: 1 0,7: 1 0,4: 1
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JORGE et al.
Guildas tróficas. Dos quatro grupos de guildas tróficas
reconhecidos nas cinco áreas, houve predominância dos
predadores (51 espécies; abundância 82%), sendo todos
da subfamília Syrphinae, seguidos pelos mirmecófagos
(19; 11%) da subfamília Microdontinae, saprófagos (18;
4%) e fitófagos (1; 2%), ambos Eristalinae. Oito espécies
não tiveram suas guildas tróficas identificadas,
representando 1% do total (Tab. VI). A área com maior
proporção de predadores foi a Borda (97% das espécies),
seguida, em ordem decrescente, pela Fase 1 (76,4%),
Araucária (67%), Fase 3 (61,6%) e Fase 2 (49,5%) (Fig. 3).
Na Fase 2, onde foi registrada a menor proporção de
predadores (50%), 25% foram mirmecófagos e 25%
saprófagos e fitófagos.
Estimadoresde riqueza. Utilizando-se os valores
semanais de captura obteve-se, através dos métodos
Chao 1, Chao 2, Jack-Knife 1, Jack-Knife 2, Bootstrap e
Michaelis-Menten, o valor de riqueza estimada para cada
área (Tab. VII). Dentre os métodos, o Chao 1 e Chao 2
foram os que resultaram numa estimativa de riqueza de
espécies maior na Borda e Michaelis-Menten na área de
Araucária, enquanto que nas áreas em Fase de sucessão
vegetal (Fase 1, Fase 2 e Fase 3) foi o Jack-Knife 2. Já o
método Bootstrap resultou nos menores valores
estimados em todas as áreas, sendo os mais próximos
dos que foram efetivamente capturados.
A área com maior proporção de espécies “singletons”
foi a Borda, com 46% do total de espécies capturado para
área (25 espécies). A menor proporção ocorreu na área de
Araucária, com 32% do total (11). A maior proporção de
espécies “doubletons” ocorreu na Fase 2 com 26% do total
capturado para a área (sete) e a menor proporção ocorreu na
Borda, com 11% (seis) (Tab. VII).
Na Borda, os estimadores Chao 1 e Chao 2 indicaram
que aproximadamente 50% das espécies teriam sido
coletadas e conforme o Bootstrap, 84% das espécies. Na
área de Araucária, a estimativa pelo Chao 2 foi de que
69% das espécies teriam sido coletadas e pelo Bootstrap,
85%. Na Fase 1, houve uma estimativa de que 57% das
espécies teriam sido capturadas pelo Chao 2 e pelo
Bootstrap, 84%. Na Fase 2, a estimativa pelo Chao 2 foi
de 77% e pelo Bootstrap, 32 (97%). Na Fase 3, 72% pelo
Chao e pelo Bootstrap, 86%.
Proporção sexual. De forma geral, nas cinco áreas
amostradas foram capturadas mais fêmeas do que machos.
Porém, entre as três espécies que foram mais abundantes
do total de sirfídeos coletados, observou-se a seguinte
proporção de fêmeas para machos: Syrphus phaeostigma:
Borda (0,9: 1), Araucária (1,9: 1), Fase 1 (1,8: 1), Fase 2 (1:
0) e Fase 3 (3: 1); Allograpta neotropica: Borda (1: 1),
Araucária (0: 1), Fase 1 (1,3: 1) e Fase 2 (1: 1); Toxomerus
procrastinatus: Borda (0,8: 1), Araucária (0,2: 1), Fase 1
(0,6: 1), Fase 2 (0: 2) e Fase 3 (0,1:1) (Tab. VII).
DISCUSSÃO
A menor abundância de dípteros ocorreu na Borda
e a maior na área de Araucária, área com vegetação mais
densa e com menor penetração de luz. A elevada
abundância de Diptera em áreas de interior de floresta
pode estar relacionada com a maior presença de matéria
orgânica em decomposição, além de fungos, que são
utilizados como alimento por diversos grupos de imaturos
pertencentes a essa Ordem (STORK, 1991; DIDHAM, 1997).
GANHO & MARINONI (2003), estudando os
coleópteros do primeiro ano do PROVIVE, também
verificaram uma menor abundância na Borda, o que foi
atribuído por esses autores à menor disponibilidade de
nichos para as espécies capturadas com Malaise (devido
provavelmente à estrutura da vegetação da área, que é
mais aberta com predominância de plantas arbustivas).
Ao contrário de todos os dípteros, a maior
abundância de Syrphidae foi encontrada na Borda, área
Fig. 1. Análise de agrupamento pelo Índice de Jaccard, a partir de
dados de presença e ausência de espécies de Syrphidae, capturados
com armadilhas Malaise nas cinco áreas amostradas no período de
setembro de 1999 a agosto de 2000 no Parque Estadual de Vila
Velha, Ponta Grossa, Paraná.
Fig. 2. Comparação entre as cinco áreas amostradas no período de
setembro de 1999 a agosto de 2000 no Parque Estadual de Vila
Velha, Ponta Grossa, Paraná, indicando o número de espécies
encontradas em cada área, número de espécies exclusivas de cada
área (entre parênteses), número de espécies comuns entre cada
área e ao centro o número de espécies comuns a todas as áreas.
Fig. 3. Abundância percentual das guildas tróficas de Syrphidae
capturadas com armadilhas Malaise nas cinco áreas do Parque
Estadual Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná durante o período de
setembro de 1999 a agosto de 2000.
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Diversidade de Syrphidae (Diptera) em cinco áreas com situações florísticas...
de transição, com grande luminosidade. Foi também
observada nessa área a maior riqueza de espécies da
família. Essas constatações devem-se, provavelmente, ao
fato dos sirfídeos serem mais relacionados com regiões
abertas e iluminadas, em áreas com vegetais em floração
(uma vez que na fase adulta alimentam-se de néctar e
pólen de flores) (VOCKEROTH & THOMPSON, 1987; OWEN,
1991; MARINONI et al., 2004). Há também, na Borda, maior
disponibilidade de nichos; possibilitando uma maior
oferta de recursos alimentares tanto às larvas quanto aos
sirfídeos adultos. Observa-se também que o maior
número de exemplares (assim como o maior número de
espécies de Syrphidae) foram encontrados nas áreas de
maior interferência antrópica (Borda e Fase 1), o que
indica relação com os estágios de sucessão das áreas.
Nas outras áreas, as maiores riquezas e abundância
de Syrphidae apresentaram relação com a luminosidade e
com a distância da Borda. A Fase 1 apresentou maior
riqueza e abundância do que a área de Araucária, apesar
dessa última estar mais próxima da Borda. Porém, na Fase
1, a vegetação em estágio inicial a intermediário de
sucessão vegetal apresenta dossel mais aberto e maior
entrada de luz do que a área de Araucária. Isso também
foi verificado nas Fases 2 e 3, ambas apresentando estágio
de sucessão vegetal variando de intermediário a
avançado, sendo a Fase 2 a com menor luminosidade,
devido ao dossel mais fechado. Esta última, embora mais
próxima da Borda, apresentou menor riqueza e abundância
do que a Fase 3.
GILBERT (1986) reconheceu quatro grupos: larvas
que se alimentam de tecidos de plantas (fitófagas), que
se alimentam de matéria orgânica em decomposição
(saprófagas), que vivem em ninhos de insetos sociais
(mirmecófagas) e as carnívoras predadoras, que se
alimentam principalmente de afídeos.
Quando a abundância observada é avaliada
considerando essas guildas, há uma coincidência dos
resultados obtidos com os grupos taxonômicos avaliados,
principalmente quanto às espécies pertencentes a
Syrphinae.
Com o avanço do processo de sucessão vegetal
nas áreas, diminuiu a proporção de predadores e
aumentou a proporção de mirmecófagos (Fig. 3). Observa-
se que, nas áreas com vegetação em processo de
sucessão natural (Fase 1: inicial a intermediária; Fase 2 e
Fase 3: intermediária a avançada), a presença de
Syrphinae diminuiu à medida que o processo de sucessão
avançou. Essa diminuição de Syrphinae pode estar
relacionada ao fato da grande maioria ser predadora de
afídeos, na fase de imaturos e, segundo BROWN (1984),
plantas arbustivas características de estágios iniciais de
sucessão vegetal apresentam maior número de afídeos
do que em estágios mais avançados. A ocorrência de
maior número de predadores na Borda já era esperada,
uma vez que essa área apresenta predominância de
gramíneas e herbáceas com flores que servem como
fontes de alimentos aos sirfídeos adultos (néctar e pólen)
e para as larvas (afideos). Além disso, apresenta
insolação direta e espaço mais aberto para o vôo.
Na Fase 2, observou-se uma diminuição do número
de predadores e um aumento das outras guildas. Nessa
área, a subfamília mais abundante foi Eristalinae, na qual
são encontrados representantes com hábitos alimentares
variados na fase de imaturos, podendo ser saprófagos e
fitófagos (STAHLS et al., 2003). Desta forma, as condições
vegetais da área (vegetação mais alta, dossel mais
fechado, menor entrada de luz e maior umidade), poderiam
disponibilizar maior oferta alimentar para o estágio imaturo
desses sirfídeos.
A maior proporção de mirmecófagos ocorreu na
Fase 3, a qual se caracteriza como uma área florestada,
sendo a mais preservada entre todas. As espécies
caracterizadas nessa guilda, que já tiveram algum estudo
realizado, estão alocadas em Microdontinae. As formas
imaturas de Microdontinae, segundo a literatura
disponível, são mirmecófagas, vivendo associadas a
ninhos de formigas. As fêmeas adultas ovipositam nos
ninhos e os imaturos provavelmente se alimentam das
formas jovens (THOMPSON, 1981a; DUFFIELD,1981;
MARINONI & BONATTO, 2002; STAHLS et al., 2003).
De acordo com os estimadores de riqueza,
observou-se que nas duas áreas com níveis mais
avançados de sucessão vegetal e mais preservadas (Fase
2 e Fase 3), os valores estimados foram mais próximos
dos valores de captura (variando entre 72% e 97%), para
a maioria das espécies coletadas. Entretanto, nas áreas
em níveis de sucessão vegetal de inicial a intermediário
(Fase 1) - área de Araucária e Borda - a diferença entre os
valores estimados e os que foram efetivamente obtidos
foi maior, variando entre 50% a 85%. Esses dados
poderiam indicar a existência de um número maior de
espécies a serem coletadas nesses locais. Isso se torna
mais evidente quando se observa o gráfico com a curva
de acumulação de espécies da Borda, que mostra um
crescente aumento de espécies até o final das coletas,
não atingindo assíntota (enquanto que nas áreas Fase 2
e Fase 3 a curva estabilizou em torno da 20ª semana de
coleta).
Na análise de agrupamento realizada entre as áreas,
aquelas em fase de sucessão mais avançada (Fases 2 e 3)
foram as que mais se aproximaram, sendo a Borda a mais
afastada, indicando uma estruturação da fauna de
Syrphidae diferenciada entre as áreas. Verificou-se alto
percentual de espécies exclusivas na Borda (52%) e
diminuição do percentual nas áreas de interior de floresta,
sendo em ordem decrescente: Fase 1 (21%), Fase 3 (13%),
Araucária (12%) e Fase 2 (11%). Essa tendência foi
verificada também em estudos realizados com Coleoptera
nas mesmas áreas (GANHO & MARINONI, 2003).
Ocyptamus, Toxomerus, Microdon e Copestylum
(os gêneros mais ricos em espécies neste estudo) estão
descritos na literatura como os que possuem maior
número de espécies na região Neotropical (THOMPSON,
1981b, 1999; MARINONI et al., 2004).
Com relação à proporção sexual, embora o número
de fêmeas tenha sido maior do que o número de machos
nas cinco áreas, na Fase 2 observou-se uma proporção
bem maior do que nas outras. Essa área apresenta
vegetação mais alta, dossel mais fechado e espaços mais
sombreados. Esse fato corrobora o estudo realizado por
GILBERT (1985), no qual foi observado que machos de
todas as espécies voam igualmente, tanto no sol quanto
na sombra, mas fêmeas voam mais em locais sem sol direto.
Outrossim, segundo OWEN (1991), as fêmeas podem ser
460
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 97(4):452-460, 30 de dezembro de 2007
JORGE et al.
capturadas em maior número por serem mais ativas que
os machos procurando locais para oviposição.
Agradecimentos. Agradecemos a Norma G. Ganho, por
disponibilizar o material coletado durante o primeiro ano do
PROVIVE. A Sionei Ricardo Bonatto, pela concessão do programa
gerenciador de biodiversidade (BONABio). Ao Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pelas bolsas concedidas.
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