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AULA LIPÍDIOs 2023 ppt

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Lipídios
Lipídios: Definição e funções
Compostos hidrocarbonados insolúveis em água
No organismo
• Armazenamento de energia anidra
• Fonte energética (1g de Lip = 9 kcal)
• Transporte de vitaminas lipossolúveis 
(A, D, E, K)
• Hormônios esteroides
• Isolante térmico
• Proteção das vísceras
• Membrana celular
Nos Alimentos
• Palatabilidade
• Textura
• Saciedade
Dutra-de-Oliveira e Marchini; Ciências Nutricionais
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Lipídios: classificação
Dutra-de-Oliveira e Marchini; Ciências Nutricionais
SIMPLES:
Triacilglicerol (3 ácidos graxos + Glicerol)
90% dos lipídios da dieta
COMPOSTOS:
Fosfolipídeos – membrana celular
Glicolipídeos – receptores hormonais
Lipoproteínas (transporte de gorduras na corrente 
sanguínea)
DERIVADOS:
Colesterol
Fitoesteróis (soja, canola, girassol)
Esteroides (hormônios)
Ácidos graxos (componentes da gordura):
Varia de acordo com comprimento e grau de saturação
• AGCC – menos de 6C
• AGCM – 6 a 12C
• AGCL – 14C ou mais
(*mais comuns)
TRIACILGLICEROL - TAG
Gordura simples, presente 
abundantemente nos 
adipócitos
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FOSFOLIPÍDEOS
Combinação de ácido graxo e fósforo, compõem e formam a 
membrana celular mantendo a integridade estrutural das célula
Lipídios: Grau de Saturação
✓Ácido graxo Saturado: ligações simples.
✓Ácido graxo insaturado: monoinsaturado
(AGM) ou poliinsaturado (AGP) –
presença de dupla ligação.
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Lipídios: Grau de Saturação
SATURADOS:
- Predominantemente de origem animal (exceção óleo
de coco e óleo de palma – origem vegetal);
- Sólidos em temperatura ambiente;
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w3: ↓ dieta
Lipídios: Grau de Saturação
MONOINSATURADOS - MUFA:
- Apenas 1 dupla ligação na cadeia
- Podem reduzir o LDL-C e CT
- Ômega 9 –ácido oleico.
- Anti-inflamatório
Abacate – ação antioxidante
Azeite de Oliva
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Lipídios: Grau de Saturação
POLIINSATURADOS - PUFA:
- Apresentam 2 ou mais duplas ligações na cadeia
- Ômega 3 e Ômega 6: ácidos graxos essenciais 
→ Anti-inflamatórios
IDEAL: 6:1
DIETA ATUAL: 15:1; 40:1W6
Ômega-3
- ALA = ácido α-linolênico;
Óleo de linhaça, semente de linhaça**, semente de chia, nozes, óleo de
canola, óleo de soja.
** Sensível à luz e temperatura (oxidação).
- EPA = ácido eicosapentaenoico
- DHA = ácido docosahexaenoico
Óleos de peixes marinhos água fria e profunda.
Ácido graxo linolênico – Ѡ 3
(Fernandez and West, 2005)
(mg/100g alimento)
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AG essenciais – Ѡ 3 e Ѡ 6
- Potente ação anti-inflamatória (↓ citocinas) e imunomodulador;
- Reduzem LDL-C e TGs;
- São constituintes da membrana celular;
- Melhoram a função endotelial → pressão arterial;
- Efeito antiplaquetário (↓ risco cardiovascular / formação de
ateroma);
Atletas:
↓AGE
Lesões cutâneas 
Infertilidade 
↑Suscetibilidade às 
infecções
Lipídios compostos: LIPOPROTEÍNAS
HDL, LDL, VLDL, quilomícrons
Responsáveis pelo transporte de gordura/ 
colesterol sanguíneo, classificadas de 
acordo com sua densidade.
LDL-C “ruim” HDL-C “bom”
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Sintetizados nas 
células da mucosa 
intestinal
Transportam lipídios 
oriundos da dieta 
(exógeno)
85% TG composição
Sintetizados no fígado
Transportam lipídios 
endógenos (TG) para 
tecidos corporais
60% TG composição
LDL: Sintetizados a 
partir das VLDL
Transportam 
colesterol 
(endógeno) para as 
células
50% TG composição
Sintetizados no fígado
Transportam colesterol 
livre (sg e tecidos 
extrahepáticos) de 
volta ao fígado 
(colesterol reverso)
Derivados: COLESTEROL
• Matéria-prima para hormônios esteroides (estrogênios, 
androgênios e progesterona), adrenocorticais e bile;
• Componente das membranas celulares;
• Precursor de vitamina D (saúde óssea);
• ~75% sintetizado endogenamente →
0,5 a 2,0g/dia
Geralmente é suficiente para atingir as necessidades diárias de col. para 
bom funcionamento do organismo – perigo está no exógeno! 
• Gorduras animais: ovos, leite e derivados, carne 
vermelha, camarão, pele de aves e vísceras (carne de 
fígado).
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Recomendações
Posicionamento da Sociedade Brasileira de 
Medicina do Esporte
• Não há necessidade de suplementação;
• As recomendações estabelecidas são facilmente
atendidas através da alimentação diária;
• Risco de desconfortos digestivos.
LIPÍDIOS
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Nutrientes na Dieta: 15 a 30% lipídios
• Saturada: <10%
• Poliinsaturada até 10%
• Monoinsaturada: completar total (10-15%VET)
• National Academy of Science, 2002:
AG essenciais:
» W6: 5 – 10% VET
» W3: 0,6 – 1,2% VET
LIPÍDIOS
LIPÍDIOS
• Atletas de Endurance:
Dentre outras funções, o consumo adequado de lipídios 
está relacionado com um aumento dos estoques de 
triglicerídeos intramusculares.
➢ Desempenho em exercício de longa duração (estratégia
positiva em poupar reserva energética...)
➢ Redução na utilização dos estoques de glicogênio
muscular.
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LIPÍDIOS
• Perda de peso:
➢ 0,5 – 1,0g/kg/dia
➢Mínimo 15% → Ideal 20% (quantidades
inferiores há possíveis riscos de deficiência de
vitaminas lipossolúveis e AG ômega 3.
❑ Fatores determinantes para utilização dos lipídios no
exercício físico:
• Nível de treinamento;
• Tipo de exercício;
• Intensidade e duração;
• Reserva de TGIM (triglicerídeo intramuscular)
disponível;
• Mobilização e transporte de AG do tecido
adiposo → célula muscular;
• Disponibilidade de glicogênio;
METABOLISMO LIPÍDICO
Mais abundante fonte de energia para a 
atividade física
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METABOLISMO LIPÍDICO
Rápida
Duradoura
METABOLISMO LIPÍDICO
Utilização das gorduras durante o exercício
➢ Fontes: lipídios intramusculares, tecido adiposo, lipoproteínas
séricas ou lipídios consumidos antes ou durante o exercício físico.
ETAPAS:
1. Redução dos TG→ AG + glicerol.
2. Mobilização e transporte dos AG livres no interior da
célula adiposa.
3. Transporte dos AG livres da célula adiposa → corrente
sanguínea.
4. AG livres corrente sanguínea → células musculares.
5. Músculo → Mitocôndrias (Oxidação → Energia).
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LIPÓLISE
SNS
Sistema Nervoso Simpático
LHS
Lipase hormônio sensível 
+
Epinefrina
Células musculares 
demandam uma 
maior captação de 
AG livres
20 a 30 minutos intensidade baixa a 
moderada → ↑Epinefrina →
estimula produção da forma ativa 
da LHS na célula adiposa por 
meia da ação da AMPc 
(adenosina monofosfato cíclica)
LHS separa 2 AG da molécula 
de glicerol → Monoglicerídeo
MGL (monoglicerídeo lipase) 
→ lipolisa o último AG
Quebra completa dos 
triglicerídeos (3AG + Glicerol)
LIPÓLISE
Quebra completa dos 
triglicerídeos (3AG + Glicerol)
GLICEROL livre não pode ser 
reutilizado pelo tecido adiposo
Medida indireta da lipólise
Transporte de glicerol para 
fígado → Gliconeogênese
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LIPÓLISE
Ácidos Graxos Livres
• São transportados da célula adiposa para a corrente
sanguínea → proteína transportadora de membrana
denominada ácido graxo translocase – FAT, ou
proteína ligadora de ácidos graxos (FABP).
• Falta de albumina → REESTERIFICAÇÃO aumentada.
• Durante o exercício, as alterações hormonais sinalizam ao
organismo a necessidade de mobilizar substratos para a síntese de
energia nos músculos. Ex: GH, TSH, cortisol, etc.
AG ligam-se à ALBUMINA (transporte dos 
AG até os músculos em atividade
AG não utilizados como fonte energética 
→ REESTERIFICAÇÃO em TG no tecido 
adiposo ou fígado
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TGIM
Substrato energético durante o exercício
• Mobilização energética mais conveniente →
proximidade com as células musculares e não
necessitam detransporte pela corrente sanguínea.
• No entanto, a quantidade para um indivíduo saudável,
depende:
❖ Tipo predominante de fibra muscular (tipo I ↑oxidação);
❖ Estado nutricional;
❖ Tipo de exercício físico que está
condicionado.
Utilização de substratos energéticos 
Exercícios mais intensos → demandam maior oxidação
dos TGIM.
Indivíduos mais condicionados → oxidação lipídica mais
otimizada → poupando mais glicogênio muscular.
Endurance: indivíduos treinados → oxidação de TGIM 2x
maior e 60% menor para o glicogênio muscular, que não
treinados.
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TGIM - Utilização de substratos energéticos 
• Reserva de gordura localizada dentro do músculo
(intramuscular) e entre as fibras musculares.
• Somente será um substrato energético para indivíduos
altamente treinados → muito disponível, elevada
reserva energética intramuscular.
• Indivíduos não treinados → baixa reserva e utilização dos
TGIM.
Intensidade moderada: maior participação 
dos TGIM como fonte energética no 
músculo → 47% da gordura como substrato 
energético é proveniente do músculo, dos 
TGIM e 53% do tecido adiposo. 
↓ intensidade: participação das 
gorduras como substrato 
energético no músculo é muito 
pequena
“Pool” TGIM
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Utilização de gorduras como substratos energéticos 
Exercícios de BAIXA INTENSIDADE e LONGA DURAÇÃO
Predomínio da gordura como substrato 
energético DURANTE o exercício
HIIT: ALTA INTENSIDADE e CURTA DURAÇÃO
Gordura pode ser mais mobilizada e oxidada no 
PÓS esforço
Para que ambas as situações aconteçam, é imprescindível que 
ocorra o processo de adaptação ao esforço, ao treinamento e um 
elevado nível de condicionamento do indivíduo → exercício físico 
garante uma maior eficiência dos processos oxidativos. 
12 a 24h para 
retornar à 
homeostase
• Substrato energético;
• Quilomícrons e VLDL (↑ [TG] → sofrem ação
LPL (lipase lipoproteica) que cliva os AG dessas
lipoproteínas para que possam entrar na célula
muscular.
• AG livres disponíveis → serão oxidados à
energia ou armazenados no tecido adiposo.
• De forma geral, a contribuição energética dos lipídios
das lipoproteínas é pequena → exercício intenso após
refeição rica em gordura é inviável.
LIPÍDIOS SÉRICOS
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✓ Proporciona um aumento das mitocôndrias (número e 
diâmetro) → organela responsável pela geração de energia, é 
dotada de enzimas oxidativas, potencializando a capacidade 
oxidativa das células → oxidação de gorduras.
O tempo em que se inicia o processo de oxidação de gorduras é proporcional 
ao tempo de treinamento. 
β - Oxidação
Membrana mitocondrial
AG ativado será transportado pela membrana interna da 
mitocôndria → Carnitina palmitoil-transferase 1 (CPT 1) e a 
Carnitina palmitoil-transferase 2 (CPT 2)
AG será ativado pela acil-CoA sintetase no
sarcoplasma (citoplasma das céls musculares)
Músculo
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β - Oxidação
Transporte de gorduras para o interior da matriz 
mitocondrial
CPT 1 - enzima transportadora localizada na membrana
externa → converte AG ativado pela acil-CoA em
Acilcarnitina. Regula o fluxo de AG para o interior da mitocôndria.
CPT 2 - enzima transportadora localizada na membrana
interna → reconverte acilcarnitina ao AG ativado acil-Coa →
será substrato para β-oxidação.
Enzima malonil- CoA→ potente inibidor da CPT 1.
Altamente ativa quando a 
disponibilidade de glicose 
circulante encontra-se elevada
β - Oxidação
Ocorre na mitocôndria por uma via cíclica degradativa:
Perda de 2 átomos de “C”
Produção de acetil-CoA entra 
no ciclo de Krebs → ATP.
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• Acetoacetato e β-hidroxibutirato → substratos
lipídicos oxidáveis solúveis em água, conhecidos como
corpos cetônicos.
• Provenientes da oxidação parcial dos AGLs no fígado e
podem ser utilizados como substrato energético por
praticamente todos os tecidos: músculo esquelético,
músculo cardíaco e cérebro, sobretudo em momentos
de privação de CHO.
Corpos Cetônicos
Corpos Cetônicos
Entra no ciclo de Krebs desde que haja
quantidades suficientes de um composto
intermediário presente na via de
gliconeogênese (Oxalacetato) → formação de
Citrato.
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• ↓ [ ] em indivíduos saudáveis – valores a 3mmol após 3
dias de jejum; 7 a 8mmol após 3 semanas.
• Valores extremos de 25 a 30mmol - pacientes diabéticos
• Taxa de utilização dos corpos cetônicos como fonte de
energia é dependente de suas [ ]s séricas.
• A captação de cetonas plasmáticas é uma fonte
alternativa de combustível para rins, cérebro e miocárdio
→ ↓ disponibilidade CHO → manutenção da glicemia.
• [ ]s variam de acordo com a duração do exercício → contribuição é
mínima durante o esforço→ 1 a 2% (há controvérsias).
Corpos Cetônicos
Cetonas são ácidas, seu acúmulo no sangue não pode 
ser tolerado quando em níveis elevados!
• Adaptações fisiológicas e metabólicas do 
treinamento físico:
• Aumento no número de mitocôndrias;
• Atividade das enzimas envolvidas no processo de β-
oxidação;
• Síntese de acil-Coa, LPL, CPT1 e 2,  TGIM,
proteínas transportadoras;
• “Overtraining”:  lipídios séricos e oxidação desse
substrato → estado catabólico → excessiva
degradação proteica podendo  albumina → 
transporte de AGL no sangue.
Fatores determinantes para eficiência e 
habilidade de utilização dos lipídios 
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•  Oxidação de ácidos graxos no músculo 
esquelético
•  captação de glicose
Efeito poupador de CHO:
• mais lenta depleção do glicogênio muscular
• < utilização da glicose plasmática
MELHORA CAPACIDADE ENDURANCE
Reforçando importância dos lipídios no atleta
- Recuperação muscular; produção de hormônios; prevenção
de lesões; transporte de vitaminas lipossolúveis;
manutenção da integridade imunológica do atleta.
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