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Os fenômenos meteorológicos e suas implicações 1

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Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaOs fenômenos meteorológicos e suas implicações
Aluno: Vanderson Ferreira
Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária
São Luís
2024
INTRODUÇÃO
O El Niño é o aquecimento anormal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico que afeta o clima regional e/ou global. Este fenômeno influencia os padrões de vento e o aumento das temperaturas, provocando maior intensidade de evaporação pela elevação dos índices de chuva em determinadas regiões e a ocorrência de estiagem em outras (FIORIN; DAL ROSS, 2015). Os principais impactos registrados no Brasil em função da ocorrência do El Niño, conforme Fiorin e Dal Ross (2015) e Mendonça e Danni-Oliveira (2008) são: • Secas severas na Região Nordeste. • Excesso de chuvas e elevadas temperaturas na Região Centro-Oeste. • Enchente nos meses de maio e de julho na Região Sul, e elevação das temperaturas na Região Sudeste. • Devido à ocorrência da seca, aumento de queimadas na Região Norte 
Os dois eventos El Niño mais intensos registrados no Brasil aconteceram nos períodos de 1982-1983 e 1997-1998. Houve muitos registros de inundações nas regiões Sudeste e Sul, ocasionando impactos à saúde humana, como as ocorrências de leptospirose e síndrome diarreica aguda. 
DESENVOLVIMENTO
Na La Niña ocorre o resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico. Segundo Fiorin e Dal Ross (2015), a La Niña é a responsável pela maior penetração das massas polares no Brasil. Sua atuação mais intensa se dá na primavera na Região Sul do Brasil, nas proximidades do Trópico de Capricórnio. Os principais impactos registrados no Brasil durante a atuação da La Niña são as secas severas nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil as chuvas são mais abundantes (FIORIN; DAL ROSS, 2015; MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2008). 
Há muitos estudos sobre a ciclogênese e suas classificações, tema final dessa seção. Para Dutra (2012, p. 33) "a ciclogênese referese ao processo de abaixamento da pressão atmosférica em superfície com consequente circulação ciclônica". Os ciclones se desenvolvem conforme condições de instabilidade, apresentando ventos fortes, e seus ciclos de vida têm como objetivo estabilizar e homogeneizar a atmosfera. Os ciclones podem ser classificados em subtropicais, extratropicais e tropicais, apresentando características segundo a sua região de atuação (ROCHA; ARAVÉQUIA; RIBEIRO, 2016.) Os ciclones subtropicais são considerados sistemas de baixa pressão não frontais, apresentando características dos ciclones extratropicais e tropicais. Este tipo de ciclone pode se apresentar sob duas formas: a primeira como um tipo mais comum, com uma baixa pressão fria em altos níveis de circulação, estendendo-se até a superfície, com ventos de maior intensidade, abrangendo um raio de aproximadamente 160 quilômetros. A segunda tem um ciclo de vida mais curto e seu núcleo pode ser frio ou quente, correspondente a uma baixa pressão de mesoescala, com ventos fortes encontrados a menos de 50 quilômetros do centro do sistema (DUTRA, 2012). Os ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão com frentes associadas. Neste tipo de ciclone os ventos são mais intensos, com ocorrência próxima à tropopausa pelo fato de possuírem um núcleo quente na estratosfera e frio na troposfera, como destaca Marks (2003 apud DUTRA, 2012). Segundo Dutra (2012) um núcleo frio na troposfera demonstra que o sistema de baixa pressão tem temperaturas menores que as encontradas no ambiente ao seu redor, isto para um dado nível de pressão 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Celemin (1997 apud ROCHA et al., 2016, p. 142) descrevem que os "ciclones extratropicais retiram sua energia dos contrastes horizontais de temperatura". Estes ciclones encontram-se associados, portanto, a sistemas frontais nos quais existe um gradiente acentuado da temperatura.
Os ciclones tropicais podem receber denominações conforme a região de ocorrência. Estas denominações são conhecidas como furacões, tufões e ciclones. Os ciclones tropicais têm seu desenvolvimento nas regiões de fraco cisalhamento vertical do vento horizontal. O cisalhamento vertical é a mudança do vento sobre uma superfície vertical. Estes ciclones são de baixa pressão não frontal e encontram-se associados às nuvens convectivas localizadas próximos ao seu centro, cuja energia deriva da evaporação do mar. Nos ciclones tropicais os ventos são mais fortes e sua ocorrência se dá próximo à superfície terrestre (MARKS, 2003 apud DUTRA, 2012, p. 35). Os ciclones tropicais, conforme Ahrens (2005 apud ROCHA, 2012), apresentam temperatura superior a 26,5°C, e seu diâmetro típico é de 300 a 800 quilômetros, com o mínimo de pressão no centro. Esta região, segundo os autores, apresenta céu claro e ventos fracos, e é chamado de olho do furacão.
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