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Grau de Controle da População e Previsibilidade de Riscos construção e utilização de Usinas Hidrelétricas. As usinas hidrelétricas geradoras de energia elétrica consistem em meio importante, por serem consideradas fontes limpas e renováveis. Todos os envolvidos na construção civil devem cumprir a NR-18 que aborda das condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, tal norma está disponível e pode ser acessada endereço CPN-NR-18: http://www.cpn-nr18. com.br/. A NR-18 apresenta o mínimo exigido por lei para oferecer mais segurança aos trabalhadores. Marcos Kodama, gerente corporativo de Saúde e Segurança do Trabalho da Construtora Camargo Corrêa, lembra que em grandes projetos, as empresas costumam superar o exigido por ela, como, por exemplo, as áreas de vivência. Com relação ao controle de riscos, existe mais interação entre as áreas de engenharia, planejamento e de segurança e saúde no trabalho. Kodama lembra que a responsabilidade por identificar perigos e riscos nos projetos da Camargo Corrêa é de todos, sobretudo do SESMT, CIPA e das áreas de produção. Para o Sr. Hamilton Veiga, engenheiro de segurança da JMalucelli, construtora especializada em construção pesada, de maneira especial hidrelétricas, destaca que o setor de construção pesada realmente tem riscos maiores com uma extensa gama de possibilidades de acidentes, mas também é preciso levar em conta o fator humano. “É no fator humano que estão problemas de grau de instrução, fator emocional, resistência ao uso de EPIs, desajustes de comportamento social etc.”, diz ele. No caso de construção de hidrelétricas, Veiga diz que o segmento está enquadrado no mais alto grau de risco de acidentes e doenças profissionais no trabalho e estão enquadradas na NR-4 que estão expostas a agentes físicos (ruídos, radiações não ionizantes), químicos (poeira mineral, metálica etc.) e biológicos (exposição a agentes biológicos, riscos de lesão ou contaminação). A gestão das grandes obras se diferencia pela necessidade de infraestrutura e logística muito maiores. Alguns canteiros chegam a ser similares a uma pequena cidade. Por exemplo, o canteiro de uma construção de hidrelétrica é similar ao de uma pequena cidade. É necessária uma estrutura de transporte para os trabalhadores, além de fornecer refeições, cuidar do tratamento de água e esgoto, oficinas de manutenção mecânica, usinas de concreto e Luísa Tânia Elesbão Rodrigues, auditora fiscal do trabalho Construção de hidrelétricas tem alto risco de acidentes CIPA, deslocamento e utilização de equipamentos grandes e pesados, além da área de vivência dos trabalhadores que podem ser enormes ou devem ser móveis para acompanhar a execução de uma obra de estrada, por exemplo. Principais etapas de um sistema de gestão de segurança: • Realizar diagnóstico inicial; • Criar Comitê de gestão; • Elaborar política de SST; • Definir objetivos, indicadores e metas de desempenho em relação à saúde e segurança do trabalho; • Realizar levantamento atendendo a legislação pertinente, layout do canteiro etc.; • Realizar a identificação dos perigos e riscos significativos; • Elaborar procedimentos e formulários para a gestão dos sistemas; • Elaborar plano de atendimento a emergências; • Elaborar programa de treinamento para todos os colaboradores; • Ajustar as atividades e ações não conformes com a adoção de medidas e ações corretivas e preventivas. Uma das maiores usinas hidrelétricas (UHE) do mundo, a Itaipu Binacional — compartilhada entre Brasil e Paraguai — é considerada suscetível a colapsos por uma parcela significante da população de Foz do Iguaçu (Paraná), município brasileiro em que se encontra a usina. Uma pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP mostra que 75% dos moradores locais acreditam na possibilidade de rompimento da estrutura. O geógrafo Érico Soriano entrevistou 112 habitantes das diversas localidades, faixas etárias e camadas sociais da cidade, buscando identificar o que a população considera como possibilidade de risco. A pesquisa de doutorado Confiança, incertezas e discursos sobre os riscos de colapso de barragem na UHE Itaipu Binacional: o processo de vulnerabilização dos moradores a jusante teve a orientação da professora Norma Valencio. Também fizeram parte do trabalho entrevistas com representantes oficiais tanto da barragem quanto de órgãos de segurança pública do município, como a Defesa Civil e a Polícia Federal. “A barragem é muito segura, embora não haja nenhuma obra de engenharia 100% segura. Mesmo assim, a população tem em seu imaginário que a barragem de Itaipu pode romper”, conta Soriano. Um dos motivos da desconfiança, segundo ele, é a ausência de diálogo das autoridades públicas locais e dos representantes da usina com a comunidade ali residente, principalmente relacionado à segurança da barragem. O estudo aponta que 100% das respostas foram negativas quanto a este assunto. O discurso oficial, registrado a partir das entrevistas, apesar de afirmar a segurança da barragem, admite a existência de alguns riscos decorrentes inclusive de limitações estruturais, porém também transparece a pouca divulgação e orientação da sociedade a seu respeito. A afirmação de que a barragem é segura e que os riscos estão sob controle, esclarece Soriano, faz parte de uma cultura que busca convencer a sociedade da representação de sua eficiência e infalibilidade a partir de uma série de práticas de poder. O fechamento ao debate, porém, traz efeito contrário ao desejado pelas autoridades. “A não divulgação é um problema, pois aumenta as discussões sobre os riscos e o medo da população”, explica. Desta forma, a confiança da população nos órgãos oficiais vê-se quebrada, o que aumenta suas incertezas mesmo que os riscos não sejam de fato significativos. Soriano explica que este processo de ocultação de perigos, bem como a falta de orientação quanto a eles, culmina na vulnerabilização dos moradores de Foz do Iguaçu. “A vulnerabilização também está em função da ausência, tanto da empresa quanto do Estado, de criar medidas, políticas e ações verdadeiramente em conjunto com a população para diminuir os riscos”, diz. Fontes; Site: https://www.sinait.org.br/docs/RevistaCIPA_MP380_01082011.pdf <<acesso em 14 de abril de 2015, as 02:45 h.>> http://www5.usp.br/17991/populacao-de-foz-do-iguacu-nao-considera-itaipu-segura- aponta-estudo-da-eesc/ <<acesso em 14 de abril de 2015, as 03:35 h.>> https://www.sinait.org.br/docs/RevistaCIPA_MP380_01082011.pdf http://www5.usp.br/17991/populacao-de-foz-do-iguacu-nao-considera-itaipu-segura-aponta-estudo-da-eesc/ http://www5.usp.br/17991/populacao-de-foz-do-iguacu-nao-considera-itaipu-segura-aponta-estudo-da-eesc/
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