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Colégio Edgard Borges Trabalho Sobre Narração Simões Filho 2024 Raika Almeida Rodrigues Trabalho Sobre Narração Trabalho entregue a disciplina de Língua Portuguesa Professor: Roque Silva Simões Filho 2024 SUMÁRIO Introdução___________________________________________________4 1.0 Conceito de Narração________________________________________5 2.0 Elementos do Texto Narrativo _________________________________6 2.1 Personagem_______________________________________________6 2.2 Enredo___________________________________________________7 2.3 Tempo____________________________________________________7 2.4 Espaço___________________________________________________7 2.5 Narrador__________________________________________________8 2.6Tipos de discursos______________________________________10 3.0Tipos de narração___________________________________________10 3.1Romance___________________________________________________10 3.2Novela_____________________________________________________11 3.3Conto______________________________________________________11 3.4Crônica______________________________-______________________11 3.5Fábula____________________________________________________11 4.0Estrutura do texto narrativo____________________________________11 Conclusão___________________________________________________12 Referencias Bibliográficas______________________________________12 4 Introdução A Narração, do latim narratĭo, trata-se da ação e do efeito de narrar uma obra literária em que se relata um acontecimento ou uma sequência de acontecimentos e que se caracteriza pela presença de personagens; narrativa. 5 1.0 Conceito de Narração Uma narração é um relato ordenado de acontecimentos reais ou fictícios que guardam uma relativa coerência. É possível encontrar narrações desde os vestígios mais remotos de civilizações extintas que nos legaram preciosos e elaborados depoimentos de sua cultura. As primeiras narrações que foram registradas por escrito provêm de tradições orais difundidas antecipadamente. Por exemplo, tanto as Ilíadas como a Odisseia constituem um traspasso à escritura de cantos que referiam uma história. O que hoje se considera literatura é em parte a evolução destes primeiros layouts de narrações escritas. Outro exemplo de narração pode ser dado pela história, ainda que neste caso se refira a acontecimentos comprováveis mediante fontes. Obviamente, ao tratar de uma disciplina que pretende atingir um grau importante de rigor, se somam outras pautas a seguir além das próprias de um relato convencional. Ao igual que a narração fictícia, a origem da história deve ter seus rastros na antiguidade. Um critério bastante divulgado sobre a organização de uma narração é a divisão em introdução, meio e desfecho. Este propósito é especialmente útil para analisar uma ficção. Assim, a introdução estaria constituída pela apresentação básica de personagens e ambiente, o meio pela elaboração de um conflito e o desfecho pela conclusão em onde se resolvem as dificuldades. Alguns destes elementos podem faltar ou podem ter alterado sua ordem, mas sua posição serve como panorama geral. https://conceitos.com/coerencia/ https://conceitos.com/literatura/ https://conceitos.com/disciplina/ https://conceitos.com/organizacao/ https://conceitos.com/ambiente/ https://conceitos.com/ordem/ 6 2.0 Elementos do Texto Narrativo Todo texto narrativo, seja oral ou escrito, tem a presença de certos elementos que o caracterizam como uma narração e a tornam coerente e interessante. No total, são cinco elementos que formam uma narrativa: 2.1 Personagem Personagens em um texto narrativo são os indivíduos, animais, seres ou entidades que desempenham papéis específicos na história. Eles são essenciais para impulsionar a trama, interagir entre si e com o ambiente, dando vida e profundidade à narrativa. Os personagens possuem características distintas, como personalidade, motivações, desejos, conflitos internos e externos, que os tornam únicos e ajudam a moldar o desenrolar da história. Eles podem ser: Personagem Linear: Mantém traços consistentes do início ao fim, sem mudanças ao longo da história em resposta às circunstâncias. Personagem Complexa: Sofre transformações, reagindo e evoluindo devido às circunstâncias narrativas. Inicia e termina de forma distinta. Tipo e Caricatura: Personagens são classificados como tipos, com características comuns e típicas, ou caricaturas, com traços exagerados e satíricos. Personagens Não humanas: Incluem seres não humanos que agem como humanos, podendo ser objetos animados ou animais antropomorfizados. Principais e Secundárias: Personagens são divididos em principais (protagonistas e antagonistas, impulsionando a narrativa) e secundários (coadjuvantes e figurantes, com papéis menores). Protagonistas e Antagonistas: Protagonistas buscam, tentam e alcançam objetivos, enquanto antagonistas atrapalham e dificultam essas ações. Coadjuvantes apoiam as ações principais, e figurantes contribuem para a ambientação. 7 2.2 Enredo Refere-se à sequência de eventos que compõem a história. Isso inclui a introdução dos personagens, a apresentação do conflito, o desenvolvimento da trama, o clímax (ponto de maior intensidade) e a resolução. 2.3 Tempo Na narrativa, o tempo diz respeito à extensão das ações e à evolução dos eventos ao longo da história. Ele é dividido em: Tempo Cronológico: A narrativa segue a sequência temporal convencional dos fatos, indo do passado ao presente e ao futuro. Tempo Psicológico: O narrador conta a história alinhado com as memórias e perspectivas do personagem, focando nas lembranças e experiências mentais desse indivíduo. 2.4 Espaço O espaço em textos narrativos se refere ao cenário ou ambiente onde a história se desenrola. É o local físico, social ou até mesmo psicológico onde os eventos acontecem e onde os personagens interagem. O espaço pode influenciar diretamente os eventos, contribuindo para o desenvolvimento da trama e fornecendo informações importantes sobre os personagens e a cultura representada na história. O espaço no texto narrativo pode ser classificado como: Cenário Decorativo: Serve como um pano de fundo, oferecendo contexto espacial para os eventos narrados. Seu propósito principal é fornecer um local de referência, destacando quem está envolvido na história, sem desempenhar um papel ativo ou determinante na trama. Cenário Funcional: Desempenha um papel ativo na narrativa. Não é apenas um ambiente estático, mas sim um espaço que influencia diretamentea história, seja ao antecipar ações dos personagens ou ao enquadrar o local 8 onde os eventos se desenrolam, desempenhando um papel significativo na progressão da trama. Espaço Físico: Refere-se aos aspectos naturais e geográficos do ambiente onde a história se passa. São os domínios da natureza, como paisagens, áreas geográficas, elementos físicos do ambiente que compõem o cenário. Espaço Social: Diz respeito aos limites culturais e sociais presentes na narrativa. Engloba os ambientes humanos, como sociedades, estruturas sociais, contextos culturais, espaços urbanos e diferentes estratos sociais, como salões, saraus, teatros, cortiços, entre outros. Esses ambientes sociais moldam as interações e relações entre os personagens, refletindo as nuances da vida em sociedade. 2.5 Narrador O narrador é a voz que conta a história dentro do texto narrativo, responsável por conduzir o leitor através dos eventos, moldar a atmosfera e oferecer diferentes camadas de significado à narrativa. O papel do narrador é crucial, pois ele determina o ponto de vista através do qual a história é apresentada, influenciando a perspectiva, a profundidade e a confiabilidade da narrativa. Ele pode ter conhecimento limitado ou total dos eventos, estar presente em todos os momentos da história ou apenas em alguns, e pode possuir diferentes graus de subjetividade na maneira como interpreta os eventos ou os personagens. Narrador participante Também conhecido como narrador personagem, ele é o que conta a história e faz parte dela. Neste caso a narração é feita na 1ª pessoa do singular (eu) ou do plural (nós). Exemplo: “Felicidade clandestina”, de Clarice Lispector “No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo 9 me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.” Narrador observador Esse está distante do que se narra, não faz parte da história, apenas observa e narra os fatos. Neste caso, a narração é feita na 3ª pessoa do singular (ele) ou do plural (eles). Exemplo: conto “Baleia”, de Graciliano Ramos “Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princípio de hidrofobia e amarrara-lhe no pescoço um rosário de sabugos de milho queimados. Mas baleia, sempre de mal a pior, roçava-se nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na base, cheia de roscas, semelhante a uma cauda de cascavel. Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, limpou-a com o saca-trapo e fez tenção de carregá-la bem para a cachorra não sofrer muito.” Narrador onisciente O narrador onisciente é aquele que sabe de tudo do passado, presente e futuro, além dos pensamentos, sentimentos e ações dos personagens. Normalmente narra em 3ª pessoa e a sua voz, em alguns casos, pode ser confundida com a dos personagens quando ele narra o pensamento deles. Exemplo: conto “Amor”, de Clarice Lispector “No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, 10 com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha — com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera.” 1.6 Tipos de discursos Durante a narração é comum que o narrador insira na estória a fala dos personagens, a voz deles. Chamamos esse momento de discurso e eles podem ser classificados de duas maneiras: Discurso direto: Quando o narrador demarca de maneira bem clara a entrada da fala da personagem. Há uma quebra na escrita do texto e o uso do travessão ou aspas. Discurso indireto: Neste caso, a fala da personagem aparece em meio ao texto do narrador. Não há transição de forma demarcada. A fala da personagem segue junto com a fala do narrador, sem travessão ou aspas. Tipos de narração? Os tipos de narração costumam se dividir em romance, novela, conto, crônica e fábula. Saiba mais sobre cada um deles. Romance O romance é uma narrativa ficcional que apresenta vários acontecimentos ao longo da trama. Ele possui um núcleo principal, mas que não é o único. É um texto longo, com vários personagens e detalhes. 11 Novela A novela também conta com vários personagens e um enredo longo, mas não tão longo quanto o romance. Os fatos acontecem em uma sequência temporal bem marcada. Geralmente tem só um núcleo e acompanha a trajetória de apenas um personagem principal. Conto O conto é um texto mais curto, com menos personagens, apenas um núcleo e se passa em um tempo reduzido. Pode relatar situações da vida real ou ter um caráter fantástico, assim como pode se passar em um tempo cronológico ou psicológico. Crônica A crônica é uma narrativa mais informal que costuma falar sobre fatos do dia a dia, o cotidiano das pessoas e situações que já presenciamos. Pode se utilizar de ironia e, às vezes, até do sarcasmo. Não se passa em um período de tempo tão longo quanto o romance e a novela, geralmente é um tempo curto de minutos ou de horas. Fábula Suas características em extensão e narrativa são semelhantes às do conto. O maior diferencial está no objetivo do texto, que é ensinar algo ou dar uma lição de moral. Além disso, os personagens costumam ser animais com comportamento e socialização semelhantes ao dos seres humanos. Estrutura do texto narrativo? Em geral, o texto narrativo conta com a estrutura abaixo. Introdução: é quando apresentamos os principais elementos da narrativa para contextualizar o leitor. 12 Desenvolvimento: traz o desenrolar da história, o desdobramento dos acontecimentos e os conflitos que o autor deseja apresentar. Clímax: aquele momento em que acontece algo ou uma revelação marcante que impacta o leitor, é um fato surpreendente, o ápice da história. Desfecho: é o fim da narrativa, quando o autor dá um rumo final à história. Conclusão É importante destacar que o ato de narrar é um modo de transmitir vivências e experiências, e que deixade ser um trabalho para especialistas, sendo pelo contrário um fato intrínseco à capacidade de comunicação do ser humano. O ato de efetuar uma narração tem como faceta ética que as experiências compartilhadas pelo relato evitem que os erros do passado se multipliquem no futuro e que os acertos se repitam. Referências Bibliográficas https://conceitos.com/narracao/ https://www.mundovestibular.com.br/blog/narracao-teorias-e-textos Tipos de narração - Quais são as narrativas na língua portuguesa? - Hexag Medicina (cursinhoparamedicina.com.br) https://conceitos.com/trabalho/ https://conceitos.com/capacidade/ https://conceitos.com/ser-humano/ https://conceitos.com/narracao/ https://www.mundovestibular.com.br/blog/narracao-teorias-e-textos https://cursinhoparamedicina.com.br/blog/portugues/tipos-de-narracao-quais-sao-as-narrativas-na-lingua-portuguesa/ https://cursinhoparamedicina.com.br/blog/portugues/tipos-de-narracao-quais-sao-as-narrativas-na-lingua-portuguesa/
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