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Introducao-a-Enfermagem-em-Hospitais-Psiquiatricos-2

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Princípios da reforma psiquiátrica
A reforma psiquiátrica brasileira é um movimento histórico que busca a transformação da assistência em 
saúde mental, substituindo o modelo asilar tradicional por uma abordagem mais humanizada e inclusiva. 
Alguns dos principais princípios que norteiam essa reforma incluem:
Desinstitucionalização: Esse princípio visa a superação gradual dos grandes hospitais psiquiátricos, 
priorizando o tratamento em serviços de base comunitária, como Centros de Atenção Psicossocial 
(CAPS) e residências terapêuticas.
1.
Desmedicalização: Busca-se reduzir a dependência excessiva de medicamentos no tratamento, 
valorizando abordagens psicossociais e a participação ativa do paciente no cuidado.
2.
Reabilitação psicossocial: O foco é promover a autonomia, a independência e a reinserção social do 
indivíduo com transtorno mental, através de atividades terapêuticas, educativas e de geração de 
renda.
3.
Democratização: A reforma psiquiátrica incentiva a participação de usuários, familiares e sociedade 
civil na construção e no controle das políticas de saúde mental.
4.
Intersetorialidade: Reconhece-se a necessidade de integração entre diferentes setores, como saúde, 
assistência social, educação e trabalho, para uma abordagem mais abrangente e efetiva.
5.
Esses princípios visam superar o modelo manicomial, pautado no isolamento, na segregação e na violação 
de direitos, em favor de um modelo de atenção baseado na inclusão social, no respeito à diversidade e na 
autonomia dos indivíduos com transtornos mentais.
Papel do enfermeiro na 
equipe multidisciplinar
O enfermeiro desempenha um papel fundamental na equipe 
multidisciplinar de um hospital psiquiátrico. Como membro-chave dessa 
equipe, ele é responsável por coordenar e integrar os cuidados de saúde 
prestados aos pacientes, estabelecendo uma comunicação efetiva entre 
os diferentes profissionais envolvidos no tratamento.
Além de suas competências técnicas no manejo de medicamentos, 
contenção e monitoramento dos sintomas, o enfermeiro em saúde 
mental deve possuir habilidades de comunicação, empatia e observação 
apurada. Ele atua como elo entre a equipe e o paciente, compreendendo 
suas necessidades individuais e adaptando o plano de cuidados de forma 
holística.
Ao participar ativamente das reuniões da equipe multidisciplinar, o 
enfermeiro compartilha suas observações e contribui com sua expertise 
na definição de diagnósticos, metas terapêuticas e estratégias de 
intervenção. Sua visão ampla do paciente, adquirida por meio do contato 
diário, é fundamental para a tomada de decisões e a avaliação contínua 
dos resultados.
Dessa forma, o enfermeiro atua como um elo crucial na coordenação do 
cuidado, promovendo a integração entre os diferentes profissionais, a 
fim de garantir a prestação de um atendimento integral e de qualidade 
aos pacientes em sofrimento psíquico.

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