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PRÉVIA - APOSTILA CTSP BOMBEIROS

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Olá, 
 
Parabéns pela iniciativa de se preparar para um concurso! Sabemos que essa jornada pode ser 
desafiadora, mas com dedicação e estudo, você estará cada vez mais próximo da aprovação. 
 
Nesta apostila que você tem em mãos, reunimos teoria e questões para ajudá-lo a se preparar da 
melhor maneira possível. Temos certeza de que esse material será fundamental para o seu 
sucesso na prova. 
 
Além disso, queremos incentivá-lo a seguir nossas redes sociais, onde compartilhamos dicas, 
informações e materiais exclusivos para quem está estudando para concursos. Acompanhe-nos 
e fique por dentro de tudo o que precisa saber para se sair bem na prova. 
 
 
Aproveite ao máximo esta apostila e lembre-se: o caminho para a aprovação pode ser longo, mas 
o esforço vale a pena. Acreditamos em você e estamos aqui para ajudá-lo em sua jornada rumo à 
realização do seu sonho. 
Boa sorte e bons estudos! 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
SEGURANCA CONTRA INCÊNDIOS 4 
COMBATE A INCÊNDIOS 187 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 296 
BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE E SALVAMENTO VEICULAR 389 
DOCUMENTACAO TÉCNICA 466 
DIREIO INSTITUCIONAL 495 
DIREITO ADMINISTRATIVO INSTITUCIONAL 564 
DIREITO CONSTITUCIONAL 642 
DIREITO PENAL MILITAR 656 
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 674 
____________________________________________________________________________________________________ 
 
____________________________________________________________________________________________________ 
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO 
 
LEI Nº 13.425, DE 30 DE MARÇO DE 2017. 
Estabelece diretrizes gerais sobre medidas de 
prevenção e combate a incêndio e a desastres em 
estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de 
público; altera as Leis nºs 8.078, de 11 de setembro 
de 1990, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código 
Civil; e dá outras providências. 
 
Art. 1º Esta Lei: 
I – estabelece diretrizes gerais e ações 
complementares sobre prevenção e combate a 
incêndio e a desastres em estabelecimentos, 
edificações e áreas de reunião de público, atendendo 
ao disposto no inciso XX do art. 21, no inciso I, in fine, 
do art. 24, no § 5º, in fine, do art. 144 e no caput do 
art. 182 da Constituição Federal; 
II – altera as seguintes Leis: 
a) Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que 
dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras 
providências; e 
b) Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código 
Civil; 
III – define atos sujeitos à aplicação da Lei nº 8.429, 
de 2 de junho de 1992, que dispõe sobre as sanções 
aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, 
cargo, emprego ou função na administração pública 
direta, indireta ou fundacional e dá outras 
providências; 
IV – caracteriza a prevenção de incêndios e desastres 
como condição para a execução de projetos 
artísticos, culturais, esportivos, científicos e outros 
que envolvam incentivos fiscais da União; e 
V – prevê responsabilidades para os órgãos de 
fiscalização do exercício das profissões das áreas de 
engenharia e de arquitetura, na forma que especifica. 
 
Art. 2º O planejamento urbano a cargo dos 
Municípios deverá observar normas especiais de 
prevenção e combate a incêndio e a desastres para 
locais de grande concentração e circulação de 
pessoas, editadas pelo poder público municipal, 
respeitada a legislação estadual pertinente ao tema. 
§ 1º As normas especiais previstas no caput deste 
artigo abrangem estabelecimentos, edificações de 
comércio e serviços e áreas de reunião de público, 
cobertos ou descobertos, cercados ou não, com 
ocupação simultânea potencial igual ou superior a 
cem pessoas. 
§ 2º Mesmo que a ocupação simultânea potencial 
seja inferior a cem pessoas, as normas especiais 
previstas no caput deste artigo serão estendidas aos 
estabelecimentos, edificações de comércio e serviços 
e áreas de reunião de público: 
I – (VETADO); 
II – que, pela sua destinação: 
a) sejam ocupados predominantemente por idosos, 
crianças ou pessoas com dificuldade de locomoção; 
ou 
b) contenham em seu interior grande quantidade de 
material de alta inflamabilidade. 
§ 3º Desde que se assegure a adoção das medidas 
necessárias de prevenção e combate a incêndio e a 
desastres, ato do prefeito municipal poderá conceder 
autorização especial para a realização de eventos que 
integram o patrimônio cultural local ou regional. 
§ 4º As medidas de prevenção referidas no § 3º deste 
artigo serão analisadas previamente pelo Corpo de 
Bombeiros Militar, com a realização de vistoria in 
loco. 
§ 5º Nos locais onde não houver possibilidade de 
realização da vistoria prevista no § 4º deste artigo 
pelo Corpo de Bombeiros Militar, a análise das 
medidas de prevenção ficará a cargo da equipe 
técnica da prefeitura municipal com treinamento em 
prevenção e combate a incêndio e emergências, 
mediante o convênio referido no § 2º do art. 3º desta 
Lei. 
4
1 CONCEITUAÇÃO BÁSICA 
 
 
Inicialmente, para a compreensão mais adequada de 
alguns termos que serão largamente tratados neste 
manual, é importante definir três expressões básicas 
que serão adotadas nesse documento: o conceito de 
Fogo, Incêndio e Chama. 
 
 
1.1 Fogo, Incêndio e Chama 
 
Ao pesquisarmos em livros de física ou química, 
encontraremos que o processo sinônimo de fogo é 
Combustão. Em manuais de bombeiros, a combustão 
também é geralmente tratada como Fogo. Percebe-se, 
portanto, que essas palavras são sinônimas. 
 
 
Fogo é uma reação de combustão utilizada como 
ferramenta para execução de diversas tarefas, como 
aquecer alimentos e ambientes, além de ser utilizado 
em processos industriais, dentre outras. Enquanto 
essa reação está absolutamente sob o nosso controle, 
recebe o nome de fogo. Durante o preparo de um café 
com aquecimento de água em uma caneca, basta 
girar a válvula do fogão para acender ou apagar o fogo, 
até que a água atinja a temperatura necessária para a 
produção do alimento desejado. Até esse momento, 
absolutamente controlada pela válvula de um fogão, 
a reação é denominada fogo. Suponha, porém, que 
um pano de prato foi esquecido próximo à chama do 
fogão, e se aqueceu até incendiar. 
 
Esse pano de prato, agora em chamas, propaga o 
calor para o armário ao lado, para o exaustor plástico 
sobre o fogão, para a toalha sobre a mesa, e essa 
reação já não pode mais ser controlada pelo simples 
manejo de válvulas ou botões. Ela requer uma 
abordagem técnica específica. A essa reação fora de 
controle, com potencial de causar lesões, morte e 
danos materiais, damos o nome de Incêndio. 
 
 
A diferença, portanto, entre fogo e incêndio é que 
fogo é uma combustão controlada, e incêndio é uma 
reação fora de controle, que requer abordagens e 
técnicas específicas para debelá-lo. Posto isso, é 
justamente a área de trabalho e estudo dos Corpos de 
Bombeiros do Brasil e do mundo. E será, também, o 
foco dos estudos apresentados neste manual. 
A chama é a manifestação visual dessa reação, é a luz 
liberada na combustão2. A chama pode ter diferentes 
cores e formatos característicos, dependendo do tipo 
de combustível que estiver queimando, do 
comburente envolvido, da proporção entre esses 
reagentes ou do ambiente onde a combustão está 
ocorrendo. Estudaremos mais detalhadamente a 
chama a seguir neste manual. 
 
 
A cor da chama nos dá uma informação sobre o seu 
Combustão é uma reação química de 
oxidação rápida, na qual ocorre a liberação 
de calor, ou liberação de luz e calor, entre 
alguma substância e o oxigênio1. Há 
combustão sem chama, que ocorre entre 
substâncias nas quais há pouco carbono. 
(FARADAY, 2003; FRIEDMAN, 1998; TURNS, 
2013). 
Incêndio é a reação de combustão fora 
de controle, com potencial de causar 
morte, lesões e danos materiais. 
A chama é a manifestação visual da reação 
de combustão, é a luz liberada no processo 
de queima. 
1 Nem sempre uma chama pode servista na reação de combustão. Por exemplo, uma chama de combustão do gás hidrogênio (H2) seria transparente para o olho e não seria facilmente 
vista. Ainda, uma chama pode ser tornada adiabática e, portanto, o calor não é liberado (QUINTIERE, 2006) 
2 Há reações de combustão que não possuem chamas, como é o caso da combustão do gás hidrogênio 187
nível energético; na cor azul, a chama possui maior 
energia do que quando está avermelhada ou 
amarelada (figura 1.1). 
 
 
Figura 1.1 – Cores de chamas: de 1 para 4, do menos 
energético ao mais energético 
Fonte: Arnalich, 2015 
 
1.2 A ciência do Fogo 
 
A ciência do fogo exigiu o desenvolvimento da 
descrição matemática dos processos que compõem a 
combustão. Quintiere (2006) organizou uma linha do 
tempo com os estudos mais relevantes para a ciência 
do fogo, iniciando pelas leis do movimento, propostas 
no século XVII por Isaac Newton, passando pelos 
problemas de transferência convectiva de calor e 
massa. Depois que os princípios gerais de 
conservação e as relações constitutivas foram 
estabelecidos, os problemas do fogo não exigiram 
novas descobertas científicas profundas. No entanto, 
o fogo está entre os processos de transporte mais 
complexos e exigiu formulações matemáticas 
estratégicas para a solução. Requeria um 
conhecimento profundo dos processos subjacentes 
para isolar seus elementos dominantes, a fim de 
descrever e interpretar efetivamente os 
experimentos, e criar soluções matemáticas gerais. A 
tabela 1.1 apresenta a linha do tempo elaborada por 
Quintiere. 
 
Tabela 1.1 – Estudos pioneiros para a ciência do fogo 
 
 
 
 
2 TRIÂNGULO DO FOGO 
 
 
A teoria do triângulo do fogo surgiu como fruto dos 
diversos estudos da ciência da combustão e auxilia, 
didaticamente, no processo de compreensão dessa 
reação. A teoria apresenta que são necessários três 
requisitos (em concentrações específicas) para que 
haja uma reação de combustão. Esses três requisitos 
são o combustível, o comburente e o calor (figura 
1.2). 
Evento 
188
 
 
Figura 1.2 – Triângulo do fogo 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
2.1 Calor 
 
Para melhor compreensão dos conteúdos que serão 
abordados à frente e preliminarmente à definição de 
calor, é importante relembrar alguns conceitos 
básicos de termologia. As moléculas ou partículas 
possuem uma carga interna de movimento, 
denominada, por ora, de “grau de agitação”. Quanto 
mais agitada uma partícula, maior será sua energia, e 
quanto maior sua energia, maior também será sua 
temperatura. 
 
 
 
 
Quando dois ou mais corpos, com diferentes 
temperaturas, entram em contato, a tendência 
natural é que eles busquem um estado de equilíbrio 
térmico, caracterizado pela uniformidade da 
temperatura dos corpos (MÁXIMO e ALVARENGA, 
1993). Para que o equilíbrio ocorra, será necessário 
haver transferência de energia. Aquele corpo que 
tem uma energia maior (temperatura maior) irá ceder 
energia para o corpo com energia menor (temperatura 
menor). Essa energia transferida de um corpo mais 
quente para outro menos quente recebe o nome de 
Calor (figura 1.3). 
 
 
Figura 1.3 – Transferência de calor entre corpos de 
diferentes temperaturas 
 
 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temperatura é a medida da maior ou menor 
agitação das moléculas ou átomos que 
constituem um corpo. Quanto maior a 
temperatura, maior será a energia cinética 
de suas moléculas. Um corpo mais quente 
possui mais energia que um corpo mais frio 
(MÁXIMO e ALVARENGA, 1993). 
Energia térmica é uma energia interna que 
consiste na energia cinética e na energia 
potencial associadas aos movimentos 
aleatórios dos átomos, moléculas e outros 
corpos microscópicos que existem no 
interior de um objeto (HALLIDAY, RESNICK 
e WALKER, 2013). 
189
3 Embora a tendência do fluido seja subir, essa camada poderá caminhar horizontalmente, devido ao formato do 
ambiente no qual se encontra. O fluido não possui formato definido, podendo amoldarse de acordo com o ambiente. 
 
 
2.1.1 Propagação do Calor 
 
 
Sabe-se, até agora, que o calor fluirá de um ponto 
mais energético a outro menos energético. Aqui 
serão apresentadas as formas como esse calor flui de 
um ponto a outro, ou seja, como ocorre a propagação 
do calor. 
 
 
2.1.1.1 Condução 
 
 
Um material aquecido em um ponto absorve energia 
e aumenta sua temperatura. Os elétrons e átomos 
desse material vibram intensamente por causa da 
alta temperatura a que estão expostos. Essas 
vibrações, e a energia associada, são transferidas ao 
longo do material através de colisões entre os átomos, 
sem que esses átomos sofram translação ao longo do 
material. Dessa forma, uma região de temperatura 
crescente se propaga pelo material (HALLIDAY, 
RESNICK e WALKER, 2013). 
A propagação por condução ocorre quando, por 
exemplo, colocamos a ponta de uma colher metálica 
em contato com uma chama. A ponta da colher irá se 
aquecer e suas partículas aumentarão seu grau de 
agitação, ampliando as colisões entre as partículas 
adjacentes, induzindo a elevação da temperatura e 
resultando no aquecimento do cabo da colher (figura 
1.4). 
 
 
Figura 1.4 – Condução em uma barra metálica 
 
 
Fonte: Autor 
 
2.1.1.2 Convecção 
 
A convecção é o método de propagação do calor que 
ocorre em meios fluidos (gases e líquidos) e 
verticalmente para cima. O fluido, depois de 
aquecido, diminui sua densidade relativa, passando a 
ficar mais leve e tendendo, em regra3, a “subir”. 
Enquanto essa camada aquecida sobe, ela propaga o 
calor verticalmente para cima, aumentando a 
temperatura dos terços superiores de uma edificação 
em chamas. 
Calor é a energia térmica em trânsito, que 
flui de um ponto mais energético para outro 
menos energético, buscando encontrar o 
equilíbrio térmico. A energia térmica é 
transferida de um corpo para outro em 
virtude, unicamente, de uma diferença de 
temperatura entre eles (MÁXIMO e 
ALVARENGA, 1993). 
Um fluido, ao contrário de um sólido, é uma 
substância que pode escoar. Um fluido é uma 
substância que escoa porque não resiste a tensões 
de cisalhamento, embora muitos fluidos, como é o 
caso dos líquidos, resistam a tensões 
compressivas (HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 
2013). 
Densidade é a quantidade de matéria que ocupa 
um determinado espaço. Em um sistema fluido, se 
tivermos uma determinada quantidade de 
matéria e esta for aquecida, ela ocupará um 
espaço maior, ficando relativamente menos densa 
ou “mais leve” que o ar em suas imediações. A 
densidade de um fluido é inversamente 
proporcional a sua temperatura, isso significa dizer 
que para o mesmo material: quanto mais quente, 
menos denso (FRIEDMAN, 1998; MÁXIMO e 
ALVARENGA, 1993). 
190
A convecção pode ser verificada, por exemplo, em 
uma panela contendo água que é levada ao fogo 
(figura 1.5). A água, no terço inferior da panela, em 
contato mais próximo com a chama (fonte de calor), 
quando aquecida, aumenta o grau de agitação de 
suas moléculas e diminui sua densidade relativa, 
tornando-se “mais leve” que a água presente na parte 
superior da panela. Por consequência, essa água 
aquecida irá subir, e a água fria, relativamente mais 
densa e “pesada”, irá descer. Caso haja 
continuidade desse aquecimento será estabelecida 
uma corrente de convecção, pois a água fria, que 
agora se localiza nos terços inferiores, passará a 
absorver energia da chama e se aquecer, tendendo a 
subir para o topo da panela. Já a água localizada nos 
terços superiores irá ceder calor para o ambiente, 
resfriando-se, tornando-se relativamente mais densa 
e, por consequência, voltará ao fundo da panela. 
 
Figura 1.5 – Convecção em um recipiente com água 
 
 
Fonte: Autor 
 
 
O ar, por ser fluido, quando é aquecido também fica 
“mais leve” e tende a se posicionar nos terços 
superiores de uma edificação no caso de incêndio. 
Nos incêndios confinados, estruturais ou 
compartimentados, que são aqueles que possuem 
obstáculos que impedem a exaustão dos gases 
quentes, produtos da combustão, os terços 
superioresdo cômodo em chamas tendem a 
concentrar as maiores temperaturas (CORPO DE 
BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, 2012; 
GRIMWOOD, 2008). 
Dessa forma, é possível compreender que nas ações 
de combate a incêndio, quanto mais alto o bombeiro 
estiver posicionado, maiores serão as temperaturas 
às quais estará exposto, motivo pelo qual, por vezes, 
a atividade é realizada pelos combatentes na posição 
de joelhos. 
Estima-se que cerca de 70% da energia propagada na 
fase crescente de um incêndio ocorra por convecção 
(CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO 
 
ESPÍRITO SANTO, 2014). A tabela 1.2 apresenta uma 
comparação entre o percentual da energia de 
combustão propagada por radiação e convecção por 
diversas chamas difusas de gases. 
 
 
Tabela 1.2 – Percentual teórico de propagação do 
calor 
 
Gás Radiação Convecção Não 
propagado 
Hidrogênio 9 91 0 
Metano 18 81 1 
Etano 20 79 1 
Propano 27 68 5 
Etileno 32 59 9 
Propileno 39 50 11 
Fonte: Friedman, 1998 
 
 
A convecção também exerce um importante papel de 
propagação de incêndios em edifícios verticais (figura 
1.6), justamente por ter a tendência de alcançar os 
níveis superiores com maior velocidade. Esse 
processo de ascensão traz como consequência a 
elevação de temperatura de outros materiais e 
potenciais combustíveis que estejam no caminho. 
 
191
Figura 1.6 – Propagação do calor em edificação 
vertical 
 
Fonte: Autor 
 
2.1.1.3 Radiação 
 
 
Todos os corpos aquecidos emitem radiação térmica, 
que ao ser absorvida por outro corpo, provoca nele 
uma elevação de temperatura. A radiação térmica se 
dá por meio da propagação de ondas 
eletromagnéticas (FRIEDMAN, 1998; HALLIDAY, 
RESNICK e WALKER, 2013; MÁXIMO e ALVARENGA, 
1993). 
Diferente da condução e da convecção, a radiação 
não depende de nenhum meio físico para se 
propagar. Um exemplo da propagação por radiação é 
o aquecimento do planeta pelos raios do sol, mesmo 
que haja um vácuo entre os dois (figura 1.7). Nesse 
caso, não há nenhum meio físico para que esse calor 
se propague por condução ou convecção. 
 
Figura 1.7 – Radiação térmica da energia do Sol na 
Terra 
Fonte: Autor 
 
 
Nesse sentido, enquanto a condução segue o 
caminho imposto pela localização das moléculas, 
como no exemplo da colher metálica, e a convecção, 
um fluxo vertical para cima nos meios fluidos; a 
propagação por radiação não segue um caminho 
específico, pois o calor ocorre uniformemente em 
todas as direções. A figura 1.8 demonstra os três tipos 
de propagação do calor. 
 
 
Figura 1.8 – Métodos de propagação do calor 
 
Fonte: Autor 
 
192
funcional sobre o infrator, 
o militar estadual de maior antiguidade que 
presenciar a 
 
 
irregularidade deverá tomar imediatas e enérgicas 
providências, inclusive recolhendo o transgressor a 
local determinado, na condição de detido com 
prejuízo do serviço, em nome da autoridade 
competente, dando ciência a esta, pelo meio mais 
rápido, do ocorrido e das providências tomadas em 
seu nome. 
Parágrafo único - O transgressor permanecerá 
nestas condições pelo período de vinte e quatro 
horas, prorrogável por igual período, mediante 
decisão devidamente fundamentada, da qual ser-lhe-
á dado ciência, determinando- se a imediata 
apuração dos fatos e instauração do devido 
processo administrativo disciplinar militar, pela 
autoridade que detém a competência punitiva sobre 
o infrator. 
Art. 18 - Quando para a preservação da disciplina e 
do decoro da Corporação, uma ocorrência exija 
pronta intervenção, visando restabelecer a ordem 
administrativa, mesmo sem possuir ascendência 
funcional sobre o infrator, o militar estadual de 
maior antiguidade que presenciar ou tiver 
conhecimento de transgressão disciplinar de 
natureza grave deverá tomar imediatas e enérgicas 
providências, inclusive recolhendo o transgressor a 
local determinado, na condição de detido com 
prejuízo do serviço, em nome da autoridade 
competente, dando ciência a esta, pelo meio mais 
rápido, do ocorrido e das providências tomadas em 
seu nome. 
Parágrafo único - O transgressor permanecerá 
nestas condições pelo período de até vinte e quatro 
horas, mediante decisão devidamente motivada, da 
qual serlhe-á dado ciência, determinando-se a 
imediata apuração dos fatos e instauração do 
devido processo administrativo disciplinar militar, 
pela autoridade que detém a competência punitiva 
sobre o infrator. 
 
 
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
MILITAR DA 
COMPETÊNCIA 
 
 
Art. 19 - A competência disciplinar é inerente ao 
cargo, posto ou função. 
 
Art. 20 - São autoridades competentes 
para aplicar sanção disciplinar: 
I - O Governador do Estado a todos os Militares 
Estaduais sujeitos a este Regulamento; 
II - O Chefe da Casa Militar aos que estiverem sob 
suas ordens; 
 
III - O Comandante-Geral e o Subcomandante-Geral 
da Brigada Militar a todos os Militares Estaduais 
sujeitos a este Regulamento, exceto o Chefe da Casa 
Militar e àqueles que 
servirem sob as ordens deste; 
 
IV - O Chefe do Estado Maior da Brigada Militar aos 
que estiverem sob suas ordens; 
 
V - O Corregedor-Geral, o Comandante do 
Comando do Corpo de 
Bombeiros, os Comandantes dos Comandos 
Regionais de Polícia Ostensiva, os
 Comandantes dos Comandos Regionais de 
Bombeiros, o 
Comandante do Comando dos órgãos de Polícia 
Militar Especiais e os Diretores aos que estiverem 
sob suas ordens ou integrantes das OPM 
subordinadas; 
VI - O Ajudante-Geral, os Comandantes e 
Subcomandantes de órgãos Policiais Militares, os 
Chefes de Assessorias, Seção, Centros e Divisões, e 
os Comandantes de Subunidades aos que estiverem 
sob seu comando, chefia ou direção. 
544
VII - Os Comandantes de Pelotões Destacados, aos 
que servirem sob suas ordens. 
 
 
 
 
 
Art. 21 - O Governador do Estado e o Comandante-
Geral da Brigada Militar são competentes para 
aplicar todas as sanções disciplinares previstas neste 
Regulamento. 
 
Art. 22 - Na ocorrência de transgressão disciplinar 
envolvendo Militares Estaduais de mais de um OPM, 
caberá ao Comandante com
 responsabilidade territorial sobre a área onde 
ocorreu o fato, apurar ou determinar sua apuração, 
e, ao final, remeter os autos à autoridade funcional 
superior comum aos envolvidos. 
Art. 23 - Quando duas autoridades de níveis 
hierárquicos diferentes, ambas com competência 
disciplinar sobre o transgressor, tiverem 
conhecimento da 
 
transgressão disciplinar, caberá à de maior 
hierarquia apurá-la ou determinar que a menos 
graduada o faça. 
Art. 24 - No caso de ocorrência disciplinar 
envolvendo Militares das Forças Armadas e 
Militares Estaduais, a autoridade policial-militar 
competente deverá tomar as medidas disciplinares 
cabíveis quanto aos elementos a ela subordinados, 
informando o escalão superior sobre a ocorrência, as 
medidas tomadas e o que foi por ela apurado, 
dando ciência do fato também ao Comandante 
Militar interessado. 
 
DA PARTE DISCIPLINAR 
gabaritopolicial.top
 @gabaritopolicialtop
 @brigadianosincero 
Art. 25 - A parte disciplinar é o relato de uma 
transgressão disciplinar cometida por Militar 
Estadual. 
Art. 26 - Todo Militar Estadual que tiver 
conhecimento de um fato contrário à disciplina 
deverá participar ao seu superior imediato, por 
escrito ou verbalmente, neste último caso 
confirmando a participação, por escrito no prazo de 
até dois dias úteis. 
Art. 27 - A parte disciplinar deve ser clara e precisa, 
contendo os dados capazes de identificar pessoas ou 
objetos envolvidos, local, data, hora do fato, 
circunstâncias e alegações do transgressor, quando 
presente. 
§ 1° É vedado ao comunicante tecer 
comentários ou opiniões pessoais. 
 
§ 2° A parte disciplinar deverá ser apresentada no 
prazo de até dois dias úteis, contados da 
constatação ou do conhecimento do fato, 
ressalvadas as 
disposições relativas às medidas cautelares, 
previstas nos artigos 17 e 18, deste Regulamento, 
quandodeverá ser feita imediatamente. 
 
 
DO PROCESSO 
545
Art. 28 - Nos casos em que são imputadas ao Militar 
Estadual ações ou omissões tidas como 
transgressões da disciplina policial-militar, estas 
serão devidamente apuradas na forma do contido 
neste Capítulo e nos Anexos I e II, deste Regulamento, 
propiciando-se ao imputado o devido processo 
administrativo para a sua ampla defesa e 
contraditório. 
 
Parágrafo único - O processo administrativo será 
orientado pelos princípios da instrumentalidade, 
simplicidade, informalidade, economia 
procedimental e celeridade, buscando sempre a 
verdade real sobre o fato apreciado. 
 
Art. 29 - As autoridades competentes para 
instauração, procedimento e julgamento do processo 
são aquelas com competência para aplicar a sanção 
administrativa. 
Parágrafo único - As autoridades de que trata o caput 
deste artigo, exceto Comandantes de Pelotões 
Destacados, poderão delegar a Oficial que lhe seja 
subordinado, a realização do Processo 
Administrativo Disciplinar Militar, 
observando a precedência hierárquica entre o 
Encarregado e o Acusado. 
Art. 30 - Incumbirá ao acusado o ônus de provar os 
fatos por ele alegados em sua defesa, entre estes os 
de existência de fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo da pretensão punitiva-disciplinar, bem 
como o de apresentar e conduzir à autoridade 
competente as provas documentais e testemunhais 
que arrolar como pertinentes ao fato. 
 
 
 
 
Parágrafo único - A autoridade competente ou a 
encarregada do processo poderá limitar ou 
excluir as provas e 
testemunhas que considerar Excessivas, 
Impertinentes ou Protelatórias. 
 
 
 
 
Art. 31 - Nenhum ato do processo será declarado 
nulo se da nulidade não resultar prejuízo para a 
Administração ou para a defesa, nem se praticado 
de forma diversa da prescrita tenha atingido sua 
finalidade. 
Parágrafo único - Igualmente não será declarada 
nulidade de ato processual que não tenha influído na 
apuração da verdade substancial ou decisão da 
autoridade competente. 
BIZU: PODERÁ LIMITAR OU 
EXCLUIR AS 
PROVAS E TESTEMUNHAS 
QUE PIE 
546
Art. 32 - O processo será arquivado quando 
reconhecido: 
 
I- estar provada a inexistência do fato: 
II - não haver prova da existência do fato; 
III- não constituir o fato infração disciplinar; 
IV- não existir prova de ter o acusado concorrido para 
a infração disciplinar; 
 
V - não existir prova suficiente para a aplicação da 
punição; VI - a existência de quaisquer das seguintes
 
Causas de justificação: 
a. motivo de força maior ou caso fortuito; 
b. legítima defesa própria ou de outrem; 
c. estado de necessidade; 
d. estrito cumprimento do dever legal; 
e. coação irresistível; 
f. inexigibilidade de conduta diversa. 
Art. 33 - O Militar Estadual, com estabilidade cuja 
atuação no serviço revelarse incompatível com o 
cargo ou que demonstrar incapacidade para o 
exercício das funções policiais-militares a ele 
inerentes será submetido a Conselho de Justificação 
ou Disciplina. (Disciplina ao Praça, Justificação ao 
Oficial) 
Parágrafo único - Obedecidas as prescrições 
estatutárias será promovido o imediato afastamento 
do cargo e das funções o Militar Estadual que 
praticar os atos previstos no caput deste artigo. 
 
 
DA APLICAÇÃO DA SANÇÃO 
DISCIPLINAR 
 
 
Art. 34 - Na aplicação da sanção disciplinar serão 
considerados os motivos, circunstâncias e 
consequências da transgressão, os 
 
antecedentes e a personalidade do infrator, assim 
como a intensidade do dolo ou o grau da culpa. 
Art. 35 - São circunstâncias atenuantes: I - estar 
classificado, no mínimo, 
no comportamento bom; II - 
relevância de serviços 
prestados; 
III - ter cometido a transgressão para a preservação 
da ordem ou do interesse público; 
IV - ter admitido, com eficácia para elucidação dos 
fatos, o cometimento da transgressão. 
 
Art. 36 - São circunstâncias agravantes: 
 
I - estar classificado no comportamento insuficiente 
ou no comportamento mau; 
 
II - prática simultânea ou conexão 
de duas ou mais transgressões; 
 
III - reincidência; 
IV - conluio de duas ou mais pessoas; 
V - falta praticada com abuso de autoridade; VI - ter 
sido cometida a transgressão: 
a) em presença de subordinado; 
b) durante a execução de serviço; 
BIZU: LEGÍTIMA é a FORÇA MAIOR 
e o CUMPRIMENTO na 
NECESSIDADE da CONDUTA 
IRRRESISTÍVEL! 
547
c) com premeditação; 
d) em presença de tropa; 
e) em presença de público. 
Art. 37 - A aplicação da punição será feita com 
Justiça, SErenidade e Imparcialidade, para que o 
punido fique consciente e convicto de que a mesma 
se inspira no cumprimento exclusivo de um dever. 
 
 
§ 1° A aplicação da sanção disciplinar será 
proporcional à gravidade da transgressão cometida, 
e não justificada, dentro dos seguintes limites: 
 
I - advertência ou repreensão para as transgressões 
classificadas como de natureza leve; 
II - de repreensão até dez dias de detenção com 
prejuízo do serviço para as transgressões 
classificadas como de natureza média; 
III - de detenção com prejuízo do serviço, até trinta 
dias, às punições previstas nos artigos 14 e 15, deste 
Regulamento, para as transgressões classificadas 
como de natureza grave. 
§ 2° A punição não poderá atingir o máximo previsto 
no parágrafo anterior (30 dias) quando ocorrerem 
apenas circunstâncias atenuantes; 
§ 3° A aplicação da primeira punição classificada 
como detenção com prejuízo do serviço ou prisão 
são da competência das autoridades elencadas 
 
no inciso I ao VI do artigo 20, do presente 
Regulamento; (Governador, Comandante e Sub-
Comandante Geral, Chefe da Casa Militar e Chefe do 
Estado Maior) 
 
§ 4° Nos casos em que houver a necessidade de 
exceder o limite de dez dias de detenção com 
prejuízo do serviço ou de quinze dias de prisão na 
aplicação da punição, esta deverá ser submetida à 
apreciação das autoridades previstas no inciso VI do 
artigo 20 deste Regulamento (Comandantes diretos), 
com exceção das aplicadas pelas autoridades que as 
precedem. 
 
Art. 38 - O enquadramento disciplinar é a descrição 
da transgressão cometida, dele devendo constar, 
resumidamente, o seguinte: 
I - descrição da ação ou omissão 
que caracteriza a transgressão; 
 
II - indicação da transgressão 
disciplinar; 
 
III - as causas de justificação ou das circunstâncias 
atenuantes e agravantes; 
IV - alegações de defesa; 
V - decisão da autoridade aplicando a sanção; 
VI - assinatura da autoridade. 
Art. 39 - Em caso de reincidência, a aplicação da pena 
deverá ser com maior severidade. 
Art. 40 - Na ocorrência de mais de uma transgressão, 
sem conexão entre elas, serão aplicadas as sanções 
correspondentes isoladamente. 
Art. 41 - Ninguém será administrativamente 
cerceado da liberdade, exceto quando da 
necessidade da aplicação das medidas cautelares, da 
detenção ou da prisão de que trata m o presente 
Regulamento. 
 
 
CAPÍTULO V 
DO CUMPRIMENTO DA SANÇÃO DISCIPLINAR 
 
 
Art. 42 - A autoridade competente que tiver de 
efetivar o cumprimento de uma sanção imposta a 
subordinado que esteja a serviço ou à disposição de 
outra autoridade, fará a devida comunicação para 
que a medida seja cumprida. 
202 BIZU: É IMPORTANTE QUE A 
PUNIÇÃO SEJI INSPIRADA NO DEVER. 
548
 
Art. 43 - O cumprimento da sanção disciplinar por 
Militar Estadual afastado de serviço deve ocorrer 
após a sua apresentação no OPM, pronto para o 
serviço policial-militar, salvo nos casos da 
preservação da ordem. 
Parágrafo único - A interrupção de afastamento 
regulamentar para implemento de sanção 
disciplinar, somente ocorrerá quando determinada 
pelo Governador do Estado ou pelo Comandante-
Geral da Brigada Militar. 
 
 
TÍTULO V 
DO COMPORTAMENTO POLICIAL-MILITAR 
Art. 44 - O comportamento Policial- Militar dos 
Praças espelha o seu procedimento civil e policial-
militar sob o ponto de vista disciplinar.Art. 45 - Ao ser incluído na Brigada Militar, o Praça 
será classificado no comportamento bom. 
 
 
Art. 46 - Para fins disciplinares e para outros efeitos, 
o comportamento policialmilitar do Praça é 
considerado: 
I - excepcional, quando no período de setenta e dois 
meses de efetivo serviço tenha sofrido até no máximo 
uma advertência; 
II - ótimo, quando no período de quarenta e oito 
meses tenha sofrido até no máximo uma repreensão, 
ou o equivalente; 
III - bom, quando no período de vinte e quatro meses 
tenha sofrido até no máximo uma punição de 
detenção, ou o equivalente; 
IV - insuficiente, quando no período de doze meses 
tenha sofrido até no máximo uma punição de 
detenção com prejuízo do serviço ou o equivalente; 
 
V - mau, quando no período de doze meses tenha 
sofrido até duas punições de detenção com prejuízo 
do serviço ou o equivalente, e mais uma outra 
punição qualquer. 
 
 
 
§ 1° - A reclassificação do 
comportamento se dará ex-officio, de 
acordo com os prazos estabelecidos neste artigo. 
 
§ 2° - Para a classificação de comportamento, duas 
advertências equivalerão a uma repreensão, duas 
repreensões a uma detenção sem prejuízo do serviço 
e duas detenções sem prejuízo do serviço a uma 
detenção com prejuízo do serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
§ 3° - Ainda para efeito de classificação do 
comportamento, a prisão administrativa, de que 
trata o artigo 13 deste Regulamento, corresponderá 
a uma detenção com prejuízo do serviço. 
 
§ 4° - Para efeito de reclassificação do 
comportamento, ter-se-á como base as datas em que 
 
 
 
BIZU: FAZ UM VINTE E UM! 
 
21, 21, 21 
549
as sanções foram publicadas. 
§ 5° - A reclassificação do comportamento do ME se 
dará gradativamente e será proporcional à sanção, 
tomando como base o comportamento bom. 
 
§ 6° - A reclassificação do comportamento se dará 
após a decisão definitiva. 
§ 7° - As punições canceladas ou anuladas não serão 
consideradas para efeito de reclassificação do 
comportamento. 
§ 8° - O Militar Estadual classificado no 
comportamento Bom ou ótimo poderá ser 
beneficiado com a reclassificação gradativa por 
ocasião de sua transferência para a reserva 
remunerada, independente dos prazos, por meio de 
publicação fundamentada de seu comandante 
imediato. 
 
TÍTULO VI 
DOS RECURSOS DISCIPLINARES 
 
Art. 47 - É direito de todo o Militar Estadual, que se 
considerar prejudicado, ofendido ou injustiçado por 
ato de superior hierárquico na esfera disciplinar, 
interpor os seguintes recursos: 
 
I - Reconsideração de Ato; “Pedido de colher de chá” 
 
II - Queixa; “Choradeira” 
III - Representação. “Alguém te representou, tomou 
tuas dores” 
 
 
 
 
Art. 48 - O recurso disciplinar deve ser redigido de 
forma respeitosa, sem comentários ou insinuações, 
tratando de caso específico, cingindo-se aos fatos que 
o motivaram, fundamentando-se em argumentos, 
provas ou documentos comprobatórios e 
elucidativos. 
 
Art. 49 - Os recursos deverão ser interpostos 
individualmente e deverão ser encaminhados pela 
autoridade à qual o requerente estiver
 diretamente subordinado. 
Art. 50 - Os recursos disciplinares a que se refere o 
artigo 47 deste Regulamento terão efeito suspensivo 
no cumprimento da punição imposta. 
 
Art. 51 - A decisão do recurso não agravará a punição 
do recorrente. 
Art. 52 - A Reconsideração de Ato é o recurso 
interposto, mediante parte ou oficio, à autoridade 
que praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se 
reputa irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para que 
o reexamine. 
 
Art. 53 - A Queixa é o recurso interposto perante a 
autoridade imediatamente superior a que aplicou a 
punição disciplinar, por Militar Estadual que se julgue 
prejudicado em virtude de decisão denegatória do 
550

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