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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professoras: Profa. Dra. Emiliana Cristina Melo, 
Fernanda Prado Marinho e 
Profa. Dra. Maria José Quina Galdino
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade abordará os princípios éticos a serem aplicados 
na área da saúde. Existem várias teorias éticas e modelos de análises 
teóricas que podem orientar a forma de ser e agir profissionalmente. Es-
pecificamente, neste módulo, foram enfocadas: a) ética, moral e seus 
conceitos; b) direitos e deveres com relação à ética profissional e c) dire-
trizes e normas de pesquisas com seres humanos, discutindo e buscando 
a reflexão e o conhecimento mais profundo da ética para a prestação de 
cuidados à saúde no cotidiano. Para tanto, foram considerados concei-
tos, fundamentos dos valores e princípios éticos e dos direitos huma-
nos. Além disso, Legislações e Resoluções específicas para o exercício 
profissional, as quais são de grande relevância para provas e concursos 
públicos sem, no entanto, esgotar o assunto. Espera-se que o aluno, por 
meio do conhecimento e da reflexão em torno da disciplina, consiga atuar 
na tomada de decisão, com a mínima chance de erro possível, tanto nos 
processos avaliativos, quanto na prática do exercício da profissão em 
seu cotidiano. Estar atento aos princípios éticos e morais, aos direitos e 
deveres profissionais e ao contexto ético em pesquisa envolvendo seres 
humanos, facilitará o exercício profissional do Enfermeiro e de qualquer 
profissional inserido na área da saúde.
Ética. Bioética. Saúde. Saúde Coletiva. Trabalhador da Saúde.
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 CAPÍTULO 01
ÉTICA
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Ética e Moral __________________________________________________
Conceitos, Princípios e Fundamentos ___________________________
 CAPÍTULO 02
DIREITOS E DEVERES EM RELAÇÃO A ÉTICA PROFISSIONAL
Ética Profissional ______________________________________________
Sigilo Profissional ________________________________________________
Códigos de Ética________________________________________________
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18Princípios e Valores ____________________________________________
Bioética _______________________________________________________ 18
Ética Profissional e Relações Sociais _____________________________ 38
Regras Deontológicas ____________________________________________ 40
Equidade e Igualdade __________________________________________ 23
Justiça ________________________________________________________ 24
Imparcialidade ________________________________________________ 25
Negligência ___________________________________________________ 26
Imprudência __________________________________________________ 26
Imperícia ______________________________________________________ 26
Recapitulando _________________________________________________ 28
Dilemas Éticos _________________________________________________ 22
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Deveres Profissionais __________________________________________
Competências Éticas ___________________________________________
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Legislação e Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem _
50LEI 5.905/73 ____________________________________________________
Características dos Conselhos de Enfermagem ___________________
48
53
 CAPÍTULO 03
DIRETRIZES E NORMAS DE PESQUISA COM SERES HUMANOS
Princípios Básicos: a Beneficência, o Respeito à Pessoa e a Justi-
ça______________________________________________________________
Projeto de Pesquisa _____________________________________________
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79
Qualificação dos Pesquisadores _________________________________ 81
55LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986 _______________________
Resolução Cofen nº 0564/2017 __________________________________ 58
70
Principais Documentos que Amparam e Estipulam Garantias aos 
Seres Humanos ________________________________________________
Recapitulando __________________________________________________ 73
Avaliação do Risco-Benefício ___________________________________
ConsentimentoInformado ______________________________________
82
84
Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos ______________
89
Principais Pendências que Ocasionam Devolução ou Pendência 
de Projetos de Pesquisa pelo CEP-CONEP ______________________
88
Recapitulando _________________________________________________
Fechando a Unidade ____________________________________________
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Referências _____________________________________________________ 104
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Todas as pessoas são confrontadas em sua vida social, com dile-
mas de ordem ética, de maior ou menos complexidade. A escolha entre o 
“certo” e o “errado” é uma constante na vida das pessoas. Todo comporta-
mento é determinado por uma “ideia ética” subjacente. A ética é de grande 
importância para a vida das pessoas e das sociedades, sendo um traço ca-
racterístico daquelas sociedades que são mais fortes, coesas e solidárias. 
Nesta disciplina vamos discutir as relações humanas, de pres-
tação de cuidados à saúde aplicadas à profissionais de saúde no seu 
cotidiano, considerando conceitos, fundamentos dos valores e princí-
pios éticos e dos direitos humanos. 
Com o passar do tempo, observamos inúmeras mudanças de 
comportamento que suscitam preocupação em relação aos valores vol-
tados, principalmente, para a resolução de problemas objetivos, como 
o respeito ao ser humano e aos seus direitos. Em decorrência dessas 
mudanças, observa-se o mal-estar moral e ético entre as pessoas, em 
cujas relações predominam a desconfiança e a insensibilidade.
Nesse contexto, despontaram problemas relacionados à conduta, 
o que determina a diminuição da capacidade de vida coletiva, afetando 
diretamente a saúde das pessoas, ou, a saúde coletiva. Quando lembra-
mos que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde é um 
estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente, 
a ausência de doenças ou enfermidades, já temos uma ideia do quanto a 
diminuição da capacidade de convivência social advinda da “desconfiança” 
pode implicar na saúde. Não obstante, esta desconfiança também é dire-
cionada à ética, no contexto da prestação de cuidados à saúde.
A intenção da disciplina é contribuir para a reflexão e o desen-
volvimento de atitudes pautadas na ética e no olhar para a pessoa e 
para sociedade, com objetivo de exercer princípios e valores que favo-
reçam a convivência e a garantia dos direitos de todos: profissionais, 
pacientes, cidadãos e comunidade. 
Há várias teorias éticas e modelos de análise teórica que podem 
orientar a nossa forma de ser e agir profissionalmente. Mesmo levando 
em consideração que referências filosóficas e teóricas nos ajudam a pen-
sar criticamente, é sempre bom ter em mente que a aplicação rotineira 
de métodos nunca é um substituto satisfatório para a inteligência crítica. 
Porém, não é nada simples responder as questões: como de-
vem ser os profissionais da saúde em sua prática profissional? Como 
devem agir em relação aos outros e a si mesmo? Neste sentido, o pro-
pósito desta unidade é contribuir com fundamentos éticos que possi-
bilitem a reflexão sobre a forma como temos agido e como temos sido 
enquanto profissionais de saúde. O objetivo é problematizar a relação 
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cliente-profissional de saúde, uma vez que é nessa prática cotidiana 
que se integram os elementos próprios da conduta moral profissional.
O capítulo 1, aborda conceitos, princípios e fundamentos éticos 
e morais importantes, que irão fundamentar e dar entendimento aos pró-
ximos capítulos. O capitulo 2, que contempla os direitos e deveres com 
relação à ética profissional, além de conteúdo explicativo, traz leis e reso-
luções, estas últimas com seus capítulos e artigos na íntegra, devido a sua 
necessária compreensão para a resolução de questões de provas e con-
cursos. Já o capítulo 3, que aborda as diretrizes e normas em pesquisas 
com seres humanos, além do conteúdo apresentado neste material, exige 
o acesso às resoluções disponíveis na Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP), já que são inúmeros os documentos pertinentes ao 
assunto, os quais, são primordiais tanto para a pesquisa quanto para a con-
dução e assertivo aceite de pesquisas no âmbito dos serviços de saúde.
Temos o privilégio e a responsabilidade de cuidar e conviver 
com pessoas e nossas atitudes devem ser pautadas em princípios e 
valores que orientem nossas condutas profissionais e pessoais. A disci-
plina de Ética Aplicada à Saúde, é uma semente que depende de terra 
fértil humana e de cuidados para crescer junto à humanidade. Todo o 
conteúdo aqui estudado é coletivo. Lembrem-se:
 “A tolerância é a consequência necessária do reconhecimento de que somos 
falíveis; errar é humano, e todos nós cometemos erros permanentemente. 
Então, perdoemo-nos uns aos outros as nossas loucuras. Este é o funda-
mento do direito natural” (Voltaire)
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SÉTICA E MORAL
São várias as concepções apresentadas para “Ética”. No en-
tanto, podemos perceber que os vários filósofos e autores, chegam ao 
mesmo consenso: a ética se refere ao comportamento humano, orienta-
do por regras de boa conduta na convivência em sociedade. “Ética” vem 
do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. É um ramo, 
uma parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que 
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento huma-
no, refletindo a respeito da essência das normas, valores, prescrições 
e exortações presentes em qualquer realidade social. É o conjunto de 
regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um 
grupo social ou de uma sociedade.
ÉTICA
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Para Dubrin (2003), a ética refere-se às escolhas morais que 
uma pessoa faz e o que essa pessoa deveria fazer. É o que ela consi-
dera como certo e errado ou como bom ou mau e transforma valores 
em ação. Já Ferreira (2005, p.78), a define como: “O estudo dos juízos 
de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem 
e do mal”. Ou ainda, um “Conjunto de normas e princípios que norteiam 
a boa conduta do ser humano”.
Em termos mais práticos, a ética é a área da filosofia que es-
tuda as condutas do ser humano em sociedade. Pode parecer seme-
lhante à lei, no entanto, a ética, em si, tem a ver com a conduta de um 
cidadão frente a seus semelhantes. É uma questão de respeito pela 
vida, patrimônio e bem-estar próprio e alheio. Ética é questão de hones-
tidade e de retidão de caráter. A lei não cobre todos os princípios éticos 
e nem toda atitude antiética é criminosa. Por exemplo, a mentira é algo 
antiético, mas mentir em si não é considerado crime.
Trasferetti (2006) traz em seus escritos, a ideia de autores que 
acreditam que o termo ética foi adquirindo contornos distintos com o 
passar dos tempos, mas que em geral, as pessoas associam o termo 
como um fardo pesado que torna a vida diminuída, sem gosto, sem 
qualidade. Para Transferetti (2006, p.44), “a distração e o gosto pessoal 
para as normas perderem o sentido e a ética cai em desuso”. “A lei, 
encarregada de disciplinar o comportamento humano, e os instrumen-
tos de orientação para a cidadania perdem sua razão de ser. Somente 
valem o sucesso, o brilho pessoal, a vantagem em tudo”.
Os termos ética e moral, ainda que empregados como sinôni-
mos, não apresentam total equivalência. Embora estejam relacionados 
entre si, são dois conceitos distintos. No contexto filosófico, ética e mo-
ral são dois termos que se complementam, mas que possuem a origem 
etimológica e significados diferentes.
Agora que já nos apropriamos do conceito de ética, podemos dis-
tinguir melhor tais diferenças.O termo “moral” é originário do termo latino 
“Morales”, que significa “relativo aos costumes”, isto é, aquilo que se conso-
lidou como sendo verdadeiro do ponto de vista da ação. A moral refere-se 
a um conjunto de regras aplicado no cotidiano e utilizado constantemente 
por cada cidadão. Estas regras orientam os indivíduos que vivem em dada 
sociedade, norteando seus julgamentos sobre o que é certo ou errado, mo-
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ral ou imoral, e as suas ações. É, portanto, fruto do padrão cultural vigente 
e engloba as regras tidas como necessárias para o bom convívio entre os 
membros que fazem parte de determinada sociedade.
É o conceito que impõe limites às condutas humanas. Sem a 
moral seria impossível viver em sociedade. Ela define o que posso ou 
não fazer, até onde vão meus direitos, quais os meios que posso utilizar 
para conquistar meus objetivos. Se isso é certo ou errado.
A lei é oriunda da moral, mas nem tudo que legal é moral. Ve-
jamos, por exemplo, o caso das eleições de 2014. A então candidata, 
Dilma, prometeu uma série de coisas com o objetivo de ganhar as elei-
ções, e de fato ganhou. No entanto, o fato da então candidata prometer 
coisas que ela sabia que não seria possível cumprir, foi uma conduta 
ilegal? Com certeza não, mas foi imoral.
Moral tem a ver com sociedade, são conceitos coletivos, defini-
ções comuns para se viver em sociedade. O que vale para um vale para 
todos os pertencentes àquele grupo. Pode-se afirmar que, ao falarmos 
de moral, os julgamentos de certo ou errado dependerão do lugar onde 
se está.
Por fim, pode-se considerar que a ética engloba determinados 
tipos de comportamentos, sejam eles considerados corretos ou incor-
retos; já a moral estabelece as regras que permitem determinar se o 
comportamento é correto ou não.
Se considerarmos o sentido prático, a finalidade da ética e da 
moral é bastante semelhante, pois ambas são responsáveis por cons-
truir as bases que guiarão a conduta do homem, determinando o seu 
caráter e a sua forma de se comportar em determinada sociedade. Des-
ta maneira, pode-se afirmar que a ética é a parte da filosofia que estuda 
a moral, pois reflete e questiona sobre as regras morais.
Observe que Ética é o julgamento de uma conduta, ação, hu-
mana, com base em princípios morais de um determinado grupo ou 
sociedade. Vejamos como exemplo a verdade e mentira. Este é um 
padrão estabelecido na cultura brasileira e você sabe o que é certo e 
errado com relação a este padrão.
Faça o seguinte: imagine que você está em uma sala com mais 
duas pessoas e uma delas pergunta se você acha a outra pessoa boni-
ta. Sem preconceitos ou qualquer coisa do gênero você iria responder 
que sim, a outra pessoa é bonita ou, no mínimo, você diria que ela é 
simpática. Muito bem, suponhamos que, na verdade, você achou que 
aquela pessoa é muito feia, horrível, parecia uma batida de trem, mas, 
mesmo assim você, por educação, diria que ela não é feia.
Nesta situação você mentiu. Mentir é moralmente errado, por-
tanto neste exemplo, você teve uma conduta antiética devido ao fato de 
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você ter ferido um princípio moral de um determinado grupo, no caso a 
sociedade brasileira. Observe que houve uma ação, uma conduta huma-
na, um julgamento ético. Você poderia simplesmente dizer a verdade, 
mas optou por mentir. Ética, portanto, estuda o comportamento do indiví-
duo com relação aos conceitos morais do grupo em que ele está inserido.
Este quadro vai facilitar o entendimento e deixar mais evidente 
as diferenças entre ética e moral.
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Observa-se ainda, subdivisões do termo ética. Alguns estudos 
teóricos da Filosofia Moral subdivide a Ética em diversas categorias, as 
principais são três: Ética Descritiva, Ética Metaética e Ética Normativa 
(WIIG et al, 2016). 
• Ética Descritiva: Descreve o que é o Bem e o que é o Mal, 
através da apreensão empírica dos fenômenos morais. Não há posicio-
namento normativo. 
• Metaética: É abstrata e epistemológica, seu objetivo é investi-
gar a natureza dos valores, dos juízos morais (bem/Mal); e os significados 
da linguagem avaliativa (das estruturas do discurso), métodos e lógica.
• Ética Normativa: Procura racionalmente configurar o campo 
prático da moral num estudo “histórico-filosófico ou conceitual” sobre 
normas morais das sociedades, desenvolvendo critérios. O foco das 
problemáticas é a ação-moral.
Já a ética social, refere-se a um conjunto de regras ou dire-
trizes as quais a sociedade adere. Muitas dessas regras geralmente 
não são ditas, mas são seguidas por dada sociedade. Servem de guia, 
estabelecendo as regras básicas para o que a sociedade julgar aceitá-
vel. O bem-estar da sociedade como um todo é colocado à frente dos 
interesses de qualquer indivíduo, ajudando a garantir que todos sejam 
responsabilizados uns pelos outros.
Assuntos como economia, imigração, pobreza e fome muitas 
vezes criam algumas discussões dentro do campo da ética social. Preo-
cupações com o meio ambiente, a homossexualidade e a tolerância 
religiosa também tendem a figurar no topo da lista, juntamente com a 
pena de morte, o aborto e a clonagem humana. Esses e outros proble-
mas semelhantes costumam suscitar grandes preocupações quando se 
trata de como as comunidades julgam “certo” e “errado”.
A ética individual, se apresenta na concepção elaborada por M. 
Foucalt como cuidado de si. Coloca a reflexão sobre as condutas e o 
agir humano em termos de estilo, se distanciando da dicotomia permitido/
proibido. Reforça a noção de responsabilidade sobre os nossos atos. As-
sim, a ética individual se conjuga com a responsabilidade social. O indi-
víduo, cuidando de si, cuida também dos outros adequadamente. A ética 
individual, refere-se à ética pura, que revela a ética pessoal a qual cada 
indivíduo aplica no seu dia a dia, em uma organização ou na sociedade.
De forma geral, a ética discute os valores que se traduzem em 
existências humanas mais felizes, mais realizadas, com mais bem-es-
tar e qualidade de vida. Busca os valores que signifiquem dignidade, 
liberdade, autonomia e cidadania. Na medida em que entendemos a 
importância da ética para a sobrevivência humana com qualidade e in-
tegridade, compreendemos também a complexidade envolvida em suas 
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relações com outros campos do saber e da prática, fundamentais à vida 
humana em sociedade.
CONCEITOS, PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS
Para entendermos alguns princípios éticos aplicados à saúde, 
faz-se necessário ter conhecimento de vários conceitos. Alguns mais 
recentes, outros nem tanto. O termo "conceito" tem origem a partir do 
latim “conceptus” (do verbo concipere) que significa "coisa concebida" 
ou "formada na mente". Envolve o entendimento, julgamento, juízo, opi-
nião, ponto de vista. Assim, precisamos ter algumas concepções em 
mente, as quais envolvem princípios gerais da ética e específicos da 
ética aplicada à saúde. Neste módulo, descrevemos os principais con-
ceitos acerca desta temática.
PRINCÍPIOS E VALORES
Princípios, são pressupostos universais que definem regras 
essenciais que beneficiam um sistema maior que é a humanidade. Va-
lores, são regras individuais que orientam, como bússolas internas as 
relações, as decisões e as ações.
SANTOS (2017), faz uma excelente analogia: os princípios são 
como o diamante, além de mais preciosos, se assemelham também 
por serem rígidos, constantes e inquebráveis. Princípios são, portanto, 
preceitos universais rígidos, regras incontestáveis e direcionamentos de 
conduta universal e atemporal. Ele por si só, não se quebra, mas sim a 
pessoa que não os seguem. Exemplos de princípios: amor, equilíbrio, 
pertinência, ordem. 
Os valores, por sua vez, são como o carvão, maismaleáveis, 
individuais, subjetivos e influenciados pelo externo, assim como o con-
texto, a época, a cultura, o objetivo, o tempo e o interesse. São, portan-
to, frágeis se não forem pressionados de forma adequada e se não tive-
rem princípios como sua base. Além disso, por serem padrões sociais 
eles são subjetivos e contestáveis, por isso podem ser éticos ou não, 
dependendo de quem, ou qual cultura, o adota.
BIOÉTICA
No termo bioética, bio representa o conhecimento biológico, a 
ciência dos sistemas viventes, enquanto ética, representa o conhecimen-
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to dos sistemas dos valores humanos. O nascimento da bioética como 
disciplina coincide, com um retorno do interesse da parte da ética filosófi-
ca pela ética prática; um interesse motivado pela urgência de fornecer um 
adequado fundamento ao debate público e as legislações e de conduzir o 
diálogo no contexto das sociedades pluralistas e democráticas.
O nascimento da Bioética tem suas raízes ideológicas nos 
principais acontecimentos da 2ª Guerra Mundial, quando se observou 
maus tratos e abusos com os sujeitos das pesquisas. Os fatos ocorridos 
na guerra, geraram indignação e estimularam consciência e reflexão, 
capaz de estabelecer uma fronteira entre a ética e o comportamento 
humano. A partir destes acontecimentos, tem início a exigência de uma 
ética no campo biomédico, fundamentada na razão e nos valores objeti-
vos da vida e da pessoa. Van Rensselaer Potter formulou sua definição 
que trazia o sentido de ética da terra:
Nós temos uma grande necessidade de uma ética da terra, uma ética para a 
vida selvagem, uma ética de populações, uma ética do consumo, uma ética 
urbana, uma ética internacional, uma ética geriátrica e assim por diante (...) 
Todas elas envolvem a bioética... (POTTER, 1970, p, 53).
Pouco depois, Potter traz a visão original do compromisso hu-
mano frente ao equilíbrio e preservação da relação dos seres humanos 
com o ecossistema e com a vida do planeta: “Eu proponho o termo Bioé-
tica como forma de enfatizar os dois componentes mais importantes para 
se atingir uma nova sabedoria, que é tão desesperadamente necessária: 
conhecimento biológico e valores humanos”. (Potter, 1971, p.2).
A bioética é uma área da ética geral. Não tem por objetivo ela-
borar novos princípios éticos, mas aplicar princípios existentes nas ciên-
cias da vida e do cuidado da saúde, especialmente aos novos questio-
namentos que estão surgindo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu, em 2001, a 
bioética como sendo o uso criativo do diálogo para formular, articular e, 
sempre que possível, solucionar dilemas propostos pela investigação e 
pela intervenção sobre a vida, a saúde e o meio ambiente.
Em 2005, a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Hu-
manos (DUBDH), homologada unanimemente pelos 191 Estados-Mem-
bros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência 
e a Cultura, reconheceu os direitos humanos como referencial mínimo 
universal para a bioética. A Declaração parte do reconhecimento de que 
a saúde é resultante de uma multiplicidade de aspectos que abrangem 
não só o progresso científico e tecnológico, mas também fatores sociais 
e culturais (UNESCO, 2005).
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As transformações observadas na economia mundial a partir 
do recente processo de globalização promoveram profundas mudan-
ças comportamentais, estreitando os contatos entre pessoas e grupos 
sociais como consequência do aumento dos deslocamentos humanos 
e das migrações, determinando novas formas de convivência entre di-
ferentes pessoas e culturas. Nesse contexto, passaram a ocorrer com 
maior amplitude e visibilidade fenômenos como etnocentrismo, racismo, 
xenofobia, sexismo e homofobia, como consequência da intolerância 
diante das diferenças, fato que acabou originando violações aos direitos 
humanos de pessoas e grupos não integrados à sociedade circundante.
Para Gogoi e Garrafa (2014), o campo da saúde não ficou imu-
ne a esse fenômeno. Conflitos éticos relacionados a diferenças étnicas, 
sexuais ou de gênero ainda são frequentes. A área das políticas públi-
cas, principalmente em relação à definição de prioridades em saúde, 
passando a lidar com processos de escolha permeados por conflitos 
éticos, os quais envolvem as diferenças presentes na sociedade e, ape-
sar dos avanços importantes relativos ao reconhecimento dos direitos 
sociais, entre os quais o direito à saúde, existe ainda um déficit de con-
cretização desses direitos em especial, para os grupos minoritários e 
socialmente excluídos, problema que deve ser enfrentado não só no 
plano jurídico, mas principalmente no plano social e ético. 
Em uma abordagem clássica, também conhecida como corrente 
canônica, a bioética centra-se em alguns princípios, cuja aplicação supos-
tamente leva à solução dos dilemas éticos na saúde: autonomia, benefi-
cência e não-maleficência, justiça, confidencialidade. Essa abordagem, tal 
como feita pelos americanos, ganham, atualmente, força de lei no plano 
internacional. “Os quatro princípios da bioética americana simplesmente se 
tornaram os princípios da bioética” (GODOI, GARRAFA, 2014, p.98).
A principal crítica a tal abordagem é de que os princípios são 
tomados como enunciados, sem preocupação na sua legitimação. Não 
há uma teoria bioética, embora haja uma prática que apele a tais princí-
pios. Ou seja, há um pragmatismo ético, sendo os princípios aplicados de 
forma mecânica, automática. Além disso, vem de pontos de partida e ma-
trizes de pensamento diversas, não havendo uma unidade sistemática.
A Bioética discute ainda, alguns temas polêmicos, como eu-
tanásia, distanásia, autonomia. Como dar más notícias, alocação de 
recursos, ordens de não ressuscitação, suspensão ou não instalação de 
alimentação e/ou hidratação artificial, sedação paliativa (sedação con-
trolada) e finitude da vida.
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Eutanásia: prática para abreviar a vida, a fim de aliviar ou evitar 
sofrimento para os pacientes (JUNGES et al., 2010). O termo supracita-
do é ilegal no Brasil, porém é aceito em alguns países, como a Holanda 
e a Bélgica.
Distanásia: Procedimento muitas vezes praticada no campo da 
saúde. É conceituada como uma morte difícil ou penosa, usada para 
indicar o prolongamento do processo da morte, por meio de tratamento 
que apenas prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de 
vida e sem dignidade. Também pode ser chamada de obstinação tera-
pêutica (SELLI; ALVES, 2009). Enquanto na eutanásia, a preocupação 
principal é com a qualidade de vida remanescente, na distanásia, a in-
tenção é de se fixar na quantidade de tempo dessa vida e de instalar 
todos os recursos possíveis para prolongá-la ao máximo.
Ortotanásia: Boa morte ou morte digna tem sido associada ao 
conceito de ortotanásia. Etimologicamente, significa morte correta - orto: 
certo; thanatos: morte. Traduz a morte desejável, na qual não ocorre o 
prolongamento da vida artificialmente, através de procedimentos que 
acarretam aumento do sofrimento, o que altera o processo natural do 
morrer. Na ortotanásia, o indivíduo em estágio terminal é direcionado pe-
los profissionais envolvidos em seu cuidado para uma morte sem sofri-
mento, que dispensa a utilização de métodos desproporcionais de prolon-
gamento da vida, tais como ventilação artificial ou outros procedimentos 
invasivos. A finalidade primordial é não promover o adiamento da morte, 
sem, entretanto, provocá-la; é evitar a utilização de procedimentos que 
aviltem a dignidade humana na finitude da vida (VILLAS-BÔAS, 2008).
As questões de bioética dizem respeito a vida dos membros da 
sociedade, por isso, devem abordadas e discutidas dentro da socieda-
de. Condições como reprodução assistida, aborto, engenharia genéti-
ca, planejamento familiar, doação de órgãos, suicídioassistido e outros 
assuntos que interessam a pessoa, ou ao cidadão, devem ser regula-
mentados democraticamente. Não por colegiados de médicos ou juízes, 
mas por cada cidadão.
Apesar da grande importância dada mundialmente a bioética, 
não há muito publicado sobre o assunto na língua portuguesa ou por 
autores brasileiros.
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A Bioética propõe que o posicionamento de cada pessoa quan-
to as mais diversas questões éticas, seja individual e independente, e 
que a harmonização do convívio social com relação a assuntos éticos, 
resulte de uma discussão ampla dentro da sociedade.
Uma ótima leitura sobre Bioética é possível por meio do livro: 
O que é Bioética, das autoras Débora Diniz e Dirce Guilhem. Editora 
brasiliense. Primeira versão e-book, 2017.
Outra leitura importante:Os princípios da Bioética, por Lorena 
Duarte Lopes Maia. Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/
site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18566&revista_caderno=6
DILEMAS ÉTICOS
Diante das constantes transformações que ocorrem na socie-
dade, os profissionais da saúde estão envolvidos em dilemas de cunho 
ético em seu cotidiano, participando tanto de forma passiva como ativa 
de ações nas quais o desrespeito ao ser humano é evidente. É comum 
nos deparar com situações delicadas, tanto na vida pessoal, quanto 
na vida profissional. Nestas situações, é necessário pensar nas con-
sequências, considerando os valores éticos e morais para agir. Dentre 
estas situações, ou “dilemas éticos”, podemos citar: conviver com atitu-
des ou atos antiéticos como furto, suborno, imparcialidade nas ações, 
utilização de informações confidenciais em próprio benefício ou em be-
nefício de outros, eutanásia, distanásia, ortotanásia, dentre outros.
No Brasil, especificamente com relação a Enfermagem, 80% 
das denúncias surgem a partir de questões de enfrentamento, desacor-
dos e desentendimentos e são tipificadas, principalmente, como impru-
dência ou negligência, como as condutas avaliadas como impróprias 
na realização procedimentos, desrespeito nas relações interpessoais, 
divulgação inapropriada ou inverídica nas mídias sociais, maus tratos a 
pacientes, exercício ilegal da profissão, assédio moral, abuso de poder 
e confronto de competências (COREN, 2018).
Na área da saúde, as modificações terapêuticas e de cuidado 
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ocorrem rapidamente e de uma forma significativa. Esta rapidez, faz 
com que os dilemas éticos sejam preocupação constante!
Tomar uma decisão nem sempre é fácil. E se existem ques-
tões que são simples de resolver, também existem outras que, tendo 
prós e contras importantes, se assumem como verdadeiros dilemas, 
onde o certo e o errado podem ser difíceis de determinar. Para tanto, os 
aspectos morais e éticos, devem ser pautados e analisados com base 
nas leis, normas e resoluções vigentes, garantindo a certeza de que irá 
tomar a melhor decisão e agir de forma ética, sem passar por cima dos 
seus valores morais, profissionais e pessoais.
Muitas vezes, os conflitos éticos passam desapercebidos. Nem 
sempre é possível enxergar os problemas e dúvidas diante de situações 
peculiares e, outras vezes, se fica indiferente aos mesmos. É necessá-
rio problematizar o cotidiano, perceber as dificuldades, contradições, e 
questionar. Reconhecer uma situação dilemática é o primeiro passo na 
constituição de sujeitos éticos (LUNARDI et al., 2004).
 EQUIDADE E IGUALDADE
Equidade e igualdade possuem sutis diferenças de entendi-
mento, no entanto, são princípios fundamentais para sociedades que 
se querem justas. Contemporaneamente, equidade e igualdade cons-
tituem valores essenciais para a construção de políticas públicas volta-
das para a promoção da justiça social e da solidariedade. 
Quando grupos e indivíduos têm seus destinos entregues ao 
livre jogo do mercado, a tendência é o crescimento das diferenças so-
ciais, do egoísmo possessivo das características da sociedade capita-
lista. Pergunta-se: como se pode renegar a equidade como princípio de 
políticas sociais se o seu contrário se chama iniquidade? Como relegar 
a igualdade à história se o seu antônimo é a contínua e persistente de-
sigualdade? (AZEVEDO, 2013).
Esse raciocínio pode ser compreendido exemplificando o prin-
cípio de igualdade baseado no trabalho, onde cada qual segundo sua 
capacidade, a cada qual segundo o trabalho realizado, permite o exer-
cício do princípio de tratar desigualmente os desiguais para se alcançar 
a igualdade. Com este entendimento, o direito não teria que ser igual, 
mas desigual. A título de ilustração de um “direito desigual”, podemos 
citar por exemplo, o princípio da progressividade no direito tributário. 
Segundo este princípio, a alíquota de taxação deve ser maior 
para quem ganha mais, ou seja, quem ganha mais, contribui mais para 
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o fundo público. Aplicando-se a progressividade tributária, o direito de-
sigual arrecada mais para a promoção equitativa do bem comum. Neste 
sentido, o Estado, por intermédio do direito tributário, grava os mais 
aquinhoados para promover maior igualdade entre os membros da so-
ciedade e para diminuir a diferença de renda entre as classes sociais. 
Assim, aqueles que têm mais e ganham mais pagam mais impostos e 
taxas para a redistribuição da renda social e a oferta de bens públicos. 
Aquele que ganha menos paga menos ou não paga e ainda recebe os 
benefícios da redistribuição. 
O mesmo raciocínio é válido para as políticas educacionais. Se 
todos são tratados igualmente pelo Estado (direito igual), a desigual-
dade permanece. Caso o “direito igual” prevaleça, os que, por contin-
gências sociais, culturais e econômicas, tiverem menos oportunidades 
de estudos e de aquisição de conhecimento, continuarão a receber de-
sigualmente conteúdos e capital cultural relacionados à ciência e ao 
saber. Em outras palavras, tratando a todos os educandos, por mais 
desiguais que eles sejam de fato, como iguais em direitos e deveres, 
o sistema escolar é levado a dar sua sanção às desigualdades iniciais 
diante da cultura (BOURDIEU, 1999, p. 53).
De uma forma bem simplista: Equidade não é sinônimo de igual-
dade. A equidade cobra mais de quem tem mais (a igualdade, cobra igual-
mente de todos) e dá mais a quem tem menos. Mas vale lembrar que, o ob-
jetivo da equidade é aproximar os sujeitos da igualdade social ou da justiça.
JUSTIÇA
São muitas as perspectivas de justiça. O conceito de Justiça, 
historicamente, tem a sua origem no termo latino iustitĭa e refere-se a 
uma das quatro virtudes cardinais (ou cardeais), e significa aquela cons-
tante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido. A Justiça é 
aquilo que se deve fazer de acordo com o direito, a razão e a equidade. 
Historicamente e ainda com o sentido dado biblicamente (que podem 
ser encontrados em (Gênesis, capítulo 2, versículo15; Levíticos, capí-
tulo 26, versículos de 5-6; Isaías capítulo1, versículo 5; dentre outros), 
Justiça é um conceito que se refere a um estado ideal de interação 
social em que há um equilíbrio, que por si só, deve ser razoável e im-
parcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas 
envolvidas em determinado grupo social. 
Este conceito está presente nos estudos de direito, filosofia, 
ética, moral e religião. Suas concepções e aplicações práticas variam 
de acordo com o contexto social e sua perspectiva interpretativa, o que 
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origina controvérsias entre pensadores e estudiosos. Na bíblia católica 
a Justiça percorre todas as páginas e é alvo de todos os escritos sa-
grados, pois Deus é um Deus de Justiça que leva a sua Justiça a cada 
ser humano em particular resgatando sua dignidade e o colocando em 
harmonia com toda a suaobra criadora.
Consiste na particularidade do que é justo e correto, é a virtu-
de que consiste em oferecer ou deixar a cada um o que por direito lhe 
pertence. A justiça deve buscar a igualdade entre todos cidadãos que 
convivam em um mesmo grupo, com respeito ver a todos da mesma 
forma perante as suas leis e oferecer a todos iguais garantias, mas 
enfim a Justiça é um conceito abstrato, que se refere a um estado ideal 
de interação social, em que há um equilíbrio razoável e imparcial entre 
os interesses, riquezas e oportunidades, entre as pessoas envolvidas 
dentro de um determinado grupo social.
Segundo um dicionário da Língua Portuguesa (MICHAELIS, 
2019), o termo ou palavra justiça, possui inúmeras determinações, no 
entanto uma apenas complementa a outra, mantendo sempre seu signi-
ficado original: Qualidade ou caráter do que é justo e direito; Conformi-
dade dos fatos com o direito; faculdade de julgar segundo o que é justo 
e direito; Princípio moral e de valor que se invoca para dirimir a disputa 
entre as partes litigantes; Aplicação do direito e das leis; poder de fazer 
justiça, poder de decidir sobre os direitos de cada um; O exercício desse 
poder; O sistema pelo qual as pessoas são julgadas em cortes; Tribu-
nais, magistrados e todas as pessoas encarregadas no exercício da 
justiça; Cada uma das jurisdições que têm a seu cargo a administração 
da justiça; O reconhecimento do mérito e do valor de algo ou alguém.
IMPARCIALIDADE 
O termo imparcialidade pode ser entendido como um critério 
de justiça e equidade que se baseia em decisões tomadas com objetivi-
dade, ou seja, significa que a pessoa a quem compete julgar ou decidir 
uma questão deve manter a imparcialidade e não se deixar influenciar 
por prejuízos ou interesses que o levem a tentar beneficiar uma das 
partes. É um termo praticado na imprensa e na justiça, e se refere a não 
privilegiar ninguém e nenhuma parte.
Para exemplificar, podemos pensar em uma dada situação: 
Suponhamos que um balão parte a janela de uma casa. Uma mulher 
sai da casa e encontra dois meninos que ela acha suspeitos. Entretan-
to, outro menino chega e ela pergunta-lhe se viu quem partiu a janela. 
Como este menino é amigo de um dos acusados, não hesita em apontar 
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o dedo a outra criança, mesmo não fazendo ideia daquilo que aconte-
ceu na realidade. Essa decisão não é imparcial, uma vez que o suposto 
testemunho, por solidariedade ao seu amigo, quis salvá-lo do problema 
e não foi justo com o outro.
Imparcial é um adjetivo de dois gêneros que descreve uma 
pessoa ou entidade que não é parcial, significa alguém justo, reto, equi-
tativo, equânime, apartidário ou neutro. 
Se um juiz de futebol beneficia a equipe para o qual ele torce, 
ele está sendo parcial. O contrário da imparcialidade é a parcialidade.
 NEGLIGÊNCIA
Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apre-
sentar conduta que era esperada para a situação. Age com descuido, 
indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções. Pode 
ser resumido como: desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, in-
dolência, omissão ou inobservância do dever, em realizar determinado 
procedimento, com as precauções necessárias. Exemplo: médico que, 
ao realizar uma cirurgia, esquece um bisturi dentro do paciente.
IMPRUDÊNCIA 
A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada 
e sem cautela. A pessoa não deixa de fazer algo, não é uma conduta 
omissiva como a negligência. Na imprudência, ela age, mas toma uma 
atitude diversa da esperada. Pode ser resumido como: falta de técnica 
necessária para realização de certa atividade, falta de cuidado, falta 
de precaução. Exemplo: motorista dirigindo em velocidade acima da 
permitida.
IMPERÍCIA
Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar 
a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, 
ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Um 
médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação 
e cause deformidade em alguém pode ser acusado de imperícia. Pode 
ser resumido como: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de 
atenção, é a imprevidência acerca do mal, que se deveria prever, po-
rém, não previu. Exemplo: engenheiro elétrico que assina um projeto 
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de construção de um grande edifício. Tal profissional não tem conheci-
mento técnico para o fazer; o profissional habilitado é o engenheiro civil.
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TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 01
Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: TRT – Tribunal Regional do Trabalho 
da 24ª Região - Mato Grosso do Sul) Prova: Técnico Judiciário-En-
fermagem: Médio.
No exercício da enfermagem, situações podem acontecer por dis-
plicência, atitude precipitada e falta de conhecimento técnico do 
profissional ao executar um determinado procedimento. Previstas 
no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, tais falhas 
caracterizam-se, respectivamente, por:
a) imperícia, imperícia, negligência
b) negligência, imprudência, imperícia
c) imperícia, negligência, imprudência
d) imprudência, imperícia, negligência
e) negligência, negligência, imprudência.
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: IOBV Órgão: Prefeitura de Apiúna- SC. Prova - 
Auxiliar de Administrativo: Médio 
Quanto às regras de hierarquia no trabalho, é correto afirmar que:
a) Não há hierarquia no âmbito
b) Todo profissional deve respeitar apenas sua chefia direta;
c) O profissional pode se recusar a fazer o seu trabalho.
d) O profissional deve realizar as atividades para as quais foi contratado 
com perícia e prudência. 
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: Técnico Tribu-
tário da Receita Estadual – SEFAZ_RS: Médio
Os conceitos de ética e moral estão relacionados a noções de 
certo e errado, bem e mal. Embora, às vezes, os conceitos sejam 
usados de forma intercambiável, representam preceitos filosóficos 
diferentes, porque a ética: 
a) Consiste em princípios gerais definidos pelo grupo;
b) É governada por normas sociais e culturais; 
c) É regida por normas legais ou profissionais aplicadas aos indivíduos;
d) Tende a variar de uma sociedade para outra e depende de fatores 
como religião e cultura; 
e) É estruturada pelo grupo, não deixando margem de escolha individual.
QUESTÃO 4
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Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Téc-
nico em Análises Clínicas (HUJB – UFCG): Fácil
A bioética é apoiada por quatro princípios e um deles assegura o 
bem-estar das pessoas, evitando danos, e garante que sejam aten-
didos seus interesses. Busca-se a maximização do benefício e a 
minimização dos agravos. Esse é o princípio da
a) autonomia.
b) não maleficência. 
c) beneficência. 
d) justiça. 
e) igualdade.
QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: CS-UFG Órgão: UFG Prova: Enfermeiro UFG: 
Médio 
A sondagem nasoentérica é uma atividade privativa do enfermeiro. 
Mesmo sabendo do grau de risco envolvido na atividade, o técni-
co em enfermagem acredita que é possível realizar a técnica sem 
prejuízo para o paciente. Ao executá-la, o técnico em enfermagem 
pratica a ocorrência ética de:
a) imperícia.
b) iatrogenia.
c) imprudência.
d) negligência
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Alguns princípios e conceitos, são muito importantes para conhecer e 
diferenciar ética de moral. Diferencie ética de moral e descreva uma 
situação (uma pequena história) que exemplifique esta diferença.
TREINO INÉDITO
A Bioética discute alguns temas polêmicos, como dar más notí-
cias, alocação de recursos, ordens de não ressuscitação, suspen-
são ou não instalação de alimentação e/ou hidratação artificial, se-
dação paliativa (sedação controlada) e finitude da vida. Com base 
na bioética, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O termo eutanásiaé aplicado a prática de abreviar a vida para aliviar 
o sofrimento do paciente.
b) As questões de bioética dizem respeito a vida dos membros da so-
ciedade, por isso, devem abordadas e discutidas dentro da sociedade.
c) O termo distanásia consiste na prática de tratamentos que prolongam a 
vida sem a preocupação da qualidade da vida e da dignidade do paciente.
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d) Condições como reprodução assistida, aborto, engenharia genética, 
planejamento familiar, doação de órgãos, suicídio assistido e outros 
assuntos que interessam a pessoa, ou ao cidadão, devem ser regula-
mentados democraticamente. Não por colegiados de médicos ou juízes, 
mas por cada cidadão.
e) Na ortotanásia, o indivíduo em estágio terminal é direcionado pelos 
profissionais envolvidos em seu cuidado para uma morte sem sofrimen-
to, que dispensa a utilização de métodos desproporcionais de prolon-
gamento da vida. É uma prática legalizada no Brasil, e só deve ser 
utilizada pelos profissionais da saúde após avaliação da equipe médica 
e confirmação de morte eminente.
NA MÍDIA
ENFERMEIRO QUE APLICOU SUPERDOSE PRESTA DEPOIMENTO 
EM CONSELHO
Em 2013, um enfermeiro aplicou uma superdose de adrenalina em uma 
criança de 1 ano e sete meses. A criança, foi a óbito dias depois de rece-
ber a substância. Em depoimento, o enfermeiro alegou ter “estranhado” 
a alta dosagem, mas cumpriu determinação da pediatra.
Este caso clássico de imperícia, noticiado nas principais redes nacio-
nais de comunicação, culminou com processo sobre o profissional de 
enfermagem e sobre a médica.
O Coren-DF teve um prazo de seis meses para entregar o relatório final 
sobre a investigação e foi em defesa do enfermeiro: “Ele se apresentou 
por livre e espontânea vontade e informou que questionou a médica 
duas vezes sobre a quantidade de adrenalina. Como a aplicação foi 
intramuscular, que tem absorção mais lenta, e não intravenosa, como 
é de costume, ele aplicou a medicação. Se fosse aplicada de forma in-
travenosa, ele não faria”, afirmou o presidente do Coren-DF na época, 
Wellington Antônio da Silva. No depoimento, o profissional afirmou que 
temeu que algo pudesse acontecer com a menina, caso não aplicasse 
a adrenalina.
De acordo com o promotor de Justiça Thiago Gomide Alves, a médica 
agiu “com imperícia, descumprindo as regras técnicas de sua profissão”, 
o que provocou a morte da criança. A decisão do promotor foi baseada 
em investigações realizadas pelo MPDFT e no laudo de necropsia rea-
lizado pelo Instituto de Medicina Legal (IML).
Este caso fatal de imperícia, leva a uma extensa reflexão ética. Para 
o presidente do Coren-DF, o momento é importante para se debater o 
papel dos profissionais que compõem as equipes que prestam atendi-
mento nas unidades de saúde.
Fonte: Globo .com/G1
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Data: 23 maio 2013 21h58
Leia a notícia na íntegra: http://g1.globo.com/distrito-federal/noti-
cia/2013/01/enfermeiro-que-aplicou-superdose-presta-depoimento-
-conselho.html 
NA PRÁTICA
São muitas as reflexões que emergem das condutas do ser humano. 
Essas condutas evidenciam seus valores éticos e morais.
Existem inúmeras formas para evidenciar tais valores, e os filmes, cer-
tamente expressam esses valores em determinadas culturas.
Apresentamos aqui, uma lista de sugestões de cinco filmes. Nem todos 
são filmes de sucesso, mas são enfáticos nos valores éticos e morais 
que norteiam suas estórias. A sugestão, é que sejam assistidos em pe-
quenos grupos e, discutidas as questões tratadas dentro dos conceitos 
éticos e morais e cada um.
Vamos lá?
1- The Purge (2013). Uma noite de crime. São 12 horas liberadas para 
que qualquer cidadão possa cometer qualquer tipo de crime.
2- Ex-Machina (2015). Instinto artificial. O filme conta como é a relação 
humana com a inteligência artificial e, como a inteligência artificial pode 
influenciar nossas ações.
3- Mary and Max (2019). Uma amizade diferente. Conta a estória de 
uma garotinha de oito anos, que sofre com seu peso e com a solidão e, 
de uma adulta que também sofre com a obesidade e com uma doença 
chamada síndrome de asperger, que influencia em suas relações sociais.
4- 21 Gramas (2013). Envolve três personagens, cada um com problemas 
diferentes, relacionados a vida e a morte (transplante de coração, consumo 
abusivo de drogas, ex-presidiário que encontra na religião, seu alento).
5- Detachment (2011). O substituto. Conta a história de um professor 
que decide ser professor substituto. Sua vida cruza com três pessoas: 
Uma aluna que sofre de depressão, uma professora e uma adolescente 
e garota de programa. Essas pessoas influenciam a vida e a saúde mental 
deste professor, levantando inúmeros questionamentos éticos e morais.
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ÉTICA PROFISSIONAL
Toda a humanidade tem poder e responsabilidade em relação 
à ética. A humanidade é o elemento de ligação para realizá-los. A res-
ponsabilidade ética, se pudesse ser medida, teria o tamanho e o peso 
dos direitos humanos reunidos de todo o mundo.
A moral disciplina o comportamento do homem ele e com o 
meio social em que vive. Envolve os costumes, deveres e modo de pro-
ceder dos homens com outros homens, segundo a justiça e a equidade. 
Os princípios éticos e morais são pilares na construção da identidade 
profissional e sua moral contribui para a formação da consciência profis-
sional que, quando aplicada as atividades profissionais, é indispensável 
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porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. 
O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo pro-
fissional deve possuir para exercer sua profissão com responsabilidade. 
O agir, refere-se à conduta, a um conjunto de atitudes que devem ser 
assumidas no desempenho das atividades profissionais.
A deontologia, é a ciência dos deveres profissionais. Estuda os 
direitos, juízos de valores e busca compreender a ética como condição 
essencial para o exercício profissional.
Apesar de basearem-se em regras que visam estabelecer de-
terminada previsibilidade para as ações humanas, a moral e o direito, 
se diferenciam. A moral estabelece regras que são assumidas pela pes-
soa, como forma de garantir o seu bem-viver Independe das fronteiras 
geográficas, e garante ações semelhantes entre pessoas que sequer se 
conhecem, mas utilizam um mesmo referencial comum.
O direito, por meio das leis, tem uma base territorial, que valem 
apenas para a área geográfica onde uma determinada população vive. 
Diferencia-se da ética e da moral por não estabelecer regras.
A ética estuda o que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo 
ou injusto, adequado ou inadequado, em busca de justificativas para as 
regras propostas pela Moral e pelo Direito.
A reflexão ética sobre o exercício profissional deve ser iniciada 
muito antes do início das práticas profissionais, em geral, no início da 
adolescência, quando se tem início o processo de escolha da profissão. 
Esta escolha, deve ser optativa, mas ao escolhê-la, devem ser observa-
dos o conjunto de deveres profissionais que serão obrigatórios durante 
o seu exercício. Quando se escolhe uma carreira e os deveres que irá 
assumir, tornando-se parte desta categoria. 
A formação profissional, o aprendizado das competências e ha-
bilidades, referentes à prática específica numa determinada área, inclui 
muita reflexão antes do início do exercício da mesma. Ao completar a 
formação em nível superior, o profissional faz um juramento, no qual se 
compromete a exercer a profissão comprometido com os deveres nela 
contido, caracterizando o aspecto moral da chamada Ética Profissional. 
A ética profissional é o conjunto de valores,normas e condutas 
que conduzem e conscientizam as atitudes e o comportamento de um 
profissional. O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as 
atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela 
sociedade e pelo seu grupo de trabalho. Desta forma, a ética profissio-
nal é de interesse e importância da empresa ou instituição e também do 
profissional que busca o desenvolvimento de sua carreira. Cada profis-
são tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, de 
acordo com as diferentes áreas de atuação.
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É comum nos referirmos a este termo quando nos referimos 
por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais como médi-
cos, jornalistas, advogados, empresários e políticos. Para estes casos, 
é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalís-
tica, ética empresarial e ética pública. 
Na prática profissional, fazer e agir estão interligados. A com-
petência e a eficiência o profissional deve possuir para exercer bem a 
sua profissão, consiste no FAZER. Já as atitudes que deve assumir no 
desempenho de sua profissão, caracteriza-se no AGIR.
Tanto a saúde quanto a doença são experiências de reflexão 
e escolhas morais. A saúde como experiência humana reflexiva, tende 
a servir como base para as decisões acerca da alocação dos escassos 
recursos disponíveis para assistência à saúde ou para as situações ex-
tremas, como o início e término da vida, nascimentos artificiais, destino 
dos embriões, aborto, transplantes de órgãos, condições de sobrevi-
vência terminal, entre tantos outros. Ao invés de pensar em alternativas 
para melhorar e estender a assistência à saúde das pessoas e focalizar 
a relação entre cliente e profissional, nós somos conduzidos a justificar 
escolhas de políticas restritivas (BERLINGUER, 1996).
A prática reflexiva implica em problematizar situações cotidianas 
com as quais nos deparamos quando assistimos pessoas, seja promoven-
do, prevenindo ou, cuidando de pessoas. Significa tomar em consideração 
as dúvidas do nosso cotidiano, que forçam a refletir sobre qual a melhor 
forma de aplicar uma injeção, contar a uma pessoa que a cirurgia não teve 
êxito, banhar alguém mesmo sem ter o material necessário, a melhor ma-
neira de desenvolver ações educativas em saúde, e assim por diante. Ne-
nhum modelo esgota a problemática da ética da saúde (BUB, 2005).
Apesar da abordagem dos problemas de saúde implicarem em 
intervenções em fatores sociais e políticos, comportamento humano e ins-
titucional, tradições e tecnologias, é no cotidiano da prática em saúde que 
exercemos nossa moralidade e nos deparamos com a finalidade e o sen-
tido da vida humana, obrigações e deveres, e nos posicionamos acerca 
do bem e do mal. É na prática que, cotidianamente, nos é imposto decidir 
como devemos viver nossa vida, em relação a nós e em relação aos outros 
e, como devemos ser enquanto profissionais de saúde (BUB, 2005).
A deontologia (do grego deontos = dever e logos = tratado), 
consiste no estudo, na ciência dos deveres envolvidos em cada profis-
são. Estuda os direitos e a emissão de juízos de valores, essencial para 
o exercício de qualquer profissão.
Para todas as áreas da saúde, existe um Código de Ética (uma 
deontologia específica): Exemplos: Código de Ética Médica, Código de Éti-
ca da Fisioterapia, Código de Ética da Enfermagem, dentre tantos outros.
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Estes códigos de ética, baseados na ética pura, orientam e dire-
cionam os profissionais para as especificidades de cada profissão. Um có-
digo de ética tem início por meio da definição dos seus princípios, os quais 
fundamentam e se articulam em torno de dois eixos de normas: direitos 
e deveres. Quando define os direitos de cada categoria profissional, um 
código de ética delimitar o perfil do seu grupo, abrindo-o à universalidade. 
Ao cumprir os deveres definidos no código de ética de sua profissão, cada 
membro daquele grupo social cumpre seu ideal de ser humano. 
A formulação de um código de ética é, por si só, um exercício 
de ética. Se não houver este exercício em sua produção, será somente 
um código moral defensivo de uma corporação. Para tanto, é neces-
sário que estejam envolvidos todos os membros do grupo social que 
ele abrangerá e representará. Este processo exige que sua elaboração 
ocorra verticalmente, de baixo para cima, do todo para o uno, construin-
do os consensos de forma progressiva para que o resultado final seja 
aceito e represente as disposições morais e éticas do grupo.
Elaborar um código de ética, exige um processo que seja edu-
cativo para o grupo, resultando em um produto que cumpra uma a fun-
ção educativa e de cidadania para o grupo profissional e para os demais 
grupos sociais. 
É importante destacar que um código de ética não tem força ju-
rídica de lei universal, mas força simbólica. Códigos de ética podem pre-
ver sanções para os descumprimentos de seus dispositivos, no entanto, 
estes sansões dependem da existência de uma legislação, que lhe é 
juridicamente superior, e por ela limitado. Devido a esta característica, 
um código de ética pode ser frágil na regulação dos comportamentos de 
determinada categoria ou grupo profissional
Um código de ética só será realmente regulamentador quando 
fizer parte do íntimo das pessoas, ou seja, precisa realmente as carac-
terísticas éticas e morais do grupo. Para tanto, deve-se lembrar que 
quanto mais democrático for o processo de elaboração, mais força e 
legitimidade será a este agregado, e consequentemente, maiores as 
chances de adesão dos seus membros e sua eficácia.
Os códigos de ética de cada profissão são elaborados com o 
objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as 
pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos 
não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento 
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do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de 
receber elogios, faz A COISA CERTA.
Estar bem informado é imprescindível! Acompanhe as mudan-
ças nos conhecimentos técnicos da sua profissão, assim como, as mu-
danças em seus aspectos legais e normativos. Busque conhecimento! 
Pesquise! Leia! Muitos dos processos ético-disciplinares nos conselhos 
profissionais acontecem por desconhecimento, por negligência do pro-
fissional que o responde. 
SIGILO PROFISSIONAL
Os diferentes profissionais da área da saúde possuem diver-
sas obrigações de natureza ética. A ética profissional é instituída pelos 
órgãos que dirigem e fiscalizam cada profissão. Há uma questão ética 
na atenção à saúde bastante presente na prática dos profissionais: a 
confidencialidade, ou seja, aquilo que é secreto ou segredo.
Na prática da assistência à saúde, muitas vezes é necessário 
que pacientes e seus familiares revelarem informações pessoais duran-
te algum atendimento. Assim, fazem parte do sigilo profissional todos os 
dados revelados, bem como aqueles adquiridos por meio de outros pro-
fissionais, de exames e de prontuários físicos ou eletrônicos. O segredo 
profissional baseia-se na ciência de fatos que chegam ao conhecimento 
da pessoa em razão da profissão que exerce e cuja revelação possa 
ocasionar danos àquele a quem o segredo pertence.
Historicamente tem-se considerado que os profissionais de 
saúde têm a obrigação ética de sigilo profissional de todas as informa-
ções no exercício da sua profissão, sendo que as bases morais que 
sustentam esse dever se apoiam em três argumentos: o respeito pela 
autonomia da pessoa, a existência de uma relação terapêutica e a con-
fiança social nos profissionais de saúde.
O atual Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem no 
Brasil (RESOLUÇÃO 564/2017), Resolução Cofen (Conselho Federal 
de Enfermagem), possui cinco artigos que tratam dosigilo profissional. 
No CAPÍTULO I- DOS DIREITOS, Art. 12: Abster-se de revelar 
informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu 
exercício profissional (BRASIL, 2017). 
No CAPÍTULO II – DOS DEVERES, seu Art. 52 traz: 
Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade 
profissional, exceto nos casos previstos na legislação ou por determinação 
judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu re-
presentante ou responsável legal. No parágrafo 2º: O fato sigiloso deverá ser 
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revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade, na defesa própria ou 
em atividade multiprofissional, quando necessário à prestação da assistên-
cia. No parágrafo 3º: O profissional de Enfermagem intimado como testemu-
nha deverá comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar suas 
razões éticas para manutenção do sigilo profissional (BRASIL, 2017).
Outras disposições previstas na legislação brasileira, a exem-
plo: o Código Penal Brasileiro, define no art. 154 o crime de violação do 
segredo profissional quando revelar a alguém, sem justa causa, segre-
do de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profis-
são e cuja revelação possa produzir dano a outrem. A pena, nesse caso, 
é de detenção de três meses a um ano ou multa; o Código Civil Brasi-
leiro, por sua vez, informa, no art. 229, que ninguém pode ser obrigado 
a depor sobre fato cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar 
segredo; o Código de Processo Penal, igualmente, dispõe, em seu art. 
207, que são proibidas de depor as pessoas que, em razão da função, 
ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, deso-
brigadas pela parte interessada, quiserem dar seu testemunho. 
No entanto, a regra geral de não revelar segredo possui exceções, 
como vista no Art. 52, parágrafo 2 da Resolução 564/2017, parágrafo 2: 
“O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida e à digni-
dade, na defesa própria ou em atividade multiprofissional, quando necessário 
à prestação da assistência”. A primeira delas diz respeito aos casos previstos 
em lei, como é exemplo quando ocorre um crime (BRASIL, 2017). 
Outra exceção contida na lei, e que permite a revelação, é o 
art. 269 do Código Penal, que dispõe como omissão de notificação de 
doença, deixar de denunciar à autoridade pública doença cuja notifica-
ção é compulsória.
Mais uma exceção está compreendida na lei 8069/90, Estatuto 
da Criança e do Adolescente, que exige a revelação de casos de sus-
peita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente ao 
Conselho Tutelar, o mesmo ocorre em casos de abuso de cônjuge ou 
de familiar contra o idoso.
Como visto, o Código de Ética dos Profissionais de Enferma-
gem, admite a revelação de segredo por ordem judicial. No entanto, 
essa permissão vai de encontro aos ARTs. 229 do Código Civil e 207 do 
Código de Processo Penal, que devem ser cumpridos. Portanto, a regra 
é não revelar segredo profissional nem por ordem judicial.
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Acesse os sites: (http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-
-no-5642017_59145.html/print/ ) e tenha acesso a íntegra da RESO-
LUÇÃO COFEN Nº 564/2017 - Cofen – Conselho Federal de Enferma-
gem e (https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/9251/1/Revista%20
Percursos%20n23_Sigilo%20Profissional.pdf), com acesso ao trabalho, 
Sigilo Profissional (PEREIRA et al, 2012).
 ÉTICA PROFISSIONAL E RELAÇÕES SOCIAIS
O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoa-
mento de água da chuva; o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há 
umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos; o médico 
cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar 
a cirurgia; a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma 
senhora idosa após ir ao banheiro; o contador que impede uma fraude ou 
desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa; o engenheiro 
que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos 
estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem 
o que não é visto, ou aquilo que, alguém vendo, não saberá quem fez.
A principal função das leis profissionais, é proteger os profissio-
nais a ela inseridos e as pessoas, os grupos sociais que estão expostos 
as consequências do exercício daquela profissão. No entanto, existem 
muitos aspectos não previstos, mas que fazem parte do compromisso 
do profissional com a ética, como aquele que profissional que, indepen-
dente de receber um aumento salarial, um elogio um uma promoção, 
sempre faz o que é correto (OLIVEIRA, 2012).
Outra situação interessante de ser observada, é o trabalho vo-
luntário, sem remuneração. O voluntário é aquele que se dispõe, por op-
ção, a exercer a prática profissional sem remuneração, por um período 
determinado ou livremente. Esta prática pode ser exercida por diversos 
fins, como os assistenciais ou por beneficência.
Assim como o profissional remunerado, o voluntário deve estar 
sempre bem informado, acompanhando também, mudanças nos conhe-
cimentos técnicos desta área de atuação e seus aspectos normativos. 
Deve buscar conhecimento constante. 
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ÉTICA PROFISSIONAL é a adesão voluntária a um conjunto 
de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o exercí-
cio da sua profissão.
O profissional deve corroborar e exercer seu trabalho, respeitando 
cada uma das normas estabelecidas pelo código de ética da sua profissão.
As obrigações éticas da convivência humana devem pautar-se 
não apenas por aquilo que já temos, realizamos, somos, mas também 
por tudo aquilo que poderemos vir a ter, a realizar, a ser. As nossas pos-
sibilidades de ser são parte de nossos direitos e de nossos deveres. É 
parte da ética da convivência. 
A atitude ética é uma atitude de amor pela humanidade. A moral 
tradicional do liberalismo econômico e político acostumaram-nos a pen-
sar que o campo da ética é o campo exclusivo das vontades e do livre 
arbítrio de cada indivíduo. Nessa tradição, também, a organização do 
sistema econômico político-jurídico seria uma coisa “neutra”, “natural”, e 
não uma construção consciente e deliberada dos homens na sociedade.
O pensamento pós-moderno rejeita o conceito defendido pela 
modernidade de que existem verdades absolutas e fixas. Toda verdade 
é relativa e depende do contexto social e cultural em que as pessoas 
vivem. Cada um percebe a verdade de sua própria forma. Não há “ver-
dade”, mas sim “verdades” que não se contradizem, mas se comple-
mentam. Isso inclui verdades religiosas.
Ao considerar a ética profissional, existem ainda quatro eixos 
de conteúdo: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade. Quando 
nos referimos ao espectro ético em uma determinada prática social/pro-
fissional, de maneira que possamos reconhecer a existência de expec-
tativas e de avaliações, cabe-nos sempre uma profunda indagação: o 
que se tem feito e dito a respeito de nós, profissionais da área saúde?
Qual a nossa imagem de ética vivenciada? Essa imagem de 
um educador se considerada como ética revela a essência de minha 
função profissional e obscurece uma prática contrária aos princípios 
que acredito existirem?
A transgressão da ética surge pela inconformidade e pela falta 
do conhecimento e não necessariamente pela má-fé, se não estiverem 
atreladas ao não moral. No entanto, não podemos esquecer que no 
campo da ética, não devemos estabelecer configurações apriorísticas.
As regras dificilmente serão as mesmas, porém, mesmo quan-
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do o conhecimento e as competências são diferentes, a funcionalidade 
processual formal deve ser explicitada. Caso haja rompimentos de re-
gras,é preciso rever o contrato e refletir a prática no campo da dialética, 
nascendo à semente ética do sucesso de qualquer profissão.
O espírito humano é superador e busca, na essência, ações 
éticas para contrapor-se como remédio saneador dos males gerados, 
pois como já nos dizia a 2.500 a.C., Buda: “O bem se paga com o bem 
e o mal com a justiça”.
É preciso que todo profissional conheça seus direitos de ima-
gem, no alcance dos direitos penais, uma vez que a presença de um 
patrimônio moral profissional, associado a um patrimônio social de clas-
se, deve ter seus símbolos representativos preservados e respeitados. 
Mais que o indivíduo, existe a imaterialidade de seu conceito, sendo 
ético respeitar o nome profissional.
Quando decidimos falar sobre ética, estamos nos referindo à 
necessidade imperiosa de contextualizar no tempo e no espaço históri-
co todos os elementos filosóficos de maneira a podermos perceber, sob 
fragmentos, as condições dos problemas humanos.
Já existem autores que discordam da nomenclatura da ética, já 
que nenhuma profissão necessita de códigos de ética, mas de deveres 
e de direitos, ou seja, de um estatuto, com força de lei, com sanções 
para as profissões já devidamente reconhecidas. Qualquer forma de 
outorgar um código de ética, criando diferenças de classes, merece pro-
fundas reflexões.
O artigo Ética e prática profissional em saúde, de Maria Bettina 
Camargo Bub, dimensiona a reflexão da ética profissional. Acesse o link: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010407072005000100009&scrip-
t=sci_abstract&tlng=pt
 REGRAS DEONTOLÓGICAS
Segundo Oliveira (2012), na formação profissional existem 
dois princípios fundamentais: o da eficácia e o da eficiência. O primeiro 
exige que a formação seja feita tendo em vista um objetivo mensurável. 
O segundo que este seja atingido ao menor custo. Podemos ter um, 
uma formação eficaz, mas pouco eficiente, e vice-versa.
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Segundo Edgar Morin: “A ética se manifesta em nós de ma-
neira imperativa, como exigência moral”. Esse imperativo origina-se de 
três fontes interligadas entre si: uma fonte interior ao indivíduo que se 
manifesta como um dever; outra externa, constituída pela cultura, e que 
tem a ver com a regulação das regras coletivas; e, por fim, uma fonte 
anterior, originária da organização viva e transmitida geneticamente.
Edgar Morin diz que no mundo da globalização onde as relações 
desiguais sedimentam a natureza humana a existência de uma “ética da 
solidariedade” que rejeite todas as misérias, as desigualdades, a intole-
rância, as barbáries e fundamentalismo de toda ordem, daí a necessidade 
de um princípio holístico que seja baseado numa totalidade simplificante.
Nossa preocupação encontra os filósofos modernos, defenso-
res da filosofia analítica que afirmam que toda e qualquer manifestação 
moral é fundamentalmente forma de expressão emocional, sem nenhu-
ma base racional. Sob essa reflexão, o mundo está cheio de pseudo-
filosofias que separam o “deve” do “ser”, distanciando qualquer funda-
mentação filosófica.
Sob esta ótica, como é possível que seres humanos consigam 
concordar até de cultura para cultura quanto à variedade de princípios 
morais e legais? E, mais importante, como é possível que sistemas le-
gais e morais evoluam, ao longo dos séculos, na ausência do próprio 
fundamento racional ou teológico que os filósofos modernos tão eficien-
temente estão destruindo.
É preciso refletir sobre a deontologia da ética profissional como 
uma ciência que estabelece normas diretoras das atividades profissio-
nais sob o signo de retidão moral ou honestidade estabelecendo o bem 
a fazer e o mal a evitar no exercício da profissão.
Partindo do pressuposto de que toda atividade profissional é 
sujeita à norma moral, a deontologia profissional elabora sistematica-
mente os ideais e as normas que devem orientar a atividade profissio-
nal, devendo ter o seguinte esquema básico de conduta profissional:
a) Na área da profissão, a deontologia inter profissional terá 
como norma fundamental – zelar, com sua competência profissional e 
honestidade, pelo bom nome ou reputação da profissão exercida. Subli-
nhamos competência e honestidade, pois a reputação da profissão não 
deve ser procurada por si mesma ou a qualquer preço, mas deve ser a 
consequência natural dos valores e princípios éticos dos membros de 
uma organização, no exercício das ações à luz do Direito Constitucio-
nal, comprometidos com o bem comum social segundo as atividades 
laborais que a profissão proporciona.
b) Na área da ordem profissional, ou seja, na relação com seus 
pares e colegas de profissão, a norma fundamental será – culto de leal-
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dade e solidariedade profissionais evitando críticas levianas, competi-
ção e concorrência desleal, sem descambar, naturalmente para o aco-
bertamento de qualquer ação dos colegas, sem nunca ferir a verdade, 
a justiça ou a moral, fugindo de toda “máfia, de pactos de silêncio e de 
sociedades secretas”, pois não são necessárias.
c) Na área da clientela profissional, composta por usuários dos 
serviços profissionais (verdadeiro coração da deontologia profissional), 
deverá haver três normas fundamentais – execução íntegra do serviço 
conforme o combinado com o usuário. Sempre que o pedido seja mo-
ralmente lícito no plano objetivo, não vá contra o bem comum, contra 
terceiros ou contra o próprio solicitante.
Se, do ponto de vista técnico, o pedido é menos seguro, bom 
ou tem consequências não previstas pelo solicitante, deve o profissional 
esclarecer o cliente, mostrando-lhe as inconveniências existentes e os 
procedimentos para melhor execução. Após, pode deixar o cliente deci-
dir e assumir toda a responsabilidade pelas consequências, exceto se 
houver prejuízos ao bem comum ou a terceiros. 
A remuneração justa – nunca por motivo algum, deve ser ex-
cessiva. Nada impede que se prestem serviços a menor preço ou mes-
mo gratuitamente, em casos de necessidade financeira do usuário. 
CÓDIGOS DE ÉTICA
São símbolos ou signos de atitudes que preservam valores 
pessoais, coletivos e institucionais. Partindo-se do pressuposto maior 
de que profissão é o exercício habitual de uma tarefa a serviço de ou-
tras pessoas, segundo o caráter de especificidade nas distintas tarefas 
estabelecidas nos níveis de competências profissionais.
Como a prática busca relações e ambiências, é preciso conduta 
condizente com princípios éticos específicos. Faz-se necessário formar 
grupamentos de profissionais em atividades hegemônicas específicas. É 
preciso que haja um código de linguagem ética, que reflita os mesmos va-
lores para cada realidade processante, seja perante o conhecimento seja 
no convívio com colegas, classe, sociedade, pátria e como fim universal, 
perante a própria humanidade como conceito de mundo.
Não há formação de conceitos profissionais com plena evidên-
cia a terceiros, das capacidades e virtudes de um ser humano no exer-
cício habitual de suas tarefas, no nível da qualidade superior, se ele não 
percorrer o caminho das práticas de conduta também qualificadas e 
mensuradas em valores éticos.
Considerar a ética nas dimensões relativas significa caracteri-
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zar uma permanente reflexão e revisão, de maneira que cada vez mais 
possamos caminhar para um processo de generalizações, na medida 
em que caem fronteiras e são suprimidos as tradições e os costumes 
culturais. Sabemos que ser ético é ser natural, estando as profissões 
a serviço do social, das células que as compõem, e do conjunto social 
indiscriminadamente. Ora, esse ideal de cooperação orgânica e social 
precisa de uma atmosfera moral competente. No entanto, nem sempre 
é observável em nossa época, pois o Estado como organização promo-
vida pela sociedade oferece-nos exemploscontrários e contraditórios 
pelo exercício ineficaz do que são normas legais ao bem comum.
Assim, o código de ética é um documento que busca expor os 
princípios e a missão de uma determinada profissão ou empresa. Seu 
conteúdo deve ser pensado para atender às necessidades que aquela 
categoria serve e representa.
Eles são feitos para enfatizar os valores que devem ser praticados 
pelos profissionais e instituições. Pode-se falar também em código deon-
tológico. A deontologia é a ciência que estuda os deveres e obrigações a 
partir da ótica moral e ética. Em geral é baseado na legislação vigente do 
país, na Declaração dos Direitos Humanos, nas Leis Trabalhistas e outras. 
Dessa forma, cada profissional tem um conjunto de regras estabelecidas 
por suas confederações profissionais, que detalham as responsabilidades, 
direitos e formas de punição caso haja irregularidades.
O conselho de ética é o responsável por definir o conteúdo dos 
códigos de ética. Formado por profissionais conceituados, geralmente 
escolhidos pela classe profissional a qual representam, seus cargos são 
honoríficos e tem a responsabilidade ética legal sobre os assuntos dessa 
categoria. Esses conselhos são como tribunais, possuem funções legais 
sobre registros e julgamentos baseados nas regulamentações dos códigos.
Os principais Objetivos de um Código de Ética são:
- Especificar os princípios de uma certa instituição e/ou profis-
são diante da sociedade;
- Documentar os direitos e deveres do profissional;
- Dar os limites das relações que o profissional deve ter com 
colegas e clientes/pacientes;
- Explicar a importância de manter o sigilo profissional (essen-
cial em muitos casos);
- Defender o respeito aos direitos humanos nas pesquisas 
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científicas e na relação cotidiana;
- Delimitar e especificar o uso de publicidade em cada área;
- Falar sobre a remuneração e os direitos trabalhistas.
O código de ética costuma ser obrigatório, porém há exceções. 
O caso mais conhecido é o de jornalismo, sendo que as especificações 
contidas nele são facultativas, cabe ao jornalista em exercício e às insti-
tuições de comunicação avaliarem se adotam ou não algumas práticas.
Uma das primeiras especificações que o código dos jornalistas 
traz é a do direito que todo cidadão tem à informação. Portanto, é dever 
do jornalista passar notícias de interesse público, isentas de qualquer 
interesse pessoal ou financeiro e baseada sempre na verdade.
DEVERES PROFISSIONAIS
Quando direcionamos nossas capacidades e níveis de compe-
tências para permitir um desempenho eficaz da profissão escolhida, es-
tamos exercitando deveres éticos. A satisfação de quem recebe esses 
benefícios é o referencial das nossas atitudes que governam as ações 
do indivíduo perante o outro, ele próprio, a sociedade e o Estado.
O compromisso diante de um agregado de deveres éticos com-
patíveis com a tarefa profissional, precisa superar o “complexo de valo-
res” pertinentes a cada profissão, até tornar-se um valor mais amplo da 
ética profissional universal.
O primeiro dever está na escolha da profissão seguida do co-
nhecimento sobre ela para finalmente ser capaz de exercê-la dentro de 
uma prática plena de conduta cujos lastros de valoração profissional 
sejam os valores adotados pela classe, sociedade e pelo próprio indi-
víduo. É preciso que o sujeito e sua profissão façam um “casamento” 
pleno de prazer e influxos de amor.
A escolha das tarefas deve ser a proveniência do dever a ser 
cumprido, visando à qualidade da execução, dentro de uma conduta 
valorosa e refletida por práticas úteis e cheias de usufrutos e benefícios. 
Aí, sim, ocorrerá o pleno dever ético.
A identificação prazerosa com as tarefas de um trabalho preci-
sa de convicções da escolha e dos sentimentos envolvidos com a esco-
lha autônoma, pois quando um aluno perguntou a Mozart: “O que devo 
compor mestre?” Ele respondeu: - “É preciso esperar”. A impaciência 
do aluno o fez retrucar, dizendo que o mestre já compunha desde os 5 
anos, ao que o gênio da música lhe respondeu: “Mas eu nunca pergun-
tei a ninguém o que deveria compor”.
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O dever deve fluir como um sentimento que faz bem e não 
como algo que precisa ser cumprido a todo preço, para rapidamente se 
livrar do peso provocado pela falta de condições essenciais de opção. 
A consciência é que monitora as transgressões éticas que violentam a 
vontade humana e ela mesma é responsável pela corrupção que frag-
menta o ser ao longo da vida.
Quem aceita tarefas sem ter a capacidade de exercê-las, é con-
denável como prática antiética em função dos prejuízos que pode vir a cau-
sar a terceiros, desde que anteriormente seu juízo os tenha identificado. 
Essa infração ética precisa ser superada pelo dever profissional de buscar 
conhecimentos e competências necessários para a execução de tarefas 
desafiadoras. Não reconhecer que uma decisão faz a grande diferença 
diante das possíveis consequências, já significa uma premissa antiética.
Como profissional deve-se permanentemente refletir sobre a 
condição humana para se reconhecer permanentemente aprendizado 
com os outros identificando situações em que o exigível não é executá-
vel. Ainda, o profissional tem o dever de conhecer e aprimorar-se no exer-
cício da sua prática profissional como também produzir avaliações sobre 
os níveis de competências emocionais, profissionais, intelectuais e cog-
nitivas necessárias para que o exigível seja algo natural e sem traumas.
Encontrar-se com os sentimentos que nutrem o dever ético pro-
fissional é buscar a consciência necessária para dominar o conhecimen-
to, ter posse relativa do saber, percepção integral do objeto de trabalho e 
traçar seus objetivos voltados à qualidade ou eficácia das tarefas.
Não se deve esquecer os limites do cumprimento dos deveres 
e das condições pelas quais o dever da ética fica comprometido pelas 
circunstâncias alheias à vontade humana, permitindo que forças exter-
nas se sobreponham. Os “achismos do quase bom” ou das intenções 
por negligência, que levam a aceitar o “menos mal” não podem ser jus-
tificativas para o trabalho ineficaz.
O alcance da plenitude ética é decorrente do êxito profissional 
e do caminho percorrido pela prática valorosa e virtuosa em interação 
humana, social e institucional, interagindo com suas competências in-
trapessoais voltadas para o êxtase das realizações e aos sentimentos 
do dever cumprido. É dessa matriz que surgem o zelo e a busca cons-
tantes da excelência que faz o grande encontro com os sentimentos de 
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lealdade com aquele que é beneficiado. Cada virtude identifica uma ca-
pacidade desejável ou uma habilidade necessária que enseja deveres a 
cumprir, sempre de acordo com a natureza de uma determinada tarefa, 
normalmente normalizada no interesse de grupos profissionais.
A qualidade do desempenho das tarefas vai identificar uma 
relação entre o caráter do profissional e o exercício de sua profissão. 
Qualquer profissão, dentro das doutrinas morais ou da ética, requer 
uma visão holística de mundo onde o microssocial interagem com o 
macrossocial e em todas as relações imagináveis do indivíduo. Ainda, é 
através da profissão exercida que se consegue a liberdade do processo 
de dominação ou nos instalamos através dela, podendo chegar até o 
absolutismo ostensivo ou à ditadura.
Pela profissão exercida abrem-se as dimensões dos “saberes 
das conveniências isoladas”, de grupos ou ambiências ligadas às causas 
e efeitos humanos próprios, capazes de construir sucessos ou fracassos 
nas múltiplas relações interpessoais e intrapessoais geradas no tempo e 
espaço e que, permanentemente exigem reflexões de conduta ética.
As infinitas formas de variáveis no campo das ambiências tor-
nam complexas as condutas humanas no contextoprofissional. Quanto 
mais impessoal for o processo de decisão, mais facilmente vivenciare-
mos uma conduta antiética, caso não venham existir rigidez de normas 
que obriguem a prática da virtude.
Ora, a perda de sua importância social, dentro de uma organi-
zação de trabalho, abre espaços para a perda gradual dos valores éticos 
na mesma proporcionalidade em que vai enfraquecendo a sua vontade.
Se soubermos que ela está vinculada aos compromissos hu-
manos, logo, perdida a vontade, não há lugar para duas formas de éti-
cas: a do indivíduo e a do todo.
Um exemplo simples seria comparar expressões como: a ética 
dos viciados em drogas com a ética dos traficantes. O direito do assal-
tado com o direito do assaltante [...].
O ideal é Não Confundir Regras Com Ética, pois, no mínimo, 
estaríamos negando a doutrina que busca a verdadeira conduta para o 
bem e a verdade e, demais valores humanos.
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COMPETÊNCIAS ÉTICAS
Quando analisadas sob o ângulo da funcionalidade, compe-
tência ética significa o exercício do conhecimento adquirido e aplicado 
de forma adequada e pertinente à execução de uma tarefa, baseada 
sempre no domínio das habilidades no exercício da profissão.
Quando vista sob o aspecto potencial, no campo das virtudes 
básicas, é o conhecimento acumulado por uma pessoa, de forma a ser 
suficiente para desempenhar de maneira eficaz uma tarefa. Como esse 
aspecto possui uma natureza estática, torna-se ético quando há a ga-
rantia do indivíduo quanto à sua capacidade profissional, pois acumula 
a consciência da aceitação.
Qualquer profissional precisa de humildade, para evidenciar que a 
crítica não faz negação às verdades alheias, que inteligência e bom senso 
sempre serão atores distributivos na humanidade. A ética permite confirmar 
o reconhecimento de que, a cada instante surge um conhecimento novo.
Nada pode ser mais lesivo à ética do que afirmarmos não 
ser verdadeiro que a ausência de competências interpessoais e intra-
pessoais no exercício profissional e o mau uso desta para o mal, não 
transgridam compromissos éticos profissionais, além de ferir a premissa 
maior do bem, que significa não fazer nada que prejudique a terceiros.
Uma tarefa profissional concluída, continua refletida pelos sig-
nos dos valores atribuídos a ela, seja pela história do profissional quan-
to pelas suas responsabilidades jurídicas a ela imposta, seja no âmbito 
da orientação dos valores éticos agregados, quanto na garantia da au-
sência da omissão profissional.
Não esqueçamos: “Tudo que fizermos de ruim ou qualquer ato 
que seja contrário ao bem para o outro, estaria sempre nos subtraindo 
diante dos valores humanos e universais” (OLIVEIRA, 2012, p. 72).
A ética profissional produz barreira às próprias lesões, pois o 
valor humano não é resultado de subtrações a terceiros. É decorrência 
única da própria conduta e de seus próprios pensamentos. A lei do “olho 
por olho, dente por dente” somente é válida em transplantes de órgãos. 
A filosofia da “remuneração” do bem, pela aplicação da justiça contra o 
mal é o único caminho pelo qual será possível obter forças para vencer 
a impunidade contra o vício que estimula toda a ação humana.
Ser austero e simples conclama respeito e entendimento. A al-
tivez não se mistura com pedantismo. No entanto, é necessária para o 
traçado das linhas da dignidade e respeitabilidade profissionais. Essa 
postura ética afasta a vulgaridade e as distorções de entendimentos, 
evitando a imputação de infrações éticas do reflexo coletivo.
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A cada momento, a disciplina ética profissional permitirá res-
gatar inúmeras reflexões da história até a contemporânea de nossas 
vidas, estando ela permanentemente sendo transformada no seu con-
teúdo, permitindo que avancemos sempre no tempo e espaço, pois a 
vida consiste precisamente na liberdade que sempre se insere na ne-
cessidade de buscar, utilizando-se do conhecimento para encontrar be-
nefícios. Nessa metodologia, essa subunidade não acabará jamais.
LEGISLAÇÃO E CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE 
ENFERMAGEM
A enfermagem é uma profissão baseada no cuidado e bem-estar 
dos indivíduos, com base nos direitos humanos das relações interpessoais. 
Nessa área, a ética estaria relacionada à qualidade dos serviços prestados 
por esse profissional. O profissional de enfermagem é responsável pelo cui-
dado da alimentação, do corpo, no auxílio ao parto, nos cuidados à criança, 
à idosos e doentes, portanto a capacitação com base em códigos de ética 
é essencial, já que esse profissional estará lidando com seres humanos.
Falar de ética em enfermagem leva a, necessariamente, con-
siderarem-se os cuidados específicos da sua atividade, os quais faz 
sentido evocar a partir de uma perspectiva orientada para o seu desen-
volvimento (RENAUD, 2004). A evolução das sociedades e a constante 
procura do equilíbrio entre o bem individual e o bem coletivo têm de-
monstrado, de uma forma clara, que a ética se constitui num pilar fun-
damental. Ela assume, cada vez mais, a centralidade das decisões nas 
quais os enfermeiros se veem envolvidos. E enquanto agentes sociais 
que são devem-se comprometer com a garantia de uma prestação de 
cuidados de qualidade aos cidadãos.
O enfermeiro é o profissional a quem foi atribuído um título 
profissional que lhe reconhece competência científica, técnica e huma-
na para a prestação de cuidados de enfermagem gerais ao indivíduo, 
família grupos ou comunidades. Estes cuidados de enfermagem visam, 
prioritariamente, a ajuda na adaptação aos processos de vida e às situa-
ções de saúde/doença experienciadas pela pessoa, enquanto alvo de 
cuidados, e complementam também a atuação de outros profissionais 
na resolução dos problemas de saúde que a acomete (MENDES, 2009).
“Pensamos espontaneamente que não há, com efeito, ética de 
enfermagem sem cuidados de qualidade” (RENAUD, 2004, p.12). E perce-
bemos que os cuidados de enfermagem não se limitam a exigir a compe-
tência técnica, mas que esta deve ser atravessada pelo sentido do humano. 
O órgão responsável pela promoção de estudos e campanhas 
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para qualificação, uniformização de procedimentos e funcionamentos dos 
conselhos regionais, etc. é o Conselho Federal de Enfermagem. Os Con-
selhos Regionais fiscalizam o exercício da profissão pertinentes a ética 
profissional e aplicam as sanções necessárias, dentre outras atividades.
O código deontológico dos enfermeiros foi firmado para melhor 
atendimento das pessoas, respeitando os valores contidos na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos e fazendo referência aos artigos contidos 
na Convenção de Genebra da Cruz Vermelha e dos códigos mais antigos.
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) (BRASIL, 2017), 
ao revisar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – CEPE, 
norteou-se por princípios fundamentais, que representam imperativos 
para a conduta profissional e consideram que:
A Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à or-
ganização e ao funcionamento dos serviços de saúde; Tem como responsa-
bilidades a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e 
doenças e o alívio do sofrimento; Proporciona cuidados à pessoa, à família e 
à coletividade; Organiza suas ações e intervenções de modo autônomo, ou 
em colaboração com outros profissionais da área; Tem direito a remuneração 
justa e a condições adequadas de trabalho, que possibilitem um cuidado 
profissional seguro e livre de danos.
Esses princípios fundamentais reafirmam que o respeito aos direitos huma-
nos é inerente ao exercício da profissão, o que inclui os direitos da pessoa à 
vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, 
à dignidade e a ser tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, 
cor, crençareligiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, identidade de 
gênero, orientação sexual, nacionalidade, convicção política, raça ou condição 
social (BRASIL, 2017, p.3).
Com este entendimento e, no uso das atribuições que lhe são 
conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, 
o Conselho Federal de Enfermagem editou e aprovou a nova revisão do 
CEPE, a qual os profissionais de Enfermagem devem observar e cumprir. 
Para saber o que mudou do antigo Código de Ética dos Pro-
fissionais de Enfermagem (RESOLUÇÃO COFEN 311/2017) para o 
atual (RESOLUÇÃO COFEN 564/2017), acesse o link: https://www.bio-
sanas.com.br/uploads/outros/artigos_cientificos/25/80f90d71c1ffacad-
d9ea606e1468dae6.pdf
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LEI 5.905/73
A Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973 (BRASIL, 1973), dispõe 
sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e 
dá outras providências, como descrito a seguir:
Art. 1º - São criados o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os Con-
selhos Regionais de Enfermagem (COREN), constituindo em seu conjunto 
uma autarquia, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Art. 1º – São criados o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os Con-
selhos Regionais de Enfermagem (COREN), constituindo em seu conjunto 
uma autarquia, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Art. 2º – O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disci-
plinadores do exercício da profissão de enfermeiro e das demais profissões 
compreendidas nos serviços de Enfermagem.
Art. 3º – O Conselho Federal, ao qual ficam subordinados os Conselhos Re-
gionais, terá jurisdição em todo o território nacional e sede na Capital da 
República.
Art. 4º – Haverá um Conselho Regional em cada Estado e Território, com 
sede na respectiva capital, e no Distrito Federal.
Parágrafo único. O Conselho Federal poderá, quando o número de profissio-
nais habilitados na unidade da federação for interior a cinquenta, determinar 
a formação de regiões, compreendendo mais de uma unidade.
Art. 5º – O Conselho Federal terá nove membros efetivos e igual número de 
suplentes, de nacionalidade brasileira, e portadores de diploma de curso de 
Enfermagem de nível superior.
Art. 6º – Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes serão 
eleitos por maioria de votos, em escrutínio secreto, na Assembleia dos Dele-
gados Regionais.
Art. 7º – O Conselho Federal elegerá dentre seus membros, em sua primeira 
reunião, o Presidente, o Vice-presidente, o Primeiro e o Segundo Secretários 
e o Primeiro e o Segundo Tesoureiros.
Art. 8º – Compete ao Conselho Federal:
I – aprovar seu regimento interno e os dos Conselhos Regionais;
II – instalar os Conselhos Regionais;
III – elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando 
necessário, ouvidos os Conselhos Regionais;
IV – baixar provimentos e expedir instruções, para uniformidade de procedi-
mento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais;
V – dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;
VI – apreciar, em grau de recursos, as decisões dos Conselhos Regionais;
VII – instituir o modelo das carteiras profissionais de identidade e as insígnias 
da profissão;
VIII – homologar, suprir ou anular atos dos Conselhos Regionais;
IX – aprovar anualmente as contas e a proposta orçamentária da autarquia, 
remetendo-as aos órgãos competentes;
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X – promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional;
XI – publicar relatórios anuais de seus trabalhos;
XII – convocar e realizar as eleições para sua diretoria;
XIII – exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.
Art. 9º – O mandato dos membros do Conselho Federal será honorífico e terá 
a duração de três anos, admitida uma reeleição.
Art. 10 – A receita do Conselho Federal de Enfermagem será constituída de:
I – um quarto da taxa de expedição das carteiras profissionais;
II – um quarto das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais;
III – um quarto das anuidades recebidas pelos Conselhos Regionais;
IV – doações e legados;
V – subvenções oficiais;
VI – rendas eventuais.
Parágrafo único. Na organização dos quadros distintos para inscrição de pro-
fissionais o Conselho Federal de Enfermagem adotará como critério, no que 
couber, o disposto na Lei nº 2.604, de 17 de setembro 1955.
Art. 11 – Os Conselhos Regionais serão instalados em suas respectivas se-
des, com cinco a vinte e um membros e outros tantos suplentes, todos de 
nacionalidade brasileira, na proporção de três quintos de Enfermeiros e dois 
quintos de profissionais das demais categorias do pessoal de Enfermagem 
reguladas em lei.
Parágrafo único. O número de membros dos Conselhos Regionais será sem-
pre ímpar, e a sua fixação será feita pelo Conselho Federal, em proporção ao 
número de profissionais inscritos.
Art. 12 – Os membros dos Conselhos Regionais e respectivos suplentes se-
rão eleitos por voto pessoal, secreto e obrigatório, em época determinada 
pelo Conselho Federal, em Assembleia Geral especialmente convocada para 
esse fim.
§ 1º Para a eleição referida neste artigo serão organizadas chapas separa-
das, uma para enfermeiros e outra para os demais profissionais de Enfer-
magem, podendo votar, em cada chapa, respectivamente, os profissionais 
referidos no artigo 11.
§ 2º Ao eleitor que, sem causa justa, deixar de votar nas eleições referidas 
neste artigo, será aplicada pelo Conselho Regional multa em importância 
correspondente ao valor da anuidade.
Art. 13 – Cada Conselho Regional elegerá seu Presidente, Secretário e Te-
soureiro, admitida a criação de cargos de Vice-presidente, Segundo-secretá-
rio e Segundo- tesoureiro, para os Conselhos com mais de doze membros.
Art. 14 – O mandato dos membros dos Conselhos Regionais será honorífico 
e terá duração de três anos, admitida uma reeleição.
Art. 15 – Compete aos Conselhos Regionais;
I- deliberar sobre inscrição no Conselho e seu cancelamento
II – disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as diretrizes 
gerais do Conselho Federal;
III – fazer executar as instruções e provimentos do Conselho Federal;
IV – manter o registro dos profissionais com exercício na respectiva jurisdi-
ção;
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V – conhecer e decidir os assuntos atinentes à ética profissional, impondo as 
penalidades cabíveis;
VI – elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento 
interno e submetê-los à aprovação do Conselho Federal;
VII – expedir a carteira profissional indispensável ao exercício da profissão, 
a qual terá fé pública em todo o território nacional e servirá de documento de 
identidade;
VIII – zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçam;
IX – publicar relatórios anuais de seus trabalhos e relação dos profissionais 
registrados;
X – propor ao Conselho Federal medidas visando à melhoria do exercício 
profissional;
XI – fixar o valor da anuidade;
XII – apresentar sua prestação de contas ao Conselho Federal, até o dia 28 
de fevereiro de cada ano;
XIII – eleger sua diretoria e seus delegados eleitores ao Conselho Federal;
XIV – exercer as demais atribuições que lhes forem conferidas por esta Lei 
ou pelo Conselho Federal.
Art. 16 – A renda dos Conselhos Regionais será constituída de:
I – três quartos da taxa de expedição das carteiras profissionais;
II – três quartos das multas aplicadas;
III – três quartos das anuidades;
IV – doações e legados;
V – subvenções oficiais, de empresas ou entidades particulares;
VI – rendas eventuais.
Art. 17 – O Conselho Federal e os Conselhos Regionais deverão reunir-se, 
pelo menos, uma vez mensalmente.
Parágrafo único. O Conselheiro que faltar, durante o ano, sem licença prévia 
do respectivo Conselho, a cinco reuniões perderá o mandato.
Art. 18 – Aos infratores do Código de Deontologia de Enfermagem poderão 
seraplicadas as seguintes penas:
I – advertência verbal;
II – multa;
III – censura;
IV – suspensão do exercício profissional;
V – cassação do direito ao exercício profissional.
§ 1º As penas referidas nos incisos I, II, III e IV deste artigo são da alçada dos 
Conselhos Regionais e a referida no inciso V, do Conselho Federal, ouvido o 
Conselho Regional interessado.
§ 2º O valor das multas, bem como as infrações que implicam nas diferentes 
penalidades, serão disciplinados no regimento do Conselho Federal e dos 
Conselhos Regionais.
Art. 19 – O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão tabela própria 
de pessoal, cujo regime será o da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 20 – A responsabilidade pela gestão administrativa e financeira dos Con-
selhos caberá aos respectivos diretores.
Art. 21 – A composição do primeiro Conselho Federal de Enfermagem, com 
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mandato de um ano, será feito por ato do Ministro do Trabalho e Previdên-
cia Social, mediante indicação, em lista tríplice, da Associação Brasileira de 
Enfermagem.
Parágrafo único. Ao Conselho Federal assim constituído caberá, além das 
atribuições previstas nesta Lei:
a) promover as primeiras eleições para composição dos Conselhos Regio-
nais e instalá-los;
b) promover as primeiras eleições para composição do Conselho Federal, 
até noventa dias antes do termino do seu mandato.
Art. 22 – Durante o período de organização do Conselho Federal de Enfer-
magem, o Ministério do Trabalho e Previdência Social lhe facilitará a utiliza-
ção de seu próprio pessoal, material e local de trabalho.
Art. 23 – Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário.
Brasília, 12 de julho de 1973.
(Ass.) Emílio G. Médici, Presidente da República, e Júlio Barata, Ministro do 
Trabalho e Previdência Social
Lei nº 5.905, de 12.07.73
Publicada no DOU de 13.07.73
Advertência verbal: reprimenda que se faz a alguém sobre in-
correção ou inconveniência de seu comportamento é importante que seja 
registrada no prontuário do infrator, na presença de duas testemunhas. 
Multa: Obrigatoriedade de pagamento de uma a 10 vezes o 
valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator. 
Censura: É o ato ou efeito de censurar. Indicar (defeito) em 
(algo ou alguém); criticar, notar. A Repreensão deve ser divulgada nas 
publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regionais de Enferma-
gem e em jornais de grande circulação. 
Suspensão do exercício profissional: Suspender o exercício 
profissional por um período de tempo. 
Cassação do direito ao exercício profissional: É o ato ou efeito 
de cassar; anulação.
CARACTERÍSTICAS DOS CONSELHOS DE ENFERMAGEM
O Conselho Federal de Enfermagem tem jurisdição em todo 
o território nacional e sede no Distrito Federal; é constituído de nove 
membros efetivos e igual número de suplentes, portadores de diploma 
de curso de enfermagem de nível superior. A ele estão subordinados 
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os Conselhos Regionais; cabe-lhe, entre outras prerrogativas, cassar o 
direito de exercer a enfermagem daqueles profissionais que, por terem 
infringido determinações do Código de Deontologia, estejam sujeitos a 
essa penalidade máxima.
Os Conselhos Regionais são instalados, cada um em um dos 
Estados ou Territórios da Federação, quando o número de profissionais 
for suficiente (mínimo de 50). Podem ter até 21 membros na proporção 
de três quintos de enfermeiros e dois quintos de profissionais das de-
mais classes de pessoal de enfermagem, reguladas em Lei. Esta com-
posição não agradou os enfermeiros, mas a Associação Brasileira de 
Enfermagem foi vencida em esforços para que o Conselho fosse cons-
tituído apenas de pessoal de nível universitário.
Como os Conselhos são responsáveis pela fiscalização do 
exercício profissional de todos os que trabalham em serviços de enfer-
magem, foram criados três Quadros distintos, de acordo com as catego-
rias profissionais existentes:
Quadro I: enfermeiros e obstetrizes ou enfermeiras obstétricas
Quadro II: técnicos de enfermagem
Quadro III: auxiliares de enfermagem, práticas de enfermagem 
e parteiras práticas.
Para o desempenho de sua função disciplinar e normativa o 
Conselho Federal de Enfermagem elaborou o Código de Deontologia 
de Enfermagem, atual Código de Ética dos Profissionais de Enferma-
gem, estabelecendo os padrões de conduta para os profissionais no 
exercício de suas atividades. Esses padrões são imprescindíveis para o 
aprimoramento da assistência de enfermagem no País.
A criação do Conselho Federal de Enfermagem não implicou 
no desaparecimento da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). 
Como acontece com as demais profissões no Brasil, a enfermagem tem 
os 3 (três) tipos de entidades de classe, cada um com seus objetivos 
específicos.
A ABEn, uma sociedade civil, de direito privado, de caráter cul-
tural e assistencial, de filiação facultativa. O sindicato, órgão oficial de 
defesa da classe, com a finalidade do estudo, coordenação e defesa 
dos seus interesses econômicos ou profissionais e os Conselhos Fede-
rais e Estaduais (COFEN e COREn).
Ao assumirem a responsabilidade pela disciplina e fiscalização 
do exercício de sua profissão, por meio dos Conselhos Federal e Regio-
nais de Enfermagem, a enfermagem brasileira demonstrou ter atingido, 
de fato, a maturidade que o status de profissional de nível universitário 
já lhes conferia, de direito.
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LEI N 7.498/86
Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem 
e dá outras providências.
Art. 1º – É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional, 
observadas as disposições desta Lei.
Art. 2º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser 
exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regio-
nal de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício.
Parágrafo único. A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, 
pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, 
respeitados os respectivos graus de habilitação.
Art. 3º – O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde 
incluem planejamento e programação de Enfermagem.
Art. 4º – A programação de Enfermagem inclui a prescrição da assistência 
de Enfermagem.
Art. 5º – (vetado)
§ 1º (vetado)
§ 2º (vetado)
Art. 6º – São enfermeiros:
I – o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos 
termos da lei;
II – o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obstétrica, 
conferidos nos termos da lei;
III – o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou 
certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido 
por escola estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de acor-
do de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, 
de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
IV – aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título 
de Enfermeiro conforme o disposto na alínea “”d”” do Art. 3º do Decreto nº 
50.387, de 28 de março de 1961.
Art. 7º – São técnicos de Enfermagem:
I – o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedi-
do de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente;
II – o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou 
curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou 
revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.
Art. 8º – São Auxiliares de Enfermagem:
I – o titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição 
de ensino, nos termos da Lei e registrado no órgão competente;
II – o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
III – o titular do diploma oucertificado a que se refere o inciso III do Art. 2º da 
Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 
4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV – o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, 
expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Far-
mácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de 
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Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 
22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e 
da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V – o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do 
Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;
VI – o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangei-
ro, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio 
cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
Art. 9º – São Parteiras:
I – a titular de certificado previsto no Art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de 
janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 
1959;
II – a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido 
por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em vir-
tude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a 
publicação desta Lei, como certificado de Parteira.
Art. 10 – (vetado)
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-
-lhe:
I – privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da ins-
tituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de 
enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades 
técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos servi-
ços da assistência de enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de 
saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assisten-
ciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde públi-
ca e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de inter-
nação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças 
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transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à 
clientela durante a assistência de enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta lei 
incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a che-
gada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, 
quando necessária.
Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envol-
vendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau 
auxiliar, e participação no planejamento da assistência de Enfermagem, ca-
bendo-lhe especialmente:
§ 1º Participar da programação da assistência de Enfermagem;
§ 2º Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do 
Enfermeiro, observado o disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
§ 3º Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em 
grau auxiliar;
§ 4º Participar da equipe de saúde.
Art. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de 
natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob su-
pervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em pro-
cessos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
§ 1º Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
§ 2º Executar ações de tratamento simples;
§ 3º Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
§ 4º Participar da equipe de saúde.
Art. 14 – (vetado)
Art. 15 – As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta Lei, quando exercidas 
em instituições de saúde, públicas e privadas, e em programas de saúde, 
somente podem ser desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfer-
meiro.
Art. 16 – (vetado)
Art. 17 – (vetado)
Art. 18 – (vetado)
Parágrafo único. (vetado)
Art. 19 – (vetado)
Art. 20 – Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, 
federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios observarão, 
no provimento de cargos e funções e na contratação de pessoal de Enferma-
gem, de todos os graus, os preceitos desta Lei.
Parágrafo único – Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as me-
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didas necessárias à harmonização das situações já existentes com as dis-
posições desta Lei, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos 
e salários.
Art. 21 – (vetado)
Art. 22 – (vetado)
Art. 23 – O pessoal que se encontra executando tarefas de Enfermagem, em 
virtude de carência de recursos humanos de nível médio nesta área, sem 
possuir formação específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho 
Federal de Enfermagem, a exercer atividades elementares de Enfermagem, 
observado o disposto no Art. 15 desta Lei.
Parágrafo único – A autorização referida neste artigo, que obedecerá aos 
critérios baixados pelo Conselho Federal de Enfermagem, somente poderá 
ser concedida durante o prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação 
desta Lei.
Art. 24 – (vetado)
Parágrafo único – (vetado)
Art. 25 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e 
vinte) dias a contar da data de sua publicação.
Art. 26 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 27 – Revogam-se (vetado) as demais disposições em contrário.
Brasília, em 25 de junho de 1986, 165º da Independência e 98º da República
José Sarney
Lei nº 7.498, de 25.06.86 publicada no DOU de 26.06.86 (BRASIL, 1986).
Pode parecer muito chato estudar leis, resoluções, capítulos e 
artigos!
Concordo com você!
No entanto, preste atenção nas questões de concurso. Qual a 
base utilizada para a elaboração das questões?
Entendeu?
Então vamos nos dedicar e focar nas questões decisivas: Leis, 
Resoluções, Capítulos e Artigos. 
RESOLUÇÃO COFEN Nº 0564/2017
O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código de Ética dos Pro-
fissionais de Enfermagem – CEPE, norteou-se por princípios fundamentais, 
que representam imperativos para a conduta profissional e consideram que 
a Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à or-
ganização e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem como responsa-
bilidades a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e 
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doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à família e 
à coletividade; organiza suas ações e intervenções de modo autônomo, ou 
em colaboração com outros profissionais da área; tem direito a remuneração 
justa e a condições adequadas de trabalho, que possibilitem um cuidado 
profissional seguro e livre de danos. 
Sobretudo, esses princípios fundamentais reafirmam que o respeitoaos di-
reitos humanos é inerente ao exercício da profissão, o que inclui os direitos 
da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à 
livre escolha, à dignidade e a ser tratada sem distinção de classe social, ge-
ração, etnia, cor, crença religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, 
identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, convicção política, 
raça ou condição social.
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho Federal de Enferma-
gem, aprova e edita esta nova revisão do CEPE, exortando os profissionais de 
Enfermagem à sua fiel observância e cumprimento.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do cuidado pres-
tado nos diferentes contextos socioambientais e culturais em resposta às 
necessidades da pessoa, família e coletividade.
O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com 
os preceitos éticos e legais, técnico-científico e teórico-filosófico; exerce suas 
atividades com competência para promoção do ser humano na sua integra-
lidade, de acordo com os Princípios da Ética e da Bioética, e participa como 
integrante da equipe de Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas 
Públicas, com ênfase nas políticas de saúde que garantam a universalidade 
de acesso, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da auto-
nomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descen-
tralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da pro-
fissão e nas ciências humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos pro-
fissionais na prática social e cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar, educar 
e pesquisar (BRASIL, 2017).
Com base nos princípios fundamentais, o Conselho Federal 
de Enfermagem (BRASIL, 2017), no uso das atribuições que lhe são 
conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, 
determina os direitos, deveres, proibições e penalidades aos profissio-
nais de Enfermagem como se segue: 
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
 Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e 
ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, 
segundo os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos.
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e vio-
lências física e psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade 
humana e à proteção dos direitos dos profissionais de enfermagem.
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Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profis-
sional, do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condi-
ções de assistência, trabalho e remuneração, observados os parâmetros e 
limites da legislação vigente.
Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar 
com responsabilidade, autonomia e liberdade, observando os preceitos éti-
cos e legais da profissão.
Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações da Catego-
ria e Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional, atendidos os requisi-
tos legais.
Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, so-
cioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissio-
nal.
Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa, família e coletivida-
de, necessárias ao exercício profissional.
Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamen-
tada, medidas cabíveis para obtenção de desagravo público em decorrência 
de ofensa sofrida no exercício profissional ou que atinja a profissão.
Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma funda-
mentada, quando impedido de cumprir o presente Código, a Legislação do 
Exercício Profissional e as Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos 
emanados pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem
Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis, às diretrizes po-
líticas, normativas e protocolos institucionais, bem como participar de sua 
elaboração.
Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de Enfermagem, bem como 
de comissões interdisciplinares da instituição em que trabalha.
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conheci-
mento em razão de seu exercício profissional.
Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de 
trabalho não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou 
desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência e 
emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/
ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de 
Enfermagem.
Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico 
para planejar, implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família 
e coletividade.
Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saú-
de ou de qualquer área direta ou indiretamente relacionada ao exercício pro-
fissional da Enfermagem.
Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão que envol-
vam pessoas e/ou local de trabalho sob sua responsabilidade profissional.
Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, 
respeitando a legislação vigente.
Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em pesquisa, extensão e 
produção técnico-científica.
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Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais e meios ele-
trônicos para conceder entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, 
sobre assuntos de sua competência e/ou divulgar eventos com finalidade 
educativa e de interesse social.
Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e 
competências técnico-científicas e legais.
Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais du-
rante o desempenho de suas atividades profissionais.
Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência 
técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissio-
nal, à pessoa, à família e à coletividade.
Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da relação profissional/
usuários quando houver risco à sua integridade física e moral, comunicando 
ao Coren e assegurando a continuidade da assistência de Enfermagem.
CAPÍTULO II – DOS DEVERES
Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutivida-
de, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.
Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na 
solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica.
Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais 
de Enfermagem e demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regio-
nais de Enfermagem.
Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais de Enfermagem no 
desempenho de atividades em organizações da categoria.
Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem e aos 
órgãos competentes fatos que infrinjam dispositivos éticos-legais e que pos-
sam prejudicar o exercício profissional e a segurança à saúde da pessoa, 
família e coletividade.
Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de Enfermagem, fa-
tos que envolvam recusa e/ou demissão de cargo, função ou emprego, mo-
tivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente Código e a 
legislação do exercício profissional.
Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, notificações, cita-
ções, convocações e intimações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de 
Enfermagem.
Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do exercício profissional e 
prestar informações fidedignas, permitindo o acesso a documentos e a área 
física institucional.
Art. 32 Manter inscriçãono Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdi-
ção na área onde ocorrer o exercício profissional.
Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional 
de Enfermagem de sua jurisdição.
Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto ao Conselho 
Regional de Enfermagem de sua jurisdição.
Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e 
categoria de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou 
rubrica nos documentos, quando no exercício profissional.
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 § 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, número e ca-
tegoria de inscrição no Coren, devendo constar a assinatura ou rubrica do 
profissional.
 § 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser 
certificada, conforme legislação vigente.
Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações ine-
rentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cro-
nológica, legível, completa e sem rasuras.
Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em 
consonância com sua competência legal.
Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, 
necessárias à continuidade da assistência e segurança do paciente.
Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, 
riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de Enfermagem.
Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e conse-
quências decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o 
direito de recusa da pessoa ou de seu representante legal.
Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer 
natureza.
Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu 
representante legal na tomada de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saú-
de, segurança, tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações necessá-
rias, de acordo com os princípios éticos e legais.
Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas da pessoa no que con-
cerne às decisões sobre cuidados e tratamentos que deseja ou não receber 
no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonoma-
mente, suas vontades.
Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da pessoa, em todo 
seu ciclo vital e nas situações de morte e pós-morte.
Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam se-
gurança, mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decor-
rentes de movimentos reivindicatórios da categoria.
Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos casos de mo-
vimentos reivindicatórios da categoria, deverão ser prestados os cuidados 
mínimos que garantam uma assistência segura, conforme a complexidade 
do paciente.
Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de 
imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual 
não constem assinatura e número de registro do profissional prescritor, exce-
to em situação de urgência e emergência.
 § 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar pres-
crição de Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibi-
lidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, 
registrando no prontuário.
 § 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de pres-
crição à distância, exceto em casos de urgência e emergência e regulação, 
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conforme Resolução vigente.
Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos competentes, ações 
e procedimentos de membros da equipe de saúde, quando houver risco de 
danos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, vi-
sando a proteção da pessoa, família e coletividade.
Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a qualidade de vida 
à pessoa e família no processo do nascer, viver, morrer e luto.
Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis e terminais com 
risco iminente de morte, em consonância com a equipe multiprofissional, 
oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis para assegurar o conforto 
físico, psíquico, social e espiritual, respeitada a vontade da pessoa ou de seu 
representante legal.
Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à coletividade em casos de 
emergência, epidemia, catástrofe e desastre, sem pleitear vantagens pesso-
ais, quando convocado.
Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante consentimento prévio do 
paciente, representante ou responsável legal, ou decisão judicial.
Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não haja capacidade 
de decisão por parte da pessoa, ou na ausência do representante ou respon-
sável legal.
Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissio-
nais, independentemente de ter sido praticada individual ou em equipe, por 
imperícia, imprudência ou negligência, desde que tenha participação e/ou 
conhecimento prévio do fato.
Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a responsabilidade 
será atribuída na medida do (s) ato(s) praticado(s) individualmente.
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da 
atividade profissional, exceto nos casos previstos na legislação ou por deter-
minação judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de 
seu representante ou responsável legal.
 § 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento 
público e em caso de falecimento da pessoa envolvida.
 § 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida 
e à dignidade, na defesa própria ou em atividade multiprofissional, quando 
necessário à prestação da assistência.
 § 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá 
comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éti-
cas para manutenção do sigilo profissional.
 § 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de responsa-
bilização criminal, independentemente de autorização, de casos de violência 
contra: crianças e adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem 
condições de firmar consentimento.
 § 5º A comunicação externa para os órgãos de responsabilização crimi-
nal em casos de violência doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz 
será devida, independentemente de autorização, em caso de risco à comuni-
dade ou à vítima, a juízo do profissional e com conhecimento prévio da vítima 
ou do seu responsável.
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Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao con-
teúdo e imagem veiculados nos diferentes meios de comunicação e publici-
dade.
Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o aperfeiçoamento técnico-científi-
co, ético-político, socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem 
sob sua supervisão e coordenação.
Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socio-
educativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do 
desenvolvimento da profissão.
Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o desenvolvimento de ativida-
des de ensino, pesquisa e extensão, devidamente aprovados nas instâncias 
deliberativas.
Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa envolvendo seres hu-
manos.
Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais no processo de 
pesquisa, em todas as etapas.
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, 
científica e legalmente apto para o desempenho seguro para si e para ou-
trem.
Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação vigente relativa à 
preservação do meio ambiente no gerenciamento de resíduos de serviços 
de saúde.
CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES
Art. 61 Executar e/ou determinaratos contrários ao Código de Ética e à legis-
lação que disciplina o exercício da Enfermagem.
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, cien-
tífica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, 
à família e à coletividade.
Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que 
desrespeitem a legislação e princípios que disciplinam o exercício profissio-
nal de Enfermagem.
Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante de qualquer forma 
ou tipo de violência contra a pessoa, família e coletividade, quando no exer-
cício da profissão.
Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que 
envolvam recusa ou demissão motivada pela necessidade do profissional 
em cumprir o presente código e a legislação do exercício profissional; bem 
como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se 
de concorrência desleal.
Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de qualquer ins-
tituição ou estabelecimento congênere, quando, nestas, não exercer funções 
de enfermagem estabelecidas na legislação.
Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e cole-
tividade, além do que lhe é devido, como forma de garantir assistência de 
Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou para 
outrem.
Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão, de mecanismos de coa-
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ção, omissão ou suborno, com pessoas físicas ou jurídicas, para conseguir 
qualquer tipo de vantagem.
Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ou 
induzir ordens, opiniões, ideologias políticas ou qualquer tipo de conceito ou 
preconceito que atentem contra a dignidade da pessoa humana, bem como 
dificultar o exercício profissional.
Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para praticar atos tipifica-
dos como crime ou contravenção penal, tanto em ambientes onde exerça a 
profissão, quanto naqueles em que não a exerça, ou qualquer ato que infrinja 
os postulados éticos e legais.
Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e difamação de pes-
soa e família, membros das equipes de Enfermagem e de saúde, organiza-
ções da Enfermagem, trabalhadores de outras áreas e instituições em que 
exerce sua atividade profissional.
Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer 
outro ato que infrinja postulados éticos e legais, no exercício profissional.
Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a 
gestação, exceto nos casos permitidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá 
decidir de acordo com a sua consciência sobre sua participação, desde que 
seja garantida a continuidade da assistência.
Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte da 
pessoa.
Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de emergência ou naque-
las expressamente autorizadas na legislação, desde que possua competên-
cia técnica-científica necessária.
Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emer-
gência, epidemia, desastre e catástrofe, desde que não ofereça risco a inte-
gridade física do profissional.
Art. 77 Executar procedimentos ou participar da assistência à saúde sem o 
consentimento formal da pessoa ou de seu representante ou responsável 
legal, exceto em iminente risco de morte.
Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, 
via de administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação 
do profissional.
Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em pro-
gramas de saúde pública e/ou em rotina aprovada em instituição de saúde, 
exceto em situações de emergência.
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que com-
prometam a segurança da pessoa.
Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a outro profissio-
nal, exceto em caso de emergência, ou que estiverem expressamente auto-
rizados na legislação vigente.
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros profissionais de saúde 
ou áreas vinculadas, no descumprimento da legislação referente aos trans-
plantes de órgãos, tecidos, esterilização humana, reprodução assistida ou 
manipulação genética.
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Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no exercício profissio-
nal, assédio moral, sexual ou de qualquer natureza, contra pessoa, família, 
coletividade ou qualquer membro da equipe de saúde, seja por meio de atos 
ou expressões que tenham por consequência atingir a dignidade ou criar 
condições humilhantes e constrangedoras.
Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título que não possa 
comprovar.
Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das 
organizações da categoria.
Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou de conteúdo 
duvidoso sobre assunto de sua área profissional.
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou fatos, e inserir ima-
gens que possam identificar pessoas ou instituições sem prévia autorização, 
em qualquer meio de comunicação.
Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a 
assistência de Enfermagem prestada à pessoa, família ou coletividade.
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem 
como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional.
Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que 
não estão diretamente envolvidos na prestação da assistência de saúde ao 
paciente, exceto quando autorizado pelo paciente, representante legal ou 
responsável legal, por determinação judicial.
Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercí-
cio profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/
ou Comissão de Ética de Enfermagem.
Art. 91 Delegar atividades privativas do (a) Enfermeiro(a) a outro membro da 
equipe de Enfermagem, exceto nos casos de emergência.
Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas a outros mem-
bros da equipe de saúde.
Art. 92 Delegar atribuições dos (as) profissionais de enfermagem, previstas 
na legislação, para acompanhantes e/ou responsáveis pelo paciente.
Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos casos da atenção 
domiciliar para o autocuidado apoiado.
Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência prestada aos pa-
cientes sob seus cuidados realizados por alunos e/ou estagiários sob sua 
supervisão e/ou orientação.
Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou par-
ticular, que esteja sob sua responsabilidade em razão do cargo ou do exercí-
cio profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.
Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, 
em que os direitos inalienáveis da pessoa, família e coletividade sejam des-
respeitados ou ofereçam quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis aos 
envolvidos.
Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, 
família e coletividade.
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los 
para fins diferentes dos objetivos previamente estabelecidos.
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Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o participante do 
estudo e/ou instituição envolvida, sem a autorização prévia.
Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica ou 
instrumento de organização formal do qual não tenha participado ou omitir 
nomes de coautores e colaboradores.
Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não publicadas, sem 
referência do autor ou sem a sua autorização.
Art. 101 Apropriar-seou utilizar produções técnico-científicas, das quais te-
nha ou não participado como autor, sem concordância ou concessão dos 
demais partícipes.
Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome 
como autor ou coautor em obra técnico-científica.
CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 103 A caracterização das infrações éticas e disciplinares, bem como a 
aplicação das respectivas penalidades regem-se por este Código, sem preju-
ízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.
Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, omissão ou coni-
vência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições 
do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, bem como a inobser-
vância das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art. 105 O (a) Profissional de Enfermagem responde pela infração ética e/ou 
disciplinar, que cometer ou contribuir para sua prática, e, quando cometida 
(s) por outrem, dela (s) obtiver benefício.
Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise do (s) 
fato (s), do(s) ato(s) praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).
Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos ter-
mos do Código de Processo Ético-Disciplinar vigente, aprovado pelo Conse-
lho Federal de Enfermagem.
Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema Cofen/Conselhos 
Regionais de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 
5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:
I – Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV – Suspensão do Exercício Profissional;
V – Cassação do direito ao Exercício Profissional.
 § 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de for-
ma reservada, que será registrada no prontuário do mesmo, na presença de 
duas testemunhas.
 § 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 
(dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o 
infrator, em vigor no ato do pagamento.
 § 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publica-
ções oficiais do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e em 
jornais de grande circulação.
 § 4º A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da 
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Enfermagem por um período de até 90 (noventa) dias e será divulgada nas 
publicações oficiais do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, 
jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos empregadores.
 § 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem 
por um período de até 30 anos e será divulgada nas publicações do Sistema 
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
 § 6º As penalidades aplicadas deverão ser registradas no prontuário do 
infrator.
 § 7º Nas penalidades de suspensão e cassação, o profissional terá sua 
carteira retida no ato da notificação, em todas as categorias em que for ins-
crito, sendo devolvida após o cumprimento da pena e, no caso da cassação, 
após o processo de reabilitação.
Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e 
suspensão do exercício profissional, são da responsabilidade do Conselho 
Regional de Enfermagem, serão registradas no prontuário do profissional de 
Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de 
competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no 
art. 18, parágrafo primeiro, da Lei n° 5.905/73.
Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver origem no Conselho 
Federal de Enfermagem e nos casos de cassação do exercício profissional, 
terá como instância superior a Assembleia de Presidentes dos Conselhos de 
Enfermagem.
Art. 110 Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se:
I – A gravidade da infração;
II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
III – O dano causado e o resultado;
IV – Os antecedentes do infrator.
Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas, graves ou gra-
víssimas, segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso.
 § 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade 
física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aque-
las que venham a difamar organizações da categoria ou instituições ou ainda 
que causem danos patrimoniais ou financeiros.
 § 2º São consideradas infrações moderadas as que provoquem debili-
dade temporária de membro, sentido ou função na pessoa ou ainda as que 
causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
 § 3º São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de 
morte, debilidade permanente de membro, sentido ou função, dano moral 
irremediável na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, morais, pa-
trimoniais ou financeiros.
 § 4º São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem a morte, 
debilidade permanente de membro, sentido ou função, dano moral irremedi-
ável na pessoa.
Art. 112 São consideradas circunstâncias atenuantes:
I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade 
e com eficiência, evitar ou minorar as consequências do seu ato;
II – Ter bons antecedentes profissionais;
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III – Realizar atos sob coação e/ou intimidação ou grave ameaça;
IV – Realizar atos sob emprego real de força física;
V – Ter confessado espontaneamente a autoria da infração;
VI – Ter colaborado espontaneamente com a elucidação dos fatos.
Art. 113 São consideradas circunstâncias agravantes:
I – Ser reincidente;
II – Causar danos irreparáveis;
III – Cometer infração dolosamente;
IV – Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V – Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a van-
tagem de outra infração;
VI – Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
VII – Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever ine-
rente ao cargo ou função ou exercício profissional;
VIII – Ter maus antecedentes profissionais;
IX – Alterar ou falsificar prova, ou concorrer para a desconstrução de fato que 
se relacione com o apurado na denúncia durante a condução do processo ético.
 CAPÍTULO V – DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplica-
das, cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.
Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao 
que está estabelecido nos artigos: 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 
39, 40, 41, 42, 43, 46, 48, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 
62, 65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 
92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está esta-
belecido nos artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 
51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 
76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 
96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está 
estabelecido nos artigos: 31, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 
63, 64, 65, 66, 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 
85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos 
de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 
51, 52, 59, 61, 62, 63, 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 
82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável 
nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 
73, 74, 80, 82, 83, 94, 96 e 97.(MANOEL CARLOS N. DA SILVA. COREN-RO Nº 63592. Presidente); (MARIA 
R. F. B. SAMPAIO. COREN-PI Nº 19084. Primeira-Secretária) (BRASIL, 2017).
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As Leis e Resoluções apresentadas neste capítulo, estão dis-
poníveis nos sites do COFEN e COREns, e são atualizadas de acordo 
com as modificações pertinentes.
Para ter acesso a LEI N 5.905/73, DE 12 DE JULHO DE 1973, 
que dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de En-
fermagem e dá outras providências, acesse: http://www.cofen.gov.br/lei-
n-590573-de-12-de-julho-de-1973_4162.html
Para ter acesso a LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986, 
que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá 
outras providências, acesse: http://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-
25-de-junho-de-1986_4161.html
Para ter acesso ao Código de Ética (RESOLUÇÃO COFEN 
564/2017), acesse o link: http://se.corens.portalcofen.gov.br/codigo-de-
-etica
PRINCIPAIS DOCUMENTOS QUE AMPARAM E ESTIPULAM GA-
RANTIAS AOS SERES HUMANOS
São muitos os documentos que amparam e estipulam garan-
tias aos seres humanos. Atualmente, com a disponibilidade da internet 
e o acesso a documentos por meio eletrônico, o acesso é rápido e não 
há necessidade de “guardar tudo na cabeça”.
Neste subcapítulo, disponibilizamos uma variedade de docu-
mentos e seus respectivos links para acesso imediato. Em algum mo-
mento, serão importantes para consultas ou para tirar dúvidas, especial-
mente ao estudar para provas e concursos públicos.
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TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 01
Ano: 2015 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO (Instituto Federal do Tocan-
tis) Prova: Enfermeiro: Fácil.
A Lei 5.905, de 12/07/73, dispõe sobre a criação do(a): 
a) Associação Brasileira de Enfermagem.
b) Curso de graduação em enfermagem e obstetrícia. 
c) COFEN e COREN. 
d) Curso de licenciatura em enfermagem. 
e) Curso técnico em enfermagem. Comentário: Facílima não é mesmo? 
Trouxe esta questão só para esquentar. 
QUESTÃO 2
Ano: 2013 Banca: Quadrix Órgão: COREN-DF. Prova - Enfermeiro: 
Difícil 
Assinale a única alternativa incorreta a respeito do COFEN - Con-
selho Federal de Enfermagem e dos CORENs - Conselhos Regio-
nais de Enfermagem. 
a) O COFEN - Conselho Federal de Enfermagem foi criado na década 
de 1970, por meio da Lei n° 5.905/73, bem como os CORENs - Conse-
lhos Regionais de Enfermagem. 
b) O COFEN e os CORENs são constituídos, em seu conjunto, como 
uma autarquia vinculada ao Ministério da Saúde. 
c) O COFEN e os CORENs são órgãos disciplinadores do exercício da 
profissão de Enfermeiro e das demais profissões compreendidas nos 
serviços de Enfermagem do Brasil. 
d) O COFEN - Conselho Federal de Enfermagem terá jurisdição em 
todo o território nacional e terá sede na Capital da República. 
e) Haverá um COREN em cada Estado e Território, com sede na res-
pectiva capital, e no Distrito Federal. 
QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: Quadrix Órgão: COREN-DF Prova: Advogado 
Nível: Médio
É correto afirmar, de acordo com a Lei n9 5.905/73, que compõe a 
receita do COFEN - Conselho Federal de Enfermagem, exceto:
a) Todas as multas aplicadas pelos Conselhos Regional 
b) Um quarto das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais.
c) Doações e legados 
d) Subvenções oficiais 
e) Rendas eventuais.
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QUESTÃO 4
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: Tribunal de Justiça do Estado do 
Piauí Prova: Analista Judiciário- Apoio Especializado-Enfermeiro 
Nível: Médio
O profissional de enfermagem que cometer crime passível de sus-
pensão pode ser proibido de exercer a profissão por um período 
de até: 
(A) 10 dias; 
(B) 15 dias; 
(C) 45 dias; 
(D) 90 dias; 
(E) 120 dias. 
QUESTÃO 5
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: Tribunal de Justiça do Estado do 
Piauí Prova: Analista Judiciário- Apoio Especializado-Enfermeiro 
Nível: Médio
Constitui uma atividade privativa do enfermeiro: 
(A) participação no planejamento, execução e avaliação da programa-
ção de saúde; (B) prevenção e controle sistemático da infecção hospi-
talar e de doenças transmissíveis em geral; 
(C) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfer-
magem; 
(D) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; 
(E) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assis-
tenciais de saúde.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Uma epidemia viral se espalhou pelo globo e matou milhões de pes-
soas. Você faz parte de uma equipe de cientistas que desenvolveram 
duas substâncias. Uma delas, você sabe, é uma vacina. A outra é letal. 
Você e a equipe, não sabem qual é qual. Os frascos não estão identifi-
cados. Se vocês souberem qual deles contém a vacina, vocês poderão 
utiliza-la para salvar milhões de vidas.
Há duas pessoas sob seu cuidado. O único jeito de identificar o frasco 
correto é injetar cada uma das substâncias em uma das pessoas. Uma 
irá viver, a outra, morrer. O chefe da equipe, solicita que você, Enfermei-
ro da equipe, faça o teste nas pessoas sob seus cuidados.
A-É adequado matar uma dessas pessoas com uma injeção letal para 
identificar uma vacina que poderá salvar milhões de vidas? Você deve 
obedecer a ordem que lhe foi dada?
B-Justifique sua resposta utilizando a Resolução Cofen nº 0564/2017, 
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apontando os capítulos e artigos (se estes existirem).
C-Qual deveria ser sua atitude neste caso?
D-Identifique se, neste caso, você poderia receber alguma penalidade. 
Se sim, qual(is) penalidade(s). Se não, na sua opinião, poderia haver 
alguma penalidade por parte da justiça comum?
TREINO INÉDITO
Com relação a Resolução Cofen nº 0564/2017, assinale a alternati-
va INCORRETA.
a) É um dever do profissional de Enfermagem, exercer atividades em 
locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica 
à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção 
dos direitos dos profissionais de enfermagem.
b) Com relação as infrações e penalidades, é correto afirmar que gra-
vidade da infração é caracterizada por meio da análise do (s) fato (s), 
do(s) ato(s) praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).
c) É um dever do profissional de Enfermagem, Comunicar formalmente 
ao Conselho Regional de Enfermagem e aos órgãos competentes fatos 
que infrinjam dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o exercí-
cio profissional e a segurança à saúde da pessoa, família e coletividade.
d) É um direito do profissional de Enfermagem, recusar-se a executar 
atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética 
e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à 
família e à coletividade.
e) Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, so-
cioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática pro-
fissional, são direitos dos profissionais de enfermagem.
NA MÍDIA
ENFERMEIRA VIOLOU NORMA ÉTICA DE SIGILO
As normas do Ministério da Saúde proíbem o médico ou qualquer ou-
tro profissional da saúde de comunicar um abortamento espontâneo ou 
provocado à autoridade policial, judicial ou ao Ministério Público, com 
base no sigilo O documento Atenção Humanizada ao Abortamento deve 
ser seguido por todas as unidades de saúde e diz que "o não cumpri-
mento da norma pode ensejar procedimento criminal, civil e ético-pro-
fissional contra quem revelou a informação, respondendo por todos os 
danos causados à mulher".
Infração. O Código de Ética do Profissional da Enfermagem também 
recomenda o sigilo ético-profissional, exceto quando há autorização por 
escrito. Assim, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) informou,por meio da assessoria de imprensa, que a profissional pode ter come-
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tido infração ética com relação ao Sigilo Profissional.
A assessoria informou que o enfermeiro está obrigado a seguir ordens 
e protocolos, como o do Ministério da Saúde. Agora, caberá ao conse-
lho regional da categoria fazer uma fiscalização e abrir uma sindicância 
para confirmar se houve ou não uma infração ética.
No caso em questão, uma enfermeira do Hospital de Base de São José 
do Rio Preto foi quem comunicou à polícia que Keila Rodrigues provo-
cou um auto aborto. Como consequência, Keila foi processada e será 
julgada por um júri popular. / F.B.
Fonte: O Estado de São Paulo
Data: 04 Junho 2012 03h07
Leia a notícia na íntegra: https://www.estadao.com.br/noticias/geral,en-
fermeira-violou-norma-etica-de-sigilo-imp-,881935
NA PRÁTICA
A dimensão ética do agir profissional, são as questões centrais deste 
capítulo.
Alguns questionamentos emergem da reflexão referente à conduta do 
ser humano e dos profissionais, e ao seu valor moral. 
O compromisso diante de um agregado de deveres éticos compatíveis 
com a tarefa profissional, precisa superar os valores pertinentes a cada 
profissão, até tornar-se um valor mais amplo da ética universal.
O projeto “Bioética Pelas Lentes do Cinema”, uma inciativa do Depar-
tamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina 
(UFSC), tem o objetivo de debater questões éticas da área da saúde 
pela visão da bioética por meio de filmes, nos quais são levantadas 
questões morais que aparecem no dia-a-dia da atuação do profissional 
de saúde. A visão trabalhada dentro do projeto é a da bioética cotidiana. 
São problemas éticos e bioéticos emergentes, e não persistentes, como 
fome, exclusão, desigualdades de gênero, aborto, que acompanham a 
sociedade.
PARA SABER MAIS
Acesse o link: http://saudepublica.ufsc.br/projetos_e_atividades/pro-
jeo-do-nupebisc-propoe-discutir-questoes-eticas-por-meio-de-filmes/, e 
tenha acesso ao projeto: “Bioética pelas lentes do cinema”, com suges-
tões de filmes com temas sobre: eutanásia, uso de cobaias, tráfico de 
órgãos, dentre outros.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS: A BENEFICÊNCIA, O RESPEITO À PES-
SOA E A JUSTIÇA
A partir do julgamento das atrocidades cometidas durante a II 
Guerra, muitas delas em nome da pesquisa científica, foi promulgado o 
Código de Nuremberg em 1947, quando foram condenados junto com 
oficiais nazistas, médicos que desrespeitaram os direitos humanos em 
campos de concentração nazistas. 
O Código de Nuremberg, foi o primeiro documento a apresen-
tar o consentimento informado como expressão da autonomia das pes-
soas e a considera-lo como absolutamente essencial (VARGA, 1990).
DIRETRIZES E NORMAS DE
PESQUISA COM SERES 
HUMANOS
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Um professor de anestesiologia da Harvard Medical School, 
em 1966 - suspeitava que a enorme quantidade de fundos destinados 
à pesquisa, associada a grande pressão sobre os médicos professores 
para produzir conhecimento a fim de serem promovidos, poderia levar 
a dissociação entre os interesses dos cientistas e das pessoas. Movi-
do por sua suspeita, o autor compilou 50 artigos originais, publicados 
entre 1948 e 1965 em jornais de grande prestígio internacional, como 
por exemplo New England Journal of Medicine; Circulation; Journal of 
American Medical Association - e escreveu o artigo Ethics in Clinical 
Research, no qual ele apresentou 22 relatos de pesquisas realizadas 
com recursos governamentais e de empresas de farmacêuticas, nas 
quais os sujeitos da investigação – considerados “cidadãos de segunda 
classe” ou “sub-humanos” - eram “[...] internos em hospitais de carida-
de, adultos com deficiências mentais, crianças com retardos mentais, 
idosos, pacientes psiquiátricos, recém-nascidos, presidiários, enfim 
pessoas incapazes de assumir uma postura moralmente ativa diante do 
pesquisador e do experimento”.5:15 Nessas pesquisas ele encontrou 
vários casos de maus tratos e violações éticas. Foi por meio deste artigo 
que o autor “[...] trouxe o horror da imoralidade da ciência, dos confins 
dos campos de concentração para o meio científico, acadêmico e he-
gemônico”, demonstrando que “[...] a imoralidade não era exclusiva dos 
médicos nazistas” (BEECHER, 1966).
A ética científica não depende de opinião isolada de um pen-
sador, mas sim, do rigor e da racionalidade de sua forma metodológica, 
que pode pressupor que as ocorrências dos fenômenos éticos estão na 
existência humana.
Atualmente, a ciência em todas as hipóteses, nega o determi-
nismo de que o ser humano já nasce bom ou mau e que são as percep-
ções e a vontade humanas que orientam e motivam o processo educa-
cional e de convivência. A conduta humana é observável, e é registro da 
vontade que vem da consciência, assim também está ligada às doutri-
nas mentais e espirituais, reguladoras das virtudes. Daí ser fundamental 
o estímulo à ética através da educação em todas as fases da vida.
No Brasil, aspectos éticos envolvidos em atividades de pes-
quisa que envolvam seres humanos estão regulados pelas Diretrizes 
e Normas de Pesquisa em Seres Humanos, através da Resolução 
466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Estas Diretrizes foram de-
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talhadas para pesquisas envolvendo novos fármacos, medicamento, 
vacinas e testes diagnósticos, além de outras resoluções para áreas 
temáticas especiais.
A avaliação ética de um projeto de pesquisa é baseada em, no 
mínimo, quatro pontos fundamentais: na qualificação da equipe de pesqui-
sadores e do próprio projeto; na avaliação da relação risco-benefício; no 
consentimento informado e na avaliação prévia por um Comitê de Ética.
O objetivo da avaliação ética de projetos de pesquisa é garantir 
três princípios básicos: a beneficência, o respeito à pessoa e a justiça, 
incluindo todas as pessoas que possam vir a ter alguma relação com a 
pesquisa: sujeito da pesquisa, pesquisador, trabalhador das áreas onde 
a pesquisa se desenvolve e, a sociedade como um todo.
PROJETO DE PESQUISA 
Segundo a NORMA OPERACIONAL Nº 001/2013, que dispõe 
sobre a organização e funcionamento do Sistema CEP/CONEP, nos 
termos do item 5, do Capítulo XIII, da Resolução CNS n° 466 de 12 de 
dezembro de 2012, as propostas de pesquisa e de desenvolvimento 
como também sua efetivação e divulgação de pareceres dos Comitês 
de Ética em Pesquisa (CEP) e da Comissão Nacional de Ética em Pes-
quisa (CONEP) devem ocorrer por meio da Plataforma Brasil (http://
plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf). 
O cadastro na Plataforma Brasil e obrigatório, para apresenta-
ção da pesquisa à apreciação do Sistema CEP/CONEP e para a res-
pectiva avaliação ética, de todos os pesquisadores, dos CEP e das ins-
tituições envolvidas nas pesquisas.
O projeto de pesquisa é o documento fundamental para que o Sis-
tema CEP-CONEP possa proceder a análise ética da proposta, devendo 
ser formulado pelo pesquisador em português. Os itens do projeto variam 
de acordo com sua natureza e procedimentos metodológicos utilizados. 
Todos os protocolos de pesquisa devem conter, obrigatoriamente: 
1 – Tema: contido no título; 
2 – Objeto da pesquisa: o que se pretende pesquisar; 
3 – Relevância social: importância da pesquisa em seu campo 
de atuação, apresentada pelo pesquisador; 
4 – Objetivos: propósitos da pesquisa; 
5 – Local de realização da pesquisa: com detalhamento das ins-
talações, dos serviços, centros, comunidades e instituições nas quais se 
processarão as várias etapas da pesquisa. Em caso de estudos nacionais 
ou internacionais multicêntricos, deve ser apresentada lista de centros 
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brasileiros participantes, constando o nome do pesquisador responsável, 
instituição, Unidade Federativa (UF) a que a instituição pertence e o CEP 
responsável pelo acompanhamento do estudo em cada um dos centros.
Em caso de estudos das Ciências Sociais e Humanas, o pes-
quisador, quando for o caso, deve descrever o campo da pesquisa, ca-
racterizando-o geográfica, social e/ou culturalmente, conforme o caso 
(Resolução 510/2017); 
6 – População a ser estudada: características esperadas da po-
pulação, tais como: tamanho, faixa etária, sexo, cor/raça (classificação do 
IBGE) e etnia, orientação sexual e 10/14 identidade de gênero, classes e 
grupos sociais, e outras que sejam pertinentes à descrição da população 
e que possam, de fato, ser significativas para a análise ética da pesquisa; 
na ausência da delimitação da população, deve ser apresentada justifi-
cativa para a não apresentação da descrição da população, e das razões 
para a utilização de grupos vulneráveis, quando for o caso; 
6.1 – As especificidades éticas das pesquisas com população 
indígena, dadas as suas particularidades, são contempladas em Reso-
lução Complementar do Conselho Nacional de Saúde/CNS. 
7 – Garantias éticas aos participantes da pesquisa: medidas 
que garantam a liberdade de participação, a integridade do participante 
da pesquisa e a preservação dos dados que possam identificá-lo, ga-
rantindo, especialmente, a privacidade, sigilo e confidencialidade e o 
modo de efetivação. Protocolos específicos da área de ciências huma-
nas que, por sua natureza, possibilitam a revelação da identidade dos 
seus participantes de pesquisa, poderão estar isentos da obrigatorieda-
de da garantia de sigilo e confidencialidade, desde que o participante 
seja devidamente informado e dê o seu consentimento; 
8 – Método a ser utilizado: descrição detalhada dos métodos 
e procedimentos justificados com base em fundamentação científica; a 
descrição da forma de abordagem ou plano de recrutamento dos pos-
síveis indivíduos participantes, os métodos que afetem diretamente ou 
indiretamente os participantes da pesquisa, e que possam, de fato, ser 
significativos para a análise ética; 
9 – Cronograma: informando a duração total e as diferentes 
etapas da pesquisa, em número de meses, com compromisso explícito 
do pesquisador de que a pesquisa somente será iniciada a partir da 
aprovação pelo Sistema CEP-CONEP; 
10 – Orçamento: Apresentado de acordo com o item 3.3.e; 
11 – Critérios de inclusão e exclusão dos participantes da pes-
quisa: devem ser apresentados de acordo com as exigências da meto-
dologia a ser utilizada; 
12 – Riscos e benefícios envolvidos na execução da pesquisa: o 
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risco, avaliando sua gradação, e descrevendo as medidas para sua minimi-
zação e proteção do participante da pesquisa; as medidas para assegurar 
os necessários cuidados, no caso de danos aos indivíduos; os possíveis 
benefícios, diretos ou indiretos, para a população estudada e a sociedade; 
13 – Critérios de encerramento ou suspensão de pesquisa: de-
vem ser explicitados, quando couber; 
14 – Resultados do estudo: garantia do pesquisador que os re-
sultados do estudo serão divulgados para os participantes da pesquisa 
e instituições onde os dados foram obtidos. 
15 – Divulgação dos resultados: garantia pelo pesquisador de 
encaminhar os resultados da pesquisa para publicação, com os devidos 
créditos aos autores; 
15.1 - Nos casos que envolverem patenteamento, possíveis 
postergações da divulgação dos resultados devem ser notificadas e au-
torizadas pelo Sistema CEP-CONEP; 
16 – Declarações de responsabilidade, devidamente assina-
das, do pesquisador, por responsável maior com competência da insti-
tuição, do promotor e do patrocinador, conforme 
Anexo II, observada a Área Temática; 
17 – Declaração assinada por responsável institucional, dispo-
nibilizando a existência de infraestrutura necessária ao desenvolvimen-
to da pesquisa e para atender eventuais problemas dela resultantes.
Antes de iniciar seu Projeto de Pesquisa ou autorizar a realiza-
ção de um projeto quando gestor ou responsável por uma Instituição ou 
Unidade de Saúde, leia e informe-se sobre todos os trâmites e normas 
por meio da Resolução 466/2012, disponível no site: http://conselho.
saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
QUALIFICAÇÃO DOS PESQUISADORES
A qualificação da equipe de pesquisadores deve avaliar a com-
petência dos seus membros para planejar, executar e divulgar adequa-
damente um projeto de pesquisa. A adequação metodológica do projeto 
de pesquisa é fundamental. Um projeto inadequado acarreta riscos e 
custos sem que seus resultados possam ser realmente utilizados, devi-
do a deficiências no método. 
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Devem ser esgotadas todas as possibilidades de obter dados por 
outros meios, utilizando simulações, animais, culturas de células, antes de 
utilizar seres humanos. Os pesquisadores devem dar garantias de que os 
dados serão utilizados apenas para fins científicos, preservando a privaci-
dade e a confidencialidade. A identificação e o uso de imagens somente 
poderão ser feitas com uma autorização expressa do indivíduo pesquisado.
AVALIAÇÃO DO RISCO-BENEFÍCIO
Na avaliação da relação risco-benefício entram em jogo tanto o 
princípio da não-maleficência como o da beneficência. O dano irreparável 
ou a possibilidade de morte, decorrente do projeto, impedem a realização 
do mesmo. O Código de Nuremberg aceitava uma única exceção, que 
era quando o próprio pesquisador era o sujeito da pesquisa (auto-expe-
rimentação). O Relatório Warnock, também abre uma exceção, pois pro-
põe a destruição de todos os embriões utilizados para fins de pesquisa.
Caso o risco real exceder ao previsto o projeto deve ser in-
terrompido e revisto. Os projetos podem ser caracterizados tanto pelo 
risco quanto pelo benefício. A classificação pode basear-se na não-ma-
leficência, utilizando o risco associado aos procedimentos (risco mínimo 
e risco maior que o mínimo). O critério da beneficência, quando utiliza-
do, avalia se o indivíduo terá ou não ganhos terapêuticos com o estudo 
(projetos clínicos ou não-clínicos).
O mais adequado, desde ponto de vista moral, seria permitir que 
as pesquisas fossem realizadas apenas quando houvesse indiferença 
por parte do pesquisador frente as alternativas a serem oferecidas aos 
participantes. A indiferença moral possibilita a realização de uma ação, 
mas não é nem obrigatória (Bem) nem proibida (Mal). Resumindo, em es-
tudos comparativos, sempre que uma das alternativas tiver um benefício 
maior que as demais, ela deve se tornar obrigatória. Da mesma forma, 
sempre que um procedimento tiver comprovadamente um risco maior 
que o outro, ele fica proibido de ser mantido neste projeto de pesquisa.
Habitualmente, a avaliação dos riscos envolvidos no projeto 
é relacionada apenas aos indivíduos pesquisados, não sendo realiza-
da, no projeto qualquer consideração com relação aos pesquisadores 
e trabalhadores envolvidos. A Conferência de Asilomar, realizada em 
fevereiro de 1975, foi um marco histórico, pois pela primeira vez estes 
aspectos foram discutidos. Estes aspectos não eram, e, infelizmente, 
continuam a não ser adequadamente considerados, tanto que o artigo 
quinto do Código de Nuremberg permitia que houvesse risco de vida no 
projeto apenas quando o próprio pesquisador era o sujeito da pesquisa.
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Segundo a Resolução 466/2012 (CEP/CONEP), toda pesqui-
sa com seres humanos envolve risco em tipos e gradações variados. 
Quanto maiores e mais evidentes os riscos, maiores devem ser os cui-
dados para minimizá-los e a proteção oferecida pelo Sistema CEP/CO-
NEP aos participantes. Devem ser analisadas possibilidadesde danos 
imediatos ou posteriores, no plano individual ou coletivo. A análise de 
risco é componente imprescindível à análise ética, dela decorrendo o 
plano de monitoramento que deve ser oferecido pelo Sistema CEP/CO-
NEP em cada caso específico. 
V.1 - As pesquisas envolvendo seres humanos serão admis-
síveis quando: a) o risco se justifique pelo benefício esperado; e b) no 
caso de pesquisas experimentais da área da saúde, o benefício seja 
maior, ou, no mínimo, igual às alternativas já estabelecidas para a pre-
venção, o diagnóstico e o tratamento. 
V.2 - São admissíveis pesquisas cujos benefícios a seus partici-
pantes forem exclusivamente indiretos, desde que consideradas as dimen-
sões física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual desses. 
V.3 - O pesquisador responsável, ao perceber qualquer risco 
ou danos significativos ao participante da pesquisa, previstos, ou não, 
no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, deve comunicar o fato, 
imediatamente, ao Sistema CEP/CONEP, e avaliar, em caráter emer-
gencial, a necessidade de adequar ou suspender o estudo.
 V.4 - Nas pesquisas na área da saúde, tão logo constatada a 
superioridade significativa de uma intervenção sobre outra (s) compa-
rativa (s), o pesquisador deverá avaliar a necessidade de adequar ou 
suspender o estudo em curso, visando oferecer a todos os benefícios 
do melhor regime. 
V.5 - O Sistema CEP/CONEP deverá ser informado de todos 
os fatos relevantes que alterem o curso normal dos estudos por ele 
aprovados e, especificamente, nas pesquisas na área da saúde, dos 
efeitos adversos e da superioridade significativa de uma intervenção 
sobre outra ou outras comparativas.
V.6 - O pesquisador, o patrocinador e as instituições e/ou orga-
nizações envolvidas nas diferentes fases da pesquisa devem proporcio-
nar assistência imediata, nos termos do item II.3, bem como responsa-
bilizarem-se pela assistência integral aos participantes da pesquisa no 
que se refere às complicações e danos decorrentes da pesquisa. 
V.7 - Os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer 
tipo de dano resultante de sua participação na pesquisa, previsto ou 
não no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, têm direito à in-
denização, por parte do pesquisador, do patrocinador e das instituições 
envolvidas nas diferentes fases da pesquisa. 
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CONSENTIMENTO INFORMADO
A obtenção de consentimento informado de todos os indivíduos 
pesquisados é um dever moral do pesquisador. O consentimento infor-
mado é um meio de garantir a voluntariedade dos participantes, isto é, é 
uma busca de preservar a autonomia de todos os sujeitos. Desta forma, 
o consentimento informado deve ser livre e voluntário, pressupondo-se 
que o indivíduo esteja plenamente capaz para exercer a sua vontade.
A existência de uma relação de dependência pode invalidar o 
consentimento, neste grupo incluem-se os alunos, os militares, os fun-
cionários de hospitais, membros de congregações religiosas e os pre-
sidiários. Nestes casos deve haver um cuidado especial para evitar a 
possibilidade de coerção. O processo de consentimento informado deve 
fornecer informações completas, incluindo os riscos e desconfortos, os 
benefícios e os procedimentos que serão executados. 
A sua redação deve ser adequada ao nível de compreensão 
dos indivíduos. É sempre registrado em um documento por escrito, de-
nominado de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo 
com a Resolução 196/96, que deve ter sua redação aprovada pelo Co-
mitê de Ética em Pesquisa. O fundamental é manter a característica do 
consentimento informado ser um processo, e não apenas um evento, 
uma assinatura de um documento.
O consentimento informado deve ser visto como uma garantia 
de que a participação é efetivamente voluntária, isto é, é uma superro-
gação por parte do voluntário, pois está além do dever daquela pessoa. 
Se ela aceitar deve ser merecedora de elogios, mas se negar a sua 
participação não é passível de qualquer censura ou desaprovação.
Segundo a Resolução 466/2012 (CEP/CONEP), o respeito 
devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe com 
consentimento livre e esclarecido dos participantes, indivíduos ou gru-
pos que, por si e/ou por seus representantes legais, manifestem a sua 
anuência à participação na pesquisa. Entende-se por Processo de Con-
sentimento Livre e Esclarecido todas as etapas a serem necessariamente 
observadas para que o convidado a participar de uma pesquisa possa se 
manifestar, de forma autônoma, consciente, livre e esclarecida. 
IV.1 - A etapa inicial do Processo de Consentimento Livre e 
Esclarecido é a do esclarecimento ao convidado a participar da pesqui-
sa, ocasião em que o pesquisador, ou pessoa por ele delegada e sob 
sua responsabilidade, deverá: a) buscar o momento, condição e local 
mais adequados para que o esclarecimento seja efetuado, consideran-
do, para isso, as peculiaridades do convidado a participar da pesquisa 
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e sua privacidade; b) prestar informações em linguagem clara e acessí-
vel, utilizando-se das estratégias mais apropriadas à cultura, faixa etá-
ria, condição socioeconômica e autonomia dos convidados a participar 
da pesquisa; e c) conceder o tempo adequado para que o convidado a 
participar da pesquisa possa refletir, consultando, se necessário, seus 
familiares ou outras pessoas que possam ajudá-los na tomada de deci-
são livre e esclarecida. 
IV.2 - Superada a etapa inicial de esclarecimento, o pesquisador 
responsável, ou pessoa por ele delegada, deverá apresentar, ao convi-
dado para participar da pesquisa, ou a seu representante legal, o Termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido para que seja lido e compreendido, 
antes da concessão do seu consentimento livre e esclarecido. 
IV.3 - O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá 
conter, obrigatoriamente: 
a) justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão uti-
lizados na pesquisa, com o detalhamento dos métodos a serem utili-
zados, informando a possibilidade de inclusão em grupo controle ou 
experimental, quando aplicável;
 b) explicitação dos possíveis desconfortos e riscos decorren-
tes da participação na pesquisa, além dos benefícios esperados des-
sa participação e apresentação das providências e cautelas a serem 
empregadas para evitar e/ou reduzir efeitos e condições adversas que 
possam causar dano, considerando características e contexto do parti-
cipante da pesquisa; 
c) esclarecimento sobre a forma de acompanhamento e assis-
tência a que terão direito os participantes da pesquisa, inclusive consi-
derando benefícios e acompanhamentos posteriores ao encerramento 
e/ ou a interrupção da pesquisa; d) garantia de plena liberdade ao par-
ticipante da pesquisa, de recusar-se a participar ou retirar seu consenti-
mento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma; 
e) garantia de manutenção do sigilo e da privacidade dos parti-
cipantes da pesquisa durante todas as fases da pesquisa; 
f) garantia de que o participante da pesquisa receberá uma via 
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
g) explicitação da garantia de ressarcimento e como serão cober-
tas as despesas tidas pelos participantes da pesquisa e dela decorrentes; e
h) explicitação da garantia de indenização diante de eventuais 
danos decorrentes da pesquisa.
IV.4 - O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido nas pes-
quisas que utilizam metodologias experimentais na área biomédica, en-
volvendo seres humanos, além do previsto no item IV.3 supra, deve 
observar, obrigatoriamente, o seguinte:
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a) explicitar, quando pertinente, os métodos terapêuticos alter-
nativos existentes; 
b) esclarecer, quando pertinente, sobre a possibilidade de in-
clusão do participanteem grupo controle ou placebo, explicitando, cla-
ramente, o significado dessa possibilidade; e 
c) não exigir do participante da pesquisa, sob qualquer argu-
mento, renúncia ao direito à indenização por dano. 
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido não deve con-
ter ressalva que afaste essa responsabilidade ou que implique ao par-
ticipante da pesquisa abrir mão de seus direitos, incluindo o direito de 
procurar obter indenização por danos eventuais.
IV.5 - O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá, 
ainda: 
a) conter declaração do pesquisador responsável que expres-
se o cumprimento das exigências contidas nos itens IV. 3 e IV.4, este 
último se pertinente; 
b) ser adaptado, pelo pesquisador responsável, nas pesquisas 
com cooperação estrangeira concebidas em âmbito internacional, às 
normas éticas e à cultura local, sempre com linguagem clara e acessível 
a todos e, em especial, aos participantes da pesquisa, tomando o espe-
cial cuidado para que seja de fácil leitura e compreensão; 
c) ser aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresen-
tado e pela CONEP, quando pertinente; e 
d) ser elaborado em duas vias, rubricadas em todas as suas 
páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a participar da 
pesquisa, ou por seu representante legal, assim como pelo pesquisador 
responsável, ou pela (s) pessoa (s) por ele delegada (s), devendo as pá-
ginas de assinaturas estar na mesma folha. Em ambas as vias deverão 
constar o endereço e contato telefônico ou outro, dos responsáveis pela 
pesquisa e do CEP local e da CONEP, quando pertinente. IV.6 –
Nos casos de restrição da liberdade ou do esclarecimento ne-
cessários para o adequado consentimento, deve-se, também, observar: 
a) em pesquisas cujos convidados sejam crianças, adolescen-
tes, pessoas com transtorno ou doença mental ou em situação de subs-
tancial diminuição em sua capacidade de decisão, deverá haver justifica-
tiva clara de sua escolha, especificada no protocolo e aprovada pelo CEP, 
e pela CONEP, quando pertinente. Nestes casos deverão ser cumpridas 
as etapas do esclarecimento e do consentimento livre e esclarecido, por 
meio dos representantes legais dos convidados a participar da pesquisa, 
preservado o direito de informação destes, no limite de sua capacidade;
b) a liberdade do consentimento deverá ser particularmente 
garantida para aqueles participantes de pesquisa que, embora plena-
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mente capazes, estejam expostos a condicionamentos específicos, ou 
à influência de autoridade, caracterizando situações passíveis de limi-
tação da autonomia, como estudantes, militares, empregados, presidiá-
rios e internos em centros de readaptação, em casas-abrigo, asilos, as-
sociações religiosas e semelhantes, assegurando-lhes inteira liberdade 
de participar, ou não, da pesquisa, sem quaisquer represálias; 
c) as pesquisas em pessoas com o diagnóstico de morte ence-
fálica deverão atender aos seguintes requisitos: c.1) documento com-
probatório da morte encefálica; c.2) consentimento explícito, diretiva 
antecipada da vontade da pessoa, ou consentimento dos familiares e/
ou do representante legal; c.3) respeito à dignidade do ser humano; 
c.4) inexistência de ônus econômico-financeiro adicional à família; c.5) 
inexistência de prejuízo para outros pacientes aguardando internação 
ou tratamento; e c.6) possibilidade de obter conhecimento científico re-
levante, ou novo, que não possa ser obtido de outra maneira; 
d) que haja um canal de comunicação oficial do governo, que 
esclareça as dúvidas de forma acessível aos envolvidos nos projetos 
de pesquisa, igualmente, para os casos de diagnóstico com morte en-
cefálica; e 
e) em comunidades cuja cultura grupal reconheça a autoridade 
do líder ou do coletivo sobre o indivíduo, a obtenção da autorização 
para a pesquisa deve respeitar tal particularidade, sem prejuízo do con-
sentimento individual, quando possível e desejável. Quando a legisla-
ção brasileira dispuser sobre competência de órgãos governamentais, a 
exemplo da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, no caso de comuni-
dades indígenas, na tutela de tais comunidades, tais instâncias devem 
autorizar a pesquisa antecipadamente. 
IV.7 - Na pesquisa que dependa de restrição de informações 
aos seus participantes, tal fato deverá ser devidamente explicitado e 
justificado pelo pesquisador responsável ao Sistema CEP/CONEP. Os 
dados obtidos a partir dos participantes da pesquisa não poderão ser 
usados para outros fins além dos previstos no protocolo e/ou no con-
sentimento livre e esclarecido.
IV.8 - Nos casos em que seja inviável a obtenção do Termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido ou que esta obtenção signifique 
riscos substanciais à privacidade e confidencialidade dos dados do par-
ticipante ou aos vínculos de confiança entre pesquisador e pesquisado, 
a dispensa do TCLE deve ser justificadamente solicitada pelo pesquisa-
dor responsável ao Sistema CEP/CONEP, para apreciação, sem prejuí-
zo do posterior processo de esclarecimento.
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A Plataforma Brasil (http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.
jsf) disponibiliza todos os documentos e orientações para a elaboração 
do TCLE.
Para sanar dúvidas, além da consulta a Resolução 466/2012 
(http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf), é possível 
esclarece-las ainda no site: http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISAS COM SERES HUMANOS
O último ponto fundamental é a avaliação prévia por um Comi-
tê de Ética em Pesquisa independente. Neste Comitê devem participar 
pesquisadores de reconhecida competência, além de representantes 
da comunidade. Deve ser garantida a participação de homens e mulhe-
res. O Comitê deve avaliar os aspectos éticos do projeto de pesquisa 
assim como a integridade e a qualificação da equipe de pesquisadores.
Segundo a Resolução 466/2012 (CEP/CONEP), são atribui-
ções dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP): 
VIII.1 - avaliar protocolos de pesquisa envolvendo seres hu-
manos, com prioridade nos temas de relevância pública e de interesse 
estratégico da agenda de prioridades do SUS, com base nos indicado-
res epidemiológicos, emitindo parecer, devidamente justificado, sempre 
orientado, dentre outros, pelos princípios da impessoalidade, transpa-
rência, razoabilidade, proporcionalidade e eficiência, dentro dos prazos 
estabelecidos em norma operacional, evitando redundâncias que resul-
tem em morosidade na análise; 
VIII.2 - desempenhar papel consultivo e educativo em ques-
tões de ética; e 
VIII.3 - elaborar seu Regimento Interno.
Todos os projetos de pesquisas envolvendo Seres Humanos, de-
vem obrigatoriamente passar por Comitê de ética em Pesquisas com Seres 
Humanos (CEP). Para tanto, estes projetos devem ser inseridos na Plata-
forma Brasil por meio do site: http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf.
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Utilize ainda o manual do Pesquisador, disponível em: http://
plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf
PRINCIPAIS PENDÊNCIAS QUE OCASIONAM DEVOLUÇÃO OU 
PENDÊNCIA DE PROJETOS DE PESQUISA PELO CEP-CONEP
Como já visto anteriormente, sempre que se pretende realizar 
um projeto de pesquisa, o mesmo, antes do início de sua realização, 
deve ser submetido e aprovado pelo CEP-CONEP. 
Muitas vezes, os trâmites para aprovação acabam sendo de-
morados, ultrapassando 90 dias. Essa demora, implica muitas vezes, 
no desânimo ou desistência por parte do pesquisador e até mesmo per-
da da oportunidade de acesso aos participantes alvo do estudo.
Isso dá, principalmente pela inserção de documentos obrigató-
rios inadequados ou ausentes; análise inadequada de riscos e benefí-
cios e TCLE não adequado às demandas da legislação vigente.
Preparamos aqui, algumas dicas para evitar estas pendências 
e agilizar o processo.Estas dicas também são muito importantes para 
a análise dos profissionais gestores ou gerentes de unidades de saúde, 
quando da avaliação para autorização da realização de pesquisas com 
seres humanos no âmbito da instituição sob sua responsabilidade.
Lembramos que, estas dicas são insuficientes para a elaboração 
de um projeto para submissão na Plataforma Brasil e, não substitui ou su-
prime a leitura e elaboração do projeto com base na Resolução 466/2012. 
A- Documentos obrigatórios inadequados ou ausentes
Com relação aos documentos obrigatórios, o principal proble-
ma é a falta de autorização do responsável legal da(s) instituição(ões) 
onde será realizado o estudo.
Se a pesquisa será realizada em qualquer pública ou privada, 
órgão governamental, associação civil ou qualquer outra agremiação 
estabelecida juridicamente, certifique-se de que no seu processo consta 
a autorização do responsável legal da instituição. Este processo é fun-
damental, tanto para a proteção dos participantes da pesquisa quanto 
para a proteção legal do pesquisador. 
Não existe um modelo rígido para este documento, mas para 
ter valor legal, deve obrigatoriamente conter algumas informações, 
como a identificação da instituição, a declaração de seu representante 
sobre o conhecimento da pesquisa e concordância com seus objetivos, 
métodos e riscos e sua assinatura com carimbo.
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B- Análise inadequada de riscos e benefícios
A segunda causa de pendência ou recusa, nem menos importante 
que a primeira, é a inadequação na apresentação dos riscos e benefícios.
É comum pesquisadores relatarem sob sua própria ótica, o que 
pode atrapalhar o bom andamento da pesquisa e como ela pode ser útil 
para a sociedade. No entanto, apesar deste esclarecimento ser impor-
tante, não é relevante do ponto de vista ético. 
Ao descrever e avaliar riscos e benefícios, deve-se ter a pers-
pectiva do participante. Que riscos eu corro ao participar da pesquisa? 
Que benefícios eu tenho ao participar da pesquisa?
As respostas são muitas e dependem de uma ampla gama de 
fatores, que vão desde o percurso metodológico do projeto, o tipo de 
estudo, até as concepções do que seja risco. Toda pesquisa tem riscos. 
Tanto o pesquisador quanto o participante têm que ter clareza deles. 
Uma pesquisa em que o participante deve apenas responder um ques-
tionário apresenta riscos ao participante! Uma consulta ao prontuário do 
participante lhe traz riscos!
Cada pesquisa tem seus riscos específicos, que cada pesqui-
sador deve avaliar cuidadosamente, considerando potenciais altera-
ções físicas, psicológicas e sociais a que o participante está exposto ao 
participar da pesquisa.
Essa análise tem que constar tanto da documentação técnica 
do processo de submissão, quanto no projeto em si e no TCLE, com as 
devidas adequações na redação.
Um risco inerente a todas as pesquisas com seres humanos, é 
o risco de quebra de sigilo. Toda qualquer pesquisa deve apresentar este 
risco e, obviamente, esclarecer como e porque este risco não acontecerá 
neste estudo, ou, pelo menos, quais procedimentos serão tomados para 
minimizar este risco. Mas, como a mídia frequentemente nos lembra, até 
os grandes governos de grandes potências têm seus sigilos quebrados.
Dentre os riscos mais frequentes, em estudos que não envolva 
intervenção (com medicamentos, equipamentos, atividade física, dentre 
outros, que podem causar acidentes, dor, morte, e outros danos repa-
ráveis e irreparáveis, podemos considerar: cansaço ou aborrecimento 
ao responder questionários; constrangimento ao realizar exames antro-
pométricos; constrangimento ao se expor durante a realização de tes-
tes de qualquer natureza; desconforto, constrangimento ou alterações 
de comportamento durante gravações de áudio e vídeo; alterações na 
autoestima provocadas pela evocação de memórias ou por reforços na 
conscientização sobre uma condição física ou psicológica restritiva ou 
incapacitante; alterações de visão de mundo, de relacionamentos e de 
comportamentos em função de reflexões sobre sexualidade, divisão de 
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trabalho familiar, satisfação profissional etc.
É importante contudo, sempre esclarecer o risco e como o(s) 
pesquisador(es) irão evita-los ou minimiza-los.
Quanto aos benefícios, é preciso ser honesto. Participantes de 
pesquisas, em geral, não têm nenhum benefício. No entanto, apesar 
deste fato dever obrigatoriamente ser revelado ao participante, é im-
portante esclarecer que os benefícios serão futuros e, fazem parte da 
construção do conhecimento científico.
Algumas pesquisas, porém, especialmente as de intervenção 
clínica, apesar de apresentar maior risco, também tem maior probabi-
lidade de maior benefício, tanto para o participante, quanto para a so-
ciedade em geral, como um estudo para teste de droga ou vacina para 
cura ou prevenção de alguma doença. 
O mais importante é que o pesquisador tenha ciência, reflita e 
descreva com honestidade os riscos e benefícios da pesquisa ou estu-
do, e que, estes sejam informados no projeto e no TCLE.
C- TCLE não adequado às demandas da legislação vigente
O TCLE inadequado, é o maior fator de pendências na tramita-
ção de projetos de pesquisa.
Este documento, precisa ser claro e conciso, pois tem valor 
jurídico entre os pesquisadores e os participantes da pesquisa. Além 
disso, uma das partes signatárias pode ser vulnerável (crianças e ado-
lescentes, deficientes, pacientes em tratamento com o pesquisador, 
idosos, indígenas) ou tornar-se vulnerável em função da pesquisa (es-
tudantes, funcionários de instituições sobre as quais a pesquisa está 
sendo realizada), por isso, a Resolução 466/12 tem tantas exigências 
concretas sobre o TCLE.
O TCLE deve obrigatoriamente:
- Ser um convite à participação na pesquisa. ... você está sendo 
convidado a participar de uma pesquisa sobre. Seja objetivo nesse ponto 
(isto é, não copie e cole do seu projeto), explique ao participante de forma 
que, independentemente de sua formação ou cultura, ele seja capaz de 
entender quem você é (nome, instituição), porque você está fazendo essa 
pesquisa (TCC, mestrado, doutorado etc.) e achar relevante participar dela 
porque percebe que o conhecimento gerado pode ajudar a coletividade. 
- Ser respeitoso para com o participante, utilizando uma lingua-
gem adequada ao seu nível de conhecimento.
- Deixar claro os procedimentos a que os participantes estarão 
submetidos — de coleta de sangue a entrevista semiestruturada; apre-
sentando as providências e cautelas a serem empregadas para evitar 
e/ou reduzir efeitos e condições adversas que possam causar danos ao 
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participante. Além de informar ao participante que ele terá o atendimen-
to médico adequado em caso de acidente ou mal-estar, você também 
pode querer informar que prestará o atendimento psicológico necessá-
rio em casos específicos.
- Esclarecer sobre a forma de acompanhamento e assistência 
a que terão direito, inclusive considerando benefícios e acompanha-
mentos posteriores ao encerramento e/ ou a interrupção da pesquisa. 
- Esclarecer as possíveis dúvidas sobre os procedimentos ou 
sobre o projeto, e que, o participante poderá entrar em contato com o 
pesquisador a qualquer momento pelo telefone ou e-mail abaixo.
- Garantir a plena liberdade ao participante de recusar-se a 
participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, 
sem penalização alguma, sem ter que apresentar qualquer justificativa.
- Garantir de manutenção do sigilo e da privacidade dos partici-
pantes durante todas as fases da pesquisa, informando ao participante 
que, apesar de todos os esforços, o sigilo pode eventualmente ser que-
brado de maneira involuntária e não intencional (por exemplo, perda ou 
roubo de documentos, computadores, pendrive),mas sempre existe a 
remota possibilidade da quebra do sigilo
- Explicar que, os resultados deste trabalho poderão ser apresen-
tados em encontros ou revistas científicas, mas que os dados individuais, 
mostrarão apenas os resultados obtidos como um todo, sem revelar nome, 
instituição ou qualquer informação relacionada à privacidade do mesmo.
- Garantir de que o participante da pesquisa receberá uma via do 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. É fundamental, do ponto de 
vista ético, que a parte melhor informada da relação (afinal, o pesquisador 
tem a obrigação de conhecer a Resolução CNS 466/12 e suas conse-
quências) sensibilize a outra parte a respeito de seus direitos.
- Explicitar a garantia de ressarcimento e de como serão co-
bertas as despesas dos participantes da pesquisa e dela decorrentes. 
Os participantes podem ter despesas previstas ou não previstas rela-
tivas à sua participação na pesquisa. No caso de despesas previstas, 
os pesquisadores devem informar ao participante, no TCLE, que serão 
cobertas pelo orçamento da pesquisa. No caso das não previstas, deve 
informar ao participante de onde advirão os recursos para cobri-las.
É importante atentar, que a legislação brasileira não permite 
que você tenha qualquer compensação financeira pela sua participação 
em pesquisa, mas você será ressarcido pelas despesas previstas ou 
não, na execução do projeto.
- Explicitar a garantia de indenização diante de eventuais da-
nos decorrentes da pesquisa, comprometendo-se formalmente, a inde-
nizar os participantes por eventuais danos decorrentes da pesquisa. Ao 
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contrário de desestimular o pesquisador, essa perspectiva deve estimu-
lá-lo a ser cuidadoso no desenho e na condução da sua pesquisa. 
 Conter declaração do pesquisador responsável afirmando que 
cumprirá os termos da Resolução CNS 466/12 e suas complementares. 
Se por um lado essa declaração é juridicamente redundante (o pesqui-
sador responsável já a assina na folha de rosto emitida pela Plataforma 
Brasil), por outro dá segurança ao participante, informando qual a legisla-
ção pertinente e afirmando a disposição do pesquisador em obedecê-la.
- Conter o endereço (logradouro, número e complemento) e 
contato telefônico ou outro (e-mail) dos responsáveis e do CEP ao qual 
a pesquisa foi submetida. Exemplo: Em caso de dúvidas ou reclama-
ções, você poderá entrar em contato com o pesquisador pelo telefone, 
email; endereço profissional ou residencial. Você também poderá entrar 
em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos 
da Universidade X, pelo telefone; e-mail ou pessoalmente na rua.
As assinaturas finais do documento (do convidado e do pesqui-
sador responsável ou seu delegado) devem obrigatoriamente estar na 
mesma página.
 É importante dizer no TCLE que, o documento foi feito em 
duas vias e que uma é do participante. As duas partes têm que ter có-
pias do documento, mas note que do ponto de vista ético, de proteção 
à pessoa, o que é importante é que o participante tenha o documento 
assinado pelo pesquisador. 
Atenção deve ser dada as especificidades relacionadas a par-
ticipantes com restrições à liberdade e limitações da autonomia (crian-
ças, adolescentes, estudantes, militares, indígenas, presidiários entre 
outros), ou mortos ou com diagnóstico de morte encefálica, para o que 
é imprescindível a atenta leitura do item IV.6 da Resolução CNS 466/12 
e outras legislações específicas.
O fechamento do documento deve trazer a identificação do par-
ticipante, uma declaração dele informando que leu o documento e dirimiu, 
junto ao pesquisador, todas as dúvidas com relação à pesquisa, e que con-
corda em participar da pesquisa de livre e espontânea vontade, local, data 
e assinaturas do participante e do pesquisador, tudo na mesma página.
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TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 01
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Fede-
ral-DF Prova: Consultr Legislativo-Saúde: Nível Médio.
Um médico diretor de Hospital Universitário iniciou uma pesquisa 
para desenvolver um novo medicamento para cura de leucemia. 
Para tanto, pediu autorização para o gerente do Laboratório hos-
pitalar para utilizar três amostras de soro de pacientes com leuce-
mia. O gerente disponibilizou as amostras e, após os experimen-
tos, os resultados foram promissores para o objetivo do estudo. 
Com isso, o médico iniciou a tramitação de documentos e obteve o 
Termo de Anuência da Instituição (TAI). O médico deu continuidade 
imediata ao estudo após protocolar o projeto nos Comitês de Ética 
em Pesquisa (CEP) e na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa 
do Conselho Nacional de Saúde (Sistema CEP/Conep-CNS), utili-
zando mais 50 soros fornecidos pelo gerente do laboratório. Frente 
ao disposto na legislação, contida na Portaria n° 2201, de 14 de 
setembro de 2011 do Ministério da Saúde e na Resolução n° 466, 
de 12 de dezembro de 2012, a atitude do médico:
a) e a atitude do gerente do laboratório estão em desacordo com a 
legislação, pois as análises das amostras de soro só poderiam ser rea-
lizadas após a aprovação no Sistema CEP/Conep-CNS.
b) está em desacordo, mas a do gerente do laboratório está de acordo 
com a legislação, pois não é o Pesquisador Responsável pela pesquisa 
e ele deve obedecer e apoiar o diretor médico em busca de novos me-
dicamentos para cura do câncer.
c) e do gerente de laboratório estão de acordo com a legislação, pois 
o benefício que a pesquisa pode trazer aos pacientes com leucemia 
(área prioritária para o Ministério da Saúde) justifica o desenvolvimento 
do estudo antes mesmo da aprovação pelo Sistema CEP/Conep-CNS.
d) está de acordo com a legislação pois obteve o TAI antes de iniciar o 
estudo com maior número de amostras de soro (no caso, 50) e o ob-
jetivo da pesquisa é de interesse mundial o que assegura a aprovação 
pelo Sistema CEP/Conep-CNS.e) e do gerente do laboratório estão de 
acordo com a legislação quando utilizaram apenas 3 amostras de soro, 
mas estão em desacordo quando continuaram o estudo com outras 50 
amostras de soro antes da aprovação pelo Sistema CEP/Conep-CNS.
QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: Fiocruz Órgão: Fundação Oswaldo Cruz Pro-
va: Concurso Público Tecnologista em Saúde Pública – Fundação 
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Oswaldo Cruz Nível: Difícl
De acordo com a Resolução 466/2012 CNS/MS o Termo de Consen-
timento Livre e Esclarecido (TCLE) deve atender a uma série de 
requisitos. Avalie as opções abaixo e assinale a incorreta:
(A) O TCLE deve ser elaborado pelo pesquisador responsável.
(B) O TCLE deve ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
(C) O TCLE deve ser assinado ou identificado por impressão dactilos-
cópica, por todos e cada um dos sujeitos da pesquisa ou por seus re-
presentantes legais.
(D) O TCLE deve ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo 
sujeito da pesquisa ou por seu representante legal e uma arquivada 
pelo pesquisador.
(E) O TCLE deve ser assinado pelos representantes legais dos sujeitos da 
pesquisa em situações envolvendo crianças e adolescentes. Neste caso 
será suspenso o direito de informação diretamente ao sujeito da pesquisa.
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: Fiocruz Órgão: Fundação Oswaldo Cruz Pro-
va: Concurso Público Tecnologista em Saúde Pública – Fundação 
Oswaldo Cruz.
Referente às situações nas quais seja impossível registrar o con-
sentimento livre e esclarecido, assinale a opção correta:
(A) O pesquisador deve documentar o fato com as devidas explicações 
das causas da impossibilidade e solicitar o parecer do Comitê de Ética 
em Pesquisa.
(B) Não é permitido, em nenhuma hipótese, a condução de um estudo 
sem que o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) seja 
registrado pelo sujeito da pesquisa.
(C) A decisão de conduzir ou não um estudo sem que o Termo de Con-
sentimento Livree Esclarecido (TCLE) seja registrado pelo sujeito da 
pesquisa depende de cada Patrocinador que definirá o que poderá ser 
feito em cada situação.
(D) Compete exclusivamente à Comissão Nacional de Ética em Pesqui-
sa (CONEP) definir se um estudo poderá ou não ser conduzido sem que 
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) seja registrado 
pelo sujeito da pesquisa.
(E) O pesquisador poderá conduzir qualquer estudo, mesmo sem ter 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) registrado pelo 
sujeito da pesquisa, pois de acordo com Resolução 466/2012 CEP/CO-
NEP, a decisão final pela participação de um sujeito de pesquisa em um 
estudo compete sempre ao pesquisador.Questão 4
Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Técnico 
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em Análises Clínicas (HUJB – UFCG) Nível: Médio
QUESTÃO 4
Ano: 2017 Banca: Fiocruz Órgão: Fundação Oswaldo Cruz Pro-
va: Concurso Público Tecnologista em Saúde Pública – Fundação 
Oswaldo Cruz.
De acordo com a Resolução 466/2012 CEP/CONEP, podemos afir-
mar que:
(A) Toda pesquisa envolvendo seres humanos poderá, a critério do pes-
quisador, ser enviada para análise do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
(B) O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) deve avaliar o protocolo de 
pesquisa que é composto exclusivamente por um projeto, o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido e a forma de ressarcimento dos su-
jeitos da pesquisa.
(C) Na impossibilidade de se constituir um Comitê de Ética em Pesquisa 
(CEP), a instituição ou o pesquisador responsável deverá submeter o pro-
jeto à apreciação do CEP de outra instituição, preferencialmente dentre os 
indicados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/MS).
(D) A organização e criação de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) 
é responsabilidade do pesquisador, que deve prover todas as condições 
para o funcionamento adequado desta estrutura.
(E) Os membros de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) podem ser 
remunerados, mas esta remuneração não pode ser de tal monta que 
possa causar conflito de interesse. 
QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: UFG Órgão: UFG Prova: Pesquisador Nível Mes-
trado na Universidade Federal de Goiás UFG: Nível: Médio 
Todo protocolo de pesquisa que envolve seres humanos deve ser 
apreciado e aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), 
que segue as orientações da Resolução CNS no. 466/12 e comple-
mentares. É correto afirmar que o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido (TCLE) é:
a) Dispensado no caso de pesquisas em prontuários.
b) Substituído pelo Termo de Assentimento quando se trata de partici-
pantes vulneráveis.
c) Um documento obrigatório assinado pelo participante ou representan-
te legal que visa proteger o participante, o pesquisador e a instituição.
d) Preferencialmente redigido em linguagem técnica, pois se trata de 
documento médico-legal.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
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Você é o Enfermeiro responsável por uma Unidade Básica de Saúde 
em um município de médio porte. Alguns alunos do último ano de gra-
duação no curso de Enfermagem de uma Universidade local, procuram 
a Unidade solicitando a execução de um estudo para um Trabalho de 
Conclusão de Curso (TCC). O atendente, os conduz a você para apro-
var ou rejeitar a realização do estudo na Unidade.
A- Nesta circunstância, quais documentos mínimos você solicitará aos 
estudantes para aceitar ou negar a realização do estudo com a popula-
ção adstrita? 
B- Qual documento você deve utilizar para proceder a análise e garantir 
a ausência de riscos para a população?
C- Quais itens deverão necessariamente conter no projeto para que 
você possa analisar a viabilidade ou não da execução do mesmo junto 
a população da Unidade?
D- Após a entrega dos documentos e seu parecer favorável, quando 
você permitirá o contato efetivo dos alunos de graduação com a popu-
lação do estudo, para a implementação do projeto?
E- Se considerarmos que a população de estudo envolve adolescentes 
e crianças com idade inferior a 18 anos, qual documento extra você 
solicitará?
TREINO INÉDITO
A última revisão da Declaração de Helsinque ocorreu em 2008. No item 
24 de seu texto temos: “Em pesquisas envolvendo humanos compe-
tentes, cada sujeito em potencial deve ser adequadamente informado 
sobre objetivos, métodos, fontes de financiamento, quaisquer conflitos 
de interesse, possíveis afiliações institucionais de pesquisadores, bene-
fícios antecipados e riscos potenciais do estudo, desconforto que possa 
ser causado e qualquer outro aspecto relevante do estudo. O sujeito 
potencial deve ser informado do direito de recusar a participação no 
estudo ou retirar, sem represálias, o consentimento de participação a 
qualquer momento. Atenção especial deve ser dada às necessidades 
individuais de informações específicas dos sujeitos em potencial, as-
sim, como os métodos utilizados na forma da informação. Depois de se 
assegurar que o sujeito em potencial entendeu a informação, o médico 
ou outro indivíduo adequadamente qualificado deve então obter o con-
sentimento informado, dado livremente pelo potencial sujeito, de prefe-
rência por escrito. Caso o consentimento não possa ser expresso pela 
escrita, um consentimento não escrito deve ser formalmente documen-
tado e testemunhado”. De acordo com o texto, assinale a opção correta:
(A) Se um sujeito de pesquisa não cumprir com o cronograma do estu-
do, é dado ao médico o direito de excluir o sujeito.
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(B) O sujeito de pesquisa pode não pode se retirar de um estudo mesmo 
que tenha razões o suficiente para esta ação.
(C) O médico deve obter obrigatoriamente o termo de consentimento do 
sujeito de pesquisa.
(D) Caso o consentimento não possa ser expresso por escrito, é reco-
mendável que se obtenha uma autorização do Comitê de Ética.
(E) O sujeito potencial deve ser informado do direito de recusar a parti-
cipação no estudo ou retirar, sem represálias, o consentimento de parti-
cipação a qualquer momento.
NA MÍDIA
PESQUISADORES CRITICAM PARECER QUE REGULAMENTA 
PESQUISAS COM SERES HUMANOS
As normas atuais obrigam o patrocinador das pesquisas – governo ou 
empresas farmacêuticas – a garantir o tratamento posterior. No entanto, 
o prazo para os participantes das pesquisas continuarem a receber o 
medicamento testado vem sendo criticado por alguns pesquisadores. 
Apenas no caso de doenças raras, essa gratuidade é limitada a 5 anos. 
Mas o Projeto de Lei 7082/17, em análise na Comissão de Seguridade, 
pode mudar esses prazos. O relator da proposta, deputado Hiran Gon-
çalves (PP-RR), quer limitar o tratamento posterior, nos demais casos, 
a 2 anos após a conclusão do estudo.
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados 
discutiu se o paciente que se submete a pesquisas com medicamentos 
novos – cerca de meio milhão de pessoas no Brasil – deve ou não ter o 
acesso gratuito a eles após a conclusão dos estudos.
Fonte: Câmara dos Deputados. Ciência e Tecnologia
Data: 07 dez 2018 - 08h51
Leia a notícia na íntegra: https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/
noticias/CIENCIAETECNOLOGIA/5668-PESQUISADORES-CRITI-
CAM-PARECER-QUE REGULAMENTA-PESQUISAS-COM-SERES-
-HUMANOS.html
NA PRÁTICA
O Brasil vem passando por grande retrocesso no que se refere ao con-
trole ético de pesquisas envolvendo seres humanos. Até meados de 
2017, o Brasil contava com um dos mais eficientes aparatos de prote-
ção de participantes de pesquisas do mundo, o Sistema CEP-Conep, 
estabelecido em 1996 como uma instância de controle social no âmbito 
do Conselho Nacional de Saúde. Este sistema, aprimora normas e me-
canismos para a difusão ética das pesquisas com humanos. 
No entanto, nos últimos anos, o sistema vem passando por ataques 
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provenientes de setoresdo governo, da indústria farmacêutica e da aca-
demia, o que também podemos chamar de “dilemas éticos”. 
Estas instâncias buscam “flexibilizar os parâmetros de proteção para os 
participantes sob o argumento de que é preciso acelerar a aprovação 
de pesquisas no país”. 
O doutor em Bioética, Thiago Rocha da Cunha, afirma que “estamos 
passando por um momento de grande retrocesso em relação ao contro-
le ético das pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil e ressalta 
que, recentemente, no ano de 2017, o Senado aprovou um projeto de 
lei que altera o controle dos ensaios clínicos no Brasil, desmontando 
o Sistema CEP-Conep e abrindo espaço para que tais estudos sejam 
avaliados apenas por comitês de ética em pesquisas privados, ou seja, 
comitês independentes de qualquer controle social e democrático”.
Se não houver um grivo eficiente por parte dos Comitês de Ética, pode-
mos nos deparar com a aplicação de pesquisas conflituosas, de interes-
se puramente comercial e sem os devidos trâmites de proteção aos se-
res participantes das pesquisas. Thiago Rocha Cunha, ainda alerta por 
exemplo, aos problemas éticos envolvendo embriões humanos, cha-
mando a atenção para o aprimoramento biológico seletivo das próximas 
gerações, que podem aumentar uma situação já existente de desigual-
dade, onde a disponibilidade deste tipo de tecnologia seria disponibili-
zada apenas de forma mercadológica, com o provável acesso apenas a 
quem ocupa uma posição mais alta na cadeia socioeconômica. 
É necessário estar atento e garantir que toda pesquisa com seres humanos 
seja pautada na não maleficência e a acessibilidade a todos os indivíduos. 
Além disso, o Brasil deve atentar para a continuidade de pesquisadores 
estrangeiros, que realizam pesquisas e experimentos com objetivos espe-
cificamente empresariais e sem devolutiva para os brasileiros.
PARA SABER MAIS
Acesse os links: http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevis-
tas/571406-brasil-passa-por-grande-retrocesso-quanto-ao-con-
trole-etico-de-pesquisas-envolvendo-seres-humanos-entrevis-
ta-especial-com-thiago-rocha-da-cunha e http://g1.globo.com/
ciencia-e-saude/noticia/2014/04/iniciativa-quer-agilizar-pesquisa-medi-
ca-com-humanos-no-brasil.html
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GABARITOS
CAPÍTULO 01
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
Espera-se que aluno, por meio de quadro ou dissertando, consiga apon-
tar as principais diferenças entre ética e moral e, de acordo com sua 
experiência pessoal, seja capaz de descrever uma ou duas situações 
que as exemplifique.
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
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CAPÍTULO 02
TREINOS INÉDITOS
Questão 2. Comentário: Não se preocupe com esta questão. Eu a 
trouxe aqui para que a partir de agora, você leia ABSOLUTAMENTE 
TUDO com bastante cautela. SIM! A banca quer a resposta incorreta. 
Mais à frente conseguirá você responder a esta questão sem dificulda-
des. Veja a pegadinha: O COFEN e os CORENs são constituídos, em 
seu conjunto, como uma autarquia vinculada ao Ministério da Saúde. 
ERRADO! Não é Ministério da saúde. O correto seria Ministério do tra-
balho. Atente-se aos detalhes. Portanto, Gabarito: Letra B.
Questão 3. Comentário: CUIDADO com as pegadinhas. A banca quer 
saber qual é a única questão errada. Reveja o texto de apoio para me-
lhor fixação. A única alternativa erra é a letra A, pois faz parte da receita 
do COFEN - Um quarto das multas aplicadas pelos Conselhos Regio-
nais, e não TODAS as multas. Gabarito: Letra A.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
Espera-se que aluno, leia atentamente a Resolução Cofen nº 0564/2017 
e responda: A- NÃO! Não é adequada.
B- Justificativas possíveis:
 Não devo (ou não preciso) obedecer a ordem que foi dada consideran-
do os seguintes aspectos da Resolução Cofen nº 0564/2017:
1- Capítulo I – Dos direitos
Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua compe-
tência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança 
ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
2- CAPÍTULO II – DOS DEVERES
Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutivi-
dade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.
Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem 
e aos órgãos competentes fatos que infrinjam dispositivos éticos-legais 
e que possam prejudicar o exercício profissional e a segurança à saúde 
da pessoa, família e coletividade.
Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes 
de imperícia, negligência ou imprudência.
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CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES
Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código de Ética e à 
legislação que disciplina o exercício da Enfermagem.
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, 
científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, 
à pessoa, à família e à coletividade.
Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção penal ou 
qualquer outro ato que infrinja postulados éticos e legais, no exercício 
profissional.
A atitude adequada seria se negar a realizar o procedimento. Comuni-
car o órgão de classe (COREN). 
Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte 
da pessoa.
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que 
comprometam a segurança da pessoa e outros...
C- Me negar a administrar as injeções e comunicar o Órgão de Classe 
(COREN).
D- SIM. Este seria julgado pelo COREN/COFEN, no entanto, com base 
no Art. 110, em seu § 4º “São consideradas infrações gravíssimas as 
que provoquem a morte, debilidade permanente de membro, sentido ou 
função, dano moral irremediável na pessoa” a penalidade prevista seria 
de suspensão seguida de cassação. 
TREINO INÉDITO
Gabarito: A
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CAPÍTULO 03
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
A- Projeto de Pesquisa na íntegra e modelo do Termo de Consentimen-
to Livre e Esclarecido (TCLE), com as devidas informações pertinentes
B- Resolução 466/2012 
C- Riscos, benefícios e todos itens solicitados para o TCLE segundo a 
Resolução 466/2012.
D- Após a entrega do CAAE (Certificado de Apresentação para Apre-
ciação Ética) devidamente aprovado e autorizado pelo CEP (Comitê de 
Ética em Pesquisa com Seres Humanos).
E- Além do TCLE, devidamente assinado pelo responsável legal, faz-se 
necessário o Termo de Assentimento, o qual deve ser lido e esclarecido 
ao menor. 
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
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