Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
e-Tec Brasil75 Aula 16 – Unidades de proteção integral Nesta aula aprenderemos a respeito das unidades de conservação de proteção integral, que são aquelas que apresentam um número maior de restrições quanto à utilização de seus recursos. Dentro das unidades de proteção integral temos importantes categorias des- tinadas especialmente à preservação dos ambientes naturais e à pesquisa científica. Vamos saber mais? 16.1 Categorias de unidades de proteção integral O objetivo básico dessas unidades é preservar a natureza, não sendo permiti- do ao homem habitá-las, admitindo-se apenas o uso indireto dos seus recur- sos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. São cinco as categorias dentro das unidades de proteção integral: Estação ecológica: o estabelecimento de estações ecológicas visa preser- var a natureza e o desenvolvimento de pesquisas científicas. Essas unidades são compostas por áreas exclusivamente públicas, entretanto, caso haja no momento de sua criação propriedades particulares em seu interior, elas de- vem ser desapropriadas. Dentro das estações ecológicas não é permitido a visitação pública, a não ser com o objetivo educacional, conforme disposto em seu plano de manejo. A realização de pesquisas na área deve ser pre- viamente autorizada pelo órgão responsável, sujeita a restrições. Os ecossis- temas englobados pelas estações ecológicas podem ser alterados em casos específicos, dispostos no artigo 9º, parágrafo 4º, da Lei n. 9.985 de 2000 (BRASIL, 2000): I. Medidas que visem à restauração de ecossistemas modificados; II. Manejo de espécies com a finalidade de preservar a diversidade biológica; III. Coleta de componentes do ecossistema com objetivos científicos; IV. Pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil e quinhentos hectares. Reserva biológica: as reservas biológicas visam à preservação integral da biota e demais atributos na- turais existentes em seus limites. Nessas unidades de conservação não é permitida a interferência humana direta ou modificações no ambiente. Em seus limites são admitidas apenas intervenções com o objetivo de recuperar os ecossistemas alterados e outras ações de manejo necessárias à recuperação e preservação do equilíbrio natural, à diversidade biológica e aos processos ecológicos naturais. As reservas biológicas são áreas exclusivamente públicas, sendo necessária a desapropriação das áreas privadas em seu domínio. A visitação é permitida apenas para fins educacionais e a pesquisa científica depende de autorização do órgão res- ponsável. Parque nacional: o objetivo básico das unidades de conservação dentro dessa categoria é a preservação dos ecossistemas naturais de grande rele- vância ecológica e beleza cênica. São permitidos nessas unidades a visitação, o desenvolvimento de pesquisas científicas e atividades educacionais, recre- ação e turismo ecológico, conforme o disposto em seu plano de manejo. Os parques nacionais são propriedades públicas e as unidades dessa categoria, quando criadas por estados ou municípios, são denominadas de parque es- tadual e parque municipal. Monumento natural: essa categoria de unidade de conservação visa à pre- servação de sítios ou locais naturais raros ou de grande beleza cênica. Nesse caso, ao contrário das categorias vistas anteriormente, o monumento natu- ral pode ser constituído por propriedades privadas, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recur- sos naturais do local pelos proprietários. Em caso de divergências em relação aos objetivos da unidade de conservação e interesses do proprietário, a área deve ser desapropriada. É permitida a visitação pública, desde que sujeita aos dispostos no plano de manejo da unidade. Figura 16.1: Vista da Reserva Biológica do Aguaí, no estado de Santa Catarina Fonte: Felinos do Aguaí Gestão de Florestase-Tec Brasil 76 Refúgio da vida silvestre: essa categoria visa à proteção dos ambientes naturais em que ocorrem condições para a existência ou reprodução de es- pécies da flora e da fauna, seja residente ou migratória. Semelhantemente ao monumento natural, as áreas do refúgio da vida silvestre podem ser for- madas por propriedades particulares, desde que os objetivos da unidade de conservação e dos proprietários sejam compatíveis. Caso haja divergência de interesses, as áreas devem ser desapropriadas. Tanto a visitação quanto a pesquisa científica são possíveis, atendendo às normas estipuladas no plano de manejo da unidade, com autorização prévia do órgão responsável. Resumo Nesta aula vimos que as unidades de proteção integral são aquelas cujo ob- jetivo principal é a preservação de ecossistemas de grande importância ou de ambientes de grande beleza cênica. Essas unidades não podem ser habi- tadas por humanos. Contudo, podem ser visitadas de acordo com normas específicas estabelecidas no plano de manejo de cada uma, especialmente com o objetivo de educação ambiental, e ainda permitem o desenvolvimen- to de pesquisas científicas, que devem ser previamente autorizadas pelo ór- gão ambiental responsável por sua administração. Atividades de aprendizagem • Pesquise a respeito das unidades de conservação integral próximas à sua cidade e relacione-as de acordo com sua categoria. e-Tec BrasilAula 16 – Unidades de proteção integral 77
Compartilhar