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Reabsorção e Secreção Renal

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Ligantes: Camila Abreu e 
 Fânia Teixeira
Reabsorção e Secreção pelos Túbulos Renais
Filtração?
Reabsorção?
Secreção?
Excreção urinária = Filtração glomerular – Reabsorção tubular + Secreção tubular
A reabsorção tubular é seletiva e quantitativamente grande
Filtração = Taxa de filtração glomerular x Concentração plasmática
Os processos de filtração glomerular e de reabsorção tubular são quantitativamente muito superiores em relação à excreção urinária
Diferentemente da filtração glomerular, que é relativamente não seletiva, a reabsorção tubular é altamente seletiva
A reabsorção tubular é seletiva e quantitativamente grande
A reabsorção tubular inclui mecanismos passivos e ativos
Transporte Ativo
Transporte ativo primário
Ex: bomba sódio-potássio ATPase
Transporte ativo secundário
Reabsorção de glicose pelo túbulo renal
Os solutos podem ser transportados através de células epiteliais ou entre células
Os solutos podem ser reabsorvidos ou secretados através das células pela via transcelular ou;
Entre as células movendo-se através das junções oclusivas e dos espaços intercelulares pela via paracelular
O transporte ativo primário através da membrana tubular está ligado a hidrólise de ATP
O transporte ativo primário pode mover solutos contra um gradiente eletroquímico
Sódio-potássio ATPase, hidrogênio ATPase, hidrogênio-potássio ATPase e cálcio ATPase
Relembrando:
Membrana basolateral
Membrana luminal
Reabsorção ativa secundária através da membrana tubular
Secreção ativa secundária nos túbulos
Contratransporte: a energia liberada do movimento dissipativo de uma das substâncias permite o movimento ativo de uma segunda substância na direção oposta
Pinocitose – Um mecanismo de transporte ativo para reabsorção de proteínas
Algumas porções do túbulo especialmente o túbulo proximal, reabsorvem moléculas grandes como proteínas por pinocitose
Transporte máximo para substâncias que são reabsorvidas ativamente
Transporte máximo ocorre quando a quantidade de soluto liberada para o túbulo excede a capacidade das proteínas transportadoras e de enzimas específicas envolvidas no processo de transporte
Ex: o transporte máximo da glicose é a taxa máxima na qual a glicose pode ser reabsorvida nos túbulos
Glicose:
Transporte máximo: 375 mg/min
Carga filtrada normal: 125 mg/min 
Transporte máximo para substâncias que são reabsorvidas ativamente
Transporte máximo para substâncias que são secretadas ativamente
Substâncias que são transportadas ativamente mas que não exibem um transporte máximo
Substâncias que são reabsorvidas passivamente não demonstram um transporte máximo
O transporte desse tipo é denominado transporte gradiente-tempo, porque a taxa de transporte depende do gradiente eletroquímico e do tempo que a substância está no túbulo
Algumas substâncias que são transportadas ativamente também possuem características de transporte gradiente-tempo
Ex: a reabsorção de sódio no túbulo proximal, onde a capacidade máxima de transporte da bomba sódio-potássio ATPase basolateral é normalmente bem maior do que a taxa real de reabsorção
A reabsorção passiva de água por osmose está acoplada principalmente à reabsorção de sódio
Quando solutos são transportados para fora do túbulo por transporte ativo tanto primário quanto secundário, suas concentrações tendem a diminuir dentro do túbulo enquanto aumentam no interstício renal. Isso cria uma diferença de concentração que causa osmose na mesma direção em que os solutos são transportados, do lúmen tubular para o interstício renal
Uma grande parte do fluxo osmótico ocorre através das junções oclusivas entre as células epiteliais, bem como através das próprias células
Arrasto de solvente
Reabsorção de cloreto, ureia e de outros solutos por difusão passiva
Reabsorção e Secreção ao Longo de Porções Diferentes do Néfron
Reabsorção tubular proximal
Extensa borda em escova, labirinto de canais intercelulares e basais;
Luminal e basolateral.
Na+, Cl-, K+ e água filtrada: 65%
Cloreto: pouco menos
Reabsorção ativa primária (bomba de NaKATPase - membrana basolateral), ativa secundária e passiva;
1° metade do TP
Cotransporte (transcelular): Na+, HCO3- e nutrientes orgânicos (ex: a.a., glicose)
2° metade do TP
Reabsorvidos: a.a. e glicose restante 
Contratransporte: Na+ (entra) e H+ (sai) 
Cotransporte: Na+ e Cl - (+ []) – via paracelular, junções intercalares.
Canais de cloreto específicos
OBS:
Proteínas (hormônios peptídeos, pequenas proteínas e até albumina) são reabsorvidas por pinocitose (transporte ativo), mecanismo saturável. Cerca de 7g de albumina é filtrada por dia, o que representa 0,01 % do que passa por dia pelos rins (50.000g/dia). No entanto o TCP reabsorve avidamente a albumina e a urina quase não apresenta sinais desta proteína (150mg/dia aproximadamente 2%). 
As proteínas são parcialmente degradadas por enzimas na superfície das células do TCP onde são digeridas a aminoácidos e retornam ao sangue pela membrana basolateral.
Concentração de soluto ao longo do TP
1: [] tubular = [] plasma
Osmolaridade mantida: alta permeabilidade à água
Secreção de ácidos e bases orgânicos pelo TP
Sais biliares, oxalato, urato, catecolaminas (excretadas pela urina);
Fármacos e toxinas danosas: céls. tubulares p/ lúmen tubular (rapidamente depuradas)
OBS: Penicilina, salicilatos (problema). Ác. paramino-hipúrico (PAH): depuração até 90%, estimula fluxo sg renal. 
Transporte de soluto e de água na Alça de Henle
Seg. descendente e ascendente fino (memb. epit. fina, s/ borda em escova, poucas mitocôndrias) 
Muito permeável à água (20%) e moderado à maioria dos solutos (como uréia e Na);
Difusão simples
Ascendente fino e ascendente espesso: praticamente impermeáveis à água (p/ [] urina)
Asc. espesso: cels. epit. espessas, alta ativ. metab., reabsorção ativa (Na+, Cl – e K+): 25%; e pela via paracelular (Mg++, Ca++ Na+ e K+) 
Bomba Na/K ATPase (memb. basolaterais das céls. epit.)
Túbulo Distal
1° porção: mácula densa (céls. epit. agrupadas compactamente; parte do complexo justaglomerular – no ângulo entre as arteríolas aferente e eferentes); 
Controle por feedback do FG e Fluxo sanguíneo
Deteccção da [] de Na no TD – renina – angiotensinogênio (fígado) – angiotensina I – angiotensina II – vasoconstrição das arteríolas renais – aldosterona (adrenais) – aumento da reabsorção de Na e eliminação do K
Quase impermeáveis à uréia.
2° porção: semelhante a asc. espessa (“segmento de diluidor”)
Túbulo Distal Final e Túbulo Coletor Cortical
Similares
Céls. principais e intercalares
Quase impermeáveis 
à uréia.
Reabsorção de Na e
secreção de K (aldosterona
e [] de íons K)
Reabsorção de água 
(horm. ADH - vasopressina)
H secretado contra alto grad.
de []: regulação ác. - base
Alça de Henle asc. espessa 
1 - Inibem aldosterona de estimular reabsorção de Na e secreção de K
2 - Inibem entrada de Na pelos canais de Na
Diuréticos poupadores de potássio:
 Céls. Principais
1 - Redução do Na reduz entrada de K p/ cél q reduz a saída p/ o lúmen;
2 – Redução na excreção urinária de K
Ducto Coletor Medular
Reabsorção água e Na: 10 %
Determina a quantidade final do débito urinário
Controle do horm. ADH
Permeável à uréia (transportadores de uréia) para o interstício medular
Secreta H contra alto grad. de [] 
PARA REFLETIR...
1 - Após receber um transplante renal, um paciente desenvolveu grave hipertensão (170/110mmHg). O arteriograma renal indica grave estenose da artéria renal no seu único rim, com uma redução da taxa de filtração glomerular (TFG) para 25% do normal. Qual das seguintes mudanças, comparadas com a situação normal, pode ser esperada nesse paciente supondo-se as condições em equilíbrio?
Aumento acentuado da [] de Na no plasma;
Redução da excreção de Na pela urina para 25% do normal;
Redução da excreção de creatinina pela urina para 25% do normal;
Aumento da creatinina sérica para cerca de 4 vezes o normal;
Fluxosanguíneo renal normal no rim estenosado devido à autorregulação.
1 - Após receber um transplante renal, um paciente desenvolveu grave hipertensão (170/110mmHg). O arteriograma renal indica grave estenose da artéria renal no seu único rim, com uma redução da taxa de filtração glomerular (TFG) para 25% do normal. Qual das seguintes mudanças, comparadas com a situação normal, pode ser esperada nesse paciente supondo-se as condições em equilíbrio?
Aumento acentuado da [] de Na no plasma;
Redução da excreção de Na pela urina para 25% do normal;
Redução da excreção de creatinina pela urina para 25% do normal;
Aumento da creatinina sérica para cerca de 4 vezes o normal;
Fluxo sanguíneo renal normal no rim estenosado devido à autorregulação.
Resposta
Uma estenose grave arterial renal, que reduz a TFG a 25% do normal, também pode diminuir o fluxo sanguíneo renal, mas causaria somente uma redução transitória na excreção urinária da creatinina. A diminuição transitória pode aumentar a creatinina sérica (para aproximadamente 4 vezes o normal) o que restauraria a carga de creatinina filtrada normal, resultando no retorno da excreção urinária normal da creatinina, em condições de equilíbrio. 
A secreção urinária de Na pode também diminuir transitoriamente mas, também, será normalizada de forma que a ingestão e excreção de Na estejam equilibradas. A concentração plasmática de Na não deve ser alterada de forma significativa porque ela é estreitamente regulada pelo mecanismo hormônio diurético – sede. 
2 - Qual das seguintes alternativas causa, geralmente, a retenção renal de sódio ou de água durante a insuficiência cardíaca compensada?
Diminuição na produção de angiotensina II;
Diminuição na produção de aldosterona;
Vasodilatação simpática das arteríolas aferentes;
Aumento da TFG;
Aumento na produção de hormônio antidiurético.
2 - Qual das seguintes alternativas causa, geralmente, a retenção renal de sódio ou de água durante a insuficiência cardíaca compensada?
Diminuição na produção de angiotensina II;
Diminuição na produção de aldosterona;
Vasodilatação simpática das arteríolas aferentes;
Aumento da TFG;
Aumento na produção de hormônio antidiurético.
Resposta
Na insuficiência cardíaca compensada, a atividade simpática está aumentada. Um dos efeitos observados e a vasoconstrição das arteríolas aferentes nos néfrons renais. Isto diminui a pressão hidrostática glomerular e, assim, a TFG, resultando no aumento da retenção de Na e água no corpo. Também ocorre a liberação de angiotensina II que produz, diretamente, retenção renal de Na e estimula a secreção de aldosterona que, por sua vez, causa uma aumento adicional na retenção de Na pelos rins. O excesso de Na no organismo aumenta a osmolaridade, o que aumenta a liberação do hormônio antidiurético, resultando em retenção renal de água.
3 - A pressão sanguínea de um homem hipertenso, com 55 anos, tem sido razoavelmente controlada pela administração de um diurético tiazídico. Durante sua última visita (seis meses atrás) sua pressão sanguínea era 130/75 mmHg e sua creatinina sérica era 1 mg/dl. O paciente tem se exercitado regularmente nos últimos dois anos, mas recentemente, sentiu dores no joelho e começou a se automedicar com grande quantidade de uma droga antiinflamatória não-esteroide. Quando chegou ao consultório, sua pressão sanguínea era 155/85 mmHg e sua creatinina sérica era 2 mg/dl. Qual das seguintes alternativas explica melhor o aumento da creatinina sérica?
A) aumento da resistência na arteríola aferente que reduz a TFG;
B) Aumento da resistência arteriolar eferente que reduz a a TFG;
C) Aumento no coeficiente de filtração capilar glomerular que reduz a TFG;
D) Aumento na produção de angiotensina II que diminui a TFG;
E) Aumento da massa muscular devido aos exercícios.
3 - A pressão sanguínea de um homem hipertenso, com 55 anos, tem sido razoavelmente controlada pela administração de um diurético tiazídico. Durante sua última visita (seis meses atrás) sua pressão sanguínea era 130/75 mmHg e sua creatinina sérica era 1 mg/dl. O paciente tem se exercitado regularmente nos últimos dois anos, mas recentemente, sentiu dores no joelho e começou a se automedicar com grande quantidade de uma droga antiinflamatória não-esteroide. Quando chegou ao consultório, sua pressão sanguínea era 155/85 mmHg e sua creatinina sérica era 2 mg/dl. Qual das seguintes alternativas explica melhor o aumento da creatinina sérica?
A) aumento da resistência na arteríola aferente que reduz a TFG;
B) Aumento da resistência arteriolar eferente que reduz a a TFG;
C) Aumento no coeficiente de filtração capilar glomerular que reduz a TFG;
D) Aumento na produção de angiotensina II que diminui a TFG;
E) Aumento da massa muscular devido aos exercícios.
Resposta
As prostaglandinas renais tem um papel importante prevenindo a vasoconstrição excessiva das arteríolas aferentes e diminuindo a TFG, especialmente sob condições de depleção de volume. A administração de diurético tiazídicos tende a produzir depleção de volume e o uso adicional de drogas antiinflamatórias não esteróides inibiria a formação de prostaglandinas vasodilatadoras, causando um aumento da resistência das arteríolas aferentes e diminuindo a TFG. 
O aumento da resistência das arteríolas eferentes ou aumento do coeficiente de filtração nos capilares glomerulares tende a elevar a TFG. 
O bloqueio da síntese de prostaglandinas resultaria na redução da secreção de renina e da formação de angiotensina II. 
É improvável que o aumento da massa muscular devido aos exercícios possa ser a causa do aumento (dobro) da creatinina sérica.
4 - Duas semanas após a constrição da artéria renal de um rim remanescente para reduzir, inicialmente, a pressão da artéria renal em 20 mmHg (de 100 para 80 mmHg), qual das seguintes alterações pode ser esperada, comparativamente à situação antes da constrição da artéria?
Diminuição acentuada da excreção de Na (> 20%);
Aumento acentuada da secreção de renina (> 2vezes);
Retorno da pressão arterial renal para, aproximedamente, 100 mmHg;
Grande diminuição da TFG (>20%);
Grande redução do fluxo sanguíneo renal (>20%).
4 - Duas semanas após a constrição da artéria renal de um rim remanescente para reduzir, inicialmente, a pressão da artéria renal em 20 mmHg (de 100 para 80 mmHg), qual das seguintes alterações pode ser esperada, comparativamente à situação antes da constrição da artéria?
Diminuição acentuada da excreção de Na (> 20%);
Aumento acentuada da secreção de renina (> 2vezes);
Retorno da pressão arterial renal para, aproximedamente, 100 mmHg;
Grande diminuição da TFG (>20%);
Grande redução do fluxo sanguíneo renal (>20%).
Resposta
A redução da pressão de perfusão renal para 80 mmHg (dentro da margem da auto-regulação) somente causaria uma redução transitória de TFG, fluxo sanguíneo renal e excreção de Na, e um aumento transitória na excreção de renina. 
A diminuição da excreção de Na e o aumento da secreção de renina elevariam a pressão arterial, normalizando, assim, a pressão de perfusão renal, além de restabelecendo a função renal normal. 
Enquanto a pressão de perfusão renal não for reduzida aquém da faixa de auto-regulação, a TFG e o fluxo sanguíneo renal retornam aos valores normais dentro de poucos minutos após a constrição da artéria renal. 
Referencias Bibliográficas 
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1151 p. 
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1151 p. Disponível em <http://www.elsevier.com.br/site/uploads/material/privado/978853523/9788535237351/84082/index.html#perguntas_e_respostas_comentadas>. Acesso em: 25 de março de 2012.
DÚVIDAS?... ATÉ A PROXIMA! 
FIM

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