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Estações meteorológicas e interpretação de dados II

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Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaEstações meteorológicas e interpretação de dados II
Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária
São Luís
2024
INTRODUÇÃO
As estações meteorológicas especiais, segundo Vianello e Alves (2012), são todas as demais estações com características distintas. Os autores citam como exemplo as estações "ozonométricas - medem a concentração de ozônio -, as microcometeorológicas, as actinométricas - medem a radiação solar -, as estações de radar, as de receptação de dados de satélites meteorológicos, as de plataformas automáticas para as coletas de dados", dentre outras (VIANELLO; ALVES, 2012, p. 285). A estação meteorológica automática (Figura 4.12) de superfície é composta por uma torre de dez metros de altura, na qual os sensores meteorológicos estão acoplados para a medição de "parâmetros atmosféricos como a pressão, temperatura, umidade relativa, precipitação, radiação solar, direção e velocidade do vento". Esta estação tem uma "unidade de memória central ligada aos sensores", possibilitando o armazenamento e a liberação de dados in loco, ou então transmite-os por meio de meios telemétricos (por satélites) para uma central de recepção. Esses sensores são programados para que, a cada cinco segundos, obtenha-se as "médias ou os somatórios a cada doze leituras, portanto a cada minuto". As informações que são divulgadas como dados instantâneos corresponde a cada minuto horário (VIANELLO; ALVES, 2012, p. 287).
DESENVOLVIMENTO
Além das estações meteorológicas, é preciso estudar os principais equipamentos de medição e aferição de dados meteorológicos, assim como o supercomputador. Assim, para Torres e Machado (2008, p. 220-227), os principais equipamentos para a medição e aferição dos dados meteorológicos são: O heliógrafo de Campbel-Stokes mede a insolação em horas. Este equipamento é composto de uma "esfera de crista que fica suspensa em um suporte semicircular, tendo abaixo uma armação metálica no formato de concha, onde existem seis ranhuras e são colocadas as tiras de papelão" (TORRES; MACHADO, 2008, p. 220). São utilizados três tipos de tiras: uma comprida, uma reta e uma curta. A tira comprida é usada no período que compreende a metade de outubro até o final de fevereiro; a tira reta é usada desde o princípio de março até meados de abril e do início de setembro até a metade de outubro. A tira curta é usada desde a metade de abril até o final de agosto (TORRES; MACHADO, 2008, p. 220). O conjunto dos geotermômetros é formado por uma haste de vidro, cujo ponto de referência é uma saliência que necessita ficar na superfície da terra (TORRES; MACHADO, 2008, p. 220). Este equipamento deve estar fixado em um suporte específico. A função do conjunto de geotermômetro é o de determinar a temperatura do solo. O pluviógrafo tem a função de registrar a precipitação pluvial, informando o total de chuva e a sua intensidade em milímetros por hora (mm/h). O pluviômetro é utilizado para medir a quantidade de precipitação pluvial em milímetros. "A altura da chuva é dada pela razão obtida através do volume inicial e a superfície de captação" (TORRES; MACHADO, 2008, p. 221). O evaporímetro de piché é um equipamento utilizado para medir a evaporação em mililitro (ml) ou então em milímetros de água evaporada. O tanque de evaporação tem como função "determinar a capacidade evaporante da atmosfera que objetiva a [...] heliógrafo, geotermômetros, pluviógrafo, pluviômetro, evaporímetro de piche, tanque de evaporação, termômetros, psicômetro, anemômetro e catavento, anemógrafo, barógrafo, barômetro, termohigrográfo. 
O abrigo meteorológico é uma estrutura com altura padrão de 1,5 metro, construída de madeira e pintada na cor branca, que visa "permitir a ventilação natural e ao mesmo tempo o abrigo deve permitir que haja condições de sombra". Os instrumentos contidos no abrigo são os termômetros de máxima e mínima, que têm por objetivo registrar as temperaturas máximas e mínimas por graus centígrados. O psicômetro é outro instrumento que deve estar em um abrigo. Este instrumento mede a umidade relativa do ar em porcentagem, consistindo em dois termômetros idênticos, denominados de termômetro de bulbo seco e de bulbo úmido (TORRES; MACHADO, 2008, p. 223). O termômetro de bulbo é envolvido por uma gaze que deve estar constantemente molhada. O anemômetro e o catavento são instrumentos que medem a velocidade (em m/s) e a direção (em graus) do vento. O anemógrafo registra a intensidade do vento, assim como a sua direção e sentido (TORRES; MACHADO, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo e a interpretação das cartas climatológicas bem como das suas aplicações são fundamentais nas mais diversas áreas do conhecimento. Portanto, as cartas climatológicas apresentam, de forma simples, as variáveis meteorológicas nas diversas escalas de estudo do climático, tais como o uso dos sistemas de informações geográficas, como apontam Wrege et al. (2016). Os autores destacam que o uso de tais cartas ocorre nas mais diversas atividades humanas como a pecuária, a saúde, a agricultura, o turismo, a comunicação, nas atividades florestais e no ensino, por exemplo. As cartas climáticas também permitem a análise dos padrões das mudanças climáticas com base na elaboração dos cenários passados, presente e futuro. Dentre os métodos utilizados para a elaboração das cartas climáticas, destacam-se a calorimetria e as isolinhas (DOHLER et al., 2012; LISBOA et al., 2013)
Os dados das variáveis meteorológicas constituem-se em bases de dados primordiais para os estudos de referência em diversas áreas do conhecimento, e oferecem informações primárias que permitem a aplicação de diferentes métodos científicos (OLIVEIRA, 2009). Os dados meteorológicos e/ou climatológicos podem ser utilizados para a elaboração de modelos climáticos para a compreensão da variabilidade climática por meio do aquecimento ou do resfriamento global e também para a análise dos desastres naturais (OLIVEIRA, 2009). A utilização dos dados meteorológicos se dá, principalmente, por meio do uso de novas tecnologias, como sensoriamento remoto e os sistemas de informações geográficas. Com o uso dessas tecnologias é possível examinar os dados por análises estatísticas, estatísticas espaciais e a elaboração das modelagens para o monitoramento de eventos atmosféricos. Essas análises são possíveis com os dados meteorológicos que compõem as séries históricas (passado) e os dados do presente, possibilitando a elaboração de cenários futuros (OLIVEIRA, 2009)
Segundo Rascon et al. (2010), em várias regiões do Brasil – em especial na região amazônica – são grandes as deficiências de estações meteorológicas, e as poucas existentes pertencem a empresas privadas, ao INMET e a projetos de pesquisas de universidades. Porém, devido à grande extensão territorial, existem locais que não dispõem de coleta de dados meteorológicos por intermédio das estações meteorológicas.
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