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2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u4_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935389&ativ… 8/31 INTRODUÇÃO Olá, estudante! No momento em que a Declaração de Importação for registrada, terá seguimento o despacho aduaneiro, que é um procedimento para certi�car que todas as formalidades legais foram devidamente cumpridas. Importar uma mercadoria é uma atividade muito complexa, que exige muita expertise daqueles que irão operarão no comércio internacional. Para di�cultar ainda mais, podemos encontrar alternativas ao regime comum de exportação, oferecendo aos agentes do comércio internacional certas isenções ou suspensão de tributos. Outro desa�o que será encontrado perante aà autoridade aduaneira é a exata identi�cação da mercadoria. Um sistema de códigos numéricos foi criado para facilitar essa individualização, e qualquer falha nessa identi�cação pode acarretar na aplicação de penalidades à empresa importadora. Vamos continuar nosso estudo? CLASSIFICAÇÃO FISCAL DA MERCADORIA O processo de importação de mercadorias segue um sistema complexo, com diversos agentes intervenientes desde o embarque até a conclusão do despacho de importação. Estão envolvidos procedimentos que começam com a elaboração do contrato de compra e venda, a emissão da fatura comercial (invoice), o pagamento de tributos e a entrega �nal do bem adquirido no exterior. Um procedimento fundamental para o sucesso da importação é a exata denominação do produto comercializado. A di�culdade de se de�nir uma mercadoria decorre da diversi�cação linguística entre os idiomas. Um único item pode apresentar inúmeras especi�cações, formato, design etc., além de não receber o mesmo nome em regiões distintas. Como exemplo, no Brasil o mesmo produto pode ser chamado de aipim, mandioca ou macaxeira. Com a �nalidade de padronizar a nomenclatura dos diversos bens comercializados mundialmente foi criado um sistema de códigos, de forma a permitir a correta identi�cação, de forma uni�cada. Assim, surgiu o Sistema Harmonizado de Designação e de Codi�cação de Mercadoria, ou, simplesmente, Sistema Harmonizado (SH). A classi�cação consiste em atribuir uma identidade numérica a cada produto produzido ou comercializado, de forma padronizada entre todos os países do mundo, facilitando, ainda, o enquadramento �scal dos produtos e as respectivas alíquotas tributárias incidentes sobre ele. DESPACHO ADUANEIRO Classi�cação Fiscal da Mercadoria. Regimes Aduaneiros Especiais. Espécies de Regimes Atípicos. 45 minutos 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u4_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935389&ativ… 9/31 Sistema Harmonizado de Designação e de Codi�cação O Sistema Harmonizado (SH), criado em 1983 pela Organização Mundial das Aduanas (OMA), consiste em uma estrutura de códigos e descrições para identi�car de forma padronizada os diversos bens comercializados. Conta com mais de 5 mil categorias de produtos, dispostas em 99 capítulos, cada uma identi�cada com uma numeração de seis dígitos, organizados de acordo com o grau de intervenção humana no seu processo de criação. Inicia-se com a categorização de animais vivos, e se encerra com obras de arte. O SH permite a veri�cação das especi�cidades da mercadoria, identi�cando sua origem, matéria constitutiva e �nalidade. De acordo com Gomes e Weege (2012) Nomenclatura Comum do Mercosul Para �exibilizar e ampliar o alcance dos países signatários, o Sistema Harmonizado permitiu a criação de números adicionais aos seis dígitos do SH, de forma a complementá-los, abrangendo características e produtos regionais, ou padronizando a classi�cação em uma determinada localidade. Os países do Mercosul criaram, em 1994, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Além dos seis algarismos do SH, a NCM incluiu outros dois, e sua identi�cação é formada por oito algarismos. É representado da seguinte forma: Figura 1 | Nomenclatura Comum do Mercosul Fonte: elaborado pelo autor, 2021. É extremamente difícil classi�car uma mercadoria. Um simples frasco, por exemplo, pode ser de vidro ou de plástico. Isso já é su�ciente para alterar o código atribuído a este produto. Há, no mercado, pro�ssionais que atuam somente com essa tarefa de encontrar a exata classi�cação de uma determinada mercadoria. Sistema Harmonizado de Designação e Codi�cação de Mercadorias é uma nomenclatura aduaneira, utilizada internacionalmente como um sistema padronizado de codi�cação e classi�cação de produtos de importação e exportação, desenvolvido e mantido pela Organização Mundial das Alfândegas. 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u4_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935389&ati… 10/31 Existe ainda a possibilidade de formulação de consulta à Receita Federal, o que também não é simples, pois a Receita Federal solicita mais de uma dezena de informações para embasar sua resposta. VIDEOAULA: CLASSIFICAÇÃO FISCAL DA MERCADORIA No vídeo do Bloco 1 será demonstrada uma funcionalidade do Siscomex denominada Classif. Ela pode ser utilizada para consultar a classi�cação de mercadorias. Você terá a oportunidade de ver na prática a atribuição de diversos códigos. O Classif está representado na imagem a seguir: Figura 2 | Portal único siscomex Fonte: Portal Siscom. REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS Os regimes aduaneiros especiais foram instituídos para permitir o ingresso ou a saída do território aduaneiro nacional sem a cobrança dos créditos tributários aduaneiros, que em outras circunstâncias seriam devidos normalmente. Os regimes especiais devem ser compreendidos como procedimentos diferenciados de controle aduaneiro, aplicáveis em situações nas quais a legislação autoriza a aquisição de produtos no mercado externo, a entrada ou a saída de bens estrangeiros no território nacional, com redução, sem o pagamento de tributos ou com o Videoaula: Classi�cação Fiscal da Mercadoria Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u4_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935389&ati… 11/31 recebimento de uma subvenção governamental, para a realização de �nalidades de interesse público que decorrem de tratados internacionais ou de políticas de desenvolvimento nacional de�nidas pelos governo federal (SEHN, 2021). A maior parte dos regimes aduaneiros especiais não são disciplinados por lei especí�ca, mas por atos normativos da Receita Federal, editados com base no artigo 71 do Decreto-Lei 37/66 (BRASIL, 1966, [s. p.]), que diz o seguinte: Existe, ainda, a possibilidade de regimes aduaneiros especiais oriundos de tratados internacionais. Passamos agora a destacar os principais regimes aduaneiros especiais: • Regime de Admissão Temporária: está previsto nos artigos 75 a 78 do Regulamento Aduaneiro. Nesse regime, o ingresso de produto de origem estrangeira é feito sem o pagamento do imposto de importação e demais tributos incidentes. É uma isenção concedida a produtos que ingressam no território nacional de forma temporária, normalmente para participação em eventos, promoções comerciais, feiras etc. Ao �nal do prazo legal, o bene�ciário tem a obrigação de enviar o produto para o exterior. • Trânsito Aduaneiro: visa ao controle aduaneiro de transporte de produtos entre repartições ou locais alfandegados, sem o pagamento de tributos, para serem submetidos a despacho para consumo ou admissão em outro regime, ou para transposição da fronteira com destino a outro país. Imagine uma importaçãofeita pelo Paraguai, com entrada pelo porto de Santos, e que seguirá seu destino por um caminhão. • Drawback: consiste em um benefício de isenção de tributos sobre insumos importados para a composição da produção de bens que serão posteriormente exportados. De acordo com Sehn (2021, p. 292), “é um dos mais importantes instrumentos de desenvolvimento econômico. É um regime que visa incentivar a exportação de produtos industrializados, mediante a desoneração da aquisição de insumos no exterior”. • Entreposto Aduaneiro: este regime permite o armazenamento de mercadorias, sob controle �scal, em recintos alfandegados de uso público, com suspensão dos tributos incidentes. Art. 71 - Poderá ser concedida suspensão do imposto incidente na importação de mercadoria despachada sob regime aduaneiro especial, na forma e nas condições previstas em regulamento, por prazo não superior a um ano, ressalvado o disposto no § 3º deste artigo. […] § 3º - Quando o regime aduaneiro especial for aplicado à mercadoria vinculada a contrato de prestação de serviços por prazo certo, de relevante interesse nacional, nos termos e condições previstos em regulamento, o prazo de que trata este artigo será o previsto no contrato, prorrogável na mesma medida deste. 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u4_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935389&ati… 12/31 • REPETRO: destinado exclusivamente ao setor de petróleo e gás natural, e se aplica a bens relativos à pesquisa e lavra desses minerais, máquinas e equipamentos sobressalentes, ferramentas e aparelhos, além de outras partes e peças destinadas a garantir a operacionalidade de tais atividades, com suspensão dos tributos de importação desses bens. VIDEOAULA: REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS No vídeo do Bloco 2 serão detalhadas as três modalidades de drawback previstas no art. 383 do Regulamento Aduaneiro: Suspensão, Isenção e Restituição. Você aprenderá a diferença dessas modalidades e saberá quando cada uma delas é cabível, além de identi�car suas vantagens. ESPÉCIES DE REGIMES ATÍPICOS Assim como os Regimes Aduaneiros Especiais, os Regimes Atípicos foram criados para atender a determinadas circunstâncias econômicas peculiares de polos regionais e determinados setores ligados ao comércio exterior, não atendendo às regras comuns do regime geral de importação e exportação. Podemos citar os seguintes regimes atípicos: 1. Loja Franca: permite que estabelecimentos instalados na zona primária de portos ou aeroportos alfandegados vendam produtos locais ou importados para passageiros em viagem internacional, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira. Os produtos estrangeiros importados pelos titulares das lojas francas permanecerão com suspensão do pagamento de tributos até a venda aos viajantes internacionais, ocasião em que o crédito tributário será declarado isento. Podem adquirir bens em lojas francas: • Tripulantes e passageiros em viagens internacionais. • Membros de missões diplomáticas, repartições consulares, representações de organismos internacionais em caráter permanente e seus integrantes ou assemelhados. • Empresas de navegação, marítima ou aérea, para uso comum ou consumo de bordo de embarcações ou aeronaves estrangeiras aportadas no país. 2. Depósito Especial Alfandegado: este regime permite a estocagem de partes, peças, componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão de tributos, para veículos, máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos estrangeiros, nacionalizados ou não. De acordo com o artigo 485 do Regulamento Aduaneiro, a mercadoria admitida no depósito especial poderá ter uma das seguintes destinações, que extinguirão o regime: Videoaula: CRegimes Aduaneiros Especiais Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u4_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935389&ati… 13/31 • Reexportação. • Exportação, inclusive quando as mercadorias forem utilizadas em serviços de manutenção e reparo e o veículo estiver de passagem pelo Brasil. • Transferência para outro regime especial ou aplicação em áreas especiais. • Despacho para consumo, que será efetuado pelo bene�ciário até dez dias do mês seguinte ao da saída das mercadorias do estoque. • Destruição, com autorização do consignatário, às expensas do bene�ciário. 3. Depósito A�ançado: permite a armazenagem, com suspensão de tributos, de materiais importados sem cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de embarcações ou de aeronaves pertencentes a empresas que operem no transporte comercial internacional. É também utilizado para armazenagem de provisões de bordo, no caso de empresas estrangeiras de transporte aéreo e marítimo. Evidentemente, isso ocorre na zona primária. 4. Depósito Franco: permite o armazenamento de mercadorias estrangeiras em recintos alfandegados, no intuito de ajudar as atividades de comércio internacional de países vizinhos. Só pode ser concedido mediante acordo internacional, por estar ligado à soberania e segurança nacional. O Brasil tem acordo de depósito franco com o Paraguai nos portos de Santos e Paranaguá. Assim, as operações de comércio exterior do Paraguai podem ser realizadas por estes portos. A movimentação interna da mercadoria ocorre sob o regime de trânsito aduaneiro internacional. 5. Depósito Alfandegado Certi�cado: este regime considera como exportadas, para todos os efeitos legais, as mercadorias nacionais armazenadas em recintos alfandegados, quando vendidas para pessoa sediada no exterior, mediante contrato de entrega no território nacional, e à ordem do adquirente. Contempla a chamada exportação �cta. VIDEOAULA: ESPÉCIES DE REGIMES ATÍPICOS Parte da Doutrina não vislumbra diferença entre Regimes Aduaneiros Especiais e Regimes Atípicos. Isso pode trazer dúvidas: ao se deparar com determinada obra, você encontrará todas as modalidades aqui estudadas em um único tópico. Para evitar essa confusão, o vídeo do Bloco 3 terá por objetivo trabalhar essa divergência doutrinária. ESTUDO DE CASO Videoaula: Espécies de Regimes Atípicos Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u4_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935389&ati… 14/31 Vimos, até agora, que o Sistema Harmonizado (SH) foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional. No âmbito do Mercosul foi criada a NCM, com a �nalidade de complementar o SH. A classi�cação �scal permite uma ação mais efetiva da autoridade aduaneira e possibilita, ainda, determinar a incidência de impostos em cada bem comercializado. O sistema é todo informatizado, mas é passível de erros e falhas por parte de todos os agentes intervenientes. Por vezes e equivocadamente, uma NCM é lançada em um formulário. Mas há casos em que NCM é intencionalmente alterada, quando empresas tentam fraudar o sistema, na tentativa de obter isenção de impostos e taxas. Trata-se de uma prática demasiadamente arriscada, pois as empresas podem sofrer severas penalidades. Como você já tem uma base do sistema normativo aduaneiro brasileiro, o desa�o é o seguinte: descobrir quais são as penalidades previstas para erros envolvendo a classi�cação �scal de uma mercadoria. Vamos lá? RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO O Art. 711 do Regulamento Aduaneiro prevê que haverá multa de 1% sobre o valor aduaneiro em casos de erro na classi�cação �scal da mercadoria, independentemente de os tributos terem sido corretamente pagos ou não. Saiba mais Você sabia que existe uma organização internacional criada para facilitar aatuação das autoridades aduaneiras no mundo todo? Estamos falando da Organização Mundial das Aduanas. Art. 711 – Aplica-se a multa de um por cento sobre o valor aduaneiro da mercadoria: I – classi�cada incorretamente na Nomenclatura Comum do Mercosul, nas nomenclaturas complementares ou em outros detalhamentos instituídos para a identi�cação da mercadoria. […] §2º - O valor da multa referida no caput será de R$ 500,00 (quinhentos reais) quando do seu cálculo resultar valor inferior […]. — (BRASIL, 2009, [s. p.]) Resolução do Estudo de Caso Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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