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Ergonomia - Enfermagem

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professor: André Luis Cerqueira Silva
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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O uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) é indis-
pensável, e a atitude do colaborador em realizar suas funções com as 
proteções devidas também são essenciais para conferir sua real segu-
rança na atividade laboral. A ergonomia visa melhorar a forma de exe-
cução desses trabalhadores em relação as suas atividades, por isso a 
importância da ergonomia para os trabalhadores, a postura, seja para 
exercer as atividades ou quanto à sua segurança. A postura correta 
evita diversos problemas, seja em locais como coluna, membros in-
feriores e superiores, pescoço, entre outros, assim se faz necessário 
que os trabalhadores tenham esse conhecimento, a empresa poderá 
oferecer treinamento ergométrico nesse sentido.
Ergonomia. Segurança. Trabalhador.
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 CAPÍTULO 01
NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITO E CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABA-
LHISTAS (CLT)
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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As Fontes do Direito ____________________________________________
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) ________________________
Hierarquia das Fontes Formais ___________________________________
 CAPÍTULO 02
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
Organização Internacional do Trabalho (OIT) ____________________ 30
25Recapitulando ________________________________________________
Os Direitos Trabalhistas nas Constituições _______________________ 33
31Linha do Tempo _______________________________________________
Recapitulando _________________________________________________ 42
33Normas Regulamentadoras do Trabalho ________________________
Conforto, Higiene, Segurança no Trabalho: Medidas Gerais de 
Proteção ______________________________________________________ 36
35Relações Trabalho/Saúde/Doença _______________________________
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Recapitulando __________________________________________________ 62
Fechando a Unidade ____________________________________________ 66
Referências _____________________________________________________ 69
 CAPÍTULO 03
NR 01- DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS OCU-
PACIONAIS
NR 07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional ___ 47
NR 17 Ergonomia ______________________________________________ 48
Portaria 3751/1990 a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho _ 48
Normas ERG BR _______________________________________________ 49
ISO/TR 16982:2002 ____________________________________________ 51
ABNT ISO/TR 9241-100:2012 _____________________________________ 51
ABNT ISO/TS 20646:2017 (Confirmada em 2018) ________________ 52
ABNT NBR 16537:2016 __________________________________________ 52
ABNT NBR ISO 11228-2:2017 _____________________________________ 53
ABNT NBR ISO 11226:2013 _____________________________________ 53
ABNT NBR ISO 15535:2015 ______________________________________ 54
Aspectos Gerias sobre Ergonomia e Produtividade _____________ 54
Consequências de um Ambiente não Ergonômico _______________ 55
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A Engenharia de Segurança do Trabalho, tem como principal 
objetivo instruir os trabalhadores, a exercer suas atividades de forma 
segura. Assim algumas atividades laborais possuem riscos de diferen-
tes classificações, os profissionais necessitam estar em locais altos, 
exercem funções que acabam acrescentando riscos eminentes a sua 
integridade física. Assim, o uso dos equipamentos de proteção individu-
al (EPI) são indispensáveis, e a atitude do colaborador em realizar suas 
funções com as proteções devidas também são essenciais para conferir 
sua real segurança na atividade laboral.
A ergonomia é a ciência que busca entender o comportamento 
do profissional nas suas atividades laborais, sua interação com o am-
biente, com suas funções, e seu interesse em proteger sua vida, assim 
demonstrando com o uso adequado e a preocupação com esses princi-
palmente durante a execução dessas funções.
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O Direito pode ser compreendido como um conjunto de leis, 
que obrigam ou facultam o cidadão a seguir, em cumprimento da le-
gislação e para tornar a sociedade justa e com regras, de forma queestrutura e delimita os poderes do Estado. Assim como em outros segui-
mentos, o trabalho também possui suas regras estabelecidas, para que 
todos conheçam seus direitos e deveres perante a lei. 
Mas, nem sempre foi assim, nos primórdios do tempo, o ho-
mem realizava trabalhos braçais, somente como uma forma da sua pró-
pria sobrevivência, com instinto de colher da natureza o sustento da 
família ou até do grupo em que pertencia, não tendo forma de organi-
zação no grupo em que vivia, sendo nômade procurava os recursos de 
sobrevivência (WOLECK, 2002). 
Na Grécia antiga, tinhas os escravos onde eram usados como 
NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITO E
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABA-
LHISTAS (CLT)
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mão de obra, e não como trabalhadores, assim os escravos faziam todo 
trabalho. De acordo com Queiroz, (1987, p. 14), “é sabido que, dado o 
alto custo do investimento, a produção tropical só seria rentável se or-
ganizada em larga escala, à base de muitos trabalhadores”:
Segundo Queiroz (1987), os senhores e donos de terras sem-
pre buscavam novos desafios para colonizar e aumentar seus lucros, 
assim as viagens para alcançar seus objetivos eram constantes, mas 
até firmar negócios nesses ambientes, muito trabalho era necessário, e 
os mesmos queriam mão-de-obra eficaz e sem custos, assim os escra-
vos eram para eles a melhor opção. 
Assim, os trabalhadores lutaram por anos, para que seu es-
forço fosse reconhecido e os mesmos pudessem ser remunerados, por 
sua dedicação, e entrega nos mais difíceis locais e situações, uma “ver-
dadeira guerra civil” (IAMAMOTO & CARVALHO, 1993. p. 128).
A partir do momento em que a classe trabalhadora, mesmo que 
escravizada, buscava seus direitos, e entendia que deveria ser remune-
rado pelo trabalho, e assim ter liberdade para buscar novos desafios, e 
uma vida digna, a classe burguesa, teve que mudar seu discurso, pois, 
era notório que sua reputação impecável pelos valores atribuídos para 
tal, seriam colocados em confronto, já que a escravidão se tornava uma 
prática abominada pela sociedade (IAMAMOTO; CARVALHO, 1993).
A tão sonhada lei de proteção veio na Constituição de 1934, 
um marco no Direito do Trabalho brasileiro, a referida Constituição foi a 
primeira a tratar da ordem econômica e social, com previsão de normas 
de proteção do trabalhador, não sendo ela a trazer as vantagens tão es-
perada, mas, sim, foi o começo do sonhado reconhecimento referente 
a direito trabalhista.
O trabalho escravo não deixou de existir simplesmente muito 
rapidamente com a assinatura da lei, foram necessários anos para que 
de verdade esses trabalhadores, conquistassem o direito de escolher seu 
destino. E as opções de trabalho foram se modificando, até a Revolução 
Industrial, e depois de algum tempo a real preocupação com os trabalha-
dores e as condições de trabalho que lhe eram impostas (WOLECK, 2002). 
No Brasil, a CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio 
de 1943 (BRASIL, 1943), sancionada pelo então presidente Getúlio Var-
gas, unificando toda legislação trabalhista existente no país, derrubando 
os direitos adquiridos na constituição de 1934, porém trouxe vantagem 
bastante esperançosa para classe trabalhista que sofreu tanto.
Para tal direito, exemplo: foi reconhecimento o direito de greve, 
o repouso remunerado em domingo e feriados, também a extensão do 
direito à indenização de antiguidades, veio também a estabilidade do 
trabalhador rural, outro direito tão importante foi a integração do seguro 
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contra acidentes do trabalho no sistema da Previdência Social, algo que 
não existia mais que era um sonho realizado pelos trabalhadores.
Certamente o surgimento da CLT foi um imenso avanço para 
os brasileiros, com grande ênfase na classe trabalhadora, foram anos 
de luta, sofrimento de uma sociedade que apenas buscava seu direito, 
veio na primeira metade do século XX, com o avanço das indústrias e 
muitas fábricas que contrataram muitos funcionários, ainda não implan-
tadas normas de segurança as condições de trabalho, passava longe 
de ser das melhores, vindo as greves com o passar tempo os trabalha-
dores, que exigiam direitos e garantias (DELGADO, 2017). 
A CLT foi criada para garantir melhorias de trabalho, direitos dos 
trabalhadores, e acabar com as relações abusivas de trabalho, ainda não 
regulamentada as condições de trabalho, a luta dos trabalhadores estava 
longe de acabar. Na mesma constituição foi implantado o salário-mínimo 
para os trabalhadores, sendo um piso que seria reajustado todo ano. 
Organizando a hora de trabalho que seria 12 horas por dia tra-
balhada e trabalhadores que se ultrapassasse desse limite teria uma 
porcentagem de acréscimo em seu salário. CLT flexível, moderna, onde 
acompanha o avanço da sociedade, e a evolução do Brasil. Alguns dou-
trinadores da área acreditam que essas mudanças possam ter benefí-
cios, seja para a economia ou crescimento do país (SOUZA, 2015).
Nesse sentido, é pertinente salientar que o cidadão de direito, 
aquele que trabalha, paga seus impostos em dia, vive na linha da pobreza 
e faz parte do público assalariado, faz parte do contexto de desigualdade 
social que separa ricos e pobres. De certa forma, sendo plano de flexibi-
lização ou não, quem elabora as situações e elementos que regulam tais 
Leis, sempre tem ideologias próprias, que deixam em suas entrelinhas 
um doce amargo que forçadamente o cidadão de bem tem que digerir.
AS FONTES DO DIREITO
O Direito possui suas fontes de origem, seus provimentos, e 
como são consolidadas as leis, ou seja, os legisladores que criam e 
organizam as regras que devem ser seguidas pelo Direito, nas suas 
designações, assim como as leis trabalhistas. 
Assim o fluxograma a seguir pode definir melhor o Direito:
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Figura 1 – Fluxograma definição do Direito
Fonte: https://estacaodasleis.com.br/2019/03/30/nocoes-basicas-de-direito/
É importante definir as suas fontes, que no caso específico 
nessa disciplina são as leis, a penalidade e suas funções, pois se esta-
belece uma legislação pensando nos deveres e direitos, assegurando 
que todos possam ter os mesmos em igualdade. Na CF (1988), diz que: 
“Art. 5º (…) II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algu-
ma coisa senão em virtude de lei”; (CF – BRASIL, 1988).
O Direito tem auxílio de outras ciências para que suas ideolo-
gias e formações estejam completas, a Filosofia, Sociologia, e a própria 
Engenharia, os engenheiros podem ser especializados em perícias, e 
seus laudos são construídos com base na legislação e normas esta-
belecidas, por isso a importância de estudar o Direito, que aparece em 
diversas áreas do trabalho do engenheiro. 
O Brasil atravessa uma crise econômica que se configura a 
diminuição de trabalho e renda da sua população, desde 2015, o país 
possuí pouco crescimento e isso acarreta um maior endividamento da 
sociedade com menor poder aquisitivo, levando as quedas de rendi-
mento bruto, e dificultando a circulação de capital, para que o país con-
tinue desenvolvendo (TROVÃO, ARAÚJO, 2018).
A Figura 2 mostra, trabalhadores rurais sem qualquer tipo de 
equipamento de proteção individual, expostos de maneira irresponsá-
vel, e lembrando que seu trabalho é indispensável.
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Figura 2 – Trabalhadores expostos.
Fonte: Salgado, (2020).
Nesse contexto o Governo acredita que modificando algumas 
leis trabalhistas, e melhorando a posição dos empregadores, para que os 
custos sejam menores, e dessa forma possam contratar mais. De outro 
lado, a classe dos trabalhadores perde benefícios e direitos conquistados 
depois de anos em ambiente laboral hostil, que dificultava uma melhora 
de vida social e econômica para essa classe (GALVÃO et. al., 2019).
A Figura 3 é uma representaçãoda conquista de direitos dos 
trabalhadores, a classe estabeleceu uma relação com os empregadores 
onde seus direitos são preservados.
Figura 3 – Trabalhadores com CLT
Fonte: Araújo, (2022).
A classe capitalista, os que possuem um maior poder aquisitivo, 
também detém uma maior posição política, os governantes acreditam 
que sem essa classe o país não tenha uma estabilidade econômica, 
o que dificultaria seu crescimento e desenvolvimento. Mas também é 
verdade que a classe que movimenta o mercado financeiro é dos tra-
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balhadores, sem renda suficiente para continuar comprando, nenhuma 
das duas classes poderão se ajudar (TROVÃO, ARAÚJO, 2018).
Então manter as principais conquistas dos trabalhadores, flexi-
bilizando o pagamento dos impostos, e as regras que a CLT trouxe para 
os mesmos, pode ser uma alternativa para manter o poder de compra 
do trabalhador, e o ganho dos empregadores, dando subsídio para que 
a economia continue crescendo, e a circulação do capital.
Até o ano de 2017 o crescimento de novos postos de trabalho foi 
indiferente para a quantidade de postos fechados, ou seja, não houve su-
peração quanto aos desempregados, os novos empregados. Isso demons-
tra que a reforma ainda não trouxe as esperadas melhorias para o mercado 
de trabalho, como os novos postos de trabalho (GALVÃO, et. al., 2019).
De forma que alguns doutrinadores trazem a sua perspectiva 
referente a nova lei e as modificações seja nas regras definidas para 
os trabalhadores e empregadores. Assim um entendimento é formado, 
seja favorável ou contra a reforma, cada um com seu olhar para as di-
retrizes que no entendimento do governo devem ser benéficas para a 
classe de trabalhadores do país.
Lei de nº 13.467/17, conhecida como reforma trabalhista, che-
gou causando grandes impactos para a sociedade trabalhista brasileira, 
e conforme os doutrinadores a respeito do tema, podem ter efeitos fa-
voráveis a economia do país, e alguns acreditam que desfavoráveis, em 
razão da perda de alguns direitos pelos trabalhadores.
Mudanças e alterações, segundo tais autoridades, iriam gerar 
mais empregos, visto que, a expectativa com a passar desses anos ain-
da não se concretizou, com isso deixando a classe trabalhadora, sem 
perceber até o ano de 2019, a vantagem de tal mudança.
Desta forma, o direito do trabalho, que era visto como uma 
proteção aos trabalhadores, em obediência ao princípio da isonomia 
previsto no caput do artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Segun-
do Cassar, (2010, p. 87): 
Para compensar sua fragilidade jurídica e econômica, o princípio da proteção 
ao trabalhador é a base do Direito do Trabalho. Uma das finalidades do Direito 
do Trabalho é a de alcançar uma verdadeira igualdade, a igualdade chamada 
de substancial entre as partes. Para tanto, é necessário proteger o trabalha-
dor, por ser a parte mais frágil desta relação. A intensa intervenção estatal é 
a principal característica do princípio da proteção ao trabalhador, pois limita a 
autonomia da vontade das partes. O contrato mínimo de trabalho está regu-
lamentado por lei, já que o Estado dirige, por meio da legislação imposta, as 
regras mínimas do contrato, não deixando as partes livres para a negociação.
Um dos congressistas, o senador Paulo Rocha, afirmou peran-
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te o plenário que as alterações, ao contrário do que foi dito, provocaram 
desemprego e redução de salários, o parlamentar comentou ainda que 
gestantes podem ser submetidas a trabalho insalubre, e que alguns di-
reitos possam ser desrespeitados por encontrar lacunas e brechas na 
reforma trabalhista (ROCHA, 2017).
Antes da lei 13.467/17, a empregada que estivesse gestante 
ou lactante não poderia trabalhar em condições insalubres, enquanto 
durasse a gestação e a lactação, pois era considerado perigo para ges-
tação. Com fulcro no artigo 394-A da CLT, exposto a seguir:
Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adi-
cional de insalubridade, a empregada deverá ser afastada de: 
I-atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a ges-
tação;
II-atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando 
apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, 
que recomende o afastamento durante a gestação; 
III- atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar 
atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que reco-
mende o afastamento durante a lactação (BRASIL, 1943).
Uma alteração totalmente desvantajosa para a classe trabalha-
dora, como algo que botaria em risco a vida Da gestante e seu neonato, 
se tornou banal, na reforma da CLT. Raimundo Simão de Melo (2017), 
Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUCSP, afirma que: 
Em primeiro lugar, questiona-se se os atestados médicos serão mesmo ga-
rantia de proteção para a mulher e o feto, porque o médico pode não ter o 
conhecimento específico necessário sobre segurança no trabalho e não ir 
examinar o local de trabalho. É certo que o profissional médico que emitir um 
atestado afirmando que a mulher poderá trabalhar em local insalubre sem 
risco para ela e para o nascituro estará assumindo grande responsabilidade, 
inclusive no âmbito civil e penal. [...].
Em segundo lugar, o trabalho de grávidas e lactantes em am-
bientes insalubres poderá afetar não apenas a trabalhadora, mais os 
recém-nascidos e mesmo os futuros seres humanos, promovendo-se 
com isso padrão predatório da força de trabalho já antes do nascimento 
dos futuros trabalhadores, quando começarão a ser atingidos por agen-
tes contaminantes de adoecimento (SIMÃO, 2017). 
A alteração foi benéfica para o empregador, pois não precisa 
se preocupar em afastar a gestante nos casos de insalubridade média 
e mínima, exceto se houver atestado médico. Entretanto, foi extrema-
mente prejudicial à gestante, à lactante e ao bebê, onde ambos perma-
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neceram em situação de risco.
Em dezembro de 2016, houve o envio do Projeto de Lei 
6787/16 pelo governo. O Partido Liberal, posteriormente aprovado pelo 
Senado, sancionado pelo Presidente da República e transformado em 
Lei 13.467/2017, teve como relator o deputado federal Rogério Marinho, 
que expôs os motivos e objetivos da Reforma Trabalhista no parecer:
(...). Em nosso país, além do excesso de normas trabalhistas, elas são muito 
rígidas. E essa rigidez, por sua vez, provoca um alto grau de insegurança jurídica 
na contratação do trabalhador, fazendo com que, primeiro, o empregador tenha 
receio de contratar a mão de obra e, depois, que investimentos importantíssi-
mos para o crescimento do País sejam direcionados a outros países. (...). No 
que tange ao excesso de processos tramitando na Justiça do Trabalho, é certo 
que muitos deles decorrem do descumprimento intencional da lei pelo empre-
gador, mas não podemos desprezar uma grande quantidade que 14 decorra do 
detalhamento acentuado das obrigações trabalhistas, em conjunto com regras 
processuais que estimulam o ingresso de ações e a interposição de infindáveis 
recursos, apesar dos esforços empreendidos pelo TST para redução do tempo 
de tramitação dos processos. Nas palavras do professor José Pastore, a legis-
lação trabalhista ''constitui um verdadeiro convite ao litígio''. Portanto, no que 
se refere ao objetivo de garantir a segurança jurídica, a primeira linha de ação 
é a de se estimular a solução extrajudicial do conflito; depois, a proposta visa 
a estabelecer um risco decorrente do ingresso com a ação. Por fim, propõe-se 
que haja um fortalecimento da negociação coletiva, conferindo maior eficácia às 
cláusulas que forem acordadas entre as partes. (...) (BRASIL, 2017).
A proposta presente no parecer apresenta a Lei 13.467/2017 
como uma Reforma positiva, que objetiva reduzir litígios na justiça do 
trabalho, fortalecer a estrutura sindical e estimulara contratação através 
da flexibilização, hoje os empregados estão com receio ou medo de 
entrar com ação judicial contra o empregador, esse sendo o motivo pelo 
qual a demanda judicial diminuiu, pois o empregado está sujeito a pagar 
as despesas do processo, e o receio de não poder provar iria acarretar 
o pagamento dos honorários de sucumbência.
Artigo 791-A e seu parágrafo 4º da CLT, acrescidos pela Lei 13.467/17. 
O artigo 791-A da CLT dispõe que: “Ao advogado, ainda que atue em causa 
própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 
5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor 
que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não 
sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (BRASIL, 2017).
O contrato intermitente, aquele tipo de contrato que alterna pe-
ríodos de atividade de trabalho e inatividade o não trabalho, assim os 
períodos de inatividade não são computados nem remunerados, sendo 
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também uma novidade que veio com a reforma. 
Os contratos na legislação trabalhista é a previsão do trabalho, 
também as garantias legais, de contrato, têm seu fundamento legal em 
dois artigos da CLT, no artigo 443, §3º da CLT:
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou ex-
pressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou inde-
terminado, ou para prestação de trabalho intermitente (Redação dada pela 
Lei nº 13.467, de 2017). § 3o Considera-se como intermitente o contrato de 
trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, 
ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inati-
vidade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo 
de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, 
regidos por legislação própria (BRASIL, 2017).
As mudanças sofridas na reforma da CLT, faz o trabalhador 
pensar, se ainda tem as proteções no ramo do Direito do Trabalho, e as 
garantias, adquiridas no decorre de anos com sangue e lagrimas, onde 
havia um sonho que a reforma traria mais emprego aos brasileiros, que 
hoje não conseguimos visualizar tal promessa.
O trabalho é o conjunto de atividades realizada pelo homem, 
com certa intensidade ou não até alcançar uma meta. Sendo contabili-
zado e caracterizado pela forma, horas efetivas e salário. Já o emprego 
é a ocupação onde exerce esse trabalho, ou o cargo, a função, podendo 
ser público ou privado (MOURA, 1998).
As relações de trabalho no Brasil, sob uma perspectiva, uma 
visão histórica, mesmo que de forma não linear, pois não se pretende 
escrever a história do trabalho no Brasil, e sim como começou a relação 
de trabalho de uma forma superficial, não abrangendo a história com-
pleta, neste capítulo, apresentarei algumas das diferentes conjunturas 
pelas quais sofreram transformações significativas ao longo do tempo, 
com ênfase na reforma da lei de n.º n13.467/2017.
Certamente o surgimento da Consolidação das Leis do Traba-
lho (CLT) foi um imenso avanço para os brasileiros, com grande ênfase 
na classe trabalhadora, foram anos de luta, sofrimento de uma socieda-
de que apenas buscava seu direito, veio na primeira metade do século 
XX, com o avanço das indústrias e muitas fábricas que contrataram 
muitos funcionários, ainda não implantadas normas de segurança as 
condições de trabalho, passava longe de ser das melhores, vindo as 
greves com o passar tempo os trabalhadores, que exigiam direitos e 
garantias (ALMEIDA et al., 2017).
A formalização do emprego, com uma lei específica, trouxe 
para os trabalhadores direitos, autonomia para suas escolhas, melhores 
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condições de trabalho, mudanças importantes para evolução do setor. 
Em 2017, um novo projeto deu início a reformulação da lei trabalhista, 
entrando em vigor novas regras, alguns doutrinadores contra e outros a 
favor (UENO; GACKI; DA SILVA, 2021).
O emprego com regime da CLT é o conhecido como formal, 
onde os trabalhadores possuem uma renda fixa, com seus direitos ga-
rantidos como o recolhimento do Instituto Nacional do Seguro Social 
(INSS), do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), férias, en-
tre outros. Os trabalhadores buscam empregos formais pelos seus di-
reitos, e por terem um respaldo em casos de acidentes, doenças, assim 
suas famílias estão mais protegidas (ANDRÉ, 2017).
Esse regime de trabalho era convencional, e estava entre os 
mais buscados, mas o cenário vem mudando, seja pela diminuição das 
vagas de empregos nas empresas, ou pela busca da independência 
empreendedora, estar à frente dos seus passos para ter o próprio negó-
cio ou empresa (CAMPOS; KREIN, 2013).
Já o emprego informal não existe vínculos empregatícios, pode 
ser em um negócio próprio, ou em prestação de serviço para alguma orga-
nização. Esse regime requer um planejamento para o trabalhador, já que 
sua renda não será fixa, e seu rendimento poderá variar de acordo com 
seus serviços ou vendas. Antes de iniciar qualquer atividade informal é im-
portante que o trabalhador se prepare, tenha uma reserva para as contas 
que já possuí, e tenha cautela ao realizar novas (FILGUEIRAS, 2019).
Essa modalidade cresceu principalmente nos últimos dois anos 
pela crise causada pela pandemia do vírus Sars-Cov-2, responsável pela 
doença respiratória Covid-19, já infectou no Brasil mais de 30 milhões 
de pessoas, e foi a causa do óbito de mais de 600 mil brasileiros dados 
do Ministério da Saúde (2022). O Ministério da Saúde como forma de 
prevenção e combate ao vírus criou estratégias de atendimento na rede 
de atenção básica à saúde, com protocolos que respeitam as indicações 
da Organização Mundial de Saúde, pacientes com sintomas devem ser 
atendidos separadamente, sempre verificando a oxigenação para evitar 
agravamento dos sintomas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022).
Atualmente existem algumas vacinas disponíveis no Brasil que 
oferecem alta proteção para evitar casos graves e óbitos gerados pela 
covid-19 (Doença ainda pouco conhecida). A imunização contra o novo 
coronavírus é fundamental, vivemos em uma democracia em onde to-
dos os brasileiros podem se vacinar, e foi o começo para a retomada 
das atividades, inclusive econômica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022).
Atualmente o mundo dos negócios e do trabalho está cada 
vez mais competitivo e sofre mudanças constantemente. Para enfren-
tar estas mudanças e manter-se competitivo no mercado as empresas 
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selecionam e contratam pessoas intraempreendedoras, estas pessoas 
exploram as oportunidades e a satisfação das necessidades dos clien-
tes de uma forma criativa e inovadora, assumindo riscos de forma cal-
culada, ou seja, ter coragem para enfrentar desafios e escolher novos 
caminhos de forma consciente, só que estando dentro das empresas. 
Assim existe diferença entre empreendedorismo e o intraempreendedo-
rismo (CALDEIRA; DE MEDEIROS, JUNIOR, 2016).
Para Leite (2000), o empreendedorismo é a criação de valor 
por pessoas e organizações trabalhando juntas para programar uma 
ideia por meio da aplicação da criatividade, capacidade de transformar 
e o desejo de tomar aquilo que comumente se chamaria de risco.
Segundo Menezes (2003) o empreendedor é o indivíduo de ini-
ciativa que promove o empreendimento a partir de um comportamento 
criativo e inovador, que sabe transformar contextos, estimular a colabo-
ração, criar relacionamentos pessoais, gerar resultados, fazendo o que 
gosta de fazer, com entusiasmo, dedicação, autoconfiança, otimismo e 
necessidade de realização. O empreendedor deve ter visão e percep-
ção para identificar as oportunidades. Suas atitudes empreendedoras 
devem focar as pessoas e não somente as empresas, atitudes estas 
fundamentais para o sucesso ou o fracasso da empresa.
“Um estereótipo comum do empreendedor enfatiza característi-
cas comouma enorme necessidade de realização, uma disposição para 
assumir riscos moderados e uma forte autoconfiança”. (LONGENECKER; 
MOORE; PETTY, 2004, p.9). Existem diversas características fundamen-
tais em um empreendedor, dentre elas destaca-se: autoconfiança, foco 
em oportunidade, conhecer muitas pessoas, saber calcular e minimizar 
riscos, poder de persuasão e principalmente paixão pelo que faz.
É consensual que o desenvolvimento depende da atividade 
empreendedora. É o empreendedorismo que gera riqueza e promove 
o aumento da produtividade por meio da concorrência e da inovação. 
Portanto, não existe nação desenvolvida sem atividade empreendedora 
(HASHIMOTO, 2017).
São fundamentais para o nível de empreendedorismo de um 
país uma cultura que valoriza a iniciativa empresarial e um contexto ins-
titucional que ofereça condições e liberdade para empreender. Por mais 
que muitos brasileiros sonhem passar em um concurso público para ter 
estabilidade, o Brasil tem uma parcela expressiva que deseja empre-
ender, isto é, existe uma cultura que valoriza o empreendedorismo. É o 
que mostra alguns dados da pesquisa Global Entreprneurship Monitor, 
entre 54 países no ano de 2017.
Para empreender basta que o indivíduo coloque suas ideias e 
inovações em prática, quando a empresa oferece esse espaço ao seu 
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funcionário, as atividades e funções são desenvolvidas com mais empe-
nho, pois, o empreendedor realiza o que gosta e da forma que entende 
ser melhor para os negócios. É importante entender que numa organi-
zação existem normas, e o funcionário continua a segui-las mesmo em-
preendendo dentro da empresa (NASSIF; ANDREASSI; SIMÕES, 2011).
Já o intraempreendedorismo é o indivíduo, com capacidade de 
empreender numa empresa formada, com suas regras e diretrizes. É quan-
do o funcionário de uma determinada organização se permite buscar for-
mas para ampliar os lucros e clientes dessa corporação, esse possuí seu 
emprego formal, seu salário, mesmo assim busca novas oportunidades de 
negócios para a empresa (CALDEIRA; DE MEDEIROS, JUNIOR, 2016).
Quando a empresa tem programa de intraempreendedorismo, 
espera-se dos seus funcionários que sejam proativos, com iniciativa, 
para inovar e criar produtos, serviços ou funções que otimizem o fun-
cionamento na corporação. Esses agem como verdadeiros donos da 
empresa, e vão buscando aumentar a lucratividade (NASSIF; ANDRE-
ASSI; SIMÕES, 2011).
Percebe-se que há diferenças do empreendedorismo e do in-
traempreendedorismo está encontra-se justamente na maneira de agir, 
no primeiro o empreendedor tem seu próprio negócio e busca perma-
nência e expansão no mercado com seus próprios recursos, de onde 
sai também o seu sustento, independentemente de dar certo ou não 
suas estratégias (DE PAULA; DE ALMEIDA, 2015).
O intraempreendedor está na organização para lhe oferecer 
suas ideias, novas propostas, com os recursos da mesma, e com um 
salário fixo, lógico que podem existir contratos diferentes para os empre-
gados, mas nesse caso específico ele está dentro da folha de pagamento 
da instituição como qualquer outro funcionário, só que promovendo o au-
mento de lucros (DE PAULA; DE ALMEIDA, 2015; (HASHIMOTO, 2017).
Esse perfil é importante para gerar competitividade nas organi-
zações, estimular os funcionários, e assegurar os empregos formais. No 
período de março de 2020 a fevereiro de 2021 é considerado o período 
pandêmico, quando a Covid-19 acabou gerando um número expressivo 
de perda de empregos formais, e com isso famílias perderam sua prin-
cipal ou única fonte de renda (SEFAZ, 2021).
HIERARQUIA DAS FONTES FORMAIS
Como já foi dito, as fontes são onde o Direito se forma, ou seja, 
as leis, normas, decretos, que regem a sociedade, para que os direitos 
sejam resguardados e os deveres cumpridos, por todos e seguindo uma 
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linha de raciocínio dentro daquela nação. 
Figura 4 – Fontes formais
Fonte: Araújo, (2022).
Pensando na Hierarquia, a Constituição Federal, a lei maior, as 
leis complementares e ordinárias abaixo e da Constituição Federal e os 
decretos, portarias e demais atos administrativos por último.
Então todas as leis e normas devem respeitar a Constituição 
Federal que rege o país, independentemente de qualquer lei ou decreto, 
não podendo nunca ir contra ela nas suas decisões e assim podendo 
ser subentendido como inconstitucional. 
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QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 01
(FUMARC - ANALISTA LEGISLATIVO - MÉDICO DO TRABALHO - 
AL-MG - 2023)
Nos termos do Decreto 3048 (Regulamento da Previdência Social 
de 06/05/1999), o Auxílio por Incapacidade temporária é devido ao 
segurado que: 
A) Cumprido, quando for o caso, o período de carência, ficar incapacita-
do para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de um 
dia consecutivo, conforme definido em avaliação médico-pericial. 
B) Estiver recluso em regime fechado. 
C) For beneficiário do BPC (Benefício de Prestação Continuada) que 
sofrer acidente de qualquer natureza;
D) Sofrer acidente de qualquer natureza, independentemente do cum-
primento de período de carência, e que seja segurado obrigatório ou 
facultativo. 
E) Nenhuma Das Alternativas Anteriores
QUESTÃO 02
(PREFEITURA DE AMPARO – SP-ADM GERAL – AVANÇA SP – 2022)
São direitos básicos dos trabalhadores, exceto: 
A) Direito a férias remuneradas;
B) Direito a licença maternidade; 
C) Direito a licença nojo;
D) Direito a aviso prévio;
E) Direito a troca de função por vontade do trabalhador. 
QUESTÃO 03
(CRMV-ES -AG. ADM. – IBADE – 2018)
A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é solicitada no 
ato da admissão e serve como meio de prova:
1. da relação de emprego.
2. de cláusulas importantes ou não usuais contidas no contrato de 
trabalho, que não se presumem.
3. de participação em fundo especial (como o PIS).
4. dados de interesse da Previdência Social. A CTPS serve como 
prova das relações empregatícias, seu tempo de duração, refletin-
do a vida profissional do trabalhador.
Estão corretos os itens:
A) 2 e 3, apenas.
B) 2, 3 e 4, apenas.
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C) 1 e 4, apenas.
D) 1 e 3, apenas.
E) 1, 2, 3 e 4. 
QUESTÃO 04
(TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - ESTAGIÁRIO DE DIREITO – CIEE - 
2019)
Assinale a alternativa correta acerca do que são direitos constitu-
cionais dos trabalhadores.
A) Seguro-desemprego, em qualquer caso de desemprego.
B) Garantia de salário, podendo ser inferior ao mínimo, para os que 
percebem remuneração variável.
C) Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
D) Participação nos lucros, ou resultados, vinculada à remuneração.
E) Seguro-maternidade, férias.
QUESTÃO 05
(INAZ DO PARÁ - ADVOGADO - CRF-PE - 2018)
Sobre o Direito do Trabalho, qual alternativa apresenta uma propo-
sição incorreta?
a) O Direito do Trabalho é um ramo do Direito Público.
b) São fontes do Direito do Trabalho a Constituição Federal, as leis, os 
decretos e regulamentos, as portarias, acordos coletivos, convenção 
coletiva, sentença normativa, os regulamentos das empresas, os costu-
mes e os contratos de trabalho
c) Entende-se por acordo coletivo o pacto celebrado entre uma ou mais 
empresas com o sindicato dos empregados.
d) O contrato de trabalho é o acordo correspondente à relação de emprego.
e) A ideia de aplicação do que for mais benéfico para o trabalhador a par-
tir da norma mais favorável identifica o princípio do in dubio pró-operário.
TREINO INÉDITO
Certamente o surgimento da CLT foi um imenso avanço para os 
brasileiros, com grande ênfase na classe trabalhadora, foram anos 
de luta, sofrimento de uma sociedade que apenas buscava seu di-
reito, veio na primeira metade do século XX, com o avanço das 
indústrias e muitas fábricas que contrataram muitos funcionários, 
ainda não implantadas normas de segurança as condições de tra-
balho. O ano na Consolidação das LeisTrabalhistas foi homologa-
da, garantindo direitos aos trabalhadores:
A) 1956
B) 1954
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C) 1943
D) 1944
E) 1953
QUESTÃO DISSERTATIVA
Os trabalhadores devem estar com todos os equipamentos necessários 
para exercer suas funções, pois em algumas atividades podem mani-
pular substâncias químicas e elas podem causas intoxicação, e riscos 
graves a saúde deles, cabe as agências, fiscalizar e autuar as empre-
sas caso não estejam segundo as normas exigidas. Conforme o texto, 
disserte de forma explicativa sobre a importância do uso dos EPI’s para 
prevenção de acidentes laborais:
NA MÍDIA
Mais de 150 trabalhadores foram resgatados por trabalho análogo à es-
cravidão em Goiás. A operação resultou em três resgates em duas cida-
des. Em Acreúna, no sudoeste de Goiás, 139 pessoas trabalhavam sem 
as mínimas condições necessárias em uma usina de cana-de-açúcar e 
13 trabalhadores, da mesma forma, só que em uma fábrica de ração. 
Em Quirinópolis, na mesma região, um caseiro de 67 anos foi achado 
em casa que não tinha nem banheiro.
TÍTULO: Mais de 150 trabalhadores são resgatados por trabalho análo-
go à escravidão em Goiás.
Data De Publicação: 16 de fevereiro de 2023
FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2023/02/16/mais-de-
-150-trabalhadores-sao-resgatados-por-trabalho-analogo-a-escravi-
dao-em-goias.ghtml.
NA PRÁTICA
O conhecimento sobre as leis trabalhistas é indispensável, para que no 
exercício das suas funções o Engenheiro de Segurança do Trabalho, 
possa reconhecer irregularidades que estejam sendo praticadas, como 
o uso incorreto dos EPI’s, o uso desses equipamentos fora dos padrões 
das normas de segurança, além de casos de acidentes saber lidar com 
as providências necessárias seguindo as leis trabalhistas.
PARA SABER MAIS 
Título: EPIs desempenham papel fundamental na luta pela redução de 
acidentes de trabalho.
Data de publicação: 17/07/2022
Fonte: https://www.tst.jus.br/saude-e-seguranca-do-trabalho.
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Em alguns momentos os Princípios do Direito do Trabalho po-
dem ser confundidos com as regras, e assim deixados de serem inter-
pretados devidamente: Podemos classificá-los em 6, são eles: o princí-
pio da Proteção, da Primazia da Realidade, Continuidade da Relação 
de Emprego, Irrenunciabilidade de Direitos, Inalterabilidade Contratual 
Lesiva e da Intangibilidade Salarial.
O primeiro a ser estudado é o Princípio da Proteção, onde se 
entende que a relação formada por empregado e empregador é de-
sigual, afinal, um está necessariamente subordinado ao outro. Sendo 
assim, o Direito do Trabalho busca sanar essa desigualdade ao fornecer 
garantias ao trabalhador.
É nisso que se baseia o Princípio da Proteção, na proteção 
jurídica para aquele que está em posição de inferioridade econômica e, 
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO
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para sua aplicação, ela se divide em três subprincípios: o In dubio pro 
misero; sempre que houver dúvida em relação à interpretação de uma 
norma ou quanto à validade de uma decisão, ela deve pender para o 
lado hipossuficiente, ou seja, o empregado.
Podemos falar também do subprincípio norma mais favorável 
prevê que, independentemente da lei específica, será aplicada a norma 
mais favorável ao empregado. Essa especificação tem sua importância 
porque, em outros ramos do Direito, existe a aplicação de princípios 
como a “lei específica que sobrepõe a lei geral”.
No Direito Trabalhista, mesmo que existam leis específicas so-
bre o assunto em questão, se outra norma for mais vantajosa, ela deve 
ser aplicada. Da condição mais benéfica; com a Súmula 51 do Tribunal 
Superior do Trabalho, ao haver mudança em cláusulas regulares por 
parte da empresa, elas só poderão ser válidas para empregados que 
forem admitidas após sua alteração.
O Princípio da Primazia da Realidade é mais um dos Princípios 
de Direito de Trabalho e, segundo ele, os fatos prevalecem sobre os 
ajustes formais. Ou seja, de acordo com esse princípio, a verdade real 
deve prevalecer sobre a relação formal, visando coibir a coação dentro 
do ambiente trabalhista.
Mesmo que as empresas contem com papéis e documentos, a 
verdade com auxílio de testemunhas ou provas serão as válidas para as 
ações. Pense na seguinte situação: em um contrato de trabalho consta 
que um profissional trabalha 6 horas por dia, porém, a realidade ultra-
passa 9 diárias.
Em possíveis disputas na Justiça do Trabalho, com a ajuda de 
colegas de trabalho, testemunhas e provas de seu trabalho em horários 
além dos devidos, esses acontecimentos reais que serão válidos. Isso 
vale também para trabalhos sem existência de contrato formal, desvios 
de função, comprometimento do trabalho, entre outros.
De acordo com o Direito do Trabalho, os fatos são mais impor-
tantes do que os ajustes formais. O Princípio da Continuidade da Rela-
ção de Emprego, em regra, todo contrato de trabalho deve ser celebra-
do por prazo indeterminado, ou seja, de modo a durar indefinidamente. 
Os contratos a termo, aqueles com prazos determinados, são exceção 
e só podem ser celebrados em casos específicos e previstos na CLT.
Segundo a continuidade, a permanência do contrato de traba-
lho gera repercussões como elevação dos direitos trabalhistas, relação 
de emprego, investimento educacional e profissional e afirmações so-
ciais dos indivíduos.
Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva, de acordo com 
este Princípio do Direito de Trabalho, qualquer alteração no contrato 
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do empregado exige mútuo consentimento e ausência de prejuízo ao 
empregado, seja direto ou indireto.
A este princípio se aplica uma exceção, prevista no art.7 da 
Constituição Federal, que prevê redução de salário por meio de nego-
ciação coletiva. É evidente que essa decisão precisa ser bem pautada 
e justificada, garantindo que a manobra irá salvar operações e manter 
postos de trabalho, por exemplo.
O princípio da inalterabilidade contratual lesiva está também 
expresso no artigo 468 da Consolidação das Leis de Trabalho, a CLT. 
Princípio da Intangibilidade Salarial, onde o salário do trabalhador é a 
contraprestação máxima na relação de trabalho, portanto, ele precisa 
ser protegido. De acordo com esse Princípio do Direito do Trabalho, é 
vedada a mudança que não seja benéfica ao empregado.
O pagamento do empregado não pode ser retido pelo patrão, 
afinal, ele é intangível. Dessa forma, o trabalhador tem direito de rece-
ber o seu pagamento, no momento oportuno e combinado, sem qual-
quer desconto abusivo.
Vale lembrar que essa intangibilidade visa coibir abusos, mas a 
própria CLT autoriza descontos de salários em casos de previsões con-
tratuais, por prejuízos causados ao patrão e em casos judiciais, como 
desconto de pagamento para pensão alimentícia, por exemplo.
O Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos, os direitos do 
trabalhador são irrenunciáveis, sendo assim, ele não pode renunciar a 
seus direitos que foram conquistados através de acordos e Leis Traba-
lhistas. De acordo com esse princípio, não se admite que o trabalhador 
renuncie seus direitos.
Mesmo que aconteçam acordos e contratos para que os fun-
cionários renunciem a seu FGTS, folgas e descanso ou férias, por 
exemplo, trata-se de um vício ou em erro cometido por ambas as partes 
nessa relação. As regras e normas existem para proteção do trabalha-
dor, que antes não possuía qualquer direito, a não ser obrigações, e 
suas garantias não existiam.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT)
É a agência das Nações Unidas, responsáveis por garantir 
acesso a um trabalho digno para homens e mulheres, que tenham se-
gurança, exercendo suas funções laborais, sendo um órgão internacio-
nal, pode ter algumas diferenças nas suas premissas em orientações 
de determinadas nações, mas eles demaneira geral buscam garantir 
os direitos dos trabalhadores, de maneira inerente e incessante, assim 
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não permitindo abusos contra essas pessoas.
Fundado em 1919, tem buscado internacionalizar os direitos tra-
balhistas, lutando contra nações que não respeitam esses direitos e os 
trabalhadores podem sofrer abusos e perderem direitos imprescindíveis.
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS (CLT)
O trabalho é necessário para a valorização do indivíduo na 
sociedade contemporânea, gerando riquezas e convívio social. Parte 
das pessoas passam mais tempo em seu ambiente de trabalho que em 
casa. O labor quando realizado em boas condições tende a ser gratifi-
cante e saudável, contudo, na prática, os locais de trabalho expõem os 
trabalhadores a riscos (FREITAS, 2016).
Os riscos podem ser identificados como físicos, químicos, bio-
lógicos, ergonômicos e de acidentes, a presença de um ou mais agentes 
deste tipo caracteriza o risco ambiental no local de trabalho. Os agentes 
supracitados são capazes de causar danos à saúde do trabalhador, em 
função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de expo-
sição (BRASIL, M. D., 1978a).
LINHA DO TEMPO
• 1891:
Papa Leão XIII anuncia, em maio deste ano, a Encíclica “Das 
coisas novas”, documento do Vaticano que é a base do pensamento 
social da Igreja sobre a situação da classe trabalhadora, o documento 
influenciará o debate no Brasil.
• 1917:
Em decorrência da Revolução Mexicana, é aprovada neste 
país a primeira legislação trabalhista consolidada em uma constituição, 
com o estabelecimento do salário-mínimo e jornada de 8 horas diárias 
de trabalho.
• 1931:
Getúlio Vargas emite o Decreto 19.770 que regulamenta a sin-
dicalização de trabalhadores e patrões no Brasil.
• 1934:
É promulgada a Constituição de 1943. Nela estavam previstos 
direitos trabalhistas como salário-mínimo, jornada de trabalho de 8 horas, 
repouso semanal, férias remuneradas e assistência médica e sanitária.
• 1940:
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Em 1º de maio, Vargas instituiu o salário-mínimo nacional, que 
deveria ter o valor necessário para cobrir os gastos da família trabalha-
dora com moradia, alimentação, saúde, transporte, vestuário, educa-
ção, higiene e lazer.
• 1941:
Realização do 1º Congresso Brasileiro de Direito Social, em 
maio deste ano, o qual apresentou uma série de enunciados sobre a ne-
cessidade de uma efetiva regulamentação trabalhista nas leis brasileiras.
A Justiça do Trabalho é criada por Getúlio Vargas, em maio 
deste ano, e amplia a necessidade de uma legislação mais estruturada.
• 1942:
O anteprojeto da CLT é apresentado, por meio de publicação 
no Diário Oficial da União, para receber sugestões.
• 1943:
Aprovação do projeto final da CLT é assinada por Vargas, em 
primeiro de maio.
• 1946:
A Assembleia Constituinte de 1946, acrescentou novos direitos 
como: direito de greve, repouso remunerado aos domingos e feriados 
e estabilidade do trabalhador rural. Ainda neste ano foi estabelecida a 
integração do seguro contra acidentes de trabalho no sistema da Previ-
dência Social.
• 1966:
É criado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), 
com o objetivo de amparar o trabalhador demitido sem justa causa.
• 1967:
A Constituição de 1967 ampliou a legislação trabalhista aos 
trabalhadores temporários, proibiu a greve em alguns ramos do serviço 
público, participação nos lucros, estabeleceu a idade mínima de traba-
lho do menos em 12 anos (com proibição de trabalho noturno), aposen-
tadoria para a mulher após 30 anos de trabalho, com salário integral. 
Prevê a contribuição sindical e o voto sindical obrigatório.
• 1988:
A Constituição de 1988 estabelece a proteção contra a despe-
dida arbitrária, ou sem justa causa; piso salarial proporcional à extensão 
e à complexidade do trabalho prestado; licença à gestante, sem prejuí-
zo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias, licença-pater-
nidade; irredutibilidade salarial e limitação da jornada de trabalho para 
8 horas diárias e 44 semanais. Destaque-se, também, a proibição de 
qualquer tipo de discriminação quanto a salário e critérios de admissão 
do trabalhador portador de deficiência.
• 1989:
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É sancionada a Lei 7.783/89 que regulamenta o Direito de Gre-
ve estabelecido na Constituição de 1988.
• 2017:
Desmantelamento de diversos direitos trabalhista com a aprova-
ção da “Reforma Trabalhista” encaminhada pelo Governo Temer. Entre os 
retrocessos destacam-se: o enfraquecimento da Justiça do Trabalho, a pri-
mazia do negociado sobre o legislado, a legalização do trabalho intermiten-
te, terceirização irrestrita, entre outras alterações. A legislação decompõe 
a noção jurídica de fragilidade do empregado frente ao empregador, os 
colocando como iguais na relação de trabalho, o que rompe com o sentido 
protetivo trabalho presente na CLT e da Constituição Federal.
OS DIREITOS TRABALHISTAS NAS CONSTITUIÇÕES
Com a Constituição de 1934 os Direitos trabalhistas entram 
com um maior destaque na Constituição Federal, no artigo 122, capítulo 
"Da Ordem Econômica e Social". A função a ela atribuída era de resol-
ver os conflitos entre empregadores e empregados. Inicialmente inte-
grada ao Poder Executivo, foi transferida para o Poder Judiciário, o que 
suscitou acirrados debates entre parlamentares da época, sobretudo no 
que diz respeito ao seu poder normativo.
A carta constitucional de 1934 trouxe avanços sociais importan-
tes para os trabalhadores: instituiu o salário-mínimo, a jornada de traba-
lho de oito horas, o repouso semanal, as férias anuais remuneradas e 
a indenização por dispensa sem justa causa. Sindicatos e associações 
profissionais passaram a ser reconhecidos, com o direito de funcionar au-
tonomamente. Da mesma forma, a Constituição de 1937 também consa-
grou direitos dos trabalhadores. Consolidada em 1943 pela CLT, passou 
por algumas modificações, até a sua última reforma em 2017.
NORMAS REGULAMENTADORAS DO TRABALHO 
Os riscos laborais mudam muito em função das diversas ati-
vidades profissionais, sendo possível traçar um “perfil” dos riscos pe-
culiares a cada tipo de ocupação. A gestão destes riscos depende do 
seu reconhecimento, desta forma, o estudo de diferentes ambientes de 
trabalho se faz imprescindível para que se possa atuar de forma eficaz 
na prevenção e promoção da saúde do profissional (FREITAS, 2016).
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante ao traba-
lhador condições especificas para meio ambiente do trabalho, cap. V, 
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seção I, dispõe no art. 156 que todas as empresas devem oferecer local 
seguro, com os itens de proteção individual, além de toda a sinalização 
necessária para execução de suas funções (CLT, 1978).
A Constituição Federal (1988) também protege o trabalho em 
seus artigos 200, VIII e 225, quando fala da proteção do meio ambiente, 
se refere também ao meio ambiente do trabalho. Já as Normas Regu-
ladores que estabelecem diretrizes nesse sentido de proteção ao traba-
lhador. O presente estudo vai citar a NB 7 que estabelece o Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, a NR 9 sobre o 
Programa de prevenção de riscos ambientais e a NR 26 que dispõe da 
Sinalização de Segurança.
As agências de vistoria devem observar se as regras estabeleci-
das pela CLT estão em conformidade com os padrões de segurança para 
os funcionários das empresas onde as funções laborais possam oferecer 
riscos à saúde ou vida do trabalhador, o Cap. V, art. 156, onde dispõe que:
Art. 156 – Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos 
limites de sua jurisdição: 
I – promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e me-
dicina do trabalho; 
II – adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições 
deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquerlocal de 
trabalho, se façam necessárias; 
III – impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constan-
tes deste Capítulo, nos termos do art. 201 (CLT, 1943).
Os trabalhadores devem estar com todos os equipamentos ne-
cessários para exercer suas funções, pois em algumas atividades podem 
manipular substâncias químicas e elas podem causas intoxicação, e riscos 
graves a saúde deles, cabe as agências fiscalizarem e autuar as empresas 
caso não estejam conforme as normas exigidas. As empresas são respon-
sáveis pela segurança de seus funcionários, cabendo a elas garantir que 
eles trabalhem conforme as regras, por isso o art. 157 dispõe que:
Art. 157 – Cabe às empresas: 
I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do traba-
lho; II – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às 
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças 
ocupacionais; 
III – adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional com-
petente; 
IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente (CLT, 1943).
Os funcionários também devem seguir as regras e normas de 
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segurança. No art. 158 dispõe que:
Art. 158 – Cabe aos empregados: 
I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as 
instruções de que trata o item II do artigo anterior; 
II – colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. 
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: 
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do 
item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual 
fornecidos pela empresa. 
Art. 159 – Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, pode-
rão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribui-
ções de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das 
disposições constantes deste Capítulo (CLT, 1943). 
RELAÇÕES TRABALHO/SAÚDE/DOENÇA
Para se incorporar uma cultura de segurança em uma empresa 
é necessário planejamento das atividades, treinamento dos trabalha-
dores, adequação nos procedimentos, normas e regras que forneçam 
segurança e saúde nesse ambiente, além de uma posição de responsa-
bilidade por parte dos funcionários, que precisam assumir sua posição 
para que os acidentes sejam evitados (CURRALEIRA, 2015).
A proteção e a prevenção são princípios fundamentais para a 
segurança, seja essa na vida social ou na atividade laboral. Entender e 
identificar os riscos são as primeiras etapas para ser possível um con-
trole contra eventuais acidentes, assim os trabalhadores e a empresa 
conseguem planejar e elaborar estratégias que auxiliem nesse contex-
to. Lembrando que o planejamento de segurança e higiene deve ser 
realizado por um profissional especializado em Segurança do Trabalho 
(AREOSA; NATIVIDADE, 2012).
Alguns trabalhadores possuem atitudes que promovem os ris-
cos potenciais aos acidentes, isso por comportamentos errôneos, seja 
no uso dos equipamentos, máquinas ou ferramentas, ou até mesmo na 
utilização dos equipamentos de segurança. Podem ter a “mania” de não 
utilizar uma luva, um capacete, ou a bota adequada, pois os acidentes 
não são evidenciados em sua função, e assim se sentem confiantes, um 
comportamental que se tornou usual e assim é repetido sempre.
As técnicas utilizadas para reverter esses comportamentos que 
possam induzir ao erro, ou aumentar os riscos potenciais de acidentes, 
a partir da implementação dessas técnicas, atitudes dos trabalhadores 
podem ser modificadas e assim intensificando a preocupação em rela-
ção aos acidentes de trabalho (CASQUEIRO, 2012).
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CONFORTO, HIGIENE, SEGURANÇA NO TRABALHO: MEDIDAS 
GERAIS DE PROTEÇÃO
As NR’s (Normas Regulamentadoras) apresentam diretrizes, 
que todo e qualquer ambiente de trabalho deve seguir para melhoria 
da segurança e condições de trabalho, reduzindo os riscos ou danos 
de determinada função. Foi durante o regime militar na Década de 70, 
devido ao grande número de acidentes, que o Brasil viu a necessidade 
de seguir os países desenvolvidos e criar “regras” que reduzissem o 
número de acidentes no ambiente de trabalho (AMARAL, 2013).
Todos os colaboradores e empregadores devem ter total cons-
ciência ao implementar as medidas de segurança para uma atividade 
desenvolvida, principalmente a utilização de EPI’s (equipamentos de 
proteção individual) sendo feitos os treinamentos para perfeito entendi-
mento dos procedimentos e operações a serem realizados, pois a me-
lhor forma de prevenção de acidentes é a conscientização e a formação 
dos trabalhadores no local de trabalho (SILVA; MENDONÇA, 2012).
Para manter a segurança do trabalhador e criar a consciência 
da importância do uso dos EPIs em suas atividades laborais, o estudo 
da ergonomia é indispensável, ela busca equilibrar as relações dos ho-
mens com as ferramentas para produção de um bem ou serviço, melho-
rando seu funcionamento. Dessa forma, a ergonomia é uma ramificação 
da ciência que estuda a aplicação de técnicas e métodos que facilite 
a interação física e psicológica do homem com seu trabalho. Sendo 
assim o estudo do homem com o trabalho, o ambiente, a tecnologia, 
objetivando intervenções com projetos que visam melhorar com uma 
integralidade a segurança e o bem-estar com a melhoria do trabalho 
desempenhado (BITENCOURT; LEMOS, 2016).
Muitas empresas no Brasil já têm como filosofia a proteção e saú-
de do trabalhador. Segundo um relatório da Organização Internacional do 
Trabalho, 2 milhões de trabalhadores morrem a cada ano de doenças ocu-
pacionais e acidentes ocorridos no ambiente de trabalho. Estudos mostram 
que os acidentes de trabalho têm forte impacto na previdência brasileira, 
por isso, a prevenção de acidentes é justificada pelas mortes no trabalho, 
incapacidade física e sofrimento às pessoas (MOTERLE, 2012).
Em diversas áreas, os riscos ergonômicos podem ser maiores 
e a exposição aos acidentes de trabalho, assim é importante acrescen-
tar os conceitos e práticas de algumas como os trabalhadores da cons-
trução civil, desenvolvendo planos que intensifiquem os cuidados com 
o uso dos EPIs, com a orientação aos colaboradores sobre a importân-
cia de se cuidarem não se expondo aos riscos sem qualquer proteção 
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(BUENO; CARVALHO, 2018).
Com o uso dos estudos de como o homem se comporta nas 
suas atividades laborais, buscando sua segurança e garantir que ela 
não prejudique a sua saúde física e mental, a ergonomia estuda essa 
relação, para entender como o comportamento do trabalhador influen-
cia suas atividades. A postura do profissional é essencial para que sua 
integridade seja preservada, assim o estudo da ergonomia nessa rela-
ção pode garantir essa segurança (AMARAL, 2013).
Com a tecnologia envolvida na construção civil, muitas empre-
sas envolvidas nas obras, procuram sinalizar para seus trabalhadores 
a importância de seguir as normas de segurança e como suas atitudes 
podem influenciar na sua segurança. Quando o profissional se cons-
cientiza que suas atitudes podem ajudar ou prejudicar sua saúde, os 
acidentes tendem a diminuir (BITENCOURT; LEMOS, 2016).
É necessário que o colaborador tenha total entendimento da 
função a ser executada e dos procedimentos para que consiga obede-
cer a um processo dinâmico que é caracterizado por ações preventivas 
que são tomadas no sentido de evitar, controlar e impedir a evolução e 
efetivação dos riscos no ambiente de trabalho (AMARAL, 2013).
Segundo Moterle (2012), o problema de ter um colaborador 
despreparado pode ser fatal quando ele se encontra em um ambiente 
que contêm máquinas pesadas e materiais perigosos, pois o trabalha-
dor despreparado é mais suscetível a lesões, isso acontece porque o 
empregado não tem conhecimento necessário para manusear o equipa-mento e suprimentos com segurança.
Segundo Caldas (2017), os operários são expostos a altos ris-
cos, pois o aprendizado é realizado durante a execução das atividades. 
Sendo assim, surge a necessidade de a empresa seguir as diretrizes 
referentes ao setor, de forma a convencer e monitorar o cumprimento 
das regras, pois quanto maior a experiência do funcionário, mais difícil 
é convencê-lo da necessidade de se precaver contra os riscos.
Para Takahashi et al. (2012), fazer segurança no trabalho apli-
cando as normas de segurança, em sua total conformidade, tem custos 
muito mais baixos do que os custos de um acidente de trabalho ou risco 
iminente de paralização da obra pelo Ministério do Trabalho. 
Além das mortes e mutilações de operários, há também um 
prejuízo econômico crescente por conta dos acidentes e dos altos cus-
tos com multas, devido ao não cumprimento das normas de seguran-
ça. Portanto, investir em segurança do trabalho preza também pela re-
dução de custos. Com a globalização e a competitividade acirrada no 
mercado, não se faz necessário apenas o Engenheiro ter habilidades 
técnicas, as empresas têm buscado profissionais com habilidades com-
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portamentais e de relações humanas.
A escolha dos profissionais que vão compor uma equipe nas 
obras de uma construção é fundamental, quanto a escolha dos mate-
riais que serão utilizados, o sucesso da obra está diretamente ligado aos 
profissionais que irão desenvolver o trabalho e construir a edificação.
Toda construção deve ser acompanhada por um planejamento, 
juntamente com o engenheiro civil responsável pela obra, pois os cus-
tos com materiais e mão-de-obra devem estar bem relacionados para 
que os desperdícios sejam os menores possíveis, pensando em dimi-
nuição de custos e na construção sustentável. Se o engenheiro respon-
sável pela obra consegui unir esses aspectos, pode ter suas chances de 
sucesso na sua empreitada aumentada. 
Segundo Fonseca e Lima (2007), os operários são expostos a 
altos riscos, pois o aprendizado é realizado durante a execução das ati-
vidades. Sendo assim, surge a necessidade de a empresa seguir as di-
retrizes referentes ao setor, de forma a convencer e monitorar o cumpri-
mento das regras, pois quanto maior a experiência do funcionário, mais 
difícil é convencê-lo da necessidade de se precaver contra os riscos.
Segundo Sakamoto Júnior (2014), os custos podem ser sepa-
rados por custos diretos, que são apropriados aos produtos, bastando 
haver medida de consumo (quilo, materiais consumidos, embalagens 
utilizadas, horas de mão-de-obra trabalhada etc.), e por custos indire-
tos, que não oferecem condição de medidas objetivas ou qualquer ten-
tativa de alocação é feita de maneira estimada.
Para Lopes et. Al (2017), fazer segurança no trabalho aplican-
do as normas de segurança, em sua total conformidade, tem custos 
muito mais baixos do que os custos de um acidente de trabalho ou risco 
iminente de paralização da obra pelo Ministério do Trabalho. 
Para Albuquerque (2012, p. 01) “Um dos fatores impulsiona-
dores do sucesso em nossa carreira, é a forma pelo qual relacionamos 
com as pessoas.”
Essas habilidades de se relacionar uns com os outros, quando bem desen-
volvida, agrega muito valor para a organização. Com isso a Engenharia tor-
nou-se uma profissão na qual é imprescindível lidar frequentemente com 
clientes, supervisores, diretores, fornecedores, mão de obra operacional e 
com quaisquer outros recursos humanos que possam de alguma forma afe-
tar ou contribuir para o desenvolvimento do trabalho (CALDAS, 2017). 
Para se adequar a demanda do cenário moderno, torna-se es-
sencial ao Engenheiro desenvolver a capacidade de lidar com indivíduos 
de perfis muito diferentes dentro da organização ou em seu trabalho de 
forma autônoma. Sendo necessário ter flexibilidade para gerenciar as re-
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lações que compõem todo o ciclo produtivo e não somente demonstrar 
competência em suas funções. É imprescindível conhecer as expectati-
vas de todos para que seu trabalho seja eficiente, como também compa-
tibilizar recursos, exigências e necessidades (BORGES, 2012).
Sem uma mão – de – obra comprometida e bem qualificada, 
as obras nas edificações podem ser atrapalhadas e isso interfere dire-
tamente em seu andamento. A proteção e a prevenção são princípios 
fundamentais para a segurança, seja essa na vida social ou na ativida-
de laboral. Entender e identificar os riscos são as primeiras etapas para 
que seja possível um controle contra eventuais acidentes, assim os tra-
balhadores e a empresa conseguem planejar e elaborar estratégias que 
auxiliem nesse contexto. Lembrando que o planejamento de segurança 
e higiene deve ser realizado por um profissional especializado em Se-
gurança do Trabalho (AREOSA; NATIVIDADE, 2012).
Logo o comportamento organizacional também pode influen-
ciar na ocorrência de acidentes e no aumento do mesmo, assim se es-
tabelece algumas metas para que o comportamento do trabalhador seja 
de proteção e prevenção, onde o mesmo se preocupa de verdade com 
o possível risco de se acidentar no ambiente de trabalho.
Conhecida como a doença respiratória decorrente do acúmulo 
de poeira nos pulmões e vias respiratórias, podendo ser classificada as 
poeiras inalantes como inorgânicas ou orgânicas que são provenientes 
de minerais e os gases nocivos de fumaças e aerossóis. Dependendo da 
quantidade de poeira inalada os tecidos reagem de uma forma diferente, 
existem algumas classificações da Pneumoconiose dependendo do tipo 
de poeira inalada pelo indivíduo (CASTRO; SILVA; VICENTIN, 2005).
Os agentes causadores dos diferentes tipos de Pneumoconio-
se podem ser colagênicos ou não colagênicos, isso significa que podem 
ficar grudados nos tecidos pulmonares ou não, assim determinando o 
grau de agressão da patologia no indivíduo. Os agentes que mais agri-
dem são ferro, asbestose, sílica e o estanho.
Os maiores problemas são decorrentes do tempo em que o 
trabalhador fica inalando a poeira, ou seja, quanto maior for o tempo de 
serviço com exposição aos agentes inalantes, maiores serão os proble-
mas no decorrer do tempo. Normalmente são necessários 20 anos para 
que o trabalhador sinta os verdadeiros sintomas da patologia. É impor-
tante que se obtenha um acompanhamento médico periódico para esse 
trabalhador, como em minas e obras clandestinas não possuem muita 
fiscalização os trabalhadores acabam sendo os maiores prejudicados 
com a patologia (CASTRO; SILVA; VICENTIN, 2005).
A Pneumoconiose, doença pulmonar causada por poeiras minerais, reúne um 
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conjunto de doenças respiratórias conhecidas pelo agente principal causador. As 
principais Pneumoconiose são: a silicose, asbestose, Pneumoconiose de poeira 
mista, do carvão (PTC), talcose, silicatose, siderose, baritose, estanhose. A sili-
cose é a Pneumoconiose mais frequente e relevante, seguindo-se a asbestose. 
O potencial de fibrogenicidade dessas poeiras conduz a uma reação inflamatória 
que pode evoluir para fibrose do parênquima pulmonar e, consequentemente, 
insuficiência respiratória crônica (CASTRO; SILVA; VICENTIN, 2005, p.2).
A inalação desses agentes, em um determinado período, por al-
guns pesquisadores considerado longo, como Capitani (1989), mas esse 
período é o que a patologia já desencadeia problemas graves respirató-
rios, como as doenças crônicas, ou seja, sem cura, onde o trabalhador só 
poderá realizar tratamento paliativo referente aos sintomas mais graves.
A descrição da inalação de poeira nos ambientes de trabalho como agente cau-
sador de sintomas respiratórios e doenças pulmonares foi feita por Hipócrates, 
em 460 a.C., que observou essas alterações na saúde de mineradores. O termo 
Pneumoconiose, proposto por Zenker em 1866, caracteriza as alterações pul-
monares parenquimatosas consequentes à inalação de poeira. Similarmente,na quarta Conferência Internacional de Pneumoconiose, realizada em Bucares-
te, em 1971, definiu-se Pneumoconiose como 'uma reação tecidual pulmonar 
decorrente do acúmulo de poeira nos pulmões. Milhares de novos casos são 
diagnosticados a cada ano em todo o mundo, com predominância nos países 
desenvolvidos, por terem um grande número de trabalhadores expostos em ati-
vidades de risco e em virtude das ações dos programas de vigilância à saúde 
ocupacional que registram e analisam a totalidade dos casos diagnosticados. No 
entanto, as Pneumoconioses vêm apresentando um acentuado declínio nesses 
países, nos quais as estatísticas correlatas são realizadas por órgãos especiali-
zados na coleta, registro e processamento desses dados, que são utilizados na 
vigilância e no controle das doenças ocupacionais (LIDO et al., 2008, p.2).
Como os trabalhadores necessitam de seus provimentos a partir 
das suas atividades laborais, é relevante que essas atividades sejam exer-
cidas de maneira segura, e para que isso ocorra o uso dos equipamentos 
de segurança, como os EPIs são indispensáveis, inclusive as máscaras, lu-
vas, para que o contato com a poeira dos agentes seja o mínimo possível.
Como a Pneumoconiose é uma patologia ligada a inalação de 
agentes poluentes que causam irritação, inflamação nas vias respira-
tórias e nos pulmões, sendo agravada com o tempo de exposição aos 
agentes poluentes e inflamatórios, o estudo compreendeu a necessi-
dade de observar a ocorrência dessa patologia nos trabalhadores da 
construção civil, já que estão frequentemente expostas as poeiras dos 
materiais utilizados nas construções.
Nas demolições as exposições para esses trabalhadores são 
maiores, e com isso é necessário que se faça o uso dos EPIs que favo-
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recem a proteção e podem combater a inalação da poeira proveniente 
dessas demolições. A colocação de telhado, assentamento de piso, di-
versas atividades na área podem apresentar riscos para esses profis-
sionais em relação a Pneumoconiose e assim com a frequência em 
que exercem suas funções aumenta os riscos e sintomas em relação a 
patologia (BRASIL, 2009).
O estudo foi realizado em uma obra na cidade de Salvador, obra 
de mobilidade urbana, no metrô da cidade, com serviços de Solo Grampe-
ado, Enfilagem, Estaca raiz, para que seja colocado em andamento mais 
uma etapa do metrô, conferindo uma melhor mobilidade e uma redução no 
tráfego da cidade. As empresas responsáveis são a Engesa e a Concreta.
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QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 01
(AL-MG - Analista Legislativo - Médico do Trabalho - FUMARC - 2023)
Nos termos da Norma Regulamentadora nº 4, que trata dos Servi-
ços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT), constitui competência desses Serviços:
A) Elaborar e gerenciar as ações do Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional - PCMSO, nos termos da Norma Regulamentadora 
nº 07 (NR07). 
B) Elaborar plano de reparação civil de danos decorrentes de acidentes 
de trabalho, monitorar metas, indicadores e resultados de segurança e 
saúde no trabalho. 
C) Manter permanente interação com a Comissão de Acúmulo de Car-
gos e Serviço de Contencioso Trabalhista, quando existente.
D) Propor, imediatamente, a interrupção das atividades e a adoção de 
medidas corretivas e/ou de controle quando constatar condições ou si-
tuações de trabalho de grave e iminente risco para a segurança ou a 
saúde dos trabalhadores. 
E) Compor a comissão de Acúmulo de Cargos e Serviços de Contencio-
so Trabalhista em toda instituição que for contratado é imprescindível. 
QUESTÃO 2
(Prefeitura de Cuiabá-MT - Engenheiro de Segurança do Trabalho 
– IBFC - 2023)
De acordo com a NR 1 cabe ao trabalhador as seguintes obrigações:
I. Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança 
e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo 
empregador. II. Submeter-se aos exames médicos previstos nas 
NR. III. Colaborar com a organização na aplicação das NR. IV. Usar 
o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.
Assinale a alternativa correta em relação à recusa no cumprimento 
destas obrigações. 
A) A recusa de todos os itens é sempre considerada um ato faltoso 
B) A recusa apenas dos itens I e II é sempre considerada um ato faltoso
C) A recusa apenas dos itens I e II pode ser justificada
D) A recusa apenas do item I pode ser justificada
E) A recusa de todos os itens pode ser justificada 
QUESTÃO 3
(Prefeitura de Cuiabá - MT - Engenheiro de Segurança do Trabalho 
– IBFC - 2023)
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Enquanto a NR 6 (Norma Regulamentadora nº 6) define que tipo de EPI 
(Equipamento de Proteção Individual) deve ser utilizado de acordo 
com o que se pretende proteger, a quem compete a responsabilidade 
pela especificação dos EPI’s, de acordo com as atividades laborais: 
A) Aos fiscais do MET (Ministério do Trabalho e Emprego)
B) À direção de empresa
C) Aos profissionais integrantes do SESMT (Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalhos) 
D) Aos integrantes da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) 
E) Ao Engenheiro de Segurança do Trabalho
QUESTÃO 4
(Instituto Consulplan - MPE - MG - Analista medicina do Trabalho – 
Instituto Consulplan - 2023)
A ergonomia busca a adequação do trabalho ao homem de forma 
que seja possível obter conforto e eficiência. Considerando os con-
ceitos fundamentais de ergonomia, assinale as afirmativas a seguir.
I. As variabilidades técnicas normais são aquelas decorrentes do tipo 
de trabalho realizado, podendo ser antecipadas e, pelo menos parcial-
mente, controladas e programadas como, por exemplo, as variações 
sazonais, de demanda, de matérias-primas, de fornecedores.
II. A variabilidade humana inter-individual diz respeito às inevitá-
veis variações entre as pessoas.
III. A variabilidade humana intraindividual se refere às variações 
internas de cada trabalhador e depende das características bioló-
gicas, da formação, da experiência e das condições de vida.
De acordo com o Guia de Análise de Acidentes do Trabalho, do Minis-
tério do Trabalho e Emprego (MTE), está correto o que se afirma em:
A) I, II e III. 
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) N.D.A
QUESTÃO 5
(FUNDEP - Prefeitura – Técnico de Segurança do Trabalho – FUN-
DEP Gestão de Concursos - 2022)
Analise a afirmativa a seguir.
O objetivo da ergonomia é estudar diversos fatores que influenciam 
no desempenho do sistema produtivo e reduzir suas consequên-
cias nocivas sobre o trabalhador, proporcionando ______________, 
____________ e _______________.
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Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente a 
afirmativa anterior.
A) satisfação, segurança e rotatividade de atividades.
B) segurança, saúde e satisfação. 
C) produtividade, lucro e desempenho.
D) minimização de processo, segurança e saúde.
E) saúde, atividade e lucro.
TREINO INÉDITO
Patologia ligada a inalação de agentes poluentes que causam ir-
ritação, inflamação nas vias respiratórias e nos pulmões, sendo 
agravada com o tempo de exposição aos agentes poluentes e in-
flamatórios, o estudo compreendeu a necessidade de observar a 
ocorrência dessa patologia nos trabalhadores da construção civil, 
já que estão frequentemente expostas às poeiras dos materiais uti-
lizados nas construções. De qual doença o texto trata:
A) Bacteriose
B) Virose 
C) Pneumoconiose
D) Pneumonia
E) N.D.A
QUESTÃO DISSERTATIVA
A NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adap-
tação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e 
desempenho eficiente no trabalho. De forma resumida disserte sobre a 
importância da ergonomia na saúde do trabalhador:
NA MÍDIA
As Fontes materiais se relacionam

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