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UNITPAC Aluno: Ihan Gustavo Oliveira Melo / 5º Período; Professora: Lilian Rocha; Curso: Medicina. Porque a Doença de Alzheimer acomete mais algumas pessoas (Ex. Síndrome de Down)? Quais os dois grupos e suas peculiaridades? Como é a cronologia dos sintomas? A maior parte dos casos da doença de Alzheimer é esporádica, tem início tardio e etiologia incerta. No entanto, cerca de 5 a 15% dos casos são familiares, metade desses casos tem início precoce e normalmente estão relacionados a mutações genéticas específicas. Pelo menos 5 lócus genéticos distintos, localizados nos cromossomos 1, 12, 14, 19 e 21, influenciam o início e a progressão da doença de Alzheimer. Por isso, indivíduos com trissomia do cromossomo 21 têm maiores chances de desenvolver a doença. Mutações nos genes para as proteínas precursoras de amiloide, pré- senilina I e pré-senilina II, podem levar a formas autossômicas dominantes da doença de Alzheimer, tipicamente com início pré-senil. Nos pacientes afetados, o processamento da proteína do precursor amiloide é alterado, levando à deposição e agregação fibrilar do beta-amiloide, beta-amiloide é o principal componente das placas senis, que consistem em axônios ou dendritos degenerados, astrócitos e células da glia ao redor de um núcleo amiloide. Beta- amiloide também pode alterar as atividades da quinase e da fosfatase de maneiras que eventualmente levam à hiperfosforilação da tau e formação de emaranhados neurofibrilares. Outros determinantes genéticos incluem a apoliproteína (apo) e alelos E (epsilon). A apo E influencia a deposição de beta-amiloide, a integridade do citoesqueleto e a eficiência da reparação neuronal. O risco de doença de Alzheimer aumenta substancialmente em pessoas com 2 alelos epsilon-4 e pode diminuir naquelas que possuem alelos ε2. Para pessoas com 2 alelos epsilon-4, o risco de desenvolver a doença de Alzheimer aos 75 anos é cerca de 10 a 30 vezes maior do que para as pessoas sem o alelo. Fatores de risco vasculares, como hipertensão, diabetes, dislipidemia e tabagismo, podem aumentar o risco da doença de Alzheimer. Evidências crescentes sugerem que o tratamento agressivo desses fatores de risco tão precocemente quanto na meia-idade pode atenuar o risco de desenvolver comprometimento cognitivo na idade mais avançada. A primeira manifestação mais comum da doença de Alzheimer é a perda de memória de curto prazo (p. ex., fazer perguntas repetitivas, frequentemente perder objetos ou esquecer reuniões). Outros déficits cognitivos tendem a envolver múltiplas funções, incluindo: raciocínio prejudicado, dificuldade de lidar com tarefas complexas e julgamento ruim; disfunção de linguagem; e disfunção visuoespacial. Relação Teórico-Prática A doença de Alzheimer é incurável. O tratamento é baseado no uso de inibidores da colinesterase, sintomático e na relação paciente, familiares e cuidadores. Os anticolinesterásicos centrais existentes no mercado são: donepezil; rivastigmina; galantamina; e tacrina. A desvantagem da tacrina é em relação aos seus efeitos adversos, entre eles a hepatotoxicidade, por isso praticamente não é utilizada hoje em dia. Essas quatro drogas aumentam a acetilcolina cerebral e podem melhorar discretamente os sintomas e/ou reduzir a progressão da doença. O donepezil, por evitar a toxicidade hepática e por ser administrado uma vez ao dia, é o de maior vantagem terapêutica entre os quatro. Referências: • Kinney JW, Bemiller SM, Murtishaw AS, et al: Inflammation as a central mechanism in Alzheimer's disease. Alzheimers Dement (NY) 4:575–590, 2018. doi: 10.1016/j.trci.2018.06.014 • Alexander GC, Emerson S, Kesselheim AS: Evaluation of aducanumab for Alzheimer disease: scientific evidence and regulatory review involving efficacy, safety, and futility. JAMA 325(17):1717-1718, 2021. PMID: 33783469. doi: 10.1001/jama.2021.3854 https://alz-journals.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1016/j.trci.2018.06.014 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33783469/
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